"Num país que se deseja grande, não se deixam educandários fecharem as suas portas."
Segundo a norma culta, o pronome "se" tem valor apassivador quando usado com verbos transitivos diretos. "Apassivar" um verbo significa transformar seu objeto direto em seu sujeito - daí o motivo de a voz passiva só ocorrer com os verbos que admitem o objeto direto.
Muito bem. Assim, são corretas construções como "Aluga-se uma casa" e "Alugam-se várias casas" (entende-se que "uma casa é alugada" e que "várias casas são alugadas"). No fragmento acima, o pronome "se" é, sim, apassivador (acompanha o verbo "deixar", transitivo direto), mas nem por isso o verbo deveria ir para o plural. Por quê?
Simplesmente porque "educandários" não é o sujeito de "deixar". O que não se deixa ou permite "num país que se deseja grande" é que "educandários fechem as suas portas", ou seja, o sujeito (passivo) de "deixar" é uma oração, situação em que não há flexão verbal. Quando o sujeito é oracional, o verbo permanece na terceira pessoa do singular.
Trata-se, sim, de uma voz passiva, mas o sujeito do verbo (sujeito oracional) está no singular. Veja, abaixo, o texto corrigido:
Num país que se deseja grande, não se deixa educandários fecharem as suas portas.
Ps: No caso da letra e) o sujeito oracional é "ter princípios".