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ID
1368760
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I
                                             A maçã não tem culpa

    Pela lenda judaico-cristã, o homem nasceu em inocência. Mas a perdeu quando quis conhecer o bem e o mal. Há uma distorção generalizada considerando que o pecado original foi um ato sexual, e a maçã ficou sendo um símbolo de sexo.
    Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia, Adão e Eva já tinham filhos pelos métodos que adotamos até hoje. Não usaram proveta nem recorreram à sapiência técnica e científica do ex-doutor Abdelmassih. Numa palavra, procederam dentro do princípio estabelecido pelo próprio Senhor: “Crescei e multiplicaivos". O pecado foi cometido quando não se submeteram à condição humana e tentaram ser iguais a Deus, conhecendo o bem e o mal. A folha de parreira foi a primeira escamoteação da raça humana.
    Criado diretamente por Deus ou evoluído do macaco, como Darwin sugeriu, o homem teria sido feito para viver num paraíso, em permanente estado de graça. Nas religiões orientais, creio eu, mesmo sem ser entendido no assunto (confesso que não sou entendido em nenhum assunto), o homem, criado ou evoluído, ainda vive numa fase anterior ao pecado dito original.
    Na medida em que se interioriza pela meditação, deixando a barba crescer ou tomando banho no Ganges, o homem busca a si mesmo dentro do universo físico e espiritual. Quando atinge o nirvana, lendo a obra completa do meu amigo Paulo Coelho, ele vive uma situação de felicidade, num paraíso possível. Adão e Eva, com sua imensa prole, poderiam ter continuado no Éden se não tivessem cometido o pecado. A maçã de Steve Jobs não tem nada a ver com isso.
    Repito: o pecado original não foi o sexo, o ato do sexo, prescrito pelo próprio latifundiário, dono de todas as terras e de todos os mares. A responsabilidade pelo pecado foi a soberba do homem em ter uma sabedoria igual à de seu Criador.

                                                                                           (Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo)

                             “Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia”.

Essa frase do texto poderia ser reescrita corretamente, na forma nominalizada, do seguinte modo:

Alternativas
Comentários
  • Vamos lá comentar mais uma dessa prova :


     O próprio termo nominalizar já diz que  a questão quer.Nominal lembra nome e nome lembra substantivo. "Quando ocorreu" tem um verbo.É só buscar a alternativa que troca por um substantivo.A letra A faz isso logo de cara : Quando da ocorrência.A letra  E é parecida , mas não está escrita corretamente , já que muda o sentido. Na significa em + a. Em é diferente de quando.

  • Gabarito A.

    nominalização" ao conjunto de processos que formam substantivos a partir de adjetivos e. sobretudo, de verbos.

    Mais exemplos:

    a. João achou mais importante pintar as janelas.

     João achou mais importante a pintura das janelas.

    b.O governo queria que a economia crescesse a qualquer custo.

    O governo queria o crescimento da economia a qualquer custo.


    c. João ter vindo foi um absurdo.

     A vinda de João foi um absurdo.

  • as alternativas b, c ,d  trazem verbos: ocorrido, ocorrer, ocorreu
    a alternativa e traz substantivo, porém não se encaixa corretamente ao texto por causa do "NA"

    gabarito a

  • Ainda não entendi porque a letra A. "Quando" e "no momento em que" são conjunções subordinativas adverbiais temporais e por isso podem ser substituídas. Não entendi porque errei ao marcar letra D. 

  • Vamos lá, vivendo e aprendendo com a FGV!

    Nominalização de Verbos/Adjetivos é utilizar-se da Derivação Regressiva ou Derivação Imprópria --> transformar Verbos e Adjetivos em Substantivos 


    "Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia" = Verbo 

    "Quando da ocorrência do episódio narrado na Bíblia" = Substantivo 

  • Bárbara Faria, porque o termo ocorreu na D é um verbo. A questão pede a forma NOMINAL.

  • Forma nominal é diferente de forma nominalizada!

    Forma nominal do verbo: infinitivo, gerúndio, particípio.

    Forma nominalizada do verbo: derivação regressiva ou imprópria.

  • Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia”.

    Verbo "ocorreu" deverá ser transformado em  Substantivo, para que seja nominalizada. Lembrando que todo o complemento nominal começa com uma preposição, já daria pra matar a questão...

    Alternativa a) Quando "da ocorrência"....




  • “Quando (conj. temporal)  ocorreu o episódio (objeto direto)  narrado na Bíblia”. 

    Essa frase do texto poderia ser reescrita corretamente, na forma nominalizada (APENAS NOMES, NÃO PODE TER VERBOS) , do seguinte modo:


      a) “Quando da ocorrência do episódio narrado na Bíblia”.( É A RESPOSTA- mantém a conjunção- mantém o objeto direto- não tem verbo) 
      b) “Após o ocorrido narrado na Bíblia”. (não tem o objeto direto) 
      c) “Ao ocorrer o episódio narrado na Bíblia”. (tem verbo-ocorrer) 
      d) “No momento em que o episódio narrado na Bíblia ocorreu”. (tem verbo - errado)
      e) “Na ocorrência do episódio narrado na Bíblia”. (naõ tem a conjunção temporal)
     

  • Não se pode dizer que na letra A não tem verbo. tem sim, só que na forma nominal (NARRADO é verbo no particípio)

    Mas a questão está certa! Apenas o comentário do professor está equivocado ao dizer que na letra A não tem verbo.

  • Frase nominalizada é quela que só tem nome, podendo fazer a substiuição do verbo por um nome correspondente.

     

                 “Quando ocorreu o episódio narrado na Bíblia”. 

                 “Quando da ocorrência do episódio narrado na Bíblia”.