- ID
- 1699828
- Banca
- Instituto Acesso
- Órgão
- Colégio Pedro II
- Ano
- 2015
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
A questão abaixo tomará por base a continuação da crônica de Wanda Sily, publicada no jornal Século Diário (ES), de 18/08/2012.
Sônia de quê, pergunta sem interrogação, pois acha que ela não vai responder. Sônia Dalmin Roger. Parece nome de casada, diz. Fui, mas como você estou em fase de reabilitação. Sozinha, sem sono e sem senso de humor, ele pensa mas não fala. Por que não toma um relaxante? Porque não tenho em casa. Nem eu. E você, tem nome ou se esconde atrás de um pseudônimo? ela quer saber. Amado, Olavo Amado. Omitiu o de Jesus, uma humilhação. Não há quem não ria ou zombe, ou morra de pena quando lhe ouve o nome. Amado de Jesus, sem emprego, sem sono e sozinho? com certeza ela perguntaria. A mãe queria que ele fosse padre. Vou pra cama ou amanhã estarei um lixo pra tal entrevista... Ela diz que vai também, e aconselha meditação, sempre ajuda. No estado em que anda minha vida, quanto mais medito pior fica. Ela joga uns rs, rs, rs, achando que é brincadeira. Não sabe da missa um terço, diria minha mãe, se ainda pudesse dizer alguma coisa. Vai direto da insônia para a entrevista, e na sala cheia de candidatos que passaram a noite dormindo, procura alguém que possa se chamar Sônia e com cara de sono, mas coincidências nunca acontecem duas vezes, dizia o pai, que não o deixou ser padre.
Olavo Amado de Jesus! chama a secretária, e um repentino silêncio se faz no recinto. Segue para a sala que ela lhe indica. A Dra. Sônia vai atendê-lo.
A última frase do texto termina com uma combinação acentuada de verbo e pronome. A regra que determina o emprego de acento em “atendê-lo” também manda que se coloque acento em: