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Gab. A
As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras fontes literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna, remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade.
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Fui na C fácil, mas olhando este : "...Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a reescreve..."
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Fiquei entre a letra "C" e a "A", e acabei escolhendo a primeira. Errei.
A letra C) está correta até o ponto em que fala que Shakespeare se utilizava da paródia, cujo significado, segundo o dicionário, é: Imitação burlesca, irônica. Escrito satírico que imita uma obra literária. (fonte: http://www.dicio.com.br/parodia/). Certo estaria se tivesse escrito "recriá-la".
Já a letra A) afima que "Depreende-se do contexto que o autor lança mão do conceito de “mimesis” para explicitar que, em sua obra: 1-Suassuna se apropria da literatura sertaneja; 2- reelaborando-a com um estilo próprio.
Ela está correta devido a vários argumentos explícitos no texto. Para melhor compreender, vamos por partes, buscando pistas no texto:
"A peça Auto da Compadecida, de Suassuna é uma releitura do folclore nordestino em linguagem teatral moderna. ( esse trecho dá uma pista sobre a questão da reelaboração da literatura por Ariano Suassuna). O enredo da peça é um trabalho de montagem e moldagem baseado em uma tradição muito antiga, que remonta aos autos medievais e mais diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do cordel". (literatura nordestina)
As apropriações de Suassuna tanto do folheto nordestino quanto de outras fontes literárias são possíveis porque (ele apropriou-se da literatura sertaneja) a palavra imitação, usada por Suassuna, remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade. Suassuna já fez diversos elogios da imitação como ato de criação e costuma dizer que boa parte da obra de Shakespeare vem da recriação de histórias mais antigas.(Shakespeare reelaborava histórias, à semelhança do que o autor disse que Ariano Suassuna fazia).
Autoral é apenas a forma textual dada à história por cada um que a reescreve.(Aqui novamente aparece a ideia de reelaboração do texto).
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7º parágrafo:
Recontar
uma história alheia, para o cordelista e para o dramaturgo popular, é
torná-la sua, porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma
vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio
público. Autoral é apenas a forma
textual dada à história por cada um que a reescreve.
Conclusão:
Portanto, para o Suassuna recontar uma história alheia é torná-la sua (reescrevê-la
de seu modo), porque existe na cultura popular a noção de que a história, uma
vez contada, torna-se patrimônio universal e transfere-se para o domínio
público. Para o autor do texto, a história fica para humanidade, apenas a forma
textual pertence ao autor do poema, texto, livro, etc.
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Resumo do texto:
As
apropriações de Suassuna são possíveis porque a palavra imitação, usada por ele,
remete-nos ao conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa
apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de
uma realidade. Para justificar essa ideia, temos a peça Auto da Compadecida. Nela
Suassuna recria uma história com base em uma linguagem teatral moderna. Para Suassuna recontar
uma história alheia é torná-la sua, com suas características. Para o autor do
texto, a história fica para humanidade, apenas a forma textual pertence ao
autor do poema, texto, livro, etc. Logo, podemos concluir que o autor
cordelista usava uma base (em regra de contos antigos) e, em seguida,
desenvolvia o texto com suas características.
Síntese:
Suassuna, em regra, faz recriação de histórias.
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5º parágrafo:
A peça
Auto da Compadecida, de
Suassuna, é uma releitura do folclore
nordestino em linguagem
teatral moderna. O enredo da peça é um trabalho de montagem e moldagem
baseado em uma tradição muito antiga, que remonta aos autos medievais e mais
diretamente a inúmeros autores populares que se dedicaram ao gênero do cordel.
Aqui nós temos uma justificativa maior da tese, uma
comprovação com dados (a peça Auto da Compadecida). Aqui o autor indica que Suassuna
recriava histórias. Usava uma base (em regra de contos antigos) e desenvolvia o
texto depois com suas características.
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6º parágrafo:
As
apropriações de Suassuna tanto do
folheto nordestino quanto de outras fontes literárias são possíveis porque a palavra imitação, usada por Suassuna,
remete-nos ao conceito aristotélico
de mimesis, cujo significado não
representa apenas uma repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma realidade.
Suassuna já fez diversos elogios da imitação como ato de criação e costuma
dizer que boa parte da obra de Shakespeare vem da recriação de histórias mais antigas.
A tese: As apropriações de
Suassuna são possíveis porque a palavra imitação, usada por ele, remete-nos ao
conceito aristotélico de mimesis, cujo significado não representa apenas uma
repetição à semelhança de algo, uma cópia, mas a representação de uma
realidade. Suassuna, em regra, faz recriação de histórias.
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Escreva
3º parágrafo:
No final
do século XIX, surgiu no Nordeste a
chamada literatura de cordel. A primeira publicação de folheto no Nordeste,
historicamente comprovada, aconteceu
em 1870.
Obs.: novamente outro parágrafo
narrativo. Veja as datas! Narração: é o relato de uma ou mais fatos ou acontecimentos
reais ou fictícios, em que sequência
lógica, com inclusão de personagens e desenrolando-se na linha do tempo,
um após o outro. (sequência de ações). Obs: Há o
personagem-observador e o personagem-narrador.
Para
narração o tempo é fundamental, bem como verbos de ação.
4º parágrafo:
O nome cordel originou-se
do fato de os folhetos serem expostos em cordões, quando vendidos nas feiras
livres. O principal nome do cordel foi
Leandro Gomes de Barros, considerado por Ariano Suassuna “o mais genial de
todos os poetas do romanceiro popular do Nordeste”.
Segue em narração. Na
narração usa-se muito verbo no pretérito perfeito.
seu comentário...
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2º parágrafo:
Com apenas
19 anos, Suassuna ligou-se a um
grupo de jovens escritores e artistas. As atividades que o grupo desenvolveu
apontavam para três direções: levar o teatro ao povo por meio de apresentações
em praças públicas, instaurar entre os componentes do conjunto uma problemática
teatral e estimular a criação de uma literatura dramática de raízes fincadas na
realidade brasileira, particularmente na nordestina.
Obs.: novo parágrafo narrativo.
Ele narra sua trajetória. Veja: “com apenas 19 anos,...”
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1º parágrafo:
O caldo cultural do Nordeste, particularmente do sertão, foi primordial na formação do
paraibano Ariano Suassuna. A infância
passada no sertão familiarizou o futuro escritor e dramaturgo com temas
e formas de expressão artística que mais tarde viriam a influenciar o seu
universo ficcional, como a literatura de cordel e o maracatu rural. Não só
histórias e casos narrados foram
aproveitados para o processo de criação de suas peças e romances, mas também
todas as formas da narrativa oral e da poesia sertaneja foram assimiladas e
reelaboradas por Suassuna. Suas obras se caracterizam justamente por isso, pelo
domínio dos ritmos da poética popular nordestina.
Obs.: parágrafo típico
narrativo. Ele narra sua trajetória. Isso de modo geral!
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Em
regra, os textos da FCC assim se dispõem:
-tese
(é aquilo que o autor pensa, sua ideia principal – suas declarações; sobre
aquilo que irá falar. Como se acha a tese? Procure verbo na primeira pessoa;
adjetivos que possam indicar subjetividade, consequentemente indicando
pensamentos do autor do texto);
-argumentos
(é o desenvolvimento; pode ter um, dois, três, etc. Argumentos são: exemplos,
fatos históricos, números e opiniões de terceiro);
-conclusão
(síntese da tese).
Obs.:
em regra, não se encontra a “tese” em uma afirmação negativa (parágrafo). Também
não se encontra a “tese” em um parágrafo com característica narrativa (ex.:
verbos no passado, com datas, etc).
Outro
dado importante é que nem sempre a tese estará no primeiro parágrafo. Ela pode
vir no meio, ou até mesmo no fim do texto.
Em
texto da FCC quando ela pede, por exemplo: “depreende-se do texto”; “infere-se
do texto” a resposta poderá ser encontrada na conclusão (ou na própria tese).
Por quê? Pois depreender é traz uma ideia global do texto. Traz a essência do
texto (aquilo de mais relevante, segundo as palavras do autor. Cuidado, não é
aquilo que você acha!).
Obs.:
nem sempre a conclusão está no último parágrafo. Fique ligado com os conectivos
de conclusão, a saber: assim, logo, portanto, etc.
Veja no
exemplo:
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Por que não pode ser a letra "C"?
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A resposta não é a letra C porque o texto não fala que Shakespeare fez uma paródia. Extrapolou o texto.
Gab A