SóProvas


ID
1667728
Banca
FCC
Órgão
METRÔ-SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.
− E se a vida for como um cardápio? A pergunta pegou Rosinha de surpresa. Ela levantou os olhos do menu e se deparou com o marido em estado reflexivo. − Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato que vai querer. Os dois haviam saído para jantar e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu e o Redentor. − Rosinha, pense nas consequências do que estou dizendo. Se a vida for como um cardápio, nós talvez estejamos escolhendo errado. No lugar da buchada de bode em que nossas vidas se transformaram, poderíamos nos deliciar com escargots. Experimentar sabores novos, mais sofisticados... − Por que a vida seria como um cardápio, Alfredo? Tenha dó. − E por que não seria? Ninguém sabe de fato o que é a vida, portanto qualquer acepção é válida, até prova em contrário. − Benhê, acorda. Ninguém vai aparecer para servir o seu cardápio imaginário. Na vida, a gente tem que ir buscar. A vida é mais parecida com um restaurante a quilo, self-service, entende? − Boa imagem. Concordo com o restaurante a quilo. É assim para quase todo mundo. Mas, quando evoluímos um pouco, chega a hora em que podemos nos servir à la carte. Rosinha, nós estamos nesse nível. Podemos fazer opções mais ousadas. − Alfredo, se você está querendo aventuras, variar o arroz com feijão, seja claro. Não me venha com essa conversa de cardápio existencial. Além disso, se a nossa vida virou uma buchada de bode, com quem você pensa experimentar essa coisa gosmenta, o tal escargot? − Querida, não reduza minhas ideias a uma trivial variação gastronômica. Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef, o criador do menu. − Alfredo, fofo, agora você viajou na maionese. É o cúmulo querer reconstruir o imaginário religioso baseado no funcionamento de um restaurante. Só falta você dizer que, nesse seu céu, os anjos são os garçons! Nesse momento, dois chopes desceram sobre a mesa. Flutuaram entre as mãos alvas, quase diáfanas, de um dos velhos garçons do Bar Lagoa. Alfredo e Rosinha trocaram olhares de espanto e antes que pudessem dizer que ainda não haviam pedido nada, o garçom falou com voz grave: − Cortesia da casa. Já olharam o cardápio?
(FARIA, Antônio Carlos de. "Cardápio existencial". Disponível em: ttp://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult686u141.shtml)

As frases abaixo referem-se à pontuação do texto.
I. Com as devidas alterações, no segmento...tem implicações metafísicas. Se a vida for como um cardápio..., pode-se substituir o ponto final por dois-pontos, uma vez que a ele se segue uma explicação.
II. Na frase Ora, Alfredo, deixe de filosofar e escolha logo o prato, o termo sublinhado pode ser substituído por uma vírgula.
III. No segmento ...e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu..., pode-se acrescentar uma vírgula imediatamente após estavam.
Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • VAMOS IDICAR ESSA QUESTÃO PARA O COMENTÁRIO DO PROFESSOR GENTE!

  • Alguém explica a II?

  • Gente,

    Eu acredito que a assertiva II está correta por que pode-se utilizar vírgulas para separar orações coordenadas sindéticas aditivas, proferidas com pausa.


    http://www.lpeu.com.br/q/5jutm



  • I - Minha hipótese, caso correta, tem implicações metafísicas: Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef...  Correto, perceba que ao substituir o "ponto final" por "dois pontos" a parte sublinhada é a explicação da hipótese do rapaz, conforme afirma a assertiva.

    II - Na frase Ora, Alfredo, deixe de filosofar , escolha logo o prato... Correto, a vírgula é possível pois ela entrou no lugar da conjunção aditiva "e", ocultando-a.


  • galera, eu acertei essa questao, principalmente no que se refere a II, pq estudei RLM. 



    e ---> pode ser substituido por ,
  • dois pontos significa ATÉ.

    vírgula significa E.


    Seria isso?

  • II - Ora, Alfredo, escolha logo o prato.


    ,deixe de filosofar,


  • Após os dois pontos não tem que ser letra minúscula gente????

  • Assistiu ao video. Continuei sem entender a alternativa II! :(

  • I) O ponto pode ser substituído por dois pontos, pois Alfredo começa a explicar o pensamento dele; 

    II) A conjunção marca a ligação entre duas or. aditivas, considerando como itens de enumeração, ela pode ser substituída por vírgula. 

    III ) não se pode colocar vírgula após o verbo estar para separá-lo do seu adjunto adverbial, pois este não está deslocado e o verbo estar rege adjunto adverbial que comece com a preposição em. Se separasse o adjunto adverbial por vírgula e arrumando a or., ela ficaria: ... e estavam de onde pode se ver um cantinho do céu. .., na varanda.

  • Concurseira , a questão pede para substituir o "e" pela vírgula e não colocar a vírgula antes do "e".

  • Percebi que maioria ficou com dúvida em relação a II, vamoas lá..., uma das maneiras de emprego de virgula é quando a frase tem sentido completo. E neste caso tem ! 

    Ora, Alfredo, deixe de filosofar, ( deixe de filosofar tem sentido completo, deixe está no imperativo, é um ordem, pode-se também analisar dessa forma.

  • I (CERTO). O sinal de dois pontos, dentre outras funções, tem função explicativa. Neste caso, as implicações metafisicas são explicadas pela oração seguinte.

    caso correta, tem implicações metafísicas: Se a vida for como um cardápio, do outro lado teria que existir o Grand Chef...

     

    II (CERTO). A substituição da conjunção aditiva “e” pela vírgula é plenamente cabível, uma vez que, trata-se de uma enumeração de ações (imperativos) que Alfredo deve fazer

    Ora, Alfredo, deixe de filosofar, escolha logo o prato, (...)

     

    III (ERRADO). A vírgula logo após o verbo “estavam” se mostra equivocada, uma vez que, neste caso, seria separado o verbo do seu adjunto adverbial diretamente ligado a ele.

    ...e estavam na varanda do Bar Lagoa, de onde se pode ver um cantinho de céu...

     

    GABARITO: c) I e II.

  • Henrique Alves e Arthur Camacho entendi o que ambos explicaram mas assisti uma aula que dizia que a conjunção "e" quando se refere ao mesmo sujeito não pode vir separada por vírgula e é obrigatória quando os sujeitos são diferentes. Poderiam me ajudar a entender a questão já que se refere ao mesmo sujeito e não poderia vir com vírgula? Agradeço desde já!

  • É cada novidade... affff vivo assistindo aulas e só ouço os dois pontos ser substituído por virgulas, parenteses ou travessão.... enfim :( é estudando e aprendendo.

  • Pessoal, os : (two points) podem ser trocados por ponto final (.) e vice versa, assim como o ponto e vírgula, o qual está mais para ponto do que para vígula. 

     

     

    Força! Não desistam que a nossa hora vai chegar caraleo!