Glicogênio é o carboidrato de armazenamento peculiar ao músculo e fígado dos mamíferos. Trata-se de um grande polímero polissacarídico sintetizado a partir da glicose no processo da glicogênese, sendo armazenado nos tecidos dos animais. O tamanho dessa macromolécula de formato irregular varia desde umas poucas centenas a milhares de moléculas de glicose unidas, em grande parte, como os elos em uma cadeia de linguiças, com alguns pontos de ramificação para a acoplagem de moléculas adicionais de glicose. A síntese do glicogênio a partir da glicose ocorre pelo acréscimo de unidades individuais de glicose a um polímero de glicogênio já existente. Nos seres humanos bem nutridos, cerca de 375 a 475g de carboidratos são armazenados no corpo. Dessa quantidade, cerca de 325g são representados por glicogênio muscular (reserva maior), 90 a 110g são representados por glicogênio hepático (concentração mais alta que representa entre 3 e 7% do peso do fígado) e apenas cerca de 5g estão presentes como glicose sanguínea. Como cada grama de glicogênio contém 4 calorias de energia, a pessoa comum armazena entre 1500 a 2000 calorias na forma de carboidratos. Essa quantidade de calorias é quase suficiente para acionar uma corrida de 32 Km. Vários fatores determinam a velocidade e a quantidade da síntese ou da desintegração do glicogênio. Durante o exercício, o glicogênio muscular é a principal fonte de energia glicídica para os múculos ativos nos quais está armazenada. Em contraste, no fígado o glicogênio é transformado em glicose (sob o controle da enzima fosfatase específica) e transportado no sangue para ser utilizado pelos músculos ativos. O termo glicogenólise descreve esse processo de reconversão, que proporciona um suprimento extramuscular rápido de glicose para a ação muscular.Quando o glicogênio hepático e muscular é depletado através da restrição dietética ou de um exercício extenuante, a síntese de glicose a partir dos componentes estruturais dos outros nutrientes, principalmente as proteínas, aumenta através das vias metabólicas gliconeogênicas Os hormônios desempenha um papel importante na regulação dos depósitos hepáticos e musculares de glicogênio por controlarem o nível de açucar sanguineo circulante (McArdle).