- ID
- 1858924
- Banca
- INSTITUTO AOCP
- Órgão
- EBSERH
- Ano
- 2015
- Provas
-
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Assistente Social - HDT UFT
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Enfermeiro (HDT-UFT)
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Enfermeiro - Saúde do Trabalhador (HDT-UFT)
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Fisioterapeuta (HDT-UFT)
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Nutricionista (HDT-UFT)
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Profissional de Educação Física (HDT-UFT)
- INSTITUTO AOCP - 2015 - EBSERH - Psicólogo - Hospitalar (HDT-UFT)
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Para coibir falsificações, remédios devem
ganhar
“RG" até o final de 2016
Débora Nogueira - Do UOL - 23/07/2015
A caixinha de remédio como você conhece deve
mudar em breve. A partir do final de 2016, deve começar
a valer a lei de rastreabilidade dos medicamentos,
que determina que cada caixinha será rastreável a
partir de um código 2D (em duas dimensões). Estima-se
que um a cada cinco medicamentos vendidos no
Brasil seja falsificado, segundo a OMS.
Essa espécie de “RG dos remédios" servirá para
que as agências regulatórias como a Anvisa possam
saber o caminho que um medicamento faz, desde o
momento da fabricação até a comercialização. O
consumidor também terá parte nisso: será possível
verificar a partir do código da caixa se o remédio é
verdadeiro. As indústrias farmacêuticas que operam
no Brasil devem ter três lotes testes rastreáveis até
dezembro de 2015 e todo o sistema implantado até
dezembro de 2016.
Porém, há uma disputa em jogo que pode levar
o prazo de adequação para só depois de 2025. As
informações sobre o consumo de medicamentos de
todos os brasileiros, e portanto as informações de
demanda e vendas, são muito valiosas.
Hoje, a indústria farmacêutica gasta um grande
valor para obter informações sobre a venda de
remédios para poder definir estratégias de marketing
e a atuação dos representantes de laboratórios
junto aos médicos (que podem até ganhar dinheiro
e viagens pelo número de prescrições). Existem
empresas que pagam farmácias para obter dados de
médicos, números de vendas etc. e, então, os vendem
à indústria.
Com a lei, aprovada em 2009, toda essa informação
seria passada para o governo. Mas a regulamentação
feita pela Anvisa em 2013 não explicita como seriam
armazenadas essas informações e quem teria acesso
a elas. Apenas fica determinado que a indústria é
responsável pela segurança da cadeia desde a saída
da fábrica até chegar ao consumidor final.
As redes de drogarias e farmácias, representadas
pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de
Farmácias e Drogarias), criticam o fato das farmácias
terem de reportar cada venda às farmacêuticas.
Com a lei da rastreabilidade, cada modificação de
lugar do medicamento (da fábrica para a farmácia e farmácia para o consumidor) deve ser informada.
“Isto é um verdadeiro absurdo contra a privacidade
da informação prevista na Constituição. Com todas
essas informações à mão, fabricantes poderão
alijar empresas, manipular preços e dominar a
concorrência", afirmou o presidente executivo da
Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, em nota.
Além disso, as redes de farmácias pedem um
prazo maior. “Mais de 180 mil estabelecimentos -
entre farmácias, hospitais e postos de saúde – terão
de se adequar tecnologicamente. Será uma complexa
operação logística", disse.
Há um projeto de lei em tramitação no Senado
que pede alterações no envio de informações sobre
os medicamentos e propõe um prazo maior para
adequação. No projeto, do senador Humberto Costa
(PT), é proposto que cada membro da cadeia tenha
seu próprio banco de dados, acessível pelo Sistema
Nacional de Controle de Medicamentos -- para que o
governo federal construa seu próprio banco de dados
para armazenar e consultar todas as movimentações
dos medicamentos. Junto a essa demanda, o senador
pede mais 10 anos após a aprovação da lei para
que todos se adequem, ou seja, o rastreamento só
passaria a valer a partir de 2025. O senador afirmou
que o prazo de dez anos pode não ser necessário e
que o projeto de lei pode ser modificado antes de ser
colocado em votação.
A Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica
de Pesquisa), que reúne 55 empresas farmacêuticas
que respondem por mais de 50% dos medicamentos
comercializados no Brasil, afirma estar preparada
para se adequar à lei e produzir cerca de 4 bilhões
de caixinhas por ano com o código individual para
o rastreamento. “Já estamos preparados para
cumprir as diretrizes. A lei de rastreabilidade é muito
importante não só para evitar a falsificação mas
também para aumentar a transparência ao longo da
cadeia farmacêutica com o recolhimento correto de
tributos e o combate ao roubo de cargas", afirmou
o diretor de assuntos econômicos da Interfarma,
Marcelo Liebhardt.
Segundo a Anvisa, a adaptação não deve
encarecer o produto final: “a implantação do
rastreamento de medicamentos promove um retorno
significativo na redução de custos de produção, de
controles e gerenciamento de estoques, evitando
perdas e impulsionando o processo produtivo e de
disponibilização de produtos".
Texto adaptado. Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/...
Em “As informações sobre o consumo de medicamentos de todos os brasileiros, e portanto as informações de demanda e vendas, são muito valiosas",