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ID
1508308
Banca
FCC
Órgão
MPE-CE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto abaixo.
    
                                         Litorais recortados

       Um modelo desenvolvido por físicos da Universidade Federal do Ceará (UFC) e do Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH)  é o primeiro a simular em computador uma variedade considerável de contornos possíveis que as linhas costeiras podem assumir. Os  autores do trabalho são os primeiros a admitir que é uma abordagem simplificada de um fenômeno complexo. Mas esperam que o
modelo, que explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, possa no futuro auxiliar o monitoramento da erosão  marítima, uma preocupação constante das cidades litorâneas.
     “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones e litorais não são círculos", disse certa vez o matemático francês Benoit Mandelbrot, que cunhou o termo fractal em 1975, se referindo à incapacidade da geometria convencional de retratar as formas da  natureza. Os fractais - formas geométricas de aparência rugosa, cheia de reentrâncias - saem-se muito melhor na tarefa.
     Apesar de litorais serem citados como exemplos de fractais desde os anos 1960, só em 2004 surgiu a primeira explicação do modo como a natureza os esculpe. O físico francês Bernard Sapoval e seus colegas italianos Andrea Baldassari e Andrea Gabrieli  criaram um modelo simples da força erosiva do mar em costas rochosas.
      Após Sapoval apresentar esse trabalho num seminário na UFC, o físico José Soares de Andrade Junior e seus alunos de doutorado Pablo Morais e Erneson Oliveira começaram a pensar em como produzir litorais virtuais com dimensões fractais diferentes. Com o português Nuno Araújo e o alemão Hans Hermann, físicos do ETH, criaram um modelo que, embora simplifique muito a ação  do mar, trata de forma mais realista a distribuição das rochas
.

                      (Adaptado de Igor Zolnerkevic. Pesquisa FAPESP. n. 187, Setembro de 2011, p.48 e 49)

Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto.
I. Em Mas esperam que o modelo, que explora o uso de figuras geométricas conhecidas como fractais, possa no futuro auxiliar o monitoramento da erosão marítima... (1º parágrafo), a retirada simultânea das vírgulas não implicaria prejuízo para o sentido original.
II. Em “Nuvens não são esferas, montanhas não são cones e litorais não são círculos” (2º parágrafo), o emprego das aspas indica tratar-se de transcrição exata das palavras do matemático francês.
III. Em Os fractais - formas geométricas de aparência rugosa, cheia de reentrâncias - saem-se muito melhor na tarefa (2º parágrafo), o segmento isolado por travessões é de natureza explicativa.
Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • GABARITO A 

     

    BONS ESTUDOS 

  • GABARITO: LETRA A

    EM RELAÇÃO AO ITEM I

     Aspas:

    As aspas são usadas comumente em citações, mas também há outras funções bem interessantes. Atualmente o negrito e o itálico vêm substituindo frequentemente o uso das aspas. Resumindo, elas são empregadas:

    1) Antes e depois de citações textuais.

    – “A vírgula é um calo no pé de todo mundo”, afirma a editora de opinião do jornal Correio Braziliense e especialista em língua portuguesa Dad Squarisi, 64.

    2) Para assinalar estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares ou vulgares, conotativas.

    – Chávez, com 58 anos, é uma figura doente e fugidia, que hoje representa o “establishment”. (Carta Capital)

    – Não me venham com problemática, que tenho a “solucionática”. (Dadá

    Maravilha)

    – O homem, “ledo” de paixão, não teve a “fortuna” que desejava.

    – Mulher Filé dá “capilé” em repórter “nerd”. (Jornal Meia Hora)

    – Anderson Silva “passou o carro” no adversário.

    3) Para realçar uma palavra ou expressão imprópria; às vezes com objetivo irônico ou malicioso.

    – Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um “não” sonoro.

    – Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão!

    – Se ela fosse “minha”...

    4) Quando se citam nomes de mídias, livros etc.

    – Ouvi a notícia no “Jornal Nacional”.

    – “Os Lusíadas” foi escrito no século XVI.

    FONTE: Pestana, Fernando A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 3. ed. –

    Rio de Janeiro :Método, 2017 . 1611 p . – ( Provas e concursos)