O texto abaixo refere-se à questão.
COP26 fracassa
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26) foi encerrada
oficialmente ontem em Glasgow (Escócia). Os primeiros rascunhos de um acordo global ficaram muito aquém
das expectativas da Organização das Nações Unidas (ONU) e da maioria dos cidadãos dos 193 países
participantes.
Após 12 dias de conversações, faltaram entendimentos e acertos para evitar que haja uma alta de 1,5ºC
na temperatura do planeta até 2030 — 10 anos antes da previsão inicial.
[...]
Mantido o atual ritmo de aquecimento, o mundo estará entre 2,4% e 2,7% mais quente no fim do século.
Conter o avanço do aquecimento global implica revisão dos modelos econômicos de produção e consumo, com
rápida migração para uma economia verde.
A indústria automobilística teria que acelerar uma profunda alteração na linha de produção, substituindo
os combustíveis fósseis por outras fontes de energia para a movimentação dos veículos.
As políticas ambientais, por sua vez, deveriam se voltar à preservação e recomposição das florestas,
sobretudo as tropicais, que têm capacidade de absorção de gás carbônico (CO2), um dos grandes vilões do
aquecimento, ao lado da queima de carvão e dos gases lançados pelos veículos na atmosfera.
Embora, no discurso, os líderes mundiais concordem com a necessidade de conter o aquecimento
global, os aspectos econômicos e financeiros pesam na tomada de decisões. Os países em desenvolvimento
cobram promessas de financiamento das nações mais ricas. Por sua vez, os desenvolvidos não cumprem o
que foi acordado. O impasse está estabelecido.
Países, como o Brasil, com grandes reservas de petróleo evitam os debates sobre a eliminação do
combustível fóssil. Estados Unidos e China, as duas maiores economias do mundo, têm sérias divergências no
campo comercial e resistem quanto à revisão dos meios de produção.
Enquanto os chefes de Estado se distanciam do que deveria ser ponto de convergência — a defesa do
planeta e de todas as vidas que nele habitam —, a natureza segue em seus desarranjos que, na avaliação dos
cientistas, são catastróficos e ameaças concretas à perenidade da humanidade. A falta de consenso pode, e
os sinais são claros, levar o mundo para uma caminho sem retorno.
Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/opiniao/2021/11/4962895-cop26-fracassa.html.
Acesso em: 30 nov. 2021. (Texto modificado).
A expressão “por sua vez” é um recurso de articulação entre os parágrafos 5 e 4, que apresentam
algumas medidas necessárias para conter o aquecimento global.
A indústria automobilística teria que acelerar uma profunda alteração na linha de produção, substituindo os
combustíveis fósseis por outras fontes de energia para a movimentação dos veículos.
As políticas ambientais, por sua vez, deveriam se voltar à preservação e recomposição das florestas, sobretudo
as tropicais[...]
Em seu lugar, outros articuladores poderiam ser usados sem prejuízo do sentido, EXCETO: