SóProvas


ID
1818142
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
CASAN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                       “Estamos Enlouquecendo Nossas Crianças!

                      Estímulos Demais... Concentração de Menos"

                             31 Maio 2015 em Bem-Estar, filhos

      Vivemos tempos frenéticos. A cada década que passa o modo de vida de 10 anos atrás parece ficar mais distante: 10 anos viraram 30, e logo teremos a sensação de ter se passado 50 anos a cada 5. E o mundo infantil foi atingido em cheio por essas mudanças: já não se educa (ou brinca, alimenta, veste, entretêm, cuida, consola, protege, ampara e satisfaz) crianças como antigamente!

      O iPad, por exemplo, já é companheiro imprescindível nas refeições de milhares de crianças. Em muitas casas a(s) TV(s) fica(m) ligada(s) o tempo todo na programação infantil – naqueles canais cujo volume aumenta consideravelmente durante os comerciais – mesmo quando elas estão comendo com o iPad à mesa.

      Muitas e muitas crianças têm atividades extracurriculares pelo menos três vezes por semana, algumas somam mais de 50 horas semanais de atividades, entre escola, cursos, esportes e reforços escolares.

      Existe em quase todas as casas uma profusão de brinquedos, aparelhos, recursos e pessoas disponíveis o tempo todo para garantir que a criança “aprenda coisas" e não “morra de tédio". As pré- escolas têm o mesmo método de ensino dos cursos pré-vestibulares.

      Tudo está sendo feito para que, no final, possamos ocupar, aproveitar, espremer, sugar, potencializar, otimizar e, finalmente, capitalizar todo o tempo disponível para impor às nossas crianças uma preparação praticamente militar, visando seu “sucesso". O ar nas casas onde essa preocupação é latente chega a ser denso, tamanha a pressão que as crianças sofrem por desenvolver uma boa competitividade. Porém, o excesso de estímulos sonoros, visuais, físicos e informativos impedem que a criança organize seus pensamentos e atitudes, de verdade: fica tudo muito confuso e nebuloso, e as próprias informações se misturam fazendo com que a criança mal saiba descrever o que acabou de ouvir, ver ou fazer.

      Além disso, aptidões que devem ser estimuladas estão sendo deixadas de lado: Crianças não sabem conversar. Não olham nos olhos de seus interlocutores. Não conseguem focar em uma brincadeira ou atividade de cada vez (na verdade a maioria sequer sabe brincar sem a orientação de um adulto!). Não conseguem ler um livro, por menor que seja. Não aceitam regras. Não sabem o que é autoridade. Pior e principalmente: não sabem esperar.

      Todas essas qualidades são fundamentais na construção de um ser humano íntegro, independente e pleno, e devem ser aprendidas em casa, em suas rotinas.

      Precisamos pausar. Parar e olhar em volta. Colocar a mão na consciência, tirá-la um pouco da carteira, do telefone e do volante: estamos enlouquecendo nossas crianças, e as estamos impedindo de entender e saber lidar com seus tempos, seus desejos, suas qualidades e talentos. Estamos roubando o tempo precioso que nossos filhos tanto precisam para processar a quantidade enorme de informações e estímulos que nós e o mundo estamos lhes dando.

      Calma, gente. Muita calma. Não corramos para cima da criança com um iPad na mão a cada vez que ela reclama ou achamos que ela está sofrendo de “tédio". Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo. O “tédio" nada mais é que a oportunidade de estarmos em contato conosco, de estimular o pensamento, a fantasia e a concentração.

      Sugiro que leiamos todos, pais ou não, “O Ócio Criativo" de Domenico di Masi, para que entendamos a importância do uso consciente do nosso tempo.

      E já que resvalamos o assunto para a leitura: nossas crianças não lêem mais. Muitos livros infantis estão disponíveis para tablets e iPads, cuja resposta é imediata ao menor estímulo e descaracteriza a principal função do livro: parar para ler, para fazer a mente respirar, aprender a juntar uma palavra com outra, paulatinamente formando frases e sentenças, e, finalmente, concluir um raciocínio ou uma estória.

       Cerquem suas crianças de livros e leiam com elas, por amor. Deixem que se esparramem em almofadas e façam sua imaginação voar!

(Fonte: http://www.saudecuriosa.com.br/estamos-enlouquecendo-nossas-criancas-estimulos-demais-concentracao-de-menos/)

Observe o excerto: “Não obriguemos a babá a ter um repertório mágico, que nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo." A oração destacada é classificada como

Alternativas
Comentários
  • E- uma oração subordinada adjetiva explicativa.

    O "que" introduziu uma oração subordinada adjetiva. Explicativa porque tem vírgula.

  • Oração subordinada adjetiva possui pronome relativo que liga a oração principal á subordinada , existindo  dois tipos:

    1) Explicativa : Que possue pontuação ( no caso da questão pela presença de vírgula)

    2 ) Restritiva: Que não possue pontuação. 

     

  • Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.

     

    Explicativa : presença de vírgula

    Restritiva: sem a presença de vírgula

  • Quando vinher entre vírgula é uma oração subordinada adjetiva explicativa, logo quando não vinher entre vírgula é oração subordinada adjetiva Restritiva.

     

    Gabarito:E

  • Todas as orações subordinadas adjetivas são adjuntos adnominais ( termo acessório) 

  • Vamos lá: 

    As orações subordinadas substantivas são introduzidas por conjunções integrantes: QUE | SE. Sendo esses facilmente substituídos por ISSO, DISTO, NISSO. 

    Já as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por pronome relativo: QUE, Sendo esse facilmente substituido por O QUAL, A QUAL e seus plurais. 

    Contudo, quando a oração é adjetiva CCCOM Vírgula > expliCCCa; SSSem vírgula > reSSStringe

    “Não obriguemos a babá a ter um repertório mágicoO QUAL nem mesmo palhaços profissionais têm, para manter a criança entretida o tempo todo."

    Logo, Gabarito letra E. 

  • ORAÇÕES SUBORDINADAS SÃO DIVIDIDAS EM :

    SUBSTANTIVAS: Inicia com conjunção integrante (que/se). OBS: Pode substituir por ISTO.

    ADJETIVA: Sempre iniciada por pronome relativo. São divididas em:

                                            - ReStritiVa : Sem Virgula

                                           - ExpliCatiVa: Com Virgula

    ADVERBIAIS: Outras conjunções

     

    GABARITO E

  • e-

    entre virgulas, explicativa. sem, restritiva

  • GABARITO: E

  • As questões envolvendo pronome relativo são bem mais fáceis do que envolvendo conjunção integrante.

  • ódio de esquecer a virgula kkkkkk

  • Segundo Fernando Pestana,

     

    "Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas têm o papel de LIMITAR a parte de um CONJUNTO, restringindo o sentido do termo antecedente. Por via de regra, não vêm separadas por pontuação.

     

    Exemplo:

     

    Os candidatos que participaram das aulas extras não encontraram dificuldades na prova.

     

    Entenda: do "CONJUNTO" candidatos, forma todos que não encontraram dificuldades na prova? Claro que não! APENAS alguns, ou seja, só aqueles que participaram das aulas extras não encontraram dificuldade na prova, ok? E os que não participaram..... devem ter saído chorando...."

     

    "Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas têm o papel de MODIFICAR um termo, generalizando-o ou simplesmente tecendo um comentário extra sobre ele. Vêm sempre separado por pontuação (vírgulas, travessões ou parênteses).

    Exemplo:

     

    Os candidatos, que participaram das aulas extras, não encontraram dificuldades na prova.

     

    Entenda: agora fica claro que todos os candidatos participaram das aulas extras e, por isso, não encontraram dificuldades na prova.

    Fonte: A gramática para concursos público, Fernando Pestana, pag. 684 a 686, edição.02.