SóProvas


ID
2521351
Banca
FCC
Órgão
DPE-RS
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              Sem privacidade


      Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares, redes sociais e dispositivos outros das mais variadas conexões? Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio “ouvir conversa alheia”. Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais de todo mundo. Viajando de ônibus, por exemplo, acompanham-se em conversas ao celular brigas de casal, reclamações trabalhistas, queixas de pais a filhos e vice-versa, declarações românticas, acordo de negócios, informações técnicas, transmissão de dados e um sem-número de situações de que se é testemunha compulsória. Em clara e alta voz, lances da vida alheia se expõem aos nossos ouvidos, desfazendo-se por completo a fronteira que outrora distinguia entre a intimidade e a mais aberta exposição.

      Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras, o humor de mau gosto disputa espaço com falácias políticas – tudo deixando ver que agora o sujeito só pode existir na medida em que proclama para o mundo inteiro seu gosto, sua opinião, seu juízo, sua reação emotiva. É como se todos se obrigassem a deixar bem claro para o resto da humanidade o sentido de sua existência, seu propósito no mundo. A discrição, a fala contida, o recolhimento íntimo parecem fazer parte de uma civilização extinta, de quando fazia sentido proteger os limites da própria individualidade.

      Em meio a tais processos da irrestrita divulgação da personalidade, as reticências, a reflexão silenciosa e o olhar contemplativo surgem como sintomas problemáticos de alienação. Impõe-se um tipo de coletivismo no qual todos se obrigam a se falar, na esperança de que sejam ouvidos por todos. Nesse imenso ruído social, a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. Pretender identificar-se como um sujeito singular passou a soar como uma provocação escandalosa, em tempos de celebração do paradigma público da informação.

                                                                             (Jeremias Tancredo Paz, inédito

Os elementos sublinhados são exemplos de uma mesma função sintática no seguinte segmento:

Alternativas
Comentários
  •  c) Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais.

    Ambos os elementos se referem ao substantivo anteposto.

  • Gabarito C.

    Ambos são adjuntos adnominais.

    Bons estudos!

     

  • Cadê o sublinhamento dos termos??

  • A) emocoes -> sujeito do verbo convivem/  confissoes -> objeto indireto do verbo convivem

    B) do tempo -> obj indireto do verbo lembrar / feio -> predicativo do sujeito do verbo É

    C) ambos sao adjuntos adnominais, (espaço publico, informações pessoais)

    D) nao sei dizer, mas sei que ta errado, privacidade é sujeito do verbo É

    E) reclamaçao -> sujeito do verbo É / condenável -> adj adnominal de egoísmo

  • Tudo sublinado por aqui, e por ai?

  • D)Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)?

     

    "Privacidade" Acho que é OD do verbo TER

    "Celulares"  Não estou muito certo, mas é um termo que integra o adjunto adverbial.

  • Não estou vendo nada sublinhado!!!! 

  • tbm não vejo nada sublinhado

  • Para quem não consegue ver o sublinhado:

    a)Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras...

    b)Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio "ouvir conversa alheia”.

    c)Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais... 

    d)Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)?

    e)...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. 

  • Vamos ao que segue....

     

    a)  Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras...  ERRADA

    EMOÇÕES: sujeito

    CONFISSÕES: objeto indireto do verbo "convivem"

     

    b)Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio "ouvir conversa alheia”. ERRADA

    DO TEMPO: objeto indireto 

    FEIO: predicativo do sujeito

     

    c)Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais... CORRETA

    PÚBLICO: adjetivo com função de adjunto adnominal

    PESSOAIS: adejtivo com função de adjunto adnominal

     

    d)Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)? ERRADA

    PRIVACIDADE: sujeito (Privacidade ainda é possível...)

    CELULARES: complemento nominal

     

    e)...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. ERRADA

    RECLAMAÇÃO: sujeito

    CONDENÁVEL: adjetivo com função de adjunto adnominal

     

    Espero ter ajudado...

     

    Abraço

  • Gente!!! Quem, assim como eu, não está vendo os termos sublinhados, faça a notificação de erro na quetsão. Só assim o site vai verificar que existe erro.

  • na letra B, "Feio" não funcionaria como predicativo do objeto? uma vez que naquele tempo é que era feio (...); "Feio" se relaciona com "Devem se lembrar do tempo"...e não com "os mais velhos". 

  • QC desde quando existiu nunca sublinharam nada. Fica complicado assim!
  • RAFAEL MOTA,

    estava acessando pelo Explorer e não aparecia nada sublinhado.

    Entrei pelo Chrome e deu certo.

    Tenta mudar de navegador! ;)

  • A dica para quem não está vendo os sublinhados é:  trocar o navegador de internet.

  • Vamos, então, relembrar as funções sintáticas dos termos na oração.

     

     

     

    Além dos termos essenciais - sujeito e predicado -, pode haver na oração outros elementos constitutivos: termos integrantes etermos acessórios.

     

     

     

    Os termos integrantes são os complementos: uns se ligam a substantivos, adjetivos ou advérbios (complementos nominais); outros se ligam a verbos (objeto direto, objeto indireto etc.), para lhes completar o sentido.

     

     

     

    O complemento nominal vem normalmente ligado por uma preposição a um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio,integrando o seu sentido ou limitando-o.

     

     

     

    Os termos acessórios trazem informações adicionais, porém dispensáveis, à oração. São eles: o adjunto adverbial, o aposto e o adjunto adnominal.

     

     

     

    O adjunto adnominal é um termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste na oração. Em nosso último encontro, mostramos algumas formas de identificar se o termo ou expressão exerce a função de complemento nominal ou de adjunto adnominal. Quanto ao substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo regido apresenta em relação ao termo regente. Se for ativo, a função é de adjunto adnominal (tudo com “a” – substantivoAbstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal). Se for passivo, é complemento nominal.

     

     

     

    Vamos treinar: amor de mãe  x  amor à mãe

    Em:

    1) amor de mãe – a mãe pratica a ação de amar. Por apresentar idéia ativa, a expressão exerce a função de adjunto adnominal;

    2) amor à mãe – a mãe recebe o amor. Como o valor é passivo, sua função é complemento nominal.

     

     

     

    Hoje, mostraremos mais algumas formas de distinção.

     

     

     

    1ª.dica: À exceção da preposição DE (que serve às duas funções), os complementos introduzidos por qualquer outra preposição (a, em, por) será um complemento nominal (chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicação ao povo, amor por alguém).

     

     

     

    2ª.dica: Os complementos que vierem sob a forma verbal são complementos nominais por apresentarem essa idéia passiva. Exemplos:

     

    “osso duro de roer” = a idéia é “duro de ser roído” – idéia passiva è complemento nominal

    Medo de cair = a idéia é “de sofrer uma queda” – idéia passiva è complemento nominal

    Essa notícia é difícil de acreditar = a idéia é “difícil de ser acreditada” – idéia passiva è complemento nominal.

     

    Fonte: https://www.pontodosconcursos.com.br/artigo/13853/claudia-kozlowski/ainda-diferenca-entre-complemento-nominal-e-adjunto-adnominal

     

     

    ''Se as coisas não saíram como planejei posso ficar feliz por ter hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser."

     

     

    Grande abraço e até a próxima.

  • a)  Nas redes sociais, emoções(SUJEITO) destemperadas convivem com confissões(O D) perturbadoras... 

     

    b)Os mais velhos devem se lembrar do tempo(O D) em que era feio(PRED. DO SUJEITO) "ouvir conversa alheia”.

     

    c)Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público(ADJETIVO/ADJ ADM) sem recolher informações pessoais(ADJETIVO/ ADJ ADM)... C

    d)Ainda é possível ter privacidade(S) em meio a celulares(CN) (...)? E

    e)...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo. E

  • Silvia, na letra B ... do tempo é OBJETO INDIRETO pela presença da preposição DO ( DE + O)

    Bons estudos a todos,

    Fiquem com Deus.

  • Pra quem não vê termos sublinhados, sobretudo se estiver resolvendo questões no aplicativo, é melhor nem notificar o erro. Melhor é fazer uma reclamação no SAC no QC. Várias questões de português estão sem destaque nos termos que deveriam estar destacados. Façam a reclamação pra que eles fiquem cientes e consertem isso.

    Quem assina tem direito aos serviços tanto do site quanto do app, e este tem que funcionar

  • NÃO PRECISAM NOTIFICAR O ERRO OU FAZER RECLAMAÇÃO AO SAC, É SÓ USAREM O GOOGLE CHROME para responder as questões no Qconcursos. Sempre usei e nunca tive problemas!!!

  • Ambas adjunto adnominal. Letra C

  • Aula fabulosa de Adjunto Nominal e Complemento Nominal: Professor Elias Santana, no YouTube - Elias Live 35

  • Graças ao comentário do Alquimista , fui saber depois de muiiiiiiiito tempo que o problema é resolvido abrindo outro navegado, como o Google Chrome...(obrigado)

    Ainda que no Chrome apareça os sublinhados, é um absurdo o QC ganhar tanto dinheiro com os usuários e não consertar um problema que afeta milhares que usam o IE , EDGE ou  App (que por sinal é ruim de usar . Tanto é que tem uma avaliação baixíssima.)

  • Eu uso o navegador Opera e nunca tive problemas em relação a visualização das questões.

     

  • Muita gente está dizendo que "privacidade" é o sujeito, quando na verdade acredito que o sujeito é "TER PRIVACIDADE EM MEIO A CELULARES"...

    A pergunta é: o termo isolado "privacidade" é núcleo do sujeito ou objeto direto?

    Ou o núcleo seria "ter privacidade" e "privacidade" seria obj. dir. de TER? Tô mais inclinada para essa opção.....

  • realmente , lucas sá . o opera ele nao apresenta esse defeito . eu estava usando o microsoft edge que tbm nao apresentava o sublinhado . e convenhamos abrir a prova e procurar por tal questão é meio chato.

  • Olá, galera. Eu uso Google Chrome e o sublinhado NÃO aparece pra mim. É só eles acertarem a programação pra que seja visualizado no maior número de browsers possível. Questão de boa gestão de TI, que o QC não deveria ter problemas em fazer. Bora reclamar até resolverem isso!

    #noixnaluta #foco #bonsestudos

  • Em razão de algumas respostas apresentarem erros, segue a explicação de cada alternativa, conforme vídeo do professor:

    a)  Nas redes sociais, emoções destemperadas convivem com confissões perturbadoras...

    Emoções: núcleo do sujeito; Confissões: núcleo do objeto indireto "com confissões perturbadoras";

     

    b)  Os mais velhos devem se lembrar do tempo em que era feio "ouvir conversa alheia”.    

    Do tempo: Objeto indireto. Afinal, quem se lembra, se lembra de alguma coisa; Feio: predicativo;

    Atenção: Nessa alternativa, o professor acabou explicando o termo "tempo", ao invés da expressão "do tempo", de sorte que a explicação dele foi no sentido de que o termo "tempo" seria o núcleo do objeto indireto. Todavia, tendo em vista que a questão pediu a análise da expressão "do tempo", basta considerá-la como objeto indireto. 

     

    c)  Hoje é impossível transitar por qualquer espaço público sem recolher informações pessoais...         

    Público: adjunto adnominal (a expressão “por qualquer espaço público” é adjunto adverbial, cujo núcleo é “espaço”); Pessoais: adjunto adnominal;(“informações pessoais” é o objeto direto do verbo recolher);

     

    d)  Ainda é possível ter privacidade em meio a celulares (...)?

    Privacidade: objeto direto do verbo ter; Celulares: núcleo do adjunto adverbial “em meio a celulares”;

     

    e)  ...a reclamação por privacidade é recebida como o mais condenável egoísmo.    

    Reclamação: núcleo do sujeito; Condenável: Adjunto adnominal do termo “egoísmo”;

  • Quem está tendo problemas com exercícios que não mostram sublinhado, recomendo Opera mini. Ótimo navegador inclusive pra Android

  • a) Sujeito/Objeto Indireto

    b) Objeto indireto/Predicativo do Sujeito

    c) Adjunto adnominal/Adjunto adnominal

    d) Sujeito/Complemento Nominal

    e) Sujeito/Adjunto adnominal

  • Está dificil de aprender esse tópico da matéria. Quem tiver alguma dica me manda mensagem. Att.

  • Não sei como acertei, mas acertei!

  • Eu respondi de acordo com uma análise morfológica, errei, quis ficar bravo com a banca. Voltei no enunciado e... resolvido.

  • Adjunto adnominal : Muda o sentido de um substantivo concreto.

    Espaço público.

    Informações pessoais .

  • Respondendo a pergunta de uma colega,digo que "ter privacidade"é um sujeito oracional,ou seja,oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.

    Nesse tipo de construção,a oração inteira é considerada o núcleo.Portanto,"privacidade"é objeto direto do verbo "ter",que está dentro desse sujeito oracional.

    Espero ter ajudado um pouquinho.

    Abraço!