- ID
- 1154530
- Banca
- FGV
- Órgão
- MPE-MS
- Ano
- 2013
- Provas
-
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Análise de Sistemas
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Arquitetura
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Banco de Dados
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Biologia
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Contabilidade
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Desenvolvimento de Sistemas
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Economia
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia Agronômica
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia Ambiental
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia Civil
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia da Computação
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia Elétrica
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia Florestal
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Engenharia Sanitária
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Geologia
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Informática
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Psicologia
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Serviço Social
- FGV - 2013 - MPE-MS - Analista - Suporte de Redes
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Texto I
Consumo impróprio?
Não existe, provavelmente porque seria inútil, um levantamento sobre formas e maneiras de combater o tráfico e o uso de drogas no Brasil.
A proposta mais recente, que deve ser votada pelo Congresso em fevereiro, tem defensores e críticos. Se transformada em lei, criará a internação compulsória em comunidades terapêuticas para quem for apanhado com drogas. Alguns adversários acham que é castigo excessivo; os que a defendem sustentam que é isso mesmo que a sociedade deseja, mas não há provas disso. O principal problema parece ser a dificuldade de distinguir entre viciados e traficantes.
Uma especialista da ONU, Ilona Szabo, lembra que a quantidade de drogas em poder do cidadão não prova coisa alguma: apenas cria para o traficante a necessidade de ter estoques do produto escondidos e só levar consigo pequenas quantidades de cada vez. Nada mais simples.
Os números da repressão são pouco animadores. Uma pesquisa recente mostrou que, num período de um ano e meio, 66% dos presos com drogas eram réus primários, e quase metade carregava menos de cem gramas de maconha. Ou seja, a repressão está concentrada na arraia- miúda.
O outro lado do combate ao vício, que é a recuperação dos viciados, poderá ganhar impulso se o Congresso aprovar, em fevereiro, um projeto que cria comunidades terapêuticas e estabelece internação obrigatória para desintoxicação.
Nos debates sobre o tema, a questão mais complexa parece ser a distinção entre o vício e o crime - e certamente o grande risco é tratar o viciado como traficante - o que pode acabar por levá-lo mesmo para o tráfico. O projeto que está no Congresso talvez corra o risco de transformar usuários em bandidos.
E há outras propostas curiosas. Um anteprojeto produzido por uma comissão de juristas, por exemplo, sugere a descriminalização do plantio de maconha para uso próprio.
Se vingar, vai criar um trabalhão para a polícia: como garantir que o uso próprio, na calada da noite, não se transforma em consumo impróprio?
(Luiz Garcia, O Globo, 28/12/2012)
“Uma especialista da ONU, Ilona Szabo, lembra que a quantidade de drogas em poder do cidadão não prova coisa alguma: apenas cria para o traficante a necessidade de ter estoques do produto escondidos e só levar consigo pequenas quantidades de cada vez. Nada mais simples”.
No caso desse segmento do texto, o vocábulo “produto” se refere a “drogas”, mostrando a substituição de um termo específico (drogas) por um termo mais geral (produto). Assinale a frase em que ocorre o mesmo processo.