SóProvas


ID
120043
Banca
FCC
Órgão
SERGAS
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A cor do invisível

Certo autor famoso dividiu um livro seu em duas partes: na primeira, contos realistas, na segunda, contos fantásticos. Resultado: tem-se a frustrada impressão de que ficou cada uma das partes amputada da outra, quando na realidade os dois mundos convivem. Por que chamar de invisível ou fantástico a esse mundo de que faz parte a caneta esferográfica com que vou abrindo caminho pelo papel como um esquiador sobre o gelo? Este é o mundo que se vê... e no entanto pertence ao mesmo mundo espiritual que está movendo a minha mão.
Um dia, num poema, ante esse frêmito que às vezes agita quase imperceptivelmente a relva do chão, eu anotei: são os cavalos do vento que estão pastando.
Invisíveis? Disse Ambrosio Bierce que, da mesma forma que há infrassons e ultrassons inaudíveis ao ouvido humano, existem cores no espectro solar que a nossa vista é incapaz de distinguir. Ele disse isso num conto seu, para explicar os estragos e as estrepolias de um monstro que "ninguém não viu".
Mas deixemos de horrores e de monstros - coisas de velhas e crianças - e acreditemos na cor dos seres por enquanto invisíveis para nós, como é chamado invisível este oceano de ar dentro do qual vivemos. Há muitas cores que não vêm nos dicionários. Há, por exemplo, a indefinível cor que têm todos os retratos, os figurinos da última estação, a voz das velhas damas, os primeiros sapatos, certas tabuletas, certas ruazinhas laterais: ? a cor do tempo...


(Adaptado de Mário Quintana, Na volta da esquina)

É preciso corrigir a redação da seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Não Arthur, é convergem mesmo, com G.O erro é o que o verbo convergir não é pronominal.A redação correta seria a seguinte:"Por mais que se insista, a maioria das pessoas prefere acreditar que o real e o imaginário não convergem, mas se afastam":)
  • Por mais que se insista, a maioria das pessoas prefere acreditar que o real e o imaginário não convergem (sem o "SE"), mas se afastam.
  • Bom comentário do colega Paulo.

    Porém fica a pergunta, por que o verbo convergir é não pronominal?

    Simples, porque é um VERBO INTRANSITIVO!

    Outros exemplos: PROLIFERAR e SOBRESSAIR

    O aluno sobressaiu entre os demais.

    Devemos combater o mosquito da dengue, caso contrário ele pode proliferar.
  • arthur Nobre Borges , você está absolutamente equivocado. A regra do "agem", "igem" e "ugem" só funciona com formação de substantivo com estas terminações. "Convergem" é verbo conjugado na terceira pessoa do plural no presente do indicativo. O erro é fazer do verbo "convergir", como disse acertadamente o colega Paulo, um verbo pronominal.

  • Uma salva de palmas ao PAULO SAMPAIO.

    Fui pesquisando e encontrei isso daqui também (no site ciberdúvidas):

    [Gostaria de saber se é possível utilizar o verbo convergir sem complemento: 
    "... à medida que as atitudes e os objetivos convergem."

    Embora o verbo convergir se construa normalmente com preposição (“para”, “em” ou “sobre”) e respectivo complemento, pode ocorrer a supressão deste, porque perceptível pelo contexto, ou pode o verbo não apresentar complemento, se os elementos do sujeito (plural ou composto) convergirem um no outro, como, por exemplo,  "Os nossos interesses convergem. ( = são convergentes)."]

  • d-

    convergir- encaminhar a um ponto comum. guiar a uma mesma direção; dirigir-se. NAO USA PRONOME REFLEXIVO