SóProvas


ID
2567710
Banca
FCC
Órgão
TRT - 21ª Região (RN)
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Toda utopia, desde a criação do termo por Thomas Morus, há quinhentos anos, anda junto com um projeto de urbanização. É difícil planejar uma cidade e resistir à tentação de formular um projeto de sociedade. Mais que isso, se Severo Sarduy tem razão ao afirmar que a cidade passa a ser cartografada, quando, durante a Renascença, deixa de ser imediatamente visível em sua inteireza, quando escapa ao olhar direto, então o ato de cartografar a cidade é simultâneo ao de planejá-la. Ver a cidade como um todo e criá-la nova obedecem a um mesmo movimento.

      É conhecida a oposição que, em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda tece entre as cidades da América hispânica e as da América portuguesa. As cidades hispano-americanas são como tabuleiros de xadrez: planejadas, com ruas perpendiculares. Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano, mas que talvez só uma vez, com a construção da capital federal, esteja vinculado a um projeto de nova sociedade. O Brasil central e tardio rompe com o Brasil colonial, “atrasado”. O exemplo mais significativo dessa mudança está no modo como o antigo estado de Goiás gerou três capitais que correspondem a três momentos diferentes do planejamento urbano.

      A primeira é Goiânia, fundada em 1933. É uma cidade moderna, planejada, mas não é utópica. A segunda é a capital do país. Construída ao longo da segunda metade da década de 1950, Brasília é, sim, uma cidade utópica. Desde seu projeto inicial, pretendeu-se efetuar uma mudança nas relações entre as pessoas que lá fossem viver; isso se tentou com dificuldade e com fracassos, porém, de qualquer forma, houve, em Brasília, um projeto utópico. Já a terceira capital retirada do antigo território goiano é Palmas, fundada em 1989, onde há planejamento, mas a utopia sumiu. Sessenta anos de história marcam, assim, a trajetória da utopia no país. Esse período, entre o governo Vargas e a Constituição de 1988, assinala a ascensão e a queda de um projeto utópico.

      A palavra utopia é polissêmica. Salientamos alguns de seus aspectos: o princípio teórico para a resolução dos males do mundo, o planejamento, a urbanização. Mas a utopia não se esgota neles. Ela pode ser sinônimo de irrealismo − e, portanto, algo positivo (o sonho, o impossível) ou negativo (o impossível, o devaneio). Pode ser o que nos leva a romper com o convencional, impelindo-nos à ação, e pode ser o que nos impede de agir, prendendo-nos ao imaginário.

(Adaptado de: RIBEIRO, Renato Janine. A boa política: Ensaios sobre a democracia na era da internet. Edição Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 2017) 

Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares... (2° parágrafo)


No contexto, o elemento sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:

Alternativas
Comentários
  • não me lebrava de ter visto o "pois " como conjunção adversativa, tanto que fui procurar nos resumos e só salvei como conclusiva e explicativa

    Conjunção pois

    A conjunção pois liga orações sintaticamente semelhantes. Conforme a ideia que transmite, pode ser conclusiva, explicativa ou adversativa.

    Conjunção adversativa: Transmite uma ideia de oposição, sendo sinônima de mas, porém, contudo, todavia, no entanto,...

    Vai continuar falando? Pois eu não  acredito em nada do que você diz!

    Você está nos esperando? Pois nós não vamos!

    fonte : https://duvidas.dicio.com.br/uso-de-pois/

    e analisando novamente a passagem do texto dada pela banca, não faz sentido usar uma conjunção explicativa no trecho :

    " Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano, mas que talvez só uma vez, com a construção da capital federal, esteja vinculado a um projeto de nova sociedade.

    a ideia que ele introduz a seguir é de oposição, mas como analisei só do pois pra frente quando resolvi, só pensei em explicacação 

     

     

     

     

  • Não se prendam às conjunções, mas percebam o contexto, o sentido do texto. Isso prevalece sobre qualquer classificação robótica gramatical.

  • aqui tá o excerto do texto.. vamos à análise.

     

    Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano, mas que talvez só uma vez, com a construção da capital federal, esteja vinculado a um projeto de nova sociedade. 

     

    Observem que no que eu coloquei a cor azul. Fala-se que, em suma, as cidades brasileiras nao sao planejadas.

    Galera, agora observem o que eu marquei vermelho. Está indo de encontro ao que o azul afirmou.

     

    Ou seja, nao se deve observar, tao somente, a conjunção. Eu, como vc, marquei porque, haja vista que nao me atentei ao sentido do contexto.

     

    Ratificou o comentário do colega Alexia:

     

    "Não se prendam às conjunções, mas percebam o contexto, o sentido do texto. Isso prevalece sobre qualquer classificação robótica gramatical."

     

    Observem que, se procedêssemos à substituição do POIS na frase, ela ficaria sem sentido, na medida em que ela dá sentido de OPOSICÃO.

     

    " Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. PORQUE o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendicularesbem como do planejamento urbano, mas que talvez só uma vez, com a construção da capital federal, esteja vinculado a um projeto de nova sociedade.

     

    Valeu.

  • "Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. Pois [No entanto,...] o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares,..." Gab. C

  • https://www.sinonimos.com.br/pois/

     

    Porque:

    1 que, pois que, já que, em razão de, dado que, visto que, porque, porquanto, uma vez que.

    Portanto:

    2 dessa forma, por conseguinte, assim sendo, dessarte, desse modo, logo, por isso, à vista disso, dessa maneira, destarte, portanto.

    Então:

    3 nesse caso, diante disso, neste caso, pois então, então.

    Porém:

    4 não obstante, no entanto, entretanto, todavia, porém, mas, contudo.

    Realmente:

    5 por certo, realmente, de fato, de verdade, com efeito.

  • É o tipo de questão que se deve analisar o sentido do texto, deve-se ler o parágrafo anterior, daí percebemos que há um contraste, uma idéia que se opõe a anterior!

    Letra C

  • Questão muito bem feita, porém nunca que num texto redigido por mim colocaria o termo POIS com sentido de adversidade

  • Ele, na período anterior, vinha com uma ideia.. de repente um "POIS" totalmente doidão, kkkkkk. Acertei no dia da prova por usar o senso mesmo.. todas as outras altenativas deixavam o sentido e leitura toscos. O único sentido -para mim- que encaixou foi o de concessão. abx

  • Queria ver se eu colocasse esse "pois" nesse sentido na redação. Será que eles entenderiam da mesma forma?

  • Gabarito B

     

    OK, Bruna Carvalho vc está certa, valeu.

     

    A forma  mais didádica é analisando o contexto:

     

    Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano...

     

    (Percebam que há uma certa adversidade nesse trecho, pois as cidades brasileiras não são de linhas retas, PORÉM, NO ENTANTO o brasil central tem uma presença mais intensa das retas.)



    Quando pensar em desistir, olhe ao seu redor e veja que nada é fácil. Tenha sempre Fé em Deus.

  • Olha o que diz o enunciado: No contexto (ou seja, no texto como um todo), o elemento sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por:
    Aquela questão que a gente erra e nunca mais errará.

  • É sério isso?

  • Cristian TRT, "por conseguinte" possui valor semântico de conclusão e não de concessão. Cuidado! 

  • Um soco na cara doeria menos! hahahaah

  • Essa questão pegou muita gente.

    Vejam o comentário de Brunto TRT. 

  • Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares... (2° parágrafo)

  • Oxalá caia numa prova que eu fizer uma destas. Pra quem fica reclamando que conteúdo de concurso envolve muita coisa decorada, essa questão ensinou uma lição. O uso da literatura em alto nível pode subverter algumas características da gramática que a aplicação de conteúdo decorado não deixa perceber. Tem que ter uma boa interpretação de texto pra perceber que o termo tem valor adversativo. A FCC tem feito as melhores questões de português!

  • Se eu escrever, na redação, um "pois" desses aí vislumbrando um sentido adversativo é capaz do examinador cortar o parágrafo todo e ainda escrever uma observação: "decore as conjunções, concurseiro burro".

  • Gente, pelo amor de Deus...PORQUE é explicação, UMA VEZ QUE é causa e POR CONSEGUINTE é conclusão. 

     

    O fato de duas orações com sentido de oposição estarem ligadas por uma conjução explicativa demonstra que o texto foi escrito ERRADO, simplesmente. A menos que você esteja escrevendo um texto poético, você não podar dar o significado que quiser aos termos gramaticais, porque se fosse assim não existiriam as malditas regras que a gente tanto se mata pra aprender. PORTANTO, se a escrita original está errada, o seu sentido é dúbio em essência, de modo que a troca da conjunção errada (pois) pela correta (adversativa) iria dar sentido claro ao texto, o que por si só já constitui uma modificação de sentido. Logo, a alternativa C não pode ser a certa.  

  • "Polissemia conjuncional

    Algumas conjunções subordinativas (que, como, porque, se , etc) podem pertencer a mais de uma classe. Sendo assim, o seu valor está condicionado ao contexto em que se inserem, sem sempre isento de ambiguidades, pois que há circunstâncias fronteiriças: a condição da concessão, o fim da consequência, etc"

     

    Gramática do Celso Cunha p 604 5ª ed

     Creio que o colega imediatamente abaixo esteja errado em vários pontos. Literatura de vanguarda é feita, muitas vezes, "perventendo" as normas gramaticais, como no caso das modificações formais nos trabalhos de Vargas Llosa e Saramago, por exemplo. Não é apenas na poesia se pode fazer um uso não convencional da gramática. Além disso, conforme a citação acima, há respaldo gramatical para o polissemia conjuncional.

     

     

     

  • Isso é no que dá responder a questão sem ler o texto =/

  • Comentários, que não se restringem à analise da questão, dão preguiça....AFF.... Assim como o que acabo de fazer, mas é mais forte do que eu ....

  • Realmente é capiciosa, pra você ver que não adianta só memorizar a tabela de conectivos, mas pelo contexto fica claro que ele tava falando sobre oposição.

    Pq ele diz > que as ruas brasileiras são "bagunçadas", Porém quando ele vai falar do "Brasil central" ele diz que é tudo bem Organizado.

    esse "Pois" nesse sentido é usado de modo mais coloquial.

    Exemplo: Alguém ler a explicação e dizer: "Pois num é que faz sentido mesmo?" no lugar de dizer "Mas num é que faz sentido mesmo?"

  • muito boa essa questão! Mais questões assim, por favor!

  • Se eu preciso acertar esse tipo de questão doida da FCC pra passar acho melhor começar a chorar...

  • Não entendi essa merda!

    O "pois" tem caráter explicativo na oração ( Nem no contexto, nem gramaticalmente - está anteposto ao verbo ); e "no entento" tem caráter adversativo.

    Agora expliquem-me como o "pois" assume uma posição adversativa aí ! Ora, faça-me um favor né!

    A banca tá querendo mudar as regras, só pode.

  • Exatamente o que o Allan Cavalcante disse: o texto traz uma clara ideia de oposição. Apesar de a FCC ter fugido às regras, não tem como dizer que a ideia não é de oposição. Decorar as conjunções é maravilhoso, mas ver o contexto em que elas estão inseridas é libertador. rsrsrs

  • O negócio é dançar conforme a música, pessoal. No momento de elaborar uma redação, é claro que não dá pra ser doido e usar uma conjunção de modo errado, mas se a questão tá pedindo pra nossa análise se ater ao texto, não podemos ignorar o que o autor quis passar.

    No caso, como já foi explicado, ocorreram ideias opostas, motivo pelo qual as outras alternativas estão incorretas.

  • Acertei pelo sentido de adversidade em relação as frases anteriores, mas, contudo, porém, entretanto usar o "pois" nesse sentido foi sacanagem do examinador....aí vem a sociedade protetora dos examinadores aqui para defendê-los e blá blá blá... a dica  é responder essas questões já contando que terá "armadilhas no caminho".

  • QUESTAO PARA QUE O PRIMEIRO COLOCADO NAO GABARITE!!

  • Conjunção coordenativa adversativa: no entanto

    mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto...

  • É bem difícil enxergar a relação de oposição de ideias antes de saber qual é a resposta certa ...

  • Não me convenceu.

  • Se ler o contexto fica fácil... questão mais de interpretação do que de gramática. 

  • Quero compartilhar o meu erro de principiante !

    QUANDO O ENUNCIADO FALAR EM CONTEXTO, COMO O DESTA QUESTÃO,

    Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares... (2° parágrafo)

    - No contexto, o elemento sublinhado acima pode ser substituído, sem prejuízo do sentido, por

    NÃO DEVEMOS ATER APENAS NA FRASE OU TENTAR DECIFRAR A SOLUÇÃO SOMENTE POR ELA

    . DEVEMOS IR AO PARÁGRAFO ONDE ESTÁ INSERIDA A FRASE, AO QUAL PODEMOS PERCEBER CLARAMENTE QUE HÁ UMA INTENÇÃO DE OPOSIÇÃO, POR ISSO QUE A CONJUNÇÃO "no entanto" ESTÁ CORRETA, POIS ELA É UMA CONJUNÇÃO COORDENATIVA ADVERSATIVA 

    Pode até ser uma bobeira isso que estou falando, mas infelizmente eu me atentei apenas para o enunciado!

    E, vamos que vamos estudar as conjunções !

     

     

  • ...já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas...

    Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares...

    Reescrevendo, mas colocando o " no entanto " para ter sentido:  ...já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas, NO ENTANTO, o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares...

    Ele começa falando que no Brasil as cidades foram feitas em montanhas e depois fala que na região central as cidades estão em linhas retas, ou seja, uma contradição. 

    O "pois" está com sentido adversativo e não explicativo.

  • Quase errei tbm essa questão, mas olhando pelo contexto ficou bem mais fácil. Nós temos a mania de olhar apenas para as conjunções.

    Quem só olha para conjunçao =toma ferrão kkk

     

  • Eu errei de bobeira msm kkkk!achei estranho essa banca sinistrinha colocar questão só olhando a conjunção,mas depois olhei o contexto e percebi ideia de adversidade.

  • SOCOORROOO!!! Primeira vez, de anos, estudando para concurso, que vejo uma questão dessa. Arrisco a dizer que ninguem acertou essa questão! FCC só me surpreendendo!

  • é pessoal , o que a FCC fez foi só alterar a conjunção do texto e perguntou qual a conjunção que ela tinha retirado,que era a certa. ;(

    é só ler o contexto .

     

    mas que essa conjunção POIS na que questao prejudica  a interpretacao do texto , prejudica.

  • Meu Deus!!!
    Estou apavorada com esta banca, iniciei meus estudo pra MPU com CESPE e é bem melhor a cespe.

    Agora migrei pra TRT FCC, e é cada questão cabeluda !!

  • É.. continuem só decorando as conjunções!

    Interpretação de texto é vida!

  • (C) Lendo o contexto, nota-se que há uma pretensão de adversidade no local de substituição do "pois". Isto porque, o Brasil é semeado nas montanhas e vales e, portanto, não seguem uma linha reta. No entanto, no Brasil central há uma presença mais intensa de retas e perpendiculares. Logo, troca-se o "pois" pela Conjunção Coordenativa Adversativa lavrada em vermelho.

  • questaozinha sem pé nem cabeça. sem sentido algum!!!

  • Isso é para técnico? QUEM ESTARÁ NO DIA DA MINHA POSSE? BECHARA? PESTANA? PUTA QUE PARIU viu! 

  • GABARITO: LETRA C.

    Lendo o período em foi empregada a conjunção "Pois" e o período antecedente, percebe-se com clareza a ideia de adversidade, oposição. O texto opõe as cidades brasileiras de uma forma geral (semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas) às cidades do Brasil central (presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano). Analisando as alternativas, temos que:

    Letra A - Por conseguinte, seguido de vírgula.

     Errada: A locução "Por conseguinte" acresce ao período valor de conclusão, distinto da oposição presente no texto original.

     Letra B - Porque

     Errada: A conjunção "Porque" introduz valor de causa, diferente da ideia original.

     Letra C - No entanto, seguido de vírgula.

     Certa: A conjunção coordenativa "No entanto" é adversativa, encerrando o valor de oposição que se faz presente no texto original. Sempre que conjunções adversativas ou conclusivas iniciam períodos, o emprego da vírgula na sequência é opcional.

    Letra D - Uma vez que

    Errada: A locução conjuntiva "Uma vez que" introduz valor de causa, diferente da ideia original.

     Letra E - Apesar de

     Errada: Embora a locução prepositiva "Apesar de" introduza uma oração concessiva e consequentemente estabeleça ideia de oposição, o seu emprego não se harmoniza na frase. Para que a locução seja inserida no período, há a necessidade de unir o período introduzido pela locução "Apesar de" com o anterior e de substituir a forma verbal "tem" pela forma verbal "ter". Portanto, a construção se daria da seguinte forma:  "Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas, apesar de o Brasil central ter uma presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano..."

     

    Fonte: Professor Rosenthal - TEC

  • rapaaaaaaaaaaaaaz... tenso heein. MEsmo com texto não visualizei oposição #oremos.
    Mas é igual o Oliver Queen disse, duas letras retratam a mesma coisa, ideia de causa, mesmo assim marquei letra D.

    Típica questãod aquelas que você já pula para as plausíveis, cespe costuma cobrar isso, conjunção na interpretação e não na íntegra de seu significado. FCC anotando aqui..

  • É uma questão de análise semântica, normalmente a conjunção "pois" é conclusiva ou explicativa. Mas na leitura das orações, é possível ver que o trecho "Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares..." tem ideia de oposição ao trecho anterior sendo então adversativa.

     

  • Essa me pegou! Não pega mais.

  • Ótima explicação do professor Arenildo.

  • Que vontade de chorar :(

     

  • Questão tensa da FCC, porém serve para ficarmos alerta.

    Li o texto aqui e vi que antes fala sobre as cidades brasileiras são semeadas de montanhas e nos valres, seguindo ritmo naturais, QUE nÃO SÃO OS DA LINHA RETA, NO ENTANTO (notemos a oposição), o brasil tem a presença mais itnensa de retas e perpendiculares


    GAB LETRA C

  • Nesse tipo de questão é imprecindível voltar ao texto e ler a oração completa, tirando o máxmo de sentido possivel que se puder tirar.

    GAB C

  • Esse tipo de questão a pessoa se perdoa quando erra. Tranquilo...

  • errei com orgulho

  • me pegou, pegou, pegou, mas não pega mais. Hahaha

  • segundo o prof, esse pois tem sentido adversativo.Se forem no texto vcs veram que realmente ele esta se opondo a oracao anterior

    um exemplo onde o "pois" pode ter sentido de oposicao:

    "ela disse que nao viria, pois nao é que ela veio"-frase do prof arenildo

  • Dever-se-á constar nos editais: interpretação coloquial da língua portuguesa.

  • Coloque um pois desses numa redação da FCC para ver o que te acontece.

  • 15/02/19 Respondi errado!!

    Bela questão!! É errando que se aprende.

  • É interessante notar que a banca fala "no contexto" , isso explica o gabarito 

  • Quero ter os olhos de águia das pessoas que falaram que viram o sentido de adversativo aí!

  • A dificuldade de perceber o sentido adversativo se dá porque os termos que são opostos pelo "pois" são parecidos. Um período termina com linhas retas e o segundo fala em presença mais intensa das retas. Só que a oposição que está sendo feita ali, é entre as cidades brasileiras no geral ("são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas.") e as cidades do Brasil central ("Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares,")

  • Basta ler o que o texto trouxe antes do "pois" e após. Percebe-se (de maneira bem fácil) que há uma relação de oposição entre as informações.

    Já as cidades brasileiras são semeadas nas montanhas e nos vales, seguindo ritmos naturais, que não são os das linhas retas. Pois o Brasil central tem uma presença mais intensa das retas e perpendiculares, bem como do planejamento urbano [...]

  • JAMAIS respondam uma questão sobre conjunções sem antes reler a parte do texto em que ela se encontra.