SóProvas


ID
2135881
Banca
COMPERVE
Órgão
UFERSA
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mobilidade Urbana
Rodolfo F. Alves Pena
A mobilidade urbana, isto é, as condições oferecidas pelas cidades para garantir a livre circulação de pessoas entre as suas diferentes áreas, é um dos maiores desafios na atualidade tanto para o Brasil quanto para vários outros países. O crescente número de veículos individuais promove o inchaço do trânsito, dificultando a locomoção ao longo das áreas das grandes cidades, principalmente, nas regiões que concentram a maior parte dos serviços e empregos.
O Brasil, atualmente, vive um drama a respeito dessa questão. A melhoria da renda da população de classe média e baixa, os incentivos promovidos pelo Governo Federal para o mercado automobilístico (como a redução do IPI) e a baixa qualidade do transporte público contribuíram para o aumento do número de carros no trânsito. Com isso, tornaram-se ainda mais constantes os problemas com engarrafamentos, lentidão, estresse e outros, um elemento presente até mesmo em cidades e localidades que não sofriam com essa questão.
Outro fator que contribui para aumentar o problema da falta de mobilidade urbana no Brasil é a herança histórica da política rodoviarista do país, que gerou um acúmulo nos investimentos para esse tipo de transporte em detrimento de outras formas de locomoção. Com isso, aumentou-se também a presença de veículos pesados, como os caminhões, o que dificulta ainda mais a fluidez do trânsito no Brasil.
A cidade de São Paulo é uma das que mais sofrem com esse problema. Em média, o paulistano pode passar até 45 dias do ano no trânsito, algo impensável para quem deseja uma melhor qualidade de vida no âmbito das cidades. Aparentemente, as medidas criadas para combater essa questão não foram de grande valia: o sistema de rodízio de automóveis, a construção de mais ruas, viadutos e avenidas para a locomoção, entre outras.
A grande questão é que, segundo especialistas, não há perspectiva de promoção de uma real mobilidade urbana no Brasil se as medidas adotadas privilegiarem o uso do transporte individual. É preciso, pois, melhorar as características do transporte público de massa, com mais ônibus, metrôs e terminais. Além disso, incentivos a meios de transporte como as bicicletas, além de contribuir para essa questão, ajudam a reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e melhorar a qualidade de vida no meio urbano. Por isso, a construção de ciclofaixas ou ciclovias surge como uma saída viável e inteligente.
Outra solução apontada para combater o inchaço de veículos nas cidades é a adoção do chamado pedágio urbano, o que gera uma grande polêmica. Com isso, os carros e motocic letas teriam de pagar taxas para deslocar-se em determinados pontos da cidade, o que recebe apoio de muitos especialistas, mas também o rechaçamento de outros. Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro , as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
Vale ressaltar também que o modelo histórico de organização do espaço g eográfico brasileiro não contribui para uma mudança desse cenário. Afinal, ao longo do século XX, houve uma rápida urbanização do país, que assistiu a um acelerado processo de crescimento das cidades e também de metropolização, ou seja, a concentração da população nas grandes metrópoles. Se o país tivesse passado por um processo de Reforma Agrária adequado, de forma a conter o elevado êxodo rural e, consequentemente, os níveis de urbanização, talvez essas e outras questões urbanas fossem de mais fácil resolução.
Disponível em:<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana.htm> . Acesso em: 26 Ago. 2016. [Adaptado]

Considere o excerto a seguir.
Se, por um lado, essa medida estimularia o transporte coletivo ao invés do individual; por outro, as críticas colocam que apenas a população de menor renda média é que seria direcionada para esse sentido, o que representaria, em tese, uma exclusão desse grupo ao espaço da cidade.
O uso do ponto e vírgula serve para separar

Alternativas
Comentários
  • Gab. B.

     

    a) ERRADA, pois o ponto e vírgula não encerra período.

    c) ERRADA, de forma alguma é uma enumeração.

    d) ERRADA, não é valor de conclusão e sim de oposição

  • Discordo do gabarito, pois o "Se" da primeira oração é condicional/hipótese e o ";" mais a expressão "por outro lado" dá a ideia de conclusão/consequência, portanto não podem ser coordenadas.

    A alternativa mais próxima seria letra D, se estivesse escrita no singular:  "O uso do ponto e vírgula serve para separar oração de valor conclusivo."

  • "Por outro lado" dá ideia de oposição: por um lado isso, por outro lado aquilo.

    Não entendi a colocação da colega Mariana, ideia de conclusão/consequência? Conclusão e consequência são distintos

  • Por exclusão, e pelo fato de ser facilmente identificável - no excerto - a ideia de oposição, fui obrigado a optar pela letra b. Porém, acredito que o ponto e vírgula foi empregado inadequada mente, já que provoca uma leve pausa (menor que a do ponto final e maior do que a vírgula ), inapropriada para a intenção de relacionar as duas orações coordenadas de sentidosaber opostos. Mas, enfim...Questão objetiva de banca ruim: opte pela menos errada. 

  • ACERTEI KKKKKK SE LIGA NAS RESPOSTAS E FAZ POR ELIMINAÇAO

     

    LETRA B

  • Uso de ponto-e-vígula:

    Nesta caso, foi utilizada para separar duas orações coordenadas assíndéticas. Mas pode ser utilizado para separar orações coordenadas sindéticas adversativas e conclusiivas, como também separar os itens de uma enumeração.

    FONTE: Gramática para Concursos - Marcelo Ronsenthal.

     

  • Gabarito: B

    Só para complementar o estudo.

    O ponto e vírgula, sinal empregado para denotar que o período não foi encerrado integralmente, é empregado para contribuir com a clareza textual. Deve ser empregado:  
    a) em orações coordenadas extensas, quando, dentro destas, já houver a ocorrência de vírgula.  
     Exemplo: Ela, que é muito esperta, queria uma ajuda do pai; necessitava, acima de tudo, da aquiescência da mãe, dos avós e dos irmãos; sabia que, antes de qualquer coisa, o seu nome estava em jogo.  
    b) para separar itens de uma lei, um estatuto, um decreto ou outro documento semelhante
     Exemplo: 
     Artigo 1º - Será considerado mau cidadão aquele que cometer alguma das seguintes faltas: 
     I) cuspir no chão, em ambientes fechados ou abertos;

    II) avançar o sinal vermelho em qualquer via pública;

     c) antes de conjunções adversativas e conclusivas, empregadas no início da oração. Com isso, o sentido adversativo (ou conclusivo) dos conectivos fica acentuado, realçado. 
     Exemplos:  Vá aonde quiser; porém, fique morando conosco.  
    Ele sabia toda a matéria; mas não era ela quem iria reconhecer a sabedoria do irmão.     
     d) em orações coordenadas assindéticas, ainda que apresentem um valor adversativo. 
     Exemplo: Fiz todo o meu serviço; ninguém reconheceu o meu esforço. (= Fiz todo o meu serviço, porém ninguém reconheceu o meu esforço.)

    Fonte: Prof. Fabiano Sales (Estratégia Concursos)  

  •  b)

    orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido.

  • não compreendo a coordenação... se isoladas perdem o sentido!

    :-(

  • USO DO ; 

    recomenda-se....

    entre orações coordenadas longas

    entre orações coordenadas opostas pelo sentido (ALTERNATIVA B)

    entre orações coordenadas simétricas

    entre orações coordenadas que já tenham vírgula no interior

    entre orações coordenadas agrupadas entre si

    para separar considerandos de uma enumeração translinear (de uma linha para outra)

    Não se usa...

    em períodos simples

    separar oração subordinada da principal

     

  •  b)

    orações coordenadas que se opõem quanto ao sentido.

  • MARIA SOUSA

    A coordenação (independência) é Sintática, e não Semântica.

  • Isolou oração coordenada ALTERNATIVA.

    As orações coordenadas são: ALTERNATIVA, adversativa, aditiva, conclusiva e explicativa.

     

    Ponto e Vírgula

     O ponto e vírgula serve para:

    1) Separar orações coordenadas assindéticas normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração.

     2) Separar vários itens de uma enumeração (frequente em leis).

    3) Separar orações coordenadas cuja conjunção “implícita” é facilmente percebida.

    – Comeu muito na festa, exageradamente; não conseguiu ir à aula de hoje. (= Comeu muito na festa, exageradamente, por isso não conseguiu ir à aula hoje.) Obs.: Se a conjunção vier explícita, por motivo de ênfase, também se pode usar o ponto e vírgula: 

    4) Separar orações coordenadas adversativas e conclusivas com conectivo deslocado.

    – Ficarei com esta; não posso pagá-la à vista, porém. – Finalmente vencemos; fiquemos, pois, felizes com nossa conquista!

     

    A Gramática para Concursos - Fernando Pestana