- ID
- 127018
- Banca
- FCC
- Órgão
- AL-SP
- Ano
- 2010
- Provas
-
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Arquitetura
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Direito
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Direito (Finanças e Orçamento)
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Economia-Administração-Ciências Contábeis
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Enfermagem
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Engenharia Elétrica
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Gestão de Projetos
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - História
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Pedagogia
- FCC - 2010 - AL-SP - Agente Técnico Legislativo Especializado - Psicologia
- FCC - 2010 - AL-SP - Engenheiro Civil - Agente Técnico Legislativo Especializado
- FCC - 2010 - AL-SP - M
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Espaço e tempo modernos
Nota-se nos romances mais representativos do século XX uma modificação análoga à que sucedeu com a pintura moderna, modificação que parece ser essencial à estrutura do modernismo. À eliminação do espaço ou da ilusão do espaço, na pintura, parece corresponder, no romance, a da sucessão temporal. A cronologia e a continuidade temporal foram abaladas, "os relógios foram destruídos". O romance moderno nasceu no momento em que Proust, Joyce e Gide começam a desfazer a ordem cronológica, fundindo passado, presente e futuro, fazendo prevalecer o princípio da simultaneidade sobre o da sucessão temporal.
A visão de uma realidade mais profunda, mais real que a do senso comum, é assim incorporada à forma total da obra de arte. O homem já não vive "no tempo", ele passa a "ser tempo", ou seja, a carregar dentro de si a dimensão de um tempo que não apenas flui, mas que problematiza a si mesmo.
(Adaptado de Anatol Rosenfeld. Texto/contexto)
Atente para as seguintes afirmações:
I. O que há em comum entre a pintura e o romance está num novo tipo de consciência do tempo, pela qual se abole a sucessão de uma cronologia convencional.
II. Nos romances de Proust, Joyce e Gide, a expressão do tempo começou a não mais corresponder à do senso comum, tornando-se mais complexa e mais consciente de si mesma.
III. Deve-se entender com a expressão "os relógios foram destruídos" que, na modernidade, a passagem do tempo deixou de ter qualquer relevância.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma em