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ID
127024
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Espaço e tempo modernos

Nota-se nos romances mais representativos do século XX uma modificação análoga à que sucedeu com a pintura moderna, modificação que parece ser essencial à estrutura do modernismo. À eliminação do espaço ou da ilusão do espaço, na pintura, parece corresponder, no romance, a da sucessão temporal. A cronologia e a continuidade temporal foram abaladas, "os relógios foram destruídos". O romance moderno nasceu no momento em que Proust, Joyce e Gide começam a desfazer a ordem cronológica, fundindo passado, presente e futuro, fazendo prevalecer o princípio da simultaneidade sobre o da sucessão temporal.
A visão de uma realidade mais profunda, mais real que a do senso comum, é assim incorporada à forma total da obra de arte. O homem já não vive "no tempo", ele passa a "ser tempo", ou seja, a carregar dentro de si a dimensão de um tempo que não apenas flui, mas que problematiza a si mesmo.


(Adaptado de Anatol Rosenfeld. Texto/contexto)

O senso comum vê o tempo apenas como um constante fluir, não distingue o tempo como um fenômeno complexo, nem considera o tempo como uma realidade interior; muitos chegam mesmo a confundir o tempo com os ponteiros de um relógio.

Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

Alternativas
Comentários
  • Em todas as expressões grifadas, os verbos (dintinguir, considerar e confundir) são transitivos diretos, portanto, o complemento deve ser um objeto direto, nesse caso, "o tempo", então o pronome adequado é o "o" nos dois primeiros casos e o "lo" no último.
    Nos verbos "distingue" e "considera", há a presença de uma partícula de negação anteposta a eles, ou seja, são casos de próclise e por isso tais partículas atraem o pronome para antes do verbo.

    Bons estudos.
  • PALAVRAS NEGATIVAS ATRAM OS PRONOMES...

  • Comentário objetivo:

    O senso comum vê o tempo apenas como um constante fluir, não distingue o tempo como um fenômeno complexo, nem considera o tempo como uma realidade interior; muitos chegam mesmo a confundir o tempo com os ponteiros de um relógio.

    Em todas as construções, pos verbos destacados (distinguir, considerar e confundir) são VTD, portanto exigem objeto direto. Na forma pronominal, esse objeto é representado pelo "o" e suas alterações gráficas (lo(s), la(s), no(s), na(s)).

    Na primeira e na segunda construção, temos uma palavra invariável, "não" e "nem" respectivamente, que são atrativas do pronome oblíquo, formando uma próclise. Assim, o correto para ambas as construções é o distingue e o considera.

    Na terceira construção, o verbo no infinitivo aceita tanto a construção pronominal proclítica (antes do verbo) quanto a enclítica (após o verbo). É facultativo. No entanto, como já dito anteriormente, o verbo "confundir" é VTD, exigindo o objeto direto representado pela forma promonominal "o". Assim, o correto é confundi-lo.