SóProvas


ID
1823185
Banca
VUNESP
Órgão
Câmara Municipal de Descalvado - SP
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                             O potencial de consumo dos idosos

      No Censo de 2010, a participação das pessoas com mais de 65 anos de idade atingiu 7,4%. Isso representa mais de 14 milhões de brasileiros.

      Além de numeroso, esse grupo representa um grande potencial de vendas para o varejo e empresas em geral. Afinal, essas pessoas já passaram pelas maiores despesas da vida: educaram os filhos e construíram e mobiliaram a casa onde vivem. A renda agora é para alimentação, saúde e lazer e para continuar presenteando os familiares.

      Como entender e atender esses consumidores? A pior coisa que uma empresa pode fazer é usar eufemismos como “melhor idade” para se comunicar com eles. “Melhor idade é quando eu tinha 20”, muitos vão dizer.

      Mesmo assim, o estereótipo da velhinha de cabelos brancos usando bengala é absolutamente rejeitado por eles – e com toda a razão.

      Hoje em dia, pessoas perto dos 70 anos não têm cara de velhinha de bengala, afinal foram culturalmente ativas e pioneiras: viram o homem pisar na Lua, viveram como hippies, passaram pelo regime militar, pela revolução sexual, da informática e da internet, entre tantas outras modificações. Para elas, a idade é um estado de espírito, e não um número.

      Entre os 20 e os 40 anos, as pessoas sentem-se imortais. O esforço pessoal é focado em ser alguém, em destacar-se. Acredita-se que é possível moldar o mundo às nossas necessidades.

      Depois dos 40 anos, percebe-se que a realidade não é tão boa assim, e as pessoas iniciam uma busca por significado na vida, que se estende até seus últimos dias.

      De maneira geral, até os 40, o foco é no “ser social”. Depois dessa idade, o foco passa a ser o “eu interior”.

      Produtos e serviços que satisfaçam essa necessidade têm mais chances junto a esse público. Mas será que nossas lojas sabem atender esses consumidores?

      Não, pois os consumidores mais velhos, apesar da mentalidade jovem, sentem desconforto em ambientes com excesso de estímulos, sua visão perde a capacidade de discernir cores (sem falar nas letras pequenas), sua agilidade para manusear objetos fica reduzida, além de sofrerem mais com as consequências da obesidade.

      É patente que as lojas e os produtos não são desenhados para ajudá-los a superar essas dificuldades. No quesito atendimento, os mais velhos odeiam ser um número. Querem tratamento diferenciado, alguém treinado para ouvi-los e que os trate como indivíduos, coisas cada vez mais raras no varejo de hoje.

      Além disso, não valorizam lojas, produtos e marcas pelo prestígio social que trazem. Querem algo autêntico, personalizado e, hoje, poucas marcas podem disputar esse lugar no mercado.

      Em poucas palavras, o potencial dos consumidores mais velhos é grande, mas quase ninguém está preparado para atendê-los.

                            (Maurício Morgado. Folha de S.Paulo, 10.06.2012. Adaptado)

As pessoas que hoje estão na faixa dos 70 anos são culturalmente ativas e pioneiras, visto que participaram de fatos históricos marcantes, como a revolução sexual e da internet, portanto, embora tenham de lidar com algumas limitações físicas, para elas a idade está relacionada à vitalidade e não à passagem do tempo.

No trecho reescrito a partir das informações do texto, as conjunções destacadas estabelecem, respectivamente, as relações de

Alternativas
Comentários
  • visto que = causa

    portanto= conclusão  embora= concessão
    obs: em regra as concessivas são seguidas de verbos no modo subjuntivo 
  • Gabarito: letra C. 

    Conjunções Subordinativas

    São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração subordinada.

    As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais:

    2. Adverbiais

    Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em:

    a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.

    Por exemplo:Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.


    Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc.

    Por exemplo:Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 

    Conjunções Coordenativas

    São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

    (...)

    Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim.

    Por exemplo: Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php


  • c) causa, conclusão e concessão.

  • Visto que -> Conjução subordinativa adverbial causal.
    Portanto ->  Conjunção coordenativa conclusiva.
    Embora -> Conjunção subordinativa concessiva

    GABARITO -> [C].

  • Dicas:

     

    1.      Sinta o cheiro de causa e efeito.

     

    Macete: O fato de X fez com que Y.

    X à Causa.

    Y à Efeito.

     

     As pessoas que hoje estão na faixa dos 70 anos são culturalmente ativas e pioneiras, visto que participaram de fatos históricos marcantes.

    O fato de participarem de fatos históricos marcantes fez com que as pessoas que hoje estão na faixa dos 70 anos sejam culturalmente ativas e pioneiras.

    Causa: participaram de fatos históricos marcantes.

    Efeito: que hoje estão na faixa dos 70 anos são culturalmente ativas e pioneiras

     

    2.      Cronologicamente:

    Macete: a causa acontece antes do efeito.

     

     

    3.      A conjunção recebe o nome da ideia que vem APÓS ela.

     visto que vem depois de: participaram de fatos históricos marcantes (causa), logo, visto que se classifica como CAUSAL.

  • Conectivos Causais

    Pois, Porque, visto que,
    como, uma vez que, na
    medida em que, porquanto,
    haja vista que, já que


    Conectivos Conclusivos

    Logo, pois (deslocado),
    portanto, por conseguinte,
    assim, então, por isso

    Conectivos Concessivos

    Embora, conquanto, não
    obstante, ainda que, mesmo
    que, se bem que, posto que,
    por mais que, por pior que,
    apesar de que, a despeito de,
    malgrado, em que pese


     

  • Conjunção Casual: Porque, Porquanto, posto que, VISTO QUE, já que, uma vez que, como.

    Conjunção Conclusiva: logo, PORTANTO, por isso, por coseguinte, assim, de modo que, em vista disso então, pois.

    Conjunção Concessivas: EMBORA, conquanto, ainda que, se bem que, apesar de que, mesmo que.

  • GABARITO -------C

  • embora = conjunção sub adverbial concessiva