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* a) Lembra o cronista que Choveu, choveu! Biguaçu encheu! era o monocórdico estribilho de uma marchinha de carnaval dos anos 1960. (CORRETA)
* b) Não ouviu-se nenhum piu sobre as vítimas inocentes que tombaram mortas.
* c) As boas maneiras como a polidez, não surgem de fatores materiais mas tem sua origem na formação espiritual.
* d) Devem haver centenas de vídeos antigos espalhados pela internet mostrando o estrago.
* e) O plano econômico levado a efeito não tinha nada haver com o que vivemos, hoje
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e) O plano econômico levado a efeito não tinha nada haver com o que vivemos, hoje.
"Nada haver" é errado.O certo é a expressão "nada a ver", que significa ter relação, ter vista com.
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letra B) erro: Não ouviu-se.
quando o correto é: Não se ouviu.
trata-se de próclise, o advérvio puxa o pronome , portanto, o pronome fica antes do verbo!
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Alguém pode me explicar qual o erro da alternativa "c"?
grata.
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Lene,
o erro da letra C , está no verbo ter., que deve concordar com " as boas maneiras", portando deve ficar no plural: TÊM
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Choveu, na letra A, está redigida daquela forma pois foi daquela forma redigida originalmente pelo cronista. Atenção ao fato de que é uma citação, destacada em itálico. Poderia estar destacada entre aspas, travessões, etc.
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O erro da questão "b", além da próclise obrigatória, também está no vocábulo "piu", cujo vocábulo ortograficamente correto seria PIO, significando a voz característica de muitas aves e animais, como, por exemplo, o mocho, o pardal, o morcego, o pinto; piada, piado, pipiar, pipilar, pipitar (denotação extraída do Aurélio).
Quando há advérbio (não, etc.), pronome relativo ou conjunção subordinativa "que" ou "quando", a próclise será obrigatória, o que deveria ter ocorrido no enunciado dessa questão.
Alguns outros exemplos:
1) Ele não me devolveu o dinheiro que lhe emprestei;
2) - Marcos, que se formara em Letras ...
3) - Quando a conheci, falou-me ...
EXCEÇÕES:
Agora, se o verbo estiver no INFINITIVO e for precedido de PREPOSIÇÃO ou de palavra de valor negativo, a PRÓCLISE SERÁ FACULTATIVA, podendo-se, nestes casos, utilizar ÊNCLISE:
1) - Não me falar o motivo de sua rebeldia, deixa-me triste;
2) - Não falar-me o motivo de sua rebeldia ...
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Creio que essa questão deveria ser anulada, pois há erro de sintaxe na alternativa "a".
Veja: a - Lembra o cronista que Choveu, choveu! Biguaçu encheu! era o monocórdico estribilho de uma marchinha de carnaval dos anos 1960.
Lembra o cronista (de que?). Lembra o cronista disso.
(o verbo pede um objeto indireto. uem lembra, lembra DE algo. Portanto seria assim, " O cronista lembra disso", ou seja O Cronista lembra DE que Choveu, choveu! Biguaçu encheu! era o monocórdico estribilho de uma marchinha de carnaval dos anos 1960.)
para essa alternativa ser correta, se deveria colocar a preposição DE antes de iniciar a oração sub. objetiva indireta: que Choveu, choveu! Biguaçu encheu! era o monocórdico estribilho ....)
lembrar - v. tr. 1. Suscitar a lembrança de (alguém ou de alguma coisa).
2. Dar o alvitre de.
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LETRA B) Não ouviu-se nenhum piu sobre as vítimas inocentes que tombaram mortas.
Não se ouviu. Palavra com valor negativo é caso de próclise.
LETRA C) As boas maneiras como a polidez, não surgem de fatores materiais mas tem sua origem na formação espiritual.
Existem dois erros nesta alternativa.
1.Esta faltando uma vígula na frente do aposto.
.... maneiras, como a polidez, não....
2. Verbo ter está no singular.
LETRA D) Devem haver centenas de vídeos antigos espalhados pela internet mostrando o estrago.
Verbo haver com sentido de existir é impessoal. Como se trata de uma locução verbal [VERBO AUXILIAR + PRINCIPAL], o principal sempre fica no infinitivo enquanto o primeiro é flexionado. O correto seria "Deve haver....."
LETRA E) O plano econômico levado a efeito não tinha nada haver com o que vivemos, hoje.
Antes se dizia: Isso não tem nada que ver com você! Contudo, foi-se simplificando ainda mais com a substituição pela preposição “a”. Incorporamos o modo francês de se falar, o que parece ser um caso de eufonia, a fim de tornar o som mais agradável, mais facilitado.
Por isso, quando quiser dizer que algo não tem relação a outro, use “a ver”
O verbo “haver” surge quando alguém precisa receber dinheiro de alguém ou recuperar algo que perdeu: Preciso haver meu dinheiro.
Use “ter a haver” no sentido de “ter a receber”.
Compare: Ana tem tudo a ver com as coisas que aconteceram. (As coisas que aconteceram tem relação com Ana).
Ana não tem nada a haver. (Ana não tem nada para receber de ninguém).
A ótima explicação para a alternativa E foi retirada daqui.
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Quanto à alternativa "d" - nas locuções verbais (verbo principal mais verbo auxiliar), se o principal não pode variar, o auxiliar o deve acompanhar.
Assim, in casu, como o verbo "haver" no sentido de existir é impessoal, ele obriga o verbo "dever" a o acompanhar. O correto seria "Deve haver centenas de vídeos antigos espalhados pela internet mostrando o estrago".
Outros bons exemplos: Pode haver muitos conflitos na Rússia. Deve haver um bom motivo para a greve. Vai haver conflitos armados.