"A reportagem com auxílio do computador é mais conhecida pelas siglas que a representam: RAC ou CAR (em inglês, de computer-assisted reporting).
Filha do jornalismo de precisão, trata-se de um conjunto de técnicas de reportagem que usam o computador como ferramenta principal. O objetivo é ganhar velocidade e precisão na apuração e análise de grandes quantidades de dados quando se escreve uma reportagem. Entre essas técnicas destacam-se pesquisa avançada na internet, uso de planilhas eletrônicas, desenvolvimento de bancos de dados -além de conceitos estatísticos emprestados às Ciências Sociais.
O RAC foi desenvolvimento originalmente nos EUA e seu pioneiro foi Philip Meyer [1], que usou um computador mainframe para analisar dados de uma pesquisa sobre moradores de Detroit que participaram das revoltas de 1967. A técnica se popularizou nos anos 80 com a implantação de microcomputadores nas redações norte-americanas. O primeiro Prêmio Pulitzer, o mais prestigioso entre jornalistas nos EUA, veio em 1988, para uma reportagem que usou técnicas de RAC para desvendar a discriminação na liberação de financiamentos habitacionais em Atlanta.
No Brasil, a técnica começou a ser usada a partir de 1995, com a difusão da internet comercial. As primeiras reportagens mais aprofundadas começaram a ganhar espaços nobres na primeira página da Folha de S.Paulo, realizadas por jornalistas como Jose Roberto de Toledo e Fernando Rodrigues.
O primeiro Prêmio Esso foi conquistado por jornalistas de O Globo em 2005, com uma investigação sobre o enriquecimento de políticos do Estado do Rio de Janeiro.
A entidade que mais promove as técnicas de RAC no Brasil é a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji)."
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reportagem_com_aux%C3%ADlio_do_computador