SóProvas


ID
1393309
Banca
VUNESP
Órgão
PC-CE
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ficção universitária

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito, que consta da Constituição, de que pesquisa e ensino são indissociáveis. É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados, tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino.

O Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20 universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das 20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa. Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja capaz de ensinar.

O gasto médio anual por aluno numa das três universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em renúncias fiscais.

Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas. E o Brasil precisa aumentar rapidamente sua população universitária. Nossa taxa bruta de escolarização no nível superior beira os 30%, contra 59% do Chile e 63% do Uruguai.

Isso para não mencionar países desenvolvidos como EUA (89%) e Finlândia (92%). Em vez de insistir na ficção constitucional de que todas as universidades do país precisam dedicar-se à pesquisa, faria mais sentido aceitar o mundo como ele é e distinguir entre instituições de elite voltadas para a produção de conhecimento e as que se destinam a difundi-lo. O Brasil tem necessidade de ambas.

(Hélio Schwartsman. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br, 10.09.2013. Adaptado)

Considere o seguinte trecho do texto.

Os dados do Ranking Universitário publicados em setembro de 2013 trazem elementos para que tentemos desfazer o mito...

Assinale a alternativa em que os pronomes que substituem as expressões em destaque estão corretamente empregados, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

Alternativas
Comentários
  • Letra C

     Se o verbo terminar em som nasal (am, em, -ão), os pronomes assumem a forma NO, NA, NOS, NAS.

    Se o verbo terminar em R, S, ou Z, perde essas consoantes e os pronomes assumem a forma LO, LA, LOS, LAS.

  • RESPOSTA C 

    Dica:  tentar primeiro substituir na frase, conforme regra citada pela colega, e depois procurar nas alternativas. 

    E  complementando: 

    LHE: é usado para fazer referencia ao objeto indireto + pessoa = .....a Maria, ....ao João. 

  • Os pronomes oblíquos funcionam como complementos verbais, ou seja, como objeto direto ou objeto indireto. 

    O(s), A(s) são sempre objetos diretos, pois substituem complementos verbais sem preposição. Se os verbos terminarem em R,S,Z essas letras finais desaparecem e o pronome ganha a letra L: Lo(s), La(s); se os verbos terminarem em som nasal (M e Til) o pronome ganha a letra N: No(s), Na(s).

    Lhe, Lhes são sempre objeto indireto, pois substituem complementos verbais com preposição. OBS: Lhe(s) só substituem objetos indiretos iniciados pelas preposições A ou PARA.

    Na questão, ambos os verbos são O.D. Além disso, trazem termina com som nasal e desfazer termina com R, portanto ficará trazem-nos e desfazê-lo.

  • Alternativa C, é só entender um pouco de pronomes oblíquos que fica fácil acertar.

  • Quando o pronome for "nos" devemos analisar o contexto em que se insere .


  • Na frase, os dois complementos dos verbos são diretos. 


    Palavras terminadas em m, ão ... --> no, na (s)
    Palavras terminadas em r, s, z --> Lo, la (s)
  • Esse macete de verificar a existência de preposição realmente funciona.

  • LHE só é usado para pessoas.
    Dados do Ranking são pessoas? Mito é pessoa? Não.
    Letra A, B e D já está errado.

    Trazem (v.t.d) termina com M, logo chama o pronome oblíquo NO.

    Desfazer (v.t.d) termina com R, logo chama o pronome oblíquo LO.

    Acredito que sabendo a regra do LHE, bastaria um pouco de bom senso que a Letra C seria mais interessante que a E;

    GABARITO
    "C"

  • O que trazem? os dados - trazem-nos

    O que desfaz? o mito - desfazê-lo.


  • Se quer mudar, comece:Na questão em pauta temos que observar a transitividade dos verbos. O verbo trazer e desfazer são  VTD (Verbos Transitivos Diretos), não pedem preposição, usa-se pronome oblíquo átono "lo" nesses casos.

    (...) a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. (Jo 1:17).
  • Gabarito C.

    Os pronomes oblíquos “o, a, os, as, lo, la, los, las, no, na, nos, nas” funcionam somente como objeto direto, pois substituem complementos verbais sem preposição.

    O pronome “lhe” ocupou a função de objeto indireto, pois em todos os casos identificamos a presença da preposição.


  • Pessoal, tem nada disso de chamar pronome oblíquo átono "no, lo" não... O pronome oblíquo é o "o", normalmente. No entanto, contração junto a um verbo terminado em S, R, Z (acrescenta-se o L) e a um verbo terminado em som nasal (trazem = acrescenta o N).

  • Esses comentários são os "bichos", aprendo muito neles. É isso. Suedilson. 

  • THIAGO LUCA, vou me intrometer apenas para fazer um adendo ao seu comentário: BECHARA abona o uso do LHE tanto para pessoa quanto para coisa e há bancas que seguem Bechara da primeira à última página das suas obras. Já vi questões da ESAF que consideraram o lhe conforme sublinhado por Bechara. Hoje não sei, pois ultimamente tenho observado que ela "anda muito" com o Sacconi.

    É só uma complementação, galera. Peace! 
  • GABARITO C

    - Se o verbo terminar em som nasal (am, em, -ão), os pronomes assumem a forma NO, NA, NOS, NAS.

    Exemplo:

    Praticam » praticam-nas.

    Dispõe » dispõe-nos.

    - Se o verbo terminar em R, S, ou Z, perde essas consoantes e os pronomes assumem a forma LO, LA, LOS, LAS.

    Exemplo:

    Compôs » compô-lo.

    Perder » perdê-lo.


  • Valeu Thiago Luca, explicação melhor aqui LHE somente é usado para pessoas sobrando apenas as letras C e E...

    Temos a C como correta

  • "2013 os trazem" ou " 2013 trazem-nos".

    "que o tentemos desfazer" ou "que tentemos desfazê-lo".

  • Dica do professor Marcelo Bernardo, usa-se, lo, la, los, las, quando a terminação for RaZoeS (razões)...

  • ----->       o, a, os, as (que viram -lo, -la, -los, -las diante de verbos terminados em ( R, S, Z) 

    BIZU:

    S= La, Lo, (s)

    --------------------------------------------------------------

    ou viram -no, -na, -nos, -nas diante de verbos terminados em ditongo nasal


    (exceto os verbos no futuro do indicativo).


    Comprei uma casa. (Comprei-a.) /

    Vou comprar uma casa (Vou comprála.)


    Eles compraram uma casa. (Eles compraram-na.)

     

     

  • Excelente explicação do Prof. Arenildo.

  • eu honestamente chutei, li várias vezes e tentava ver o que ficava melhor aos ouvidos, mas explicações são ótimas, muito boa essa do Thiago Luca

     

    LHE só é usado para pessoas.
    Dados do Ranking são pessoas? Mito é pessoa? Não.
    Letra A, B e D já está errado.

    Trazem (v.t.d) termina com M, logo chama o pronome oblíquo NO.

    Desfazer (v.t.d) termina com R, logo chama o pronome oblíquo LO.

    Acredito que sabendo a regra do LHE, bastaria um pouco de bom senso que a Letra C seria mais interessante que a E;

    GABARITO
    "C"

  • Aprendi assim com VTD não pode ser usado LHE logo eliminei a b d, se o verbo termina em M logo tem que ser NO ou NA, ai achei o gtabarito 

  • GABARITO C

     

    Regrinha bem básica para resolvermos essas questões rapidinho: 

     

    1) Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os pronomes: o, a, os, as não se alteram.

     

    exs.: Chame-o agora.

            Deixei-a mais tranquila.

     

    2) Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes finais alteram-se para lo, la, los, las.

     

    exs.: (Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.

            (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.

     

    3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.

     

    exs.:  Chamem-no agora. 

             Põe-na sobre a mesa.

     

     

    bons estudos.