A relação fisiológica entre ventilação e perfusão é 0,8. Desequilíbrios nessa taxa geram hipoxemia, que é a insuficiência de oxigênio no sangue. Esse quadro tem uma série de consequências e pode desencadear lesões graves nos tecidos e mesmo risco de morte. O cérebro é um dos órgãos mais afetados pela hipoxemia – suas células podem morrer em cerca de cinco minutos pela falta de oxigênio.
Assim, é necessário que haja um equilíbrio entre a capacidade de ventilação e a perfusão sanguínea, processos indispensáveis para que as trocas gasosas ocorram de forma adequada, garantindo o funcionamento de todos os órgãos do corpo e a manutenção da vida.
Va/Q= 1 NORMAL
Va/Q= 0 SHUNT
Va/Q= ∞ ESPAÇO MORTO.
A distribuição de ar e de sangue pelo parênquima pulmonar é heterogênea. Dessa forma, a base é mais bem perfundida do que ventilada, enquanto que a ventilação é maior que a perfusão em ápice.
Logo, a relação ventilação/perfusão é maior no ápice do que na base do pulmão. Essas alternâncias entre a ventilação e a perfusão podem gerar diferentes efeitos, entre eles o efeito shunt e o efeito espaço morto.
Áreas do pulmão são adequadamente perfundidas, mas não são adequadamente ventiladas, o que gera hipoxemia. Denomina-se shunt quando a obstrução dos alvéolos é total e efeito shunt é quando a obstrução é apenas parcial.
Áreas do pulmão são adequadamente ventiladas, mas não são adequadamente perfundidas. Isso não gera hipoxemia, gera hipercapnia, porque o sangue que passa capta oxigênio, mas não há área de troca suficiente para eliminar todo o CO2.
Portanto, as diferentes áreas do pulmão sofrem efeitos diferentes, mesmo sob condições normais:
Zona 1 (ápice) – maior V/ menor Q – espaço morto
Zona 2 (intermediária) – equilíbrio
Zona 3 (base)– menor V / maior Q – efeito shunt
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