SóProvas


ID
2381548
Banca
IBFC
Órgão
POLÍCIA CIENTÍFICA-PR
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

             O médico que ousou afirmar que os médicos erram – inclusive os bons

      Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias. Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse. Em seguida, dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50 anos. A cirurgia era mais simples, mas a malignidade do tumor não dava esperanças de que ela vivesse mais do que alguns meses. Ao final do dia, Marsh constatou que a jovem mãe acordara da cirurgia e vira o rostinho do bebê, que nascera em uma cesárea planejada em sequência à operação cerebral. O pai do bebê gritara pelo corredor que Marsh fizera um milagre. A seguir, em outro quarto do mesmo hospital, Marsh descobria que a paciente com o tumor maligno nunca mais acordaria. Provavelmente, ele escavara o cérebro mais do que seria recomendável – e apressara a morte da paciente, que teve uma hemorragia cerebral. O marido e a flha da mulher o acusaram de ter roubado os últimos momentos juntos que restavam à família.

      É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos médicos, que Marsh narra em seu livro Sem causar mal – Histórias de vida, morte e neurocirurgia (...), lançado nesta semana no Brasil. Para suportar essa tensão, Marsh afirma que uma boa dose de autoconfiança é um pré-requisito necessário a médicos que fazem cirurgias consideradas por ele mais desafiadoras do que outras. Não sem um pouco de vaidade, Marsh inclui nesse rol as operações cerebrais, nas quais seus instrumentos cirúrgicos deslizam por “pensamentos, emoções, memórias, sonhos e reflexões”, todos da consistência de gelatina. [...]

(Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/o-medico-que-ousou-afrmar-que-os-medicos-erram-inclusive-os-bons. html. Acesso em 01/01/17)

Considere o período abaixo para responder à questão.

“Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse.”(1º§)

A preposição destacada no trecho acima contribui para a coesão do texto introduzindo o valor semântico de:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B 

     

    Expressa ideia finalística!

     

     

    As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, a finalidade daquilo que se declara na oração principal.

     

    Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE

    Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução conjuntiva para que.

     

    Por Exemplo:

    Aproximei-me dela 

    a fim de que ficássemos amigos.
    Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse.

  • GABARITO B


    A preposição PARA pode ter vários sentidos:


    1.CONSEQUÊNCIA: você deve ser muito esperto para não cair em armadilhas.

    2.FIM OU FINALIDADE: chegou cedo para a conferência.

    3.LUGAR: Em 2011, ele foi para Portugal.

    OBSERVAÇÃO: o uso do para associado ao verbo ir dá ideia de estada permanente, ao contrário da preposição a, que exprime breve regresso; de fato vamos para o céu e não ao céu, porque não há regresso.

     

    4.PROPORÇÃO: as baleias estão para os peixes assim como nós estamos para as galinhas

    5.REFERÊNCIA: para mim, ela está mentindo.

    6.TEMPO: para o ano irei à praia.

    7.DESTINO OU DIREÇÃO: olhe para frente!

     


    FONTE: https://www.gramaticaemvideo.com.br/24-principais-relacoes-estabelecidas-pelas-preposicoes-aula-2-preposicao/

     

    Bons estudos!

  • b) finalidade. 

  • ADITIVOS E, NEM (NEM... NEM), NÃO SÓ... MAS TAMBÉM, TAMPOUCO, TANTO... QUANTO.

    ADVERSATIVOS MAS, PORÉM, CONTUDO, TODAVIA, NO ENTANTO, ENTRETANTO, E

    ALTERNATIVOS OU, OU... OU, ORA... ORA, JÁ... JÁ, QUER... QUER, SEJA... SEJA

    CONCLUSIVOS LOGO, POIS (DESCOLADO, PORTANTO, POR CONSEGUINTE, ASSIM, ENTÃO, POR ISSO

    EXPLICATIVOS POIS, QUE, PORQUE, PORQUANTO

    CAUSAIS POIS, PORQUE, VISTO QUE, COMO, UMA VEZ QUE, NA MEDIDA EM QUE, PORQUANTO, HAJA VISTA QUE, JÁ QUE

    CONSECUTIVOS TÃO (TAMANHO, TANTO, TAL)... QUE, DE MODO QUE, DE MANEIRA QUE

    CONCESSIVOS EMBORA, CONQUANTO, NÃO OBSTANTE, AINDA QUE, MESMO QUE, SE BEM QUE, POSTO QUE, POR MAIS QUE, POR PIOR QUE, APESAR DE QUE, A DESPEITO DE, MALGRADO, EM QUE PESE

    COMPARATIVO COMO, MAIS... (DO) QUE, MENOS... (DO) QUE, TÃO... COMO, TANTO... QUANTO, TÃO... QUANTO, ASSIM COMO

    CONDICIONAIS SE, CASO, SEM QUE, SE NÃO, A NÃO SER QUE, EXCETO SE, A MENOS QUE, CONTANTO QUE, SALVO SE, DESDE QUE

    CONFORMATIVOS  CONFORME, CONSOANTE, COMO, SEGUNDO

    FINAIS PARA, PARA QUE, A FIM DE QUE, DE MODO QUE, DE FORMA QUE, DE SORTE QUE, PORQUE

    PROPORCIONAIS À PROPORÇÃO QUE, À MEDIDA QUE, QUANTO MAIS, AO PASSO QUE

    TEMPORAIS QUANDO, ENQUANTO, ASSIM QUE, LOGO QUE, DESDE QUE, ATÉ QUE, MAL, DEPOIS QUE, EIS QUE.

  • Operou  para ( uma finalidade) 

    Verbo   preposição 

  • Quando para poder ser substuido por "a fim de" ou "com finalidade de", a resposta sera finalidade

  • A BANCA NÃO ESPECIFICOU NO EDITAL O ASSUNTO COBRADO

    Língua Portuguesa: Compreensão de textos informativos e argumentativos e de textos de ordem prática (ordens de serviço, instruções, cartas e ofícios). Domínio da norma do português contemporâneo, sob os seguintes aspectos: coesão textual, estruturação da frase e períodos complexos, uso do vocabulário apropriado, pontuação, concordância verbal e nominal, emprego de pronomes, grafia e acentuação

    ONDE ESTÁ CONJUNÇÕES?????? 

  • Karol Figueiredo, essa parte do uso dos conectivos entra em coesão textual

    A coesão é responsável pelos sentidos encontrados na superfície do texto. Através dela é estabelecida a relação semântica (relações de sentido entre as palavras) entre os elementos do discurso através do uso adequado de conectivos, que servirão para encadear de maneira lógica as ideias do texto.

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/tipos-coesao.htm

  • A preposição PARA não pode ser substituída por "porque", o que retira o sentido explicativo. Com essa regra, achei mais fácil chegar à conclusão de que o valor semântico era de finalidade....

  • Operou o cérebro de uma mulher... com a FINALIDADE de retirar o tumur...

    letra B)

     

  • Gabarito LETRA B

     

    Operou para retirar uma coisa -> com a FINALIDADE de retirar o tumor.

  • GABARITO B

     

    Tentar sempre substituir por "a fim de que", se couber na frase, a ideia será de FINALIDADE.

  • ... com a FINALIDADE de retirar um tumor.

  • PARA + INFINITIVO= FINALIDADE

  • PARA quando nao for sentido de Finalidade sera de Destinatário

    # melhor Bzu

  • Gab B

     

    Para = Afim de = Finalidade

  • GABARITO LETRA B.

    "para" é uma conjunção adverbial final que insere uma oração subordinativa adverbial final, ou seja, apresenta uma semântica finalística.

    Daqui a pouco eu volto.

  • A preposição PARA esta introduzindo uma oração sub. adverbial final REDUZIDA DE INFINITIVO "PARA RETIRAR,desenvolvendo-a fica: PARA QUE RETIRE

  • para + verbo no infinitivo = finalidade

  • Para seguido de verbo no infinitivo terá valor de finalidade

  • A preposição “para” frequentemente introduz uma ideia de finalidade. Note ser possível reescrever o trecho “Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno...”da seguinte maneira: “Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, a fim de retirar um tumor benigno...”.

    Resposta: B

  • ao + infinitivo: tempo

    a + infinitivo: condição

    para + infinitivo: finalidade

  • acertei usando apenas o bom senso. uma operação tem alguma finalidade. curar, consertar e etc rs.

  • PARA = A FIM DE (COM SENTIDO) = FINALIDADE

  • “Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse.”(1º§)

    “Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas,  com a finalidade de retirar um tumor benigno que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse.”(1º§)