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ID
1204960
Banca
FCC
Órgão
TRF - 5ª REGIÃO
Ano
2003
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       Segurança

       O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os play-grounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, a segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados. (...)
       Mas os assaltos continuaram. (...)
       Foi reforçada a guarda, construíram uma segunda cerca. As famílias com mais posses mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.
       E ninguém pode sair.
       Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.
       Mas surgiu outro problema.
As tentativas de fuga. E há motins constante de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.
       A guarda tem sido obrigada a agir com energia
.

                                               (Luis Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola)

É preciso corrigir e tornar clara a redação da frase:

Alternativas
Comentários
  • ERRO D: Justificativa: SENÃO x SE NÃO - correto seria usar se não

    Note a diferença entre os dois a partir do que o Professor Pestana em sua gramática: 

    forma se não é constituída de conjunção condicional se + o advérbio de negação não (iniciando orações subordinadas adverbiais condicionais – normalmente os verbos dessa oração estão no modo subjuntivo e/ou indicando hipótese). Bizu: se puder tirar o não da frase, usa-se se não (separado). E mais: podemos, neste caso, substituir se não por caso não. – Se não estudar, não passará. (Se estudar, passará. / Caso não estude, não passará.) A forma se não é constituída de conjunção integrante se + o advérbio de negação não. – Ele perguntou se não iríamos à festa. (Ele perguntou se iríamos à festa.). 

    Já a forma senão é usada nos seguintes casos: quando é uma preposição acidental indicando exceção (pode ser substituído por afora, exceto, salvo, a não ser); quando é uma conjunção adversativa (pode ser substituído por mas, mas sim; normalmente

    a oração introduzida por esta forma apresenta verbo implícito); quando é uma conjunção aditiva (vem depois de não só/não apenas/não somente, equivalendo a mas também); substantivo (com sentido de problema, falha, erro); quando vem depois de verbo no imperativo ou verbo indicando opinião, sugestão, recomendação (neste caso, o senão pode ser interpretado de duas maneiras: conjunção condicional “se” aglutinada ao advérbio de negação “não” (seguido de verbo da oração anterior implícito + outro verbo; equivalendo a do contrário) ou conjunção alternativa (seguido de verbo da oração anterior implícito, mas sem verbo algum depois; equivalendo a ou). Vejamos o exemplo: – Nada pode derrubar minha confiança senão as palavras de minha amada, pois que coisa sou eu senão seu escravo? (= exceto, salvo, a não ser)


  • GABARITO: D

  • O gabarito é a questão errada !