Acerca do uso de próclise aipos a vírgula, encontrei o seguinte comentário no EVP:
Salve, salve!!!
Antes de mais nada, não acredite nesse papinho que "depois de vírgula, não pode próclise". Não é assim que a banda toca, não, hein!
Nessa vida, meu nobre, "tudo" depende. Em Português, então... Ih! Nem se fala!
Respire fundo e leia com calma os comentários.
1- Qual é a única reescritura impossível no que tange à topologia pronominal?
(A) Ele ajeitou-se, concentrou-se e despediu-se. /Ele se ajeitou, se concentrou e se despediu.
(B) Como não o achei, pedi-lhe que me procurasse. /Como não o achei, pedi-lhe me procurasse.
(C) Mesmo quem, diante de situações precárias, encontra-se calmo, padece. /Mesmo quem, diante de situações precárias, se encontra calmo, padece.
(D) Sabemos que a mentira a consome. /Sabemos que a mentira consome-a.
(E) Chamei os alunos que não se falavam. /Chamei os alunos que se não falavam.
COMENTÁRIOS:
(A) Rocha Lima abona as duas construções, em orações coordenadas.
(B) Cegalla diz que a elipse da conjunção não dispensa a próclise.
(C) Bechara abona as duas construções, por mais que a palavra atrativa (quem) esteja separada por intercalações virguladas do pronome oblíquo átono.
(D) Apesar de José Maria da Costa abonar as duas construções, Evanildo Bechara é contra a ênclise, pois, para ele, usa-se a próclise em orações subordinadas, exceto em casos de intercalação com vírgula, o que não é o caso da letra D. Além disso, isso já foi questão de algumas provas (FCC/TRF (1ª Região)/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011/QUESTÃO 6). ESTE É O GABARITO!
(E) Quando há dupla atração, costuma-se colocar o pronome também entre as palavras atrativas. Isso se chama apossínclise. É uma construção rara, mas encontrada na linguagem jurídica e em textos literários clássicos.
Eu, Stenio, espero que isso ajude a alguém, porque, para mim, só fez destruir uma "falsa-verdade-absoluta". Acertei a questão por eliminação...