A “agenda setting” e a “espiral do silêncio”. A mídia ao selecionar determinados temas a serem veiculados, por outro lado apaga os demais temas que não entraram na pauta de informação daquele dia. Um assunto que é noticiado com determinada força no ambiente macro-social acaba colocando no esquecimento outros assuntos não veiculados, mesmo sendo de grande importância para a sociedade.
O termo “agenda setting” significa pauta de fixação, uma forma de direcionar a atenção que os leitores e telespectador de uma reportagem seguirão, ou seja, a mídia aponta quais os temas serão considerados de interesse coletivo. Segundo Walter Lippmann, o conhecimento que as pessoas têm do mundo exterior é formado pela seleção midiática de símbolos presentes no mundo real, criando uma relação entre a agenda midiática e agenda pública.
A “agenda setting” segue fatores condicionados à mensagem e recepção, considerando a necessidade de orientação do público sobre determinado assunto. No quesito mensagem, a análise mais forte está nas manchetes políticas, pois a mídia aponta e interfere na formação da opinião pública a respeito da luta do poder. Neste caso a mídia utiliza como artifícios a dramatização dos acontecimentos nela noticiados, personalização do conteúdo na matéria, e a apropriação de dinâmica nos acontecimentos para acelerar o entendimento do receptor da mensagem.
Na televisão, o “agenda setting” é utilizado em notícias de interesse geral como forma de influencia na agenda pública, ocorre através de uma cobertura intensa num curto espaço de tempo. A teoria da “espiral do silêncio” foi criada por Noelle-Neuman em 1972.
A teoria da “espiral do silêncio” inicia quando há o medo do isolamento social por parte do indivíduos, fazendo o indivíduo se sentir isolado caso discorde da opinião pública dominante imposta pelos veículos de comunicação. O silêncio das opiniões minoritárias, ou colocadas como minoritárias, tende a se tornar cada vez mais isolantes à medida que a opinião geral toma mais força através da mídia.
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