- ID
- 1919344
- Banca
- IDECAN
- Órgão
- UFPB
- Ano
- 2016
- Provas
-
- IDECAN - 2016 - UFPB - Assistente em Administração
- IDECAN - 2016 - UFPB - Auxiliar em Assuntos Educacionais
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Contabilidade
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Laboratório - Análises Clínicas
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Laboratório - Biologia
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Laboratório - Biossegurança
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Laboratório - Tecnologia de Alimentos
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Secretariado
- IDECAN - 2016 - UFPB - Técnico em Segurança do Trabalho
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Zika nas Américas
Não há vacinas. Combater os focos do mosquito é ainda a melhor prevenção.
A pandemia explosiva do vírus zika que ocorre nas Américas do Sul, Central e Caribe é uma das quatro doenças
virais transmitidas por artrópodes a chegar inesperadamente no Hemisfério Ocidental.
Assim começa a revisão publicada pelo The New England Journal of Medicine, sobre a doença causadora da
tragédia das microcefalias.
A primeira das quatro epidemias citadas é a dengue, que se insinuou no hemisfério durante décadas, para atacar
com mais vigor a partir dos anos 1990. A segunda, o vírus do Oeste do Nilo, emergiu para estes lados em 1999, o
chikungunya em 2013 e o zika em 2015.
O vírus zika foi descoberto incidentalmente em 1947, num estudo-sentinela com mosquitos e primatas, na floresta
do mesmo nome, em Uganda. Permaneceu décadas confinado às regiões equatoriais da África e da Ásia, infectando
macacos e mosquitos arbóreos e poucos seres humanos.
Há anos pesquisadores africanos notaram que o padrão de disseminação do zika em macacos selvagens
acompanhava o do chikungunya, entre os mesmos animais. Essa característica repetiu-se em populações humanas, a
partir de 2013.
Dengue, chikungunya e zika são transmitidos principalmente pelo Aedes aegypti, o mesmo das epidemias
devastadoras de febre amarela, no passado. Esses mosquitos emergiram em aldeias do Norte da África há milênios, em
épocas de seca, quando os habitantes precisavam armazenar água. A adaptação ao convívio doméstico possibilitou a
transmissão para o homem e, mais tarde, a disseminação para as Américas e Europa pelo tráfico de escravos.
Os sintomas da infecção pelo zika são inaparentes ou semelhantes aos da dengue atenuada: febre baixa, dores
musculares e nos olhos, prostração e vermelhidão na pele. Em mais de 60 anos de observação, não foram descritos
casos de febre hemorrágica ou morte.
Não haveria gravidade não fossem os 73 casos de problemas motores relacionados à síndrome de Guillain-Barré,
descritos originalmente na Polinésia Francesa, e a epidemia de microcefalias identificada rapidamente em Pernambuco.
Ainda não há testes laboratoriais rotineiros para a identificação dos casos de zika. Quando circulam ao mesmo
tempo infecções por dengue e chikungunya o diagnóstico diferencial ganha importância, especialmente em grávidas e
na identificação precoce dos casos de dengue hemorrágica, responsáveis pelas mortes associadas à doença.
Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser adaptadas em pouco tempo. No
entanto, como os casos surgem de forma esporádica e imprevisível, vacinar populações inteiras pode ser proibitivo
pelos custos e pela inutilidade de imunizar milhões de pessoas em regiões poupadas pelo vírus.
Além de combater os focos do mosquito transmissor, à população restam os recursos que já demonstraram
eficácia: repelentes, tela nas janelas, ar condicionado para os que dispõe do equipamento e adiar a gravidez nas regiões
assoladas pelo vírus.
(VARELLA, Drauzio. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/revista/885/zika-nas-americas. Acesso em: 17/02/2016.)
“Não existem vacinas contra o zika, embora algumas plataformas possam ser adaptadas em pouco tempo.” (10º§) A palavra em destaque introduz uma ideia de: