SóProvas


ID
2067103
Banca
COMPERVE
Órgão
Prefeitura de Ceará-Mirim - RN
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto reproduzido a seguir.

O futuro do trabalho

Thomaz Wood Jr.

    Quando se observam carreiras e profissões, tem-se a sensação de que tudo que era sólido agora se desmancha no ar. O mago, ou vilão transformador, costuma ser a tecnologia, força capaz de abalar indústrias e desestruturar trajetórias.

    O impacto é especialmente visível nas carreiras das indústrias criativas e da mídia. Nos últimos 20 anos, as indústrias musicais, as editoras de livros, as revistas e os jornais foram impactados pelas novas tecnologias da informação e de comunicação. Mudaram as formas de produzir e de trabalhar. Para melhor ou para pior? Há controvérsias.

    Os arautos do fim do mundo denunciam a precariedade galopante das novas relações de trabalho. Os profetas do admirável mundo novo advogam que as novas tecnologias turbinam a criatividade e escancaram as portas do mercado para as mentes mais brilhantes.

    Steve Johnson é um escritor norte-americano dedicado a temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação. Situa sua pena no último grupo. Em um longo texto publicado no jornal The New York Times, em agosto de 2015, Johnson escreve sobre a emergência da economia digital e suas consequências sobre a cultura, as indústrias criativas e seus profissionais.

    Argumenta que o apocalipse anunciado algumas décadas atrás não se materializou. Muitas empresas e empregos desapareceram, mas, segundo ele, a produção cultural está em alta e os profissionais do campo têm, hoje, mais oportunidades de trabalho do que antes.

    Nas indústrias musicais, a tecnologia barateou a produção e transformou a distribuição. As gravadoras e as lojas de discos deixaram o palco. Empregos foram perdidos, mas não necessariamente aqueles dos artistas. Os músicos deixaram de ganhar dinheiro com discos e voltaram seu foco para as apresentações ao vivo.

    A queda de renda de uma atividade foi compensada pelo aumento de renda na outra. Além disso, a redução dos custos de produção e distribuição permitiu aos músicos gravar e disponibilizar suas obras com facilidade e baixo preço.

    A história da indústria editorial apresenta similaridades com a das indústrias musicais. A venda de livros impressos continuou a aumentar, mesmo depois da introdução dos e-books. Além disso, os livros impressos seguem sustentando uma fatia substancial do mercado. Novos autores e obras surgem todos os dias.

    Para os artistas, o novo mundo do trabalho traz oportunidades e desafios. Favorece os profissionais que conseguem se adaptar a um portfólio amplo de atividades, em lugar de buscar especialização em um único caminho de carreira. De fato, as possibilidades de inserção comercial se multiplicaram.

    Músicos podem hoje compor jingles para publicidade, trilhas para cinema, tevê, teatro, videogames e uma infinidade de aplicativos para smartphones e tablets. Podem dar cursos presenciais, em escolas, e virtuais, por meio do YouTube. E mantêm a possibilidade de se apresentar em casas noturnas, teatros e salas de concerto.

    As inúmeras opções abertas pelas novas tecnologias e seus desdobramentos no mercado de trabalho tornaram a carreira musical, como outras do setor artístico, mais factível. No entanto, sobreviver nesse novo mundo exige novas competências, relacionadas à gestão da própria carreira, como se esta fosse um negócio. E todo esse mar de oportunidades não significa que pagar as contas ficou mais fácil. O jogo continua desigual, com uma base numerosa e mal remunerada e um topo restrito e milionário.

    A tendência da chamada “carreira portfólio”, na qual o profissional é empreendedor de si mesmo e gerencia diferentes atividades e projetos, não é nova ou exclusiva das indústrias criativas. Muito antes da internet, músicos e outros artistas dividiam seu tempo entre diferentes atividades. Médicos e consultores há anos administram múltiplas frentes de trabalho.

    Não há novidade, mas há intensificação e aceleração do fenômeno, para o bem e para o mal. O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais. Com isso, gera ansiedade e frustração, criando com frequência dramas pessoais de difícil superação e que tendem a s e multiplicar, à medida que outras indústrias e profissões são afetadas.

Disponível em: . Acesso em: 27 abr. 2016. 

Glossário

  • Arautos: aqueles que proclamam ou anunciam algo.
  • Factível: o que pode acontecer ou ser feito, realizável.

Leia o período reproduzido a seguir.

O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.

Em relação às três orações que compõem esse período,

Alternativas
Comentários
  • 1ª e 2ª coordenação adversativa

    3ª subordinada adjetiva

    LETRA D

  • A conjunção PORÉM é coordenada adversativa e a particula QUE sempre inicia as orações subordinadas, nesse caso o QUE está como pronome relativo, pois tranquilamente pode ser substituido por PELAs QUAIS( que retoma a palavra mudanças). 

  • Resposta letra D

    Eu fiz da seguinte forma:

    Observei que a primeira oracao é independente, ou seja, tem sentido totalmente completo, assim eliminei as letras s e c; com isso, ví que a terceira tinha dependência, isto é, não fazia um bom sentido sozinha, logo concluí letra D.

  • Letra D.

     

    O novo contexto cria novas oportunidades, - 1ª oração=verbo

    porém demanda mudanças - 2ª oração=verbo

    que comumente se situam além da capacidade dos profissionais. - 3ª oração= verbo

     

    "O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças..." - As 2 primeiras orações são coordenadas devido a conjunção adversativa "porém".

    "...que comumente se situam além da capacidade dos profissionais." - A 3ª é subordinada da 2ª, pois o pronome relativo "que" se refere à "mudanças".

  • COORDENATIVAS

    -Aditivas

    -Adversativas

    -Alternativas

    -Conclusivas

    -Explicativas

     

    SUBORDINATIVAS

    -Causais

    -Comparativas

    -Condicionais

    -Conformativas

    -Consecutivas

    -Concessivas

    -Integrantes( Que, se)

    -Finais

    -Proporcionais

    -Temporais

  • Gabarito D

     

    A 1º oração (O novo contexto cria novas oportunidades,)=  oração coordenada assindética.

     

    A 2º oração  (porém demanda mundanças)= oração coordenada sindética adversativa - Por causa da conjunção adversativa PORÉM.

     

    A 3º oração (que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.) em relação a 2º oração (porém demanda mundanças)= oração subordinada adjetiva restritiva.

     

    E​ a 2º oração  (porém demanda mundanças) em relação a 3º oração (que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.)= oração principal.

     

  •  

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS:

     

    Conclusivas: logo, pois, então, portanto, assim, enfim, por fim, por conseguinte, conseguintemente, consequentemente, donde, por onde, por isso. 

    Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, senão, não obstante, aliás, ainda assim. 

    Aditivas:  e, nem, também, que, não só...mas também, não só...como, tanto...como, assim...como. 

    Explicativa:  isto é, por exemplo, a saber, ou seja, verbi gratia, pois, pois bem, ora, na verdade, depois, além disso, com efeito que, porque, ademais, outrossim, porquanto.

    Alternativa: ou...ou, já...já, seja...seja, quer...quer, ora...ora, agora...agora.

     

    CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS:

     

    Temporais: Quando, enquanto, apenas, mal, desde que, logo que, até que, antes que, depois que, assim que, sempre que, senão quando, ao tempo que.

    Proporcionais: quanto mais...tanto mais, ao passo que, à medida que, quanto menos...tanto menos, à proporção que.

    Causais: já que, porque, que, visto que, uma vez que, sendo que, como, pois que, visto como.

    Condicionais: se, salvo se, caso, sem que, a menos que, contanto que, exceto se, a não ser que, com tal que.
    Conformativa: consoante, segundo, conforme, da mesma maneira que, assim como, com que.

    Finais: Para que, a fim de que, que, porque.
    Comparativa: como, tal como, tão como, tanto quanto, mais...(do) que, menos...(do) que, assim como.

    Consecutiva: tanto que, de modo que, de sorte que, tão...que, sem que.
    Concessiva: embora, ainda que, conquanto, dado que, posto que, em que, quando mesmo, mesmo que, por menos que, por pouco que, apesar de que.

     

    Tudo posso Naquele que me fortalece!

  • O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.

          

    1° e 2° oração = Orações coordenadas adversativas ( conjunção "porém")

     

    3° oração = Oração subordinada adjetiva restritiva em relação a 2° oração (introduzida por pronome relativo "que")  

  • ''RAFAEL SALLES'' acredito que você tenha se equivocado... Veja o Comentário do ''VALTER CRUZ''

    AOS DEMAIS RECOMENDO OLHAR OUTROS COMENTÁRIOS PARA COMPARAR OPINIÕES E PESQUISAR EM MATERIAL CONFIÁVEL.

     

    Gabarito D

     

    A 1º oração (O novo contexto cria novas oportunidades,)=  oração coordenada assindética. E NÃO COORDENADA SINDÉTICA.

     

    A 2º oração  (porém demanda mundanças)= oração coordenada sindética adversativa - Por causa da conjunção adversativa PORÉM.

     

    A 3º oração (que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.) em relação a 2º oração (porém demanda mundanças)= oração subordinada adjetiva restritiva.

     

    E​ a 2º oração  (porém demanda mundanças) em relação a 3º oração (que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.)= oração principal.

  • Gab. D

     

    O novo contexto CRIA novas oportunidades (OR. 1) / porém DEMANDA mudanças (OR. 2) / que comumente SE SITUAM além da capacidade dos profissionais (OR. 3).

     

     

    O novo contexto CRIA novas oportunidades (OR. COORD. ASSINDÉTICA), PORÉM (síndeto/conectivo) DEMANDA mudanças (OR. COORD. SINDÉTICA ADVERSATIVA)

     

     

    ...PORÉM (síndeto/conectivo) DEMANDA MUDANÇAS QUE (pron. relat. -> introduz OR. SUBORD. SUBST. ADJ. RESTR.) comumente SE SITUAM além da capacidade dos profissionais (ORAÇÃO 3)

     

     

    BONS ESTUDOS!

  • 1ª oração: O novo contexto (Sujeito) cria (VTD) novas oportunidades (OD), 

    Oração com sentido completo. Oração Coordenada Assindética.

     Com Sujeito + Verbo Transitivo Direto + Objeto Direto.

     

    2ª oraçãoporém demanda mudanças

    Oração com sentido completo. Sujeito: O novo contexto.

    Pode ser lida como: O novo contexto (Sujeito) demanda (VTD) mudanças que... (OD)

    Está conectada à 1ª oração por uma Conjunção Coordenativa  Adversativa, o que a torna uma  Oração Coordenada Sindética Adversativa.

     

     3ª oração: que comumente se situam além da capacidade dos profissionais

    que = Pronome relativo, que retoma o termo mudanças. Pode ser substituido por as quais. Introduz uma Oração subordinada Adjetiva Restritiva.

     

    Essa oração não possui sentido completo se lida separadamente, está exercendo função de adjunto adnominal do antecedente, ou seja, da palavra mudanças. A conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal (2ª oração) que ela modifica (mudanças) é feita pelo pronome relativo que.

    Essa é também uma  oração subordinada adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado no presente do subjuntivo (situem).

    *** Quando são introduzidas por um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas.

     

    Portanto, a primeira oração  e a segunda mantêm, entre si, uma relação de coordenação; e a terceira subordina-se à segunda.

  • Quando tem 3 orações assim eu sempre confudo!!!

    como descobrir se elas são coordenadas? para mim a letra A fez sentido.

  • GABARITO LETRA D.

     

    ANA CAROLINA, A LETRA A ESTÁ ERRADA, POIS A RELAÇÃO É DE COORDENAÇÃO. A CONJUNÇÃO( PORÉM) TEM VALOR ADVERSATIVO.

    DEMAIS CONJUNÇÕES ADVERSATIVAS> MAS, NO ENTANTO, ENTRETANTO, CONTUDO, TODAVIA, E...

     

    OBS: PARA SABER QUANDO A ORAÇÃO É COORDENADA VOCÊ TERÁ QUE APRENDER E DIFERENCIAR AS CONJUNÇÕES COORDENADAS DAS SUBORDINADAS ADVERBIAIS, QUE NO CASO SÃO MUITAS, MAS COM O TREINO VOCÊ IRÁ AMAR RESOLVER QUESTÕES ASSIM.

    O PROFESSOR ELIAS SANTANA DO GRANCURSOS DISPONIBILIZOU EM SEU BLOG UMA TABELA COM TODAS AS CONJUNÇÕES.

  • Gabarito: D

    Questões assim são chatinhas... Tenho dificuldades...

    Pra quem tem dificuldades também, segue o link com alguns conectivos (os mais cobrados em prova) que ajudará na hora de resolver questões de Orações coordenadas e Orações subordinadas.

    https://www.dropbox.com/s/7zabu7qmi78p5xe/CONECTIVOS%202.0.pdf?dl=0

     

     

  • O novo contexto (SUJEITO)  cria (VTD) novas oportunidades (OBJETO DIRETO), porém demanda mudanças (SUJETO DE SITUAR)/ (ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA ADVERSATIVA) que comumente se situam (VTI) além da capacidade dos profissionais.

    Portanto, a 1 e a 2 têm relação de coordenação pq são ligadas pela conjunção PORÉM.

    A 3 terceira é oração subordinada da 1.

    Gabarito: D

     

    Bons estudos!

  • Acho que decorar conjunções não é o caminho... é a prática que fará você acertar, até porque é necessário deixar espaço no seu HD p/ suas específicas!

  • Em 01/09/2018, às 22:16:14, você respondeu a opção D. Certa!

    Em 15/05/2018, às 06:13:53, você respondeu a opção D. Certa!

  • O novo contexto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que comumente se situam além da capacidade dos profissionais.

  • a primeira e a segunda mantêm, entre si, uma relação de coordenação; e a terceira subordina-se à segunda

  • O novo contexto cria novas oportunidades (ORAÇÃO PRINCIPAL/ORAÇÃO COORDENADA ASSINDÉTICA), porém demanda mudanças (ORAÇÃO COORD SINDÉTICA ADVERSATIVA)

    que comumente se situam além da capacidade dos profissionais (ORAÇÃO SUB ADJETIVA RESTRITIVA - FUNÇÃO: ADJ ADNOMINAL).

  • O texto cria novas oportunidades, porém demanda mudanças que se situam além da capacidades dos profissionais.

    Primeira (cria): oração principal;

    Segunda ( demanda): oração coordenada sindética adversativa (em ralação à primeira);

    Terceira (situam): oração subordinada adjetiva restritiva (em relação à segunda).

    Gabarito E