SóProvas


ID
2612269
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

Depreende-se do texto que

Alternativas
Comentários
  • GAbarito B.

    A - INCORRETA. Não pode ser observada em proporções reais? E isso aqui?

    1ª - aos 3 anos machuca os olhos na oficina do pai.

    2ª - pega uma infecção.

    3ª - No século 19 não conseguiram curar um olho e contaminou o outro (desgraça pouco é bobagem)

    4ª Preconceito (pessoas cegas não podiam frequentar escolas).

    Dá para encontrar mais umas dez proporções reais, mas já basta para responder.

    .

    B CORRETA. Intervenção Externa (pai + professor). Reação Pessoal = esforço. Tudo isso = facilitadores.

    .

    C - INCORRETA. A exclusão não se mantém!! Tem até aplicativo!

    .

    D - INCORRETA. É verdade que o garoto é diferenciado. Praticamente o Neymar infantil do mundo pedagógico. MAS, as dificuldades não deixaram de existir.

    .

    Só pra registrar: não conhecia essa história. Achei muito bancana. Inspiração!

  • impressionante. Não conhecia a história do braille 

    Concurso também é cultura rsrs

  • Dou umas risadas com seus comentários, Adriana, rs. Mas são ótimos comentários, parabéns! =]

  • b)

    a intervenção externa e uma reação pessoal atuaram como facilitadores no processo de reconstrução da aprendizagem e desenvolvimento cognitivo do menino que havia se tornado cego.

  • Letra B

    Intervensão externa-> o professor que olhou o potencial do menino cego.

    Reação Pessoal -> O menino mesmo cego não deixou que isso lhe parasse continuou a querer aprender / O desenvolvimento na primeira escola para cegos de Paris.

     

    att,

    Jonas

  • Adriana! amei o seu comentário kkk

  • Só complementando, na assertiva letra D, as expectativas não se confirmaram. No texto é mencionado que pessoas com deficiência visual à época : "início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros."

    Ao contrário, Braille, pelo seu esforço e auxílio do pai e professor, conseguiu inverter a lógica então dominante contrariando as expectativas.

    Essa constatação, tb, enseja a correção do gabarito letra B.