SóProvas


ID
2566183
Banca
VUNESP
Órgão
IPRESB - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Leia o texto, para responder à questão.

   

     Um dos problemas que democracias enfrentam é o de como lidar com aqueles que negam seus princípios elementares, mas não chegam a conspirar para dar um “putsch”*. Entra nessa categoria a manifestação orquestrada por supremacistas brancos em Charlottesville, na Virgínia.

      Não há como conciliar uma ideologia francamente racista, como a defendida pelos organizadores da marcha, em que se viam suásticas e se gritavam slogans contra negros, com a noção, nuclear para a democracia, de que os direitos de minorias precisam ser sempre respeitados. Mas usar a lei para silenciar esses grupos também não é uma solução satisfatória, pois viola outro pressuposto essencial da democracia, a liberdade de expressão. Como sair do paradoxo? Quão tolerante a democracia deve ser com os intolerantes?

      Penso que os americanos lidam bem com esse tipo de situação. Os EUA são um dos poucos países que levam a liberdade de expressão realmente a sério, permitindo que qualquer grupo exponha qualquer ideia e mobilize seus simpatizantes para defendê-la. E “qualquer” aqui não é força de expressão. Nos anos 70, a Suprema Corte ratificou o direito de um grupo nazista de realizar uma passeata em Skokie, cidade habitada por vários sobreviventes do Holocausto.

      Como a democracia nos EUA nunca foi seriamente ameaçada por grupos extremistas domésticos, não dá para dizer que a virtual sacralização da liberdade de expressão pelos tribunais seja um tiro no pé. Fica claro, porém, que o país se vale de outros mecanismos (sociais) para manter o radicalismo sob controle. É aqui que surgem motivos para preocupação.

      O grave não é que supremacistas brancos tenham conseguido fazer uma manifestação nos EUA, mas sim que o presidente do país, que deveria atuar como uma espécie de bússola nas grandes questões morais, tenha relutado tanto em condenar o evento racista de forma inequívoca.


(Hélio Schwartsman, Tolerar a intolerância? http://www1.folha.uol.com.br. 15.08.2017. Adaptado)


*putsch: golpe. 

Considere as seguintes passagens:


… a Suprema Corte ratificou o direito de um grupo nazista de realizar uma passeata em Skokie …

… não dá para dizer que a virtual sacralização da liberdade de expressão …


As palavras destacadas têm, respectivamente, como sinônimo e antônimo adequados ao contexto:

Alternativas
Comentários
  • Gab: E 
    Pra nunca mais errar o significado de ratificar e retificar:
    RATIFICAR e RETIFICAR
     RATIFICAR = Aceitar, validar 
    RETIFICAR = o E vem de Erro, significando corrigir

     

     

    Deus é bom

  • Molezinha!!!

  • Complementando:

     

    Sacralizar: fazer com que se torne sagrado; ficar ou se tornar sagrado.

    Profanar: tratar com irreverência as coisas sagradas; desrespeitar a santidade de; ofender; manchar; macular.

     

    Percebe-se que as palavras possuem sentidos opostos, portanto, no contexto, são antônimas.

     

    Fonte: https://www.dicio.com.br/sacralizar/

    https://www.dicio.com.br/profanar/

  • Ratificar = confirmar, validar ou reafirmar algo que foi dito ou prometido.
    Sacralização = Atribuir caráter Sagrado, Torna-lo sagrado. Unir, sacralizar, "Consagrar". ( Antônimos = profanar, violar, desconsagrar.)

     a) anulou (= invalidar) e destituição. (= dispensa)
     b) cerceou (= limitar) e beatificação. ( = glorificação)
     c) avaliou (= julgou) e entronização (= enaltecer).
     d) monitorou (= fiscalizou) e maculação (= ofender).
     e) validou (= ratificou) e profanação (= ofender).

  • A Questão se torna tranquila pela opção de Ratificar = Validar ( Sinônimos ).

  • Fui por: VALIDOU de ratificar´= validar

  • O que me choca não é a questão, mas o fato da Suprema Corte permitir que nazistas façam passeatas!

    ''Quem não estuda história costuma repetir os erros do passado''

     

  • Ratifcar: confirmar, validar.

    Retificar: corrigir.