SóProvas


ID
1239862
Banca
FGV
Órgão
AL-MT
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                               Degenerados 
   Descobriram num apartamento da cidade de Augsburg, perto
de Munique, Alemanha, mais de 1400 quadros desaparecidos
durante a Segunda Guerra Mundial. Os quadros incluem pinturas
e desenhos de expressionistas alemães como Georg Grosz e Max
Beckmann mas também de artistas como Matisse, Chagal, Renoir,
Toulouse-Lautrec, Picasso e outros mestres europeus.
A descoberta, segundo o "New York Times", foi há algum tempo,
mas as autoridades alemãs só a noticiaram agora porque temiam
que a revelação aumentasse a grossa confusão sobre a
propriedade das obras encontradas.
   Elas são, obviamente, produto da pilhagem de museus e
coleções privadas dos territórios invadidos pelos nazistas na
guerra. Mas estavam no apartamento de um descendente de
Hildebrand Gurlitt, que, apesar de ser judeu, foi o escolhido por
Goebbels para avaliar e ajudar a vender os quadros e era,
legalmente, o dono do tesouro.
   As obras incluem o que Hitler chamava de arte "degenerada"
- os expressionistas alemães, principalmente - que pela sua
vontade deveria ser destruída, e as de grande valor comercial,
cuja venda reforçaria os cofres do Terceiro Reich. Mas na
promiscuidade do achado não se distingue umas das outras, e
não deixa de haver uma triste ironia no fato de os mestres do
impressionismo francês, por exemplo, estarem de novo na
companhia de "degenerados", como no famoso Salão dos
Rejeitados em Paris, que reuniu os enjeitados pelos acadêmicos
da época, e de onde saiu a grande arte do século XIX.
   Ainda existem milhares de obras de arte desaparecidas na
guerra, das quais não se tem notícia. Mas aos poucos elas
reaparecem. Arte é difícil de matar. Inclusive a "degenerada". Há
pouco estive num museu em Munique em que havia uma
exposição dos expressionistas alemães. Todos mortos, e todos
vivíssimos.
     (VERÍSSIMO, Luiz Fernando. O Globo, 10/11/2013) 


"As obras incluem o que Hitler chamava de arte "degenerada" - os expressionistas alemães, principalmente - que pela sua vontade deveria ser destruída, e as de grande valor comercial, cuja venda reforçaria os cofres do Terceiro Reich. Mas na promiscuidade do achado não se distingue umas das outras, e não deixa de haver uma triste ironia no fato de os mestres do impressionismo francês, por exemplo, estarem de novo na companhia de "degenerados", como no famoso Salão dos Rejeitados em Paris, que reuniu os enjeitados pelos acadêmicos da época, e de onde saiu a grande arte do século XIX".
Nesse penúltimo parágrafo do texto há, segundo a norma culta, um erro formal de gramática, localizado no seguinte termo sublinhado:

Alternativas
Comentários
  • letra b):

    se distingue umas das outras - se distinguem - pronome reflexivo recíproco.

  • Mas na promiscuidade do achado não se distingue umas das outras

    achado e distingue, na frase formam uma locução verbal, como o "não" está no meio dessa LV ele não é atrativo do pronome, logo é caso de ênclise: .... achado não distingue-se ...
  • Não entendi esta. ????

  • O correto seria "não se distinguem". Há, portanto, neste trecho, equívoco quanto a concordância verbal.

  • Eu apassivei a frase e acertei. 

  • Medianeira Medianeira não é dessa forma. É só você apassivar a frase, o verbo fica no plural distinguem.

  • "distingue"....não estaria concordando com "promiscuidade"??

  • O que não se distingue umas das outras? as obras

    Mas na promiscuidade do achado (as obras)  não se distingueM umas das outras

    Encontrei dessa forma, não sei se está correto.

  • Acho que precisamos urgentemente da ajuda de um professor de Português!

  • “Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”.

    Ex:

    O projeto, cujo funcionário responsável está viajando, já está pronto.

    A empresa, cuja fachada foi destruída pelo fogo, será reformada em breve.

    Portanto, realmente o gabarito é a letra B.

  • a) cuja – ideia de posse, o referente é obras de grande valor comercial, o substantivo obras é referenciado pelo pronome demonstrativo as de grande valor.(as de grande valor = aquelas de grande valor = obras de grande valor)

    b) se distingue – quem ou o que se distingue? R- obras, então o correto é as obras não se distinguem. (GABARITO)

    c) de os – Correto, não houve contração da preposição de com o artigo os antes do sujeito mestres.

    d) estarem – Correta a flexão verbal, concorda com o sujeito mestres,

    e) de onde – Correto. O pronome relativo onde pode se referir a um local físico ou virtual, aqui nós temos que está retomando a palavra época, a preposição de é exigida pelo verbo sair e antecedente o pronome relativo onde.

  •  

    O erro está na concordância. O ''se'' é apassivador e o verbo ''distingue'' deve concordar com o sujeito ''umas das outras''.

    ... não se distinguem umas das outras... 

  • O índice de erros não condiz com o grau de dificuldade da questão; não era complicada, uma simples questão de concordância; como fala de UMAS E OUTRAS, então não se DISTINGUEM

  • Onde está o sentido de possuidor/possuído no emprego do "CUJA"???????

  • oxi, questão de concordância? eu coloquei pronome relativo --"