Essa atividade lúdica, a Hora de Jogo, apresentada por Arminda Aberastury (1992),
nada mais é do que o brincar, a via privilegiada de acesso ao mundo interno pelo qual a
criança se revela e nos mostra a forma de relação com seu inconsciente. Segundo Efron et.al.
(2009), apesar da dificuldade de analisar esse momento, pela não-existência de uma
padronização, devemos observar alguns indicadores como a escolha do brinquedo, a
modalidade das brincadeiras, a criatividade, a motricidade, a tolerância à frustração, entre outros.
Considerando, ainda, que Araújo (2007) relata que a avaliação psicológica da criança,durante a hora de jogo diagnóstica, é complicada porque não é um processo estruturado e
depende da capacidade de interpretação, observação e da experiência do psicólogo. O que
Kornblit (2009) corrobora quando relata que há dificuldades por parte dos psicólogos para
compreender a hora de jogo diagnóstica e para sistematizar os caminhos pelos quais se
chegam a determinadas conclusões.
...
A entrevista lúdica de cada processo psicodiagnóstico é uma experiência nova, tanto para o psicólogo como para a criança, uma vez que nos brinquedos oferecidos pelo psicólogo, a criança deposita parte dos sentimentos, representante de distintos vínculos com objetos de seu mundo interno, processo no qual, segundo Blanca Guevara Werlang, se refletirá o estabelecimento de um vínculo transferencial breve
Fonte: Psicodiagnóstico V p.99