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Prova CONSULPLAN - 2018 - Câmara de Belo Horizonte - MG - Consultor Legislativo - Administração Pública, Orçamento e Finanças


ID
2612260
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

Tendo em vista aspectos sintáticos da língua, pode-se afirmar que em “[...] os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.” (6º§) é possível observar

Alternativas
Comentários
  • "sem a necessidade do método criado quase 2 séculos por um menino de 13 anos."

    verbo haver no sentido de existir é verbo impessoal e fica na 3ª do singular por não ter sujeito.

    Gabarito: letra B 

  • Talvez a alternativa A tenha enganado algumas pessoas que, quando viram o verbo "estar", logo pensaram se tratar de um verbo de ligação e que, consequentemente, haveria na frase um predicativo do sujeito. 

    Contudo, percebam que não se trata do verbo "estar" mas da locução verbal "estão tendo", em que o verbo principal é o "ter", que, no contexto, não é de ligação e pede um objeto direto. 

    A resposta está na letra B, por conta do verbo "haver", impessoal. 

    Gabarito: letra B. 

  • Tipica questão feita pelo "sete peles" em pessoa, quando se lê [os deficientes visuais estão tendo] automaticamente sua mente já trabalha com o sujeito, verbo haver nem passa despercebido. O inimigo é sujo mesmo...

  • So lembrando que o verbo haver na passagem acima (há quase 2 séculos) não está no sentido de existir, mas sim no sentido de tempo decorrido! Mas continua impessoal do mesmo jeito.

  • Questão difícil viu! nem vi esse "há"...kkkkkk

  • Macete verbos impessoais: SHEFI

    SER 

    HAVER

    ESTAR                   Indicando: Tempo/horatempo decorrido, distância e clima

    FAZER

    IR

    OBS: HAVER como verbo auxiliar não é impessoal

  • Cérebro, o que vamos fazer amanhã?

  • Onde está o verbo haver nessa frase?

  • Gabarito letra B.

    “Há quase dois séculos” traz uma oração sem sujeito, com verbo “haver impessoal” indicando tempo decorrido.

    Logo, o verbo deve permanecer na terceira pessoa do singular. 

  • Senhor uma questão dessa até esmorece o concurseiro.


ID
2612263
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

De acordo com o emprego das palavras/expressões destacadas, assinale a opção em que a substituição sugerida provocaria INCORREÇÃO gramatical ou alteração do sentido expresso originalmente no texto. 

Alternativas
Comentários
  • Era --> Pretérito Imperfeito do Indicativo (passado certo)
    Fosse --> Pretérito Imperfeito do Subjuntivo (passado incerto, hipótese)

    Gabarito: Letra D

  • Pela milésima vez eu digo: A TAL PALAVRA DESTACADA, SUBLINHADA, GRIFADA OU SEJA LÁ O QUE FOR NÃO APARECE PARA MIM. QUEM OLHA ESSE PROBLEMA TÉCNICO???

  •  d)

    “Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local [...]” (3º§) / Fosse

  • Por mais que tenha acertado a questão, fiquei na dúvida em relação a alternativa B.

    "Estão tendo" não é um ato contínuo no presente e "passaram a ter" não seria um ato finalizado no passado?

  • Eu também fiquei com essa dúvida Larissa.

    Alguém pode nos ajudar?


ID
2612266
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

Leia: “Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.” (5º§) A frase destacada ilustra uma formação típica de voz verbal cuja construção permite a omissão do agente podendo ser expressa por meio da formulação: 

Alternativas
Comentários
  • A redação da questão é um pouco truncada, mas o que quer saber é basicamente como seria a redação da frase na voz passiva sintética, usando o pronome apassivador "se".

    "o sistema foi adotado oficialmente" --> "adotou-se o sistema oficialmente"

    Letra B

  • Não entendi nada...

  • Sinceramente, eu acho que a pessoa que formulou essa questão saiu da frente do computador no momento de finalizar o enunciado e quando voltou, posteriormente, havia perdido o raciocínio, resultando nessa aberração.

  • Para resolver essa questão deve-se trocar a voz passiva analítica ( verbo SER + particípio) pela voz passiva sintética (verbo principal + pronome apassivador), ou seja, "foi adotado" p/ "adotou-se".

  • O comando da questão poderia ter sido melhor formulado. Redação horrível.

     

  • Em primeiro lugar, é importante entender que sintético é o mesmo que resumido, portanto, se a voz passiva é sintética, ela é composta apenas pelo verbopronome “se” e sujeito paciente. Veja o exemplo:

    Aluga-se apartamento.

    A seguir, algumas observações importantes:

    De forma geral, só é possível ter voz passiva sintética ou analítica se o verbo for transitivo direto ou transitivo direto e indireto;

    O pronome “se”, dentro da voz passiva sintética, é classificado como pronome apassivador;

    O verbo deve concordar com o sujeito paciente, portanto, sujeito no plural, verbo no plural; sujeito no singular, verbo no singular.

  • Tanto a voz analítica quanto a sintética permitem a omissão do agente, como no enunciado a questão fala sobre a analítica, abaixo ela pede a sintética.

  • Adotou-se o sistema oficialmente- Voz Passiva Sintética verbo concordando com sujeito paciente + pronome apassivador se

    Letra B

  • QUESTÃO:   Em algumas décadas, o sistema FOI ADOTADO oficialmente em todo o mundo. VOZ PASSÍVA ALANÍTICA.

     

    ALTERNATIVA B:   Em algumas décadas, ADOTOU-SE o sistema oficialmente em todo o mundo. VOZ PASSÍVA SINTÉTICA.

  • pelo que aprendi, posso estar errado mas, a voz passiva sintetica nao possui o agente, pois ele está marcado pela particula apassivadora SE que marca "indice de indeterminação do sujeito", ou seja, esse está indeterminado.

  • Passar da voz passiva analítica para a voz passiva sintética.

    GAB. B

  • Gab: B
    "cuja construção permite a omissão do agente"
    Li e pensei em pronome apassivador   (SE)
    Eliminei a letra A


    o sistema foi adotado singular  

    Eliminei a letra C e fiquei com a B

    Porém não achei o erro da letra D, se alguém puder e quiser me explicar ficarei muito grata!
     

  • A questão nem é difícil. Porém, a proposição está mal formulada, o que compromete acertá-la.

  • Para passar da Analítica para Sintética, exclua o verbo auxiliar e passe o verbo principal para o mesmo tempo, modo e pessoa do auxiliar e acrescente o pronome apassivador SE. O sujeito paciente fica posposto ao verbo que concorda.


    O sistema (sujeito paciente) foi adotado (locução verbal)oficialmente em todo o mundo. (Voz passiva analítica).


    Adotou-se o sistema oficialmente em todo mundo. (Voz passiva sintética).


    Fonte: A gramática para concursos públicos - Fernando Pestana.


    Fé.



ID
2612269
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

Depreende-se do texto que

Alternativas
Comentários
  • GAbarito B.

    A - INCORRETA. Não pode ser observada em proporções reais? E isso aqui?

    1ª - aos 3 anos machuca os olhos na oficina do pai.

    2ª - pega uma infecção.

    3ª - No século 19 não conseguiram curar um olho e contaminou o outro (desgraça pouco é bobagem)

    4ª Preconceito (pessoas cegas não podiam frequentar escolas).

    Dá para encontrar mais umas dez proporções reais, mas já basta para responder.

    .

    B CORRETA. Intervenção Externa (pai + professor). Reação Pessoal = esforço. Tudo isso = facilitadores.

    .

    C - INCORRETA. A exclusão não se mantém!! Tem até aplicativo!

    .

    D - INCORRETA. É verdade que o garoto é diferenciado. Praticamente o Neymar infantil do mundo pedagógico. MAS, as dificuldades não deixaram de existir.

    .

    Só pra registrar: não conhecia essa história. Achei muito bancana. Inspiração!

  • impressionante. Não conhecia a história do braille 

    Concurso também é cultura rsrs

  • Dou umas risadas com seus comentários, Adriana, rs. Mas são ótimos comentários, parabéns! =]

  • b)

    a intervenção externa e uma reação pessoal atuaram como facilitadores no processo de reconstrução da aprendizagem e desenvolvimento cognitivo do menino que havia se tornado cego.

  • Letra B

    Intervensão externa-> o professor que olhou o potencial do menino cego.

    Reação Pessoal -> O menino mesmo cego não deixou que isso lhe parasse continuou a querer aprender / O desenvolvimento na primeira escola para cegos de Paris.

     

    att,

    Jonas

  • Adriana! amei o seu comentário kkk

  • Só complementando, na assertiva letra D, as expectativas não se confirmaram. No texto é mencionado que pessoas com deficiência visual à época : "início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros."

    Ao contrário, Braille, pelo seu esforço e auxílio do pai e professor, conseguiu inverter a lógica então dominante contrariando as expectativas.

    Essa constatação, tb, enseja a correção do gabarito letra B.


ID
2612272
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O menino de 13 anos que criou o Braille

Sistema permaneceu insuperável por 200 anos.

    Aos 3 anos, Louis foi explorar a oficina de seu pai e, por acidente, machucou um dos olhos com uma navalha. A infecção atingiu ambos os olhos e, em poucos meses, o garoto estava completamente cego.

    O drama era pior do que parece hoje. Na época, início do século 19, ser cego significava incapacidade para aprender, estudar e ganhar a vida. Ou seja: ele estava condenado a depender da família ou da caridade dos outros.

    Porém, aos 7 anos, Louis já estava completamente familiarizado com a nova vida. Era tão esperto e interessado que chamou a atenção do professor da escola local que, contrariando o pensamento dominante (de que não valia a pena ensinar cegos), admitiu-o em uma das classes.

    Em pouco tempo, Louis se transformou em um dos melhores alunos da escola. Surpresos com o potencial, pai e professor tiveram a ideia de enviá-lo para uma escola destinada a crianças cegas em Paris – a primeira no mundo especializada na deficiência.

    Assim, aos 10 anos, o garoto estava matriculado no L’Institut Royal des Enfants Aveugles. Foi ali que Louis aperfeiçoou o sistema vigente de leitura para cegos e, aos 13 anos, apresentou sua própria criação: o Método Braille. Em algumas décadas, o sistema foi adotado oficialmente em todo o mundo.

    Apenas recentemente, com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos.

(Carlos Domingos, 21 nov. 2017. Disponível em: https://exame.abril.com.br/blog/oportunidades-disfarcadas/o-menino-de-13-anos-que-criou-obraille/.)

O último parágrafo do texto é introduzido por expressão que demonstra

Alternativas
Comentários
  •   "Apenas recentemente, (=somente agora, no século, XX1) com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos. (ou seja, passaram-se 2 séculos para a criação de novas tecnologias)

  • Por favor, coloquem o gabarito para os colegas que não podem pagar!!!
  • resposta letra D

     

  • d)

    que o enunciador, de forma implícita, considera que há um longo período entre a criação de novas tecnologias e o método citado durante todo o texto para a leitura dos deficientes visuais.

  • Por que implícita?

  • Para mim a forma foi explícita.

  •  "Apenas recentemente, (=somente agora, no século, XX1) com o surgimento de aplicativos como Be My Eyes, smart glasses e assistentes digitais como Siri e Alexa, os deficientes visuais estão tendo acesso à cultura e informação sem a necessidade do método criado há quase 2 séculos por um menino de 13 anos. (ou seja, passaram-se 2 séculos para a criação de novas tecnologias) Letra D

    (camila)







ID
2612275
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala.”

    Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até vontadi di ri quandu a genti discobri cumu é qui si iscrevi algumas palavras. Im purtuguêis não. É só prestátenção. U alemão pur exemplu. Qué coisa mais doida? Num bate nada cum nada. Até nu espanhol qui é parecidu, si iscrevi muinto diferenti. Qui bom qui a minha língua é u purtuguêis. Quem soubé falá sabi iscrevê.

(Jô Soares.)

Acerca do texto de Jô Soares, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B.

    A - INCORRETA. Cometeu erro de extrapolação e Mimi. Típica reclamação que a gente ouve até em ponto de ônibus. Ex. Sou excluído porque não falo direito. O texto não fala disso. Mas a banca coloca, porque dá IBOPE.

    .

     

    B - CORRETA. Certa a resposta! Duas modalidades: escrita e falada! Elas não coicidem e a brincadeira do gordo é exatamente essa!

    .

    C- INCORRETA. Não entendi essa alternativa. Chutei esse pensamento: Na linha 2 "U alemão pur exemplu". Essas letrinhas vermelhas são o "U" e o "PUR". Não posso chamar de vocabulário específico (isso não é um artigo nem uma preposição, por exemplo). A frase sequer pode ser classificada como Construção específica. Cadê o sujeito? Aliás, na norma padrão essa construção nem tem sentido. Sei lá! Não entendi.

    .

    D - INCORRETAO Autor quer ironizar as normas da tradição. Nem precisa ser letrado para entender o que é dito no texto do Jô.

  • Obrigada pelo comentário e gabarito!!!
  • Gabarito oficial "d". Tá cada vez mais dificíl escolher a alternativa mais correta. 

  • Na primeira linha (título) o texto apresenta a lingua escrita de forma correta. No texto apresenta os erros de da fala e da forma escrita por alguns.

    “Português é fácil de aprender porque é uma língua que se escreve exatamente como se fala.”

    Pois é. U purtuguêis é muinto fáciu di aprender, purqui é uma língua qui a genti iscrevi ixatamenti cumu si fala. Num é cumu inglêis qui dá até..."

  •  b)

    há uma referência a duas modalidades diferentes da língua utilizando-se, para isso, humor ao registrar o código linguístico.

  • "purqui"?

    Eu entendi a "graça" do texto, mas da para ter uma noção de como esses "intelectuais" enxergam a massa da população brasileira. Tenho 33 anos e nunca vi ninguém falando "purqui", "cumu". 

    Uma coisa é o erro comum, o sotaque e o regionalismo. Já isso é demência.

     

  • Essa banca tem uma redação HORRÍVEL. Você ler umas 10 vezes a questão tentando entender o que se pede.

    Abençoai meu Deus!


ID
2612278
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir.

Senhor Feudal

(Oswald de Andrade.)

Se Pedro Segundo

Vier aqui

Com história

Eu boto ele na cadeia.

(Poemas de Colonização. In Oswald de Andrade. Literatura comentada. São Paulo. Nova Cultural, s.d. p. 28.)

Considerando-se o texto de Oswald de Andrade e os conhecimentos acerca da variação linguística, assinale a afirmativa verdadeira.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

    A- INCORRETA - O autor usa o poema da colonização para se comunicar com Pedro II. De certo está insatisfeito com os rumos da língua portuguesa. Tipo a gente concurseiro.

    .

    B - INCORRETA - Se tem uma coisa que o Oswald de Andrade não faz é o uso da norma-padrão. O autor faz uso da linguagem coloquial só pra ironizar. Conjugou o verbo VIR errado, Falou Pedro Segundo ao invés de II (segundo em Romanos), colocou objeto direto com pronome pessoal. Ex. Eu amava ela. Eu a amava.

    C - CORRETA. Site do Brasil escola fala que "linguagem literária pode ser encontrada nos poemas, cujo discurso é permeado por elementos que conferem maior expressividade e beleza ao texto". (QUASE CHOREI) Não sabia disso, mas é perceptível pra todos nós. Linguagem literária pode ser usada até em novela. Logo, não é sinonimo da norma padrão.

    D - INCORRETA. Oswald de Andrade com domínio precário da Língua? Haha Fale me mais sobre isso! Piadinha com a nossa cara, né? Vamos imaginar que nenhum de nós conheça esse cara. Veja no rodapé o nome da fonte: NOVA CULTURA. Dificilmente um livro/revista/jornal como esse viria com linguagem precária.

  • Não pode ser considerada norma-padrão pois a licença poética conferida aos autores, permite o uso de expressões erradas do ponto de vista gramatical, o que vai de encontro à norma-padrão. Por exemplo: "Eu boto ele na cadeia"

  • c)

    A linguagem empregada pelo autor, literária, não pode ser considerada sinônimo de norma-padrão.

  • Nossa, TatiBraga! Que comentário oportuno!

    Basta colocar qualquer resposta para saber isso...


ID
2612281
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

De acordo com a opinião da autora, expressa no texto, a classe média a que se refere 

Alternativas
Comentários
  • A - GABARITO. Quais os Padrões necessários numa sociedade competitiva? lidar com frustações + esforçar-se + trabalhar + estudar. A classe média quer fugir disso com: churrasquinho na segunda + cervejinha + netflix + genética boa + dinheiro do papai.

    .

     

    B - INCORRETA. Questão de mimi! Extrapolação. Típica conversa de ponto de ônibus. "Sou excluído pela alta classe". "Não tenho chance na vida". "nasci pobre". Essa opinião não é da autora. Essa opinião é do seu vizinho invejoso que vai ficar de olho grande no carro zero que você vai comprar depois que passar no concurso.

    .

     

    C - INCORRETA. Essa é opinião do povo da classe média. Eles pensam que a vida é assim. Típica tentativa de tentar nos confundir sobre a opinião do autor com o uso de argumento do autor. Ela utiliza como um ponto contra a teoria da classe média. (§6º)

    .

     

    D - INCORRETA. A autora conta no §2º uma experiência pessoal. Ela fala de como essa geração despreparada age ao chegar no mercado de trabalho. Essa alterativa comete erro de redução. Reduziu o texto a um parágrafo.

  • Que belo texto! muita gente deveria lê-lo!

  • a)

    tem uma postura que foge dos padrões necessários ao desenvolvimento do ser humano em uma sociedade competitiva.

  • a)

    tem uma postura que foge dos padrões necessários ao desenvolvimento do ser humano em uma sociedade competitiva.

  • GABARITO LETRA A

     

    "Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país."

     

    LETRA "A"-CORRETA: tem uma postura que foge dos padrões necessários ao desenvolvimento do ser humano em uma sociedade competitiva.

     

    De acordo com a opinião da autora, expressa no texto, a classe média a que se refere despreza o esforço necessário para se conquistar algo, preferindo a genialidade. Isso indica que ela foge dos padrões segundo os quais o desenvolvimento do ser humano em uma sociedade competitiva depende essencialmente do esforço pessoal.

     

    LETRA "B"-ERRADA: é responsável por fatores de exclusão social que levam à grande diferença de ordem econômica que vive a sociedade atualmente. 

     

    Segundo a opinião da autora, expressa no texto, a classe média a que se refere é responsável pela crença de que o valor está no dom, naquilo que já nasce pronto, e não responsável por fatores de exclusão social que levam à grande diferença de ordem econômica que vive a sociedade atualmente. 

     

    LETRA "C"-ERRADApossui grande genialidade intrínseca, bastando apenas que a sociedade reconheça tal fato para que os benefícios advindos de tal reconhecimento sejam efetivados. 

     

    Conforme a opinião da autora, expressa no texto, a classe média a que se refere prefere apostar na genialidade intrínseca do jovem, e não no seu esforço pessoal.

     

    LETRA "D"-ERRADAvive um processo de decadência moral de modo que não consegue encontrar seu lugar no mercado de trabalho não tendo havido preparo para o exercício da carreira profissional escolhida.  

     

    O texto não diz que a classe média vive um processo de decadência moral de modo que não consegue encontrar seu lugar no mercado de trabalho não tendo havido preparo para o exercício da carreira profissional escolhida, mas que ela despreza o esforço como meio para o atingimento dos objetivos de seus filhos. 


ID
2612284
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

Segundo a autora, a ideia de que a felicidade é um direito é

Alternativas
Comentários
  • "Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito."

    "Ilusão" se aproxima mais da ideia de "equívoco".

    Letra C

  • c)

    equivocada.

  • a·cer·ta·do

    adj

    1 Que se ajusta a certas condições ou circunstâncias; adequado, apropriado, correto: “Talvez fosse mais acertado levá-lo para uma boa casa de saúde!” (AA2).

    2 Que foi atingido ou tocado (por arma ou projétil); alcançado, alvejado.

    3 Que foi combinado; ajustado, convencionado, pactuado: “[…] foram marcados locais e datas sucessivamente adiados, até que teriam acertado o encontro num restaurante […]” (CA).

    4 Que revela maturidade e juízo; ajuizado, prudente, razoável.

    5 A que foi dado o calibre ou o ajuste necessário; ajustado, calibrado, regulado.

    plau·sí·vel

    adj m+f

    1 Digno de aplauso ou de aprovação.

    2 Que se pode aceitar ou admitir; aceitável, razoável: Ele fez algumas observações plausíveis.

    e·qui·vo·ca·do

    adj

    Que se equivocou, que tomou uma coisa por outra; enganado, errado.

    im·pre·te·rí·vel

    adj

    1 Que não se pode deixar de fazer; indeclinável, inevitável, obrigatório.

    2 Diz-se de prazo que não se pode preterir ou ultrapassar; improrrogável, inadiável.

    gabarito: C


ID
2612287
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

É correto concluir, a partir da leitura do texto, que a autora faz uma crítica

Alternativas
Comentários
  • C)  GABARITO  "Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil."

  • c)

    ao comportamento de determinada classe social cujas ações excluem valores morais responsáveis pelo desenvolvimento sadio e equilibrado mesmo diante das dificuldades.


ID
2612290
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

O trecho “Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade.” (6º§) permanece correto, alterando-se a pontuação empregada, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em: 

Alternativas
Comentários
  • É errado separar sujeito de seu predicado.  A única alternativa que não faz isso é a letra A. 
    Gabarito: Letra A

  • Essa foi fácil 

  • ESSA FOI TRANQUILA BASTA SEGUIR A ESTRUTURA S-V-C ( SUJEITO VERBO COMPLEMENTO) NÃO SE SEPARA

  • GAB. A

    Nossa classe média( sujeito)

    parece desprezar (verbo)

    o esforço (complemento).

    Prefere a genialidade. ( outra oração)

  • b, c e d estão todas separando sujeito do verbo... justamente a primeira coisa que olho ao verificar a pontuação...

  • A

    Não se usa vírgula entre SUJEITO e predicado, nem se houver inversão;

    Não se separa por vírgula o verbo e seu complemento. Exceto se estiverem coordenados entre si e forem do mesmo tipo(enumeração).

  • a) C.
    b) E. Quando temos adjuntos deslocados (sem ser no final da oração), devemos usar a vírgula.
    Note o correto: 
      - Nossa classe média, parece desprezar o esforço, prefere a genialidade.
                  ADJ                      ORAÇÃO 1                               ORAÇÃO 2
    c) E. Embora não seja incorreto do ponto de vista gramatical, poderia juntar ambas orações.
    d) E. Conforme citado no item 'b' a vírgula deveria ter sido usada e não o travessão.

  • Com a má fama da Banca, deu até medo de marcar a letra A. UAUAHUHA


ID
2612293
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

No terceiro parágrafo do texto, é possível observar o emprego de alguns termos que fazem referência a um termo (expressão) já citado(a); estabelecendo uma relação entre orações diferentes e contribuindo, deste modo, para a coesão textual. Os termos destacados a seguir têm seu referente corretamente indicado em, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Pq está errada? O onde retoma apenas lugar.

  • A) Correto, o pronome "se" faz referência a "jovens".

    B) Correto. Questão pode gerar confusão, pois alguém poderia pensar que o "que" se refere ao "chefe". Contudo, precisamos às vezes recorrer à semântica, ao contexto e observar que, no caso, quem concede tudo aos filhos, segundo o texto, são os pais. 

    C) ERRADO. É, portanto, a resposta. Também pelo contexto, sabemos que o pronome relativo em questão não se refere a "suas casas" (como diz a alternativa) mas a "mercado de trabalho". É necessário pensar nos sentidos do texto: "onde o chefe seria..." -- este chefe está na casa dos jovens ou no "mercado de trabalho"? Pois é...

    D) Correto. O pronome demonstrativo se refere mesmo a "que merecem, seja lá o que for que queiram". 

  • A CONSULPLAN deu uma guinada no nível (qualidade e volume de concursos para os quais anda sendo convidada).

    a) CORRETA. Sentem-se. No Contexto, o verbo é transitivo direto, portanto, o "SE" torna o objeto direto um sujeito. Se = sujeito. Logo, quem é o sujeito de Sente-se? JOVENS.

    .

    b) CORRETA. "que tudo concede" = frase subordinada adjetiva explicativa. QUE = O QUAL = PRONOME RELATIVO = representante do sujeito composto "um pai OU uma mãe complacente". Se é composto, por que o verbo "CONCEDE" ficou no singular? Porque é um caso especial de concordância. Quando presente a partícula OU, é preciso avaliar se ela possui um papel excludente/opçoes ou não. No caso, foi excludente. Ou o chefe é o pai, ou o chefe é a mãe. Não dá para o chefe ser um PÃE.

    .

    Olhem a diferença: "Drumond ou Bandeira representam a essência da poesia brasileira". (qualquer um dos dois pode representar). PLURAL OBRIGATÓRIO.

    "Você ou ele será o candidato escolhido". EXCLUDENTE = SINGULAR OBRIGATÓRIO.

    .

    c) INCORRETA. Onde = mercado de trabalho. Olha a Putaria da Banca! Sacanagem não rola só em filme pornô! "Esperam ter uma continuação de suas casas no mercardo de trabalho". Percebeu a troca?

    .

     

    Ter: ALGUMA COISA! ONDE?

    .

    ONDE = NO MERCADO DE TRABALHO.

    .

     

    d) CORRETA. ISSO = ELEMENTO ANAFÓRICO. Buscou algo que já foi dito anteriormente. Ela buscou um referente oracional. "que merece, seja lá o que for".

    Hoje, dia 06 de março de 2018, falta 12 dias para a prova do Camara Legislativa de BH - Técnico Legislativo II, BANCA CONSULPLAN. E como nós estamos? Com as pernas bambas!

  • Choro de ri nos comentários da ADRIANA SILVA, obrigada por ajudar aliviar a tensão dos estudos. :)

  • Como diz um colega aqui: Me defenderay! Fui quente pelando na A. Putz!

  • c)

    “onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente” / suas casas

  • Atenção! As opções mais curtidas estão erradas quanto à justificação da alternativa "a" (o resto está correto)

    a) Sentem-se traídos/jovens

    Na verdade, o "se" não é PA (partícula apassivadora), muito menos sujeito do verbo.

    Ele é PIV (parte integrante do verbo). O verbo é "sentir-se", por isso o sujeito é "jovens".

    Ex.:

    Jovens sentem-se traídos

    Jovens se sentem traídos

    Repare que o "se" sempre estará presente na frase, independente da posição, pois faz parte do nome do verbo.

  • Caraaaaaaaaamba

    Esse "onde" conseguiu me enganar. Putz, to cansado. Boa noite a todos

  • Adoro os comentários da Adriana Gonçalves! kkk Muito obrigada :)


ID
2612296
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

No primeiro parágrafo, há lacunas que devem ser preenchidas, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • Não se usa crase antes de verbos. Logo, "E não foi ensinada a criar a partir da dor"

    Gabarito: Letra A

  • Gabarito Letra A

                                                        

                                                                                                            Nunca ocorre crase

     

    1) Antes de masculino  Caminhava a passo lento  

                                                  (preposição)

    2) Antes de verbo. Estou disposto falar. 

                                               (preposição)

    3) Antes de pronomes em geral

    A)Eu me referi a esta menina

      (preposição e pronome demonstrativo).

    B) Eu falei a ela 

     (preposição e pronome pessoal )

    4) Antes de pronomes de tratamento Dirijo-me a Vossa Senhoria

                                                                      (preposição)

      *Observações

    . Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita dona

    A)Dirijo-me à senhora

    2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...

    A)Eu me referi à mesma pessoa

    5) Com as expressões formadas de palavras repetidas Venceu de ponta a ponta

                                                                                                          (preposição)

    6) Antes dos nomes de cidade. Cheguei a Curitiba

                                                          (preposição)

    * Observação: Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.

    A) Cheguei à Curitiba dos pinheirais.

         adjunto adnominal

    7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural

    Falei a pessoas estranhas

        (preposição) 

    * Observação: Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase

    Falei às pessoas estranhas

         (a + as = preposição + artigo)

     

  • E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

     

    Resposta "A" 

    Antes de verbo não há crase.

  • MANO DO CÉU!

    Uma questão dessas para procurador? kkkkkk

  • nao ha crase antes de verbo. nesse caso dois!!

  • Gab. A

     

    Mandamentos da crase:

    1- Diante de pronome, crase passa fome

    2- Diante de masculino, crase é pepino

    3- Diante de ação, crase é marcação, 

    4- Palavras repetidas: crases proibidas 

    5- "A" + "aquele" - crase nele!

    6- Vou a, volto da = crase há!

    7- Vou a, volto de = crase pra quê?

    8- Diante de cardinal, crase faz mal

    9- Quando for hora, crase sem demora

    10- Palavra determinada, crase liberada

    11- Sendo à moda de, crase vai vencer

    12- Adverbial, feminina e locução = manda crase, meu irmão!

     

    Casos de crase facultativa:

    1.      Antes de pronomes possessivos femininos no singular (minha, sua, tua)

    Ex: Aquele amor à sua maneira.

    OBS: Quanto aos pronomes de tratamento, não há crase antes deles, com exceção de senhora, senhorita e dona.

    Ex: informo à senhora que a festa vai ser adiada.

     

     

    2.      Após a preposição ATÉ (de um ponto a outro).

    OBS: Se o ATÉ estiver indicando "inclusive", é advérbio, neste caso a crase é proibida.

    3. Antes de nomes próprios femininos sem sobrenome.

    Ex: Entregue isso à Maria.

    Obs: Se o nome próprio for célebre, com sobrenome, mesmo se for masculino a crase é obrigatória.

    Ex: à Manual Bandeira.

  • A

    É proibido usar crase antes de verbo !!

  • Em ambas as ocorrências há verbos no infinitivo, sendo, pois, proibido o uso do acento grave. A única opção que respeita a norma culta é a primeira.

     

    Letra A

  •  

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    É proibido crase antes de verbo !!

    Só para não esquecer !!!

  • Não é simplesmente "proibido crase antes de verbo"!!! Acontece que o verbos no infinitivo não pedem artigo, dai não há a fusão de artigo + preposição, que gera o sinal indicativo de crase!

  • VERBO NÃO PEDE CRASE!

  • VERBOS - SEM CRASES 

  • Antes de qualquer verbo não tem crase ....essa a banca deu pra não zerar ..kkkk

     

  • ANTES DE VERBO : NÃO se usa CRASEE

  • GABARITO A

     

    CRASE

     

    Ocorre quando:

    ·  Antes de palavras femininas

    ·  Na indicação de horas exatas

    ·  Com os demonstrativos aquilo, aqueles (s), aquela (s)

    ·  Com locuções adverbiais prepositivas e conjuntivas (femininas)

    ·  Antes dos relativos que, qual e quais, quando o A ou AS puderem ser substituídos por AO ou AOS

    ·  Quando se subentende à moda de, à maneira de.

    ·  Os pronomes de tratamento senhora senhorita (Sempre usa)

    ·  O pronome de tratamento dona, quando vem modificado por adjetivo

    Exemplo: O médico dirigiu-se à bela dona que esperava na recepção

    ·  Antes das palavras casa e distância, quando determinadas.

    Exemplo: Faça seu preparatório para concurso à distância de um click

    ·  Antes da palavra terra em oposição a bordo

    ·  Exemplo: Os turistas voltaram à terra depois de um mês inteiro no cruzeiro 

    Parte superior do formulário

     

  • GABARITO: LETRA A

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita


ID
2612299
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

No primeiro parágrafo do texto, a autora utiliza como recurso para fazer o texto progredir, mantendo-se o fio discursivo, determinada sequenciação textual. Acerca desta atividade específica, pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: A

    Função persuasiva = igual mãe. REPETE SEM PARAR! ATÉ CONVENCER!

    Exemplo: Adriana, vai estudar, senão você não vai vencer na vida. Vai estudar, senão a pobreza continuará. Vai estudar, senão vou te bater! Af! (texto de Dona Ana)

    Veja se a autora não faz isso: Preparada pra isso, despreparada pra aquilo. Preparada desse jeito, despreparada do outro......

    Fica nessa ladainha até encher a paciência!

    b) INCORRETA. As formas estruturais são as mais repetitivas possíveis. Sujeito + verbo + predicado. Geração + preparada/despreparada + predicado.

    c) INCORRETA. POR TUDO ISSO = termo resumitivo. Ex. Fui ao varejão e comprei: banana, maça, quiabo, melancia, couve. Por tudo isso paguei apenas 20 reais! Baratissímo! "Quais qui digraça"

    d) INCORRETA. Não há recorrencia? Meu Deus! Essa tal de Eliane Brum (dona do texto) é igual advogado! Só recorre! O tempo todo! Insistente!

     

  • Acredito tratar-se de anáfora 

  • o erro da c) é que não se trata de paráfrase (recurso entre textos diferentes), e sim síntese.

  • a)

    há uma recorrência de estruturas sintáticas com função persuasiva no texto. 


ID
2612302
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

No título do texto, a autora utiliza palavras que são formadas a partir de um mesmo radical “despreparo” e “preparada”. O prefixo empregado em uma delas possui o mesmo sentido expresso pelo destacado em:

Alternativas
Comentários
  • Alguns prefixos de negação: in-im-i-des-dis-á-an

  • Por que não pode ser a letra C??

  • Fernanda, porque a palavra "amovível" significa "deslocável", o prefixo de negação dela seria o "in", ficando "inamovível", ou seja, "que não se pode deslocar

  • Eu marquei a Letra B. Não entendi pq o gabarito é letra A!

  • Prefixo de-  significa "de cima para baixo". Ex: declive, decrescer, decair.

  • Gab: A de Ateu

    Teu --> Theos --> Deus (Teologia)
    Ateu --: aquele que nega deus.

  • tem que saber teologia agora 

  •  

     Em “despreparo”, o “des” indica negação, ausência. Isso também ocorre em “ateu, inativo”, palavras em que os prefixos sublinhados também indicam negação (ateu – sem deus; inativo – não ativo).

     

    Gabarito letra A

    Prof.Felipe Luccas

     

     

    "Creia no seu potencial,você é o melhor de Deus;lute,conquiste,vença....e por fim brilhe!"

     

  • Alguns prefixos de negação: in-im-i-des-dis-á-an

  • Eu também achei bem estranho, mas marquei a A pensando na questão do "sentido" e fui pesquisar.

  • FUJA DO ÓBVIO

  • Essas questoes de afixos sao elaboradas pelo proprio capeta tem condiçao nao

  • Era o tempo, meus amigos, que tínhamos que se preocupar com matérias do Direito, raciocínio lógico ou até mesmo informática! O que derruba candidato é essa ''porhrha'' do Português!

  • qual erro da B?

  • Eu jurava que Ateu era uma palavra única.

    Essa banca é bem complicada. Deus me defenderai.


ID
2612305
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

Em “E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade.” (1º§), acerca da repetição do termo “sofre” pode-se afirmar que

Alternativas
Comentários
  • alguém sabe dizer por que não seria uma ironia? Esse "sofre muito" não poderia ironizar o fato de ser uma geração que teve tudo dos pais e não se sacrificou? 

  • Aparentemente essa questão gerou muita polêmica. Contudo, entendo que no trecho em questão, a autora não estava sendo irônica e queria dizer que o jovem, exatamente porque "foi ensinado a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade", sofre. E sofre muito. 

    Sofrer é uma coisa. "Sofrer muito" é outra coisa. Pior, maior, mais grave, mais intensa. Se "sofrer" é diferente de "sofrer muito", então de fato "não há efeito de sentido idêntico nesta recorrência". A reiteração (repetição do termo "sofre") traz, no momento em que se repete, um advérbio que intensifica e, com isso, "acrescenta novas instruções de sentido". 

    O texto da questão sem dúvida é estranho, mas não há problema algum com a alternativa correta, LETRA D

  • Errei!

    Já procurei comentário de professores, e nada até então. Desconfio que:

    [A geração] por tudo isso sofre, sofre muito, porque (...).

    .

    MUITO = advérbio de intensidade. A banca deve ter usado o seguinte raciocínio: permanece verbo em ambos os casos (mesma classe gramatical), mas acrescenta nova instrução de sentido. Imaginemos: quando queremos convencer uma pessoa do nosso sofrimento, pouco adianta dizer a ela: "tô sofrendo or estudar para concurso". Se dissermos: "tô sofrendo muito pra fazer concurso". Faz diferença de sentido, não faz? Um draminha sempre rola!

  • Achei que a banca forçou demais a barra considerando essa letra d... só porque a autora quis enfatizar o sofrimento dos jovens, não significa que quis alterar ou acrescer sentido. Sofrimento continua sendo sofrimento, o que variou foi a intensidade..

  • Linda questão. Para raciocinar mesmo. Comentário da Adriana Silva foi brilhante.

  • Justificativa da Banca:

    A alternativa “D) não há efeito de sentido idêntico nesta recorrência, a reiteração deste termo traz consigo o acréscimo de novas instruções de sentido” foi considerada correta, pois, a segunda recorrência do termo “sofre” no trecho destacado acrescenta a ideia de intensidade. A alternativa “A) por meio da recorrência do termo, é possível identificar a ironia com que a autora trata o assunto ” não pode ser considerada correta, pois, o sofrimento apresentado no contexto é algo real. No trecho que antecede o trecho selecionado no enunciado da questão “E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade” pode -se comprovar tal fato: “...despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. ” (1º§) A alternativa “C) a recorrência tem por objetivo persuadir o leitor a questionar sobre o sofrimento abordado no trecho em análise. ”não pode ser considerada correta, pois, a repetição demonstra intensificação acrescentando-se ainda o termo “muito”. Não há, através de tal recurso, objetivo de que haja questionamento de tal sofrimento.

  • d)

    não há efeito de sentido idêntico nesta recorrência, a reiteração deste termo traz consigo o acréscimo de novas instruções de sentido. 


ID
2612308
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste. (3º§) No trecho destacado anteriormente, o uso de aspas tem por objetivo

Alternativas
Comentários
  • Essa questão precisa ser urgentemente anulada. Trata-se, EVIDENTEMENTE, de uma ironia. 

  • GABARITO DA BANCA: D

    Mas cabe perfeitamente a letra "C" aqui.

     

    O jumento do examinador não sabe o que é ironia não? 

     Porque, cara... se isso não for ironia, já nem sei mais o que é. ¯\_(ツ)_/¯

     

    Leiam o trecho todo:

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a "injustiça" e boa parte se emburra e desiste.

     

     

    Esquece essa porqueira e segue o baile. 

  • É inadmissível o gabarito ser a letra D. É óbvio que é a C. Gostaria de ver uma justificatível plausível para esta resposta absurda.

  • Consulplan não deveria nem existir!
  • Na boa, se não fosse a vontade/ sonho de me tornar servidor logo, juro que nunca mais faria qualquer coisa dessa banca! Deveriam ser processados só de existirem! ¬¬

  • Alguém que tenha assinatura viu o comentário dos professores?

     

  • Deisi Gonçalves, ainda não tem comentário de professor.

  • Ate eu que nao sou muito boa em português,marquei a letra c

  • Ninguém entrou com recurso nessa questão ?
    Jesus é mais!

  • Que absurdo esse gabarito!

    O examinador quis dar uma de justiceiro social, por isso essa cagada fenomenal.

  • Indiquei para comentário, pois também concordo que a resposta correta deveria ser a letra C.

  • Já pulem para próxima, quebrar a cabeça é perda de tempo.

  • As orações "sentem-se traídos, revoltam-se... " e a continuação da frase "boa parte se emburra e desiste." são provas cabais de que se trata de ironia ao usar aspas em "injustiça".

    Gabarito deveria ser alterado.

  • Deixando aqui meu comentário para poder acompanhar os comentários (não consigo mais apenas clicando no botão de acompanhar comentários)

  • Gente, que tiro foi esse? Se isso não é ironia... aff tá fácil pra ninguém mesmo

  • Pessoal, há dias tive aula particular com um professor de português e levei essa questão para ele analisar. Ele então confirmou o gabarito da banca e que, de fato, esse trecho entre aspas, assim como os outros trechos do texto, não indica ironia. Percebe-se que a autora do texto está acentuando o valor significativo de acordo com o contexto, pois ela se mostra preocupada com a situação dos jovens no texto e isso é percepitível analisando os outros trechos com aspas do texto (uma dica que ele me deu é de analisar todas os trechos com aspas pois, geralmente o autor utiliza as aspas pra uma só função no texto, pois isso é uma estratégia linguística pra poder se posicionar) e assim você consegue saber qual o sentido de determinado trecho e o que ele quer passar.

    Acho que o problema de nós concurseiros, em geral, é que nós acostumamos com certas abordagens de questões, como por exemplo o uso das Aspas. Sempre cai questões em provas de que as aspas servem para marcar citações, destacar ironias e nós acostumamos com isso, e por isso excluímos outras possibilidades de emprego das aspas, porque na verdade, a maioria dos candidatos, assim como eu, estudam por questões e tendências de prova, ou seja, muitas coisas não sabemos porque não aparecem em concurso e por isso questionamos os gabaritos incomuns.

    Depois da aula, vi que não é bom ficarmos apenas nas tendências de prova, pois questões como essa podem nos dar a tão sonhada aprovação. Espero que tenham entendido, muito obrigado!!

  • Muito mal elaborada, pode criar uma nova língua portuguesa. Pra entender o que o examinador quer..

  • Justificativa da banca:

     

    A alternativa “D) acentuar o valor significativo de acordo com o contexto em que o termo foi empregado. ” foi considerada correta, pois, no contexto, o termo “injustiça” demonstra o que os jovens sentem, é o ponto de vista deles, mas não a realidade. A alternativa “C) realçar a ironia da autora em relação à desistência dos jovens diante dos obstáculos. ” não pode ser considerada correta. Ironia trata-se de uma figura de linguagem por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a  entender; uso de palavra ou frase de sentido diverso ou oposto ao que deveria para definir ou denominar algo, no caso do emprego das aspas em “injustiça” não é o que ocorre. Não há referência ao sentido de “justiça” como em “Veja como ele é “educado”: cuspiu no chão! ”

     

    No meu ponto de vista a banca se valeu de apenas uma das formas de emprego de ironia para justificar o gabarito. Com o intuito de dificultar para o candidato criou questões polêmicas como esta.

     

     

     
  • cara, não deixa de ser ironia. O problema é que isso é muito subjetivo. Como disse o Mateus, tem que criar uma nova disciplina pra entender o que passa na cabeça da banca.

     

  • Entendi a questão e a letra D infelizmente é a correta!


ID
2612311
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

Assim como em “Por que boa parte dessa nova geração é assim?” (5º§) o uso do “por que” está de acordo com a norma padrão da língua em: 

Alternativas
Comentários
  •  a) A reunião foi suspensa por que? | Termo Correto ( por quê) - Fim de frase

     b) Esse é o motivo por que me atrasei. | Gabarito

     c) Ninguém conhece o por que de tal decisão. | Termo Correto (porquê) - Função de substantivo

     d) Não estarei presente por que já tenho um compromisso. |Termo Correto (porque) - Explicação

  • A) Por quê.

    B) CORRETO.

    C) Porquê (Acompanhado de artigo).

    D) Porque (Explicação/causa).

  • Esse é o motivo (pelo qual) me atrasei.

  • Próximo de ponto de exclamação, interrogação e etc --> Por quê;

    Motivo pelo qual --> Por que;

    Acompanhado de artigo --> Porquê;

    Quando pode ser substituído por "pois" --> porque;

    Bons estudos;

  • a)Sempre que o "que" for em final de frases interrogativas, sempre vai ser "quÊ", pois se trata de um monossilabo tônico terminado em "e", entao se usa acento.

    b) em frases interrogativas ou quando pode ser substituído por “pelo qual” e suas variações;

    c) O certo seria porquê, sempre vem precedido de um artigo ou pronome.

    d)O certo "seria porque", pois se trata de uma explicação.

    Bons estudos :)

  • Samba dos Porquês

    Deixe de lado esse baixo astral

    Quando o porquê estiver no final

    É separado e acentuado ele vai ficar

    É que ele também pode ser

    Uma causa ou explicação

    Ficando junto e sem acento

    Por se tratar de uma conjunção

    O porquêêêê vai acentuaaaar

    E ficar junto, quando o artigo mandar

    Sem acento e separado eu te digo

    Quando for igual

    A pelo qual

    Ou motivo

     

    https://www.youtube.com/watch?v=zq7SAgvDai0

     

  • GABARITO B

    PORQUE - Já que, visto que, uma vez que

     

    PORQUÊ - substantivo, o motivo, a razão.

     

    POR QUÊ - seguido de pontuação.

     

    POR QUE - por que motivo/razão, pelos quais, pela qual

    bons estudos

  • B) Esse é o motivo por que me atrasei. Correto.

    A banca quis confundir com a palavra "motivo" podendo ser entendido como se fosse uma explicação (porque) ou até meio que substantivado (por quê)

    Mas percebe-se que pode ser substituído por "pelo qual", logo é "por que".

  • Esse é o motivo pelo qual me atrasei.

  • Esse é o motivo por que me atrasei.

    Esse é o motivo pelo qual me atrasei.

    Por que relativo :Estabelecendo uma relação com um termo antecedente, por que é usado como elo de ligação entre duas orações, podendo ser substituído por:pelo qual;pela qual;pelos quais;pelas quais;por qual;por quais.


ID
2612314
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

Assinale a opção que apresenta o grupo de palavras acentuadas de acordo com a mesma regra.

Alternativas
Comentários
  • Hélio Marim seu comentário está equivocado.

    As duas palavras são paroxítonas terminadas em ditongo, no caso ditongo crescente. Por isso são acentuadas.

     

  • Ma-té-ria
    Pa-tri-mô-nio

    Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

    É importante saber divisão silábica para justificar uma acentuação. 
    Palavras terminadas em dois sons vocálicos, em que a última vogal seja A, E, ou O, é dividida da seguinte forma:

    Se a vogal anterior for acentuada, as duas últimas vogais ficam juntas. Ex: Silêncio (substantivo) --> SI-LÊN-CIO
    Se a vogal anterior não for acentuada, as duas últimas vogais ficam separadas. Ex: Silencio (verbo) --> SI-LEN-CI-O 

  • GABARITO D

     a) É (monossílabo tônico terminado em E); COLÉGIOS (co--gios, paroxítona terminada em ditongo crescente) ERRADA

     b) HÁ (monossílabo tônico terminado em A); LÍNGUAS (lín-guas, paroxítona terminada em ditongo crescente) ERRADA

     c) MÉDIA (-dia, paroxítona terminada em ditongo crescente); FÁCIL (-cil, paroxítona terminada em L) ERRADA

     d) MATÉRIA (ma-té-ria, paroxítona terminada em ditongo crescente; PATRIMÔNIO (pa-tri--nio, paroxítona terminada em ditongo crescente) CORRETA

     

  • D)

     

    REGRA DO DITONGO: SUAS VOGAIS JUNTAS QUE NÃO SE SEPARAM. 

  • Paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

  • Quando a palavra é terminada em semivogal e vogal a última sendo (a e o) fica separada. Ex.: Ma-té-ri-a.

     

  • Ah tudo bem! Regras das paroxitonas terminadas em ditongo crescente, mas a D tamém poderia conforme o enunciado, pois a regra é a das paroxítonas (seja terminada em l ou ditongo crescente é paroxítona) . S.M.J.

  • Na "D" ambas são paroxítonas, só que com terminações diferentes (ditongo crescente e termiada em L). Por isso, a "E" está "mais" correta pois ambas as paroxítonas possuem a mesma terminação (ditongo crescente)

  • Espero que minha contribuição ajude alguém. Apesar do gabarito ser letra D, a letra C também está correta, pois não existem sub-regras dentro das regras de acentuação. Mas... quem tá na chuva é pra se molhar. Outras bancas que tbm agem assim: AOCP, Vunesp, Comperve. CUIDADO. Não desanime.

  • Matéria, Patrimônio - Ambas são acentuadas com a mesma regra ortográfica (Paroxítonas e Proparoxítonas).

    Mesmo acontece com a palavra HISTÓRIA 

    (HIS-TÓ-RIA) Paroxítona terminada em ditongo crescente pois (i) uma semivogal e (a) vogal. 

    (HIS-TÓ-RI-A) Proparoxítona.

     

  • Letra D.

    a) Errado. Monossílabo e paroxítona.

    b) Errado. Monossílabo e paroxítona.

    c) Errado. Paroxítona com terminação diferente.

    d) Certo. Paroxítona com mesma terminação. 

    Questão comentada pelo Prof. Elias Santana

  • GABARITO D

    PAROXÍTONAS TERMINADAS EM DITONGOS CRESCENTES

    MATÉRIA --> I - SEMI-VOGAL A- VOGAL

    PATRIMÓNIO --> I-SEMI-VOGAL O - VOGAL

  • GABARITO: LETRA D

    ACRESCENTANDO:

    Regra de Acentuação para Monossílabas Tônicas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s).

    Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs…

    Regra de Acentuação para Oxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: sofá(s), axé(s), bongô(s), vintém(éns)...

     

    Regra de Acentuação para Paroxítonas:

    Acentuam-se as terminadas em ditongo crescente ou decrescente (seguido ou não de s), -ão(s) e -ã(s), tritongo e qualquer outra terminação (l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps), exceto as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -em(-ens).

    Ex.: história, cáries, jóquei(s); órgão(s), órfã, ímãs; águam; fácil, glúten, fórum, caráter, prótons, tórax, júri, lápis, vírus, fórceps.

     

    Regra de Acentuação para Proparoxítonas:

    Todas são acentuadas .Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, náufrago, duúnviro, seriíssimo...


    Regra de Acentuação para os Hiatos Tônicos (I e U):

    Acentuam-se com acento agudo as vogais I e U tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou seguidas de S na mesma sílaba, quando formam hiatos.

    Ex.: sa-ú-de, sa-í-da, ba-la-ús-tre, fa-ís-ca, ba-ú(s), a-ça-í(s)...

    FONTE: A GRAMÁTICA PARA CONCURSOS PÚBLICOS 3ª EDIÇÃO FERNANDO PESTANA.


ID
2612317
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder à questão.

O despreparo da geração mais preparada

    A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada ___ criar _____ partir da dor.

    Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

    Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

    Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

    Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

    Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

    Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

(Eliane Brum. Disponível em: http://www.portalraizes.com/28-2/. Fragmento.)

No sexto parágrafo do texto, a autora afirma que “Dizer que ‘fulano é esforçado’ é quase uma ofensa.”. O termo “fulano” é tratamento vago e indeterminado, mas que – no texto – pode ser retomado e identificado como

Alternativas
Comentários
  • Excelente texto! 

  • GAB B

    o jovem da classe média.

  • b)

    o jovem da classe média.

     

  • No texto "Nossa classe média parece desprezar o esforço."

    Achei uma extrapolação afirmar que

    (B) Jovem da classe média.

    Porque na classe média poderia ter adultos, velhos, etc.

    Porém as outras afirmativas são totalmente fora de lógica.


ID
2616700
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A Emenda Constitucional nº 19/98 trouxe, ao ordenamento jurídico brasileiro, diversas alterações que objetivam uma atuação mais eficiente da Administração Pública. Quanto às inovações trazidas pela referida emenda, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Art. 6º O art. 41 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

    "Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

  • GAB D

    Art. 41

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • LETRA A - Os contratos de gestão – previstos no texto primevo da Constituição de 1988 – cedem lugar ao surgimento da parceria público-privada, instrumento destinado a ampliar a autonomia gerencial dos órgãos públicos. INCORRETA.

    O contrato de gestão foi inserido na CF aatravés da EC 19/98, o que torna a alternativa incorreta. 

  • a) pela emenda19/98

     

    b) Nada de discricionário, após a emenda passou a ser a avaliação de desempenho um requisito obrigatório para estabilidade, sendo então vinculado a esta.

     

    Letra c - O instituto do concurso público foi sendo concebido como provimento inicial democrático de acessibilidade à administração pública para os brasileiros, desde a Constituição de 1934( art. 168). “ Embora cronicamente sofismado, mercê de expedientes destinados a iludir a regra, não só foi reafirmado pela Constituição de 1988 como ampliado, para alcançar os empregos públicos( CF, art. 37, I e II). (Já havia na adm. indireta como nas autarquias e fundações públicas)

    http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=4092

     

    d)Conforme o art. 41, inc. III

  • Letra E, conforme §4º do art. 41 da CF: Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade.

  • GABARITO:D


    CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988



    Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 


    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 


    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; [GABARITO]

     

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 


    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. [GABARITO] 


    Pode o servidor público estável perder o cargo em razão de excesso de gastos do Poder Público?


    Sim. Trata-se de hipótese de perda de cargo de forma não punitiva, prevista no art. 169 , § 4º , CF : quando a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, após adotarem as medidas de contenção de despesas com pessoal ativo e inativo como a redução de 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e exoneração dos não estáveis, essas não forem suficientes para adequar os gastos dentro dos limites estabelecidos na lei complementar nº. 101 /2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).


    Desta forma, após a adoção das medidas acima dispostas, não havendo readequação dos gastos (não sendo suficientes), os servidores estáveis podem, sim, perder o cargo.


    Importante ressaltar a exigência de ato normativo motivado de cada um dos Poderes, que deverá especificar a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução. Mostra-se necessário, portanto, a edição de um ato administrativo normativo, ou seja, lei em sentido material.


    Do que se vê, a motivação garante o controle por parte do servidor público e da sociedade como um todo, sendo anulado o ato que descumprir a motivação explicitada no ato normativo.


    Por fim, é importante lembrar que esse servidor exonerado por excesso de despesas do Poder Público terá direito à indenização pela perda do cargo, consistente a um mês de remuneração por ano de serviço, conforme disposto no art. 169 , § 5º , CF .
     

  • ALTERNATIVA D)

     

    Esse novo paradigma introduzido no texto constitucional (princípio da eficiência) - com o que se explicitou o intuito de adotar o modelo de gestão pública doutrinariamente denominado "administração gerencial", marcado pela ênfase nos controles de resultado e flexibilização dos controles de procedimentos - desdobra-se em diversas disposições, também trazidas pela EC 19/1998, de que são exemplos:

     

    > A possibilidade de perda do cargo do servidor público estável em razão de insuficiência de desempenho (art. 41, § 1.0, I1I);

    > O estabelecimento, como condição para a aquisição da estabilidade, de avaliação especial de desempenho (art. 41, § 4.°);

    > A possibilidade de celebração de contratos de gestão entre o poder público e seus órgãos e entidades, visando a propiciar fixação de metas e controle do respectivo atingimento (art. 37, § 8.°);

    > A exigência de participação do servidor público em cursos de aperfeiçoamento profissional como um dos requisitos para a promoção
    na carreira (art. 39, § 2.°), entre outros.

     

    Fonte: Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo

  • 1998 - enquanto isso a LEI COMPLEMENTAR................................................................

  • A presente questão trata da Emenda Constitucional nº 19/98 e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta.

     Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: Ao contrário do afirmado nesta opção, os genericamente denominados CONTRATOS DE GESTÃO não eram mencionados no texto original da CRFB, só sobrevindo com a promulgação da Emenda Constitucional nº 19/98. Essa emenda introduziu o § 8º do art. 37, o qual assim prevê:

    “Art. 37. (...).

    § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:

    I - o prazo de duração do contrato;                          

     II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;

    III - a remuneração do pessoal."    
                       

    Em nada se refere tal previsão com o advento das parcerias público-privadas em nosso ordenamento jurídico-administrativo. Esta opção está INCORRETA;

    OPÇÃO B: De fato, a Emenda Constitucional nº 19/98 incluiu no Texto Constitucional o § 4º do art. 41, terminando com a possibilidade de aquisição de estabilidade por mero decurso de prazo. Agora, “é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para essa finalidade", o que torna INCORRETA a presente opção. Essa menciona que o gestor imediato do servidor público a ser estabilizado é quem, segundo critérios de discricionariedade (conveniência e oportunidade, notadamente), determinará ou não a aquisição da estabilidade;

    OPÇÃO C: Esta opção está INCORRETA. O texto original de nossa Constituição de 1988 já previa, no antigo inciso II do seu art. 37, a obrigatoriedade do concurso público para acesso a empregos públicos, tanto quanto para cargos públicos. Vale conferir, verbis:

    “Art. 37. (...).

     II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;"
    (negritei).

    Com o advento da Emenda Constitucional nº 19/98, o inciso II do art. 37 sofreu um acréscimo que em nada modificou o comando constitucional acima expresso;

    OPÇÃO D: Com a Emenda Constitucional nº 19/98, o art. 41 da CRFB passou a ter nova redação e seu novo § 1º trouxe nova hipótese em que haverá perda do cargo do servidor estável. Vejamos a seguir, verbis:

    “Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:                           

     I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa."
    (negritei).     

    Pelo fato desta opção corresponder integralmente ao ditame constitucional acima citado, está ela CORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.

  • D) Com base no princípio da eficiência.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • agora tem que saber qual emenda especificia trouxe o que...


ID
2616703
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Tomando por pressuposto que controle externo seja o dever de vigilância, orientação e correção que um Poder exerce sobre o outro e que controle interno seja o exercido no âmbito do mesmo Poder, assinale a afirmativa que apresenta correta associação da espécie de controle com o exemplo em seguida apresentado.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     

    Controle Interno: dentro do mesmo poder, não necessariamente dentro do mesmo órgão. 

    Controle Externo: aqui ha bastante divergência, mas as bancas costumam adotar aquele exercido pelo Poder Legislativo (Assembleias, Câmaras, Congresso) ou Tribunais de Contas, sobre os órgãos e entidades da Administração Pública ou sobre particulares que utilizem recursos públicos.

  • Gabarito letra c).

     

    Controle Interno: é o controle realizado dentro do mesmo poder.

     

    Controle Externo: é o controle realizado de um poder sobre o outro (controle parlamentar, controle judicial, etc). Além disso, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público, quando realizam um controle sobre o Poder Executivo, por exemplo, exercem o controle externo.

     

     

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

     

     

    a) Quando o Prefeito do Município de Belo Horizonte convalida ato administrativo praticado pelo Controlador Geral do Município, tem-se um caso de controle interno, pois todo o controle está realizado dentro do próprio Poder Executivo.

     

     

    b) Quando a Câmara Municipal de Belo Horizonte autoriza o Prefeito Municipal a ausentar-se do País para comparecer a um evento internacional, tem-se um caso de controle externo, pois há um controle do Poder Legislativo sobre o Poder Executivo (diferentes poderes).

     

     

    c) Quando a Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação corrige ato praticado pela, a ela subordinada, Secretaria Municipal Adjunta de Orçamento, tem-se um caso de controle interno, pois todo o controle está realizado dentro do próprio Poder Executivo.

     

     

    d) Quando o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte anula um processo administrativo disciplinar relativo a um servidor do quadro funcional do Poder Legislativo, tem-se um caso de controle interno, pois todo o controle está realizado dentro do próprio Poder Legislativo. Cabe destacar que, nesse caso, o Poder Legislativo está exercendo a função atípica de administrar.

     

     

     

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  • Para quem tem dúvidas, como eu tive, segue a diferença entre TCU e CGU

     

    Qual a diferença entre o trabalho que o TCU realiza e o da CGU?

     

    Os dois órgãos possuem competências similares relativas à defesa do patrimônio público e ao incremento da transparência da gestão. O principal diferencial é o fato de que a CGU é o controle interno do Poder Executivo Federal com atribuição de monitorar a gestão, recomendando melhorias ao longo do processo, enquanto o TCU é o órgão auxiliar de controle externo ao Congresso Nacional e possui competência para julgamento das contas dos administradores públicos responsáveis pela gestão nos três poderes. A CGU, enquanto órgão do executivo federal, tem como diretriz forte interação com os gestores federais e visa sempre uma busca conjunta de soluções na elaboração das recomendações para melhoria da gestão (grifei). 

     

    Disponível em: http://www.cgu.gov.br/sobre/perguntas-frequentes/auditoria-e-fiscalizacao/avaliacao-de-programas-de-governo#diferenca-tcu-cgu. Acesso em 21/03/18. 

  • Gab. C

     

     Sistemas de Freios e Contrapeso.

     

    A adm pública:

    Controla seus próprios atos através da autotutela.

    Sujeita-se ao controle do Poder Judiciário quanto a legalidade.

    Sujeita-se ao controle Legislativo, a quem cabe, com o auxilio do Tribunal de Contas, exercer o controle externo.

    Sujeita-se ao controle do Executivo, através do controle interno.

     

     

    Esquema:

     

     

    CONTROLE DA ADMINSTRAÇÃO PÚBLICA

     

     

     

    Quanto ao ÓRGÃO:

     

    ADMINISTRATIVO: exercido pela própria administração através da tutela e autotutela;

    - LEGISLATIVO: exercido diretamente pelo órgão legislativo ou pelos Tcs, abrangendo o controle político e financeiro;

    - JUDICIAL: Exercido pelos juízes e tribunais

     

     

     

    Quanto ao ALCANCE:

     

    - EXTERNO: exercido por um ente que não integra a estrutura do órgão fiscalizado (na CF somente o exeercido pelo legislativo);

    INTERNO: exercido por órgão (especializado, ex CGU) pertencente à mesma estrutura do fiscalizado.

     

     

     

    Quanto à NATUREZA:

     

    - Controle de LEGALIDADE: pode ser exercido tanto pela administração, quanto pelo judiciário;

    - Controle de MÉRITO: só pode ser exercido pela ADM, quanto à oportunidade e conveniência dos seus atos.

     

     

     

    Quanto ao MOMENTO:

     

    - PRÉVIO (a priori): preventivo, orientador;

    - CONCOMITANTE (pari passu): tempestivo, preventivo;

    - POSTERIOR (a posteriori): corretivo, sancionador.

  • CONTROLE INTERNO - MESMO PODER - RELAÇÃO DE HIERARQUIA

    CONTROLE EXTERNO - UM PODER SOBRE O OUTRO - SUBORDINAÇÃO - NÃO VINCULAÇÃO - NÃO HIERARQUIA

  • GABARITO:C

     

    Controle é uma forma de manter o equilíbrio na relação existente entre Estado e Sociedade, fazendo surgir daquele as funções que lhe são próprias, exercidas por meio dos seus órgãos, sejam estes ligados ao Executivo, Legislativo ou Judiciário. 


    Em decorrência dos princípios da eficiência administrativa e da eficácia dos seus atos, o Estado se vê cercado de mecanismos de controle das atividades estatais, gerados pela necessidade de se resguardar a própria administração pública, bem como os direitos e garantias coletivos.


    Assim, foram criados dois tipos de mecanismos devidamente açambarcados pela CF/88: o Controle Interno, realizado pelos próprios órgãos do Estado, e o Controle Externo, realizado pelo Poder Legislativo que é auxiliado pelas Cortes de Contas.


    No que toca ao que denominou-se Controle Interno, o art. 74 da CF/88 é taxativo ao dispor que os três poderes devem mantê-lo, de forma integrada, com a finalidade de: avaliar o cumprimento de metas do plano plurianual e a execução dos orçamentos públicos; comprovar a legalidade e avaliar os resultados, sob os aspectos de eficiência e eficácia, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da administração; exercer o controle das operações de crédito; e, apoiar o controle externo. [GABARITO]


    Quanto ao Controle Externo, mencionado no art. 71 da CF/88, firme-se que é um controle político de legalidade contábil e financeira e a ele cabe averiguar: probidade dos atos da administração; regularidade dos gastos públicos e do emprego de bens, valores e dinheiros públicos; e, fiel execução do orçamento.


    Mesmo que as atividades desempenhadas por esses dois mecanismos apresentem alguma similaridade, mostra-se necessário e oportuno registrar suas diferenças, uma vez que são distintos.


    O mecanismo de Controle Interno faz parte da Administração, subordina-se ao Administrador, tendo por função acompanhar a execução dos atos e apontar, em caráter sugestivo, preventivo ou corretivamente, as ações a serem desempenhadas com vistas ao atendimento da legislação pertinente.


    Com relação ao Controle Externo, caracteriza-se por ser exercido por órgão autônomo e independente da Administração, cabendo-lhe, entre as atribuições indicadas pela CF/88, exercer fiscalização. Mediante tal função, os Tribunais de Contas devem verificar se os atos praticados pela Administração estão em conformidade com as normas vigentes, observando-se as questões contábeis, financeiras, orçamentárias, operacionais e patrimoniais.
     

    Além disso, note-se o caráter opinativo do Controle Interno, haja vista que pode ou não atender à proposta que lhe seja feita para alterar o modo ou forma de praticar determinado ato (responsabilidade e risco do Administrador). No Controle Externo, o Tribunal de Contas possui poderes para impor correções a Administração, bem como pode intervir em licitações e aplicar sanções, como multas ou, dependendo da gravidade, até a decretação de penhora de bens e inelegibilidade do responsável.

  • A presente questão trata do controle da Administração Pública e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta. 

    Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: Esta opção está INCORRETA. O controle exercido pelo Prefeito de Belo Horizonte/MG é interno, pois a Controladoria Geral do Município é órgão também integrante do Poder Executivo Municipal;

    OPÇÃO B: O controle mencionado nesta opção é externo e não interno, pois a autorização dada por órgão do Poder Legislativo (Câmara Municipal de Belo Horizonte/MG) se dirige a órgão do Poder Executivo Municipal (Prefeitura de Belo Horizonte/MG). Está INCORRETA esta opção;

    OPÇÃO C: Está inteiramente CORRETA esta opção. Dá-se o controle interno, no âmbito do Poder Executivo Municipal, quando uma Secretaria Municipal efetiva correção de ato emanado de outra Secretaria do mesmo município;

    OPÇÃO D: Está INCORRETA esta opção, onde é mencionada hipótese de controle interno no âmbito do Poder Legislativo Municipal, envolvendo exercício do Poder Disciplinar.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.


  • Questão boa!! Doutrina na prática


ID
2616706
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

As Emendas Constitucionais nº 19 (Reforma do Estado) e nº 20 (Reforma da Previdência) foram ambas editadas no ano de 1998, podendo se evidenciar uma interação entre elas. Nesse sentido, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito E .

     

    EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 04 DE JUNHO DE 1998

    Modifica o regime e dispõe sobre princípios e normas da Administração Pública, servidores e agentes políticos, controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e dá outras providências.

     

     

    EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998

    Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de transição e dá outras providências.

     

     

    ----

    "Quem te enviou ao trabalho na Terra está observando o teu esforço." 

  • GAB D

    EMENDA 19/1998  Controle de despesas e finanças públicas e custeio de atividades a cargo do Distrito Federal, e dá outras providências.

    EMENDA 20/1998  Modifica o sistema de previdência social, estabelece normas de transição e dá outras providências.

    Link: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm

  • palhaçada.

  • O erro da C é que não foi a substituição dos princípios burocraticos pelo princípio da eficiência, o que houve foi a  Reforma Administrativa no Estado substituindo a Administração Burocrática pela  Administração Gerencial.

     

    Tal modelo de gestão foi implementado por meio das Emendas Constitucionais nº 19 e 20, que empreenderam uma verdadeira Reforma Administrativa no Estado brasileiro.

     

    E é justamente sob o aspecto da Administração Gerencial que o princípio da eficiência deve ser analisado após a EC-19/98, refletindo os valores que se buscou alcançar com a Reforma Administrativa do Estado, vale dizer, a inovação no tratamento de estruturas e métodos de gestão da coisa pública e mecanismos mais eficazes de controle da atuação estatal.

  • EC n. 19: 

    Celso Antônio Bandeira de Mello ao comentar a inserção do subsídio como forma retributiva pela EC nº 19/98:

    Com o intuito de tornar mais visível e controlável a remuneração de certos cargos, impedindo que fosse constituído por distintas parcelas que se agregassem de maneira a elevar-lhes o montante, a Constituição criou uma modalidade retributiva denominada subsídio. Subsídio é a denominação atribuída à forma remuneratória de certos cargos, por força da qual a retribuição que lhes concerne se efetua por meio dos pagamentos mensais de parcelas únicas, ou seja, indivisas e insuscetíveis de adiantamentos ou acréscimos de qualquer espécie.

    Outrossim, a EC nº 19/98 tornou o teto remuneratório – subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal – universal, de sorte que todas as esferas federativas deveriam observar este limite.

     

    Esta inovação administrativa revelou-se de grande valia para o resguardo da política de gastos de pessoal, pois, antes da reforma, era possível que entes menores (v.g. Estados e Municípios) tivessem cargos com remuneração excedente ao teto federal.

     

    Com a nova redação, o teto federal passou a ser o teto global do funcionalismo público, de sorte todos os cargos nas três esferas federativas (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), estavam submetidos ao mesmo limite constitucional, observada a existência de subtetos.

     

    Não seria possível realizar os objetivos da EC n. 19 sem a EC n. 20/98 e 41/03 (mudanças na previdência)

    ideal reforma não se concretizaria acaso não fosse alterado o regime de previdência do servidor público. Foi justamente com essa finalidade que foram aprovadas as Emendas Constitucionais nºs 20/98 e 41/03 que alteraram, substancialmente, as regras do regime próprio de previdência social (RPPS) e instituíram regras que o aproximam do regime geral de previdência social (RGPS).

    A grande gama de mudanças veio, primeiro, com a EC nº 20/98 que, apesar da grande resistência das associações de servidores, instituiu o caráter contributivo do RPPS e determinou a observância de critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.

    Fonte: http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,alteracoes-no-regime-constitucional-do-servidor-publico-visao-das-emendas-constitucionais-1998-2098-e-4103,55300.html

     

     

     

  • A questão trata de emendas constitucionais.

    As Emendas Constitucionais nº 19 (Reforma do Estado) e nº 20 (Reforma da Previdência) foram ambas editadas no ano de 1998, podendo se evidenciar uma interação entre elas. Nesse sentido, é correto afirmar que:

    O que há de comum entre a Reforma do Estado e a Reforma da Previdência é que em ambos os casos se buscava uma redução dos gastos do Estado, através de uma redução do tamanho e interferência do Estado.

    Segundo o professor Luiz Carlos Bresser Pereira, a reforma do Estado dos anos 90 visava a delimitação das funções do Estado, reduzindo seu tamanho em termos principalmente de pessoal através de programas de privatização, terceirização e "publicização" (este último processo implicando a transferência para o setor público não-estatal das serviços sociais e científicos que hoje o Estado presta).

    Portanto, correta a letra D.

    Gabarito do Professor: letra D.


ID
2616709
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Quanto ao tema relações do Poder Legislativo e da administração pública, no contexto da Câmara Municipal de Belo Horizonte, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito "D".

     

    a - Art. 84, Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte (LOMBH) - Compete privativamente à Câmara Municipal: IV - dispor sobre criação, transformação ou extinção de cargo, emprego e função de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

     

    b - Art. 84, § 3º, LOMBH - A representação judicial da Câmara é exercida por sua Procuradoria-Geral, à qual cabe também a consultoria jurídica do Poder Legislativo.

     

    c - Art. 109, Parágrafo único, LOMBH - Nos crimes de responsabilidade, e nos comuns, o Prefeito será submetido a processo e julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado.

     

    d - Art. 84, XIV, LOMBH - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatórios sobre a execução
    dos planos de governo.


ID
2616712
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Não definido

Quanto ao tema iniciativas legislativas sobre a administração pública, considere que a Câmara Municipal tenha apresentado projeto de lei cuja iniciativa privativa é do prefeito. Nesse caso hipotético, a iniciativa do Poder Executivo no processo legislativo será suprida se

Alternativas

ID
2616715
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

“No Brasil, a política de Governo Eletrônico segue um conjunto de diretrizes que atuam em três frentes fundamentais: junto ao cidadão; na melhoria da sua própria gestão interna; na integração com parceiros e fornecedores.”
(Disponível em: https://www.governoeletronico.gov.br/sobre-o-programa/diretrizes.)

Partindo desses objetivos fundamentais, pode-se deduzir que tais diretrizes abrangem, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • letra b

    No Brasil, a política de Governo Eletrônico segue um conjunto de diretrizes que atuam em três frentes fundamentais:

    Junto ao cidadão;

    Na melhoria da sua própria gestão interna;

    Na integração com parceiros e fornecedores.

    As diretrizes gerais de implantação e operação do Governo Eletrônico funcionam no âmbito dos Comitês Técnicos de Governo Eletrônico e servem de referência para estruturar as estratégias de intervenção, sendo adotadas como orientações para todas as ações de governo eletrônico, gestão do conhecimento e gestão da TI  em toda a Administração Pública Federal.

     

    fonte: https://www.governoeletronico.gov.br/sobre-o-programa/diretrizes

  • A partir de agora não existe a palavra prescindir, mas sim prescindispensa. prescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensaprescindispensa

    Prescindir é dispensar. Erra agora, miserável...

  • 1 - A prioridade do Governo Eletrônico é a promoção da cidadania

    2 - A Inclusão Digital é indissociável do Governo Eletrônico

    3 - O Software Livre é um recurso estratégico para a implementação do Governo Eletrônico

    4 - A gestão do conhecimento é um instrumento estratégico de articulação e gestão das políticas públicas do Governo Eletrônico

    5 - O Governo Eletrônico deve racionalizar o uso de recursos

    6 - O Governo Eletrônico deve contar com um arcabouço integrado de políticas, sistemas, padrões e normas

    7 - Integração das ações de Governo Eletrônico com outros níveis de governo e outros poderes


    GABARITO: B


    Fonte:https://www.governodigital.gov.br/EGD/historico-1/diretrizes


ID
2616718
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

Nos termos do Código Penal Brasileiro, são crimes contra a Administração Pública, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

    Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

    Art. 10-A.  Constitui ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.  (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)  (Produção de efeito)

    Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:

  • Gabarito D

     

    Por isso não tema, pois estou com você; não tenha medo, pois sou o seu Deus.

    Isaías 41:10

  • O crime de improbidade administrativa tem previsão legal própria. 

    LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992.

    Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências.

  • Improbidade administrativa é ilícito civil.

    GABARITO -> [D]

  • Consoante o STF, a ação de improbidade administrativa possui natureza cível. Observe:

     

    PETIÇÃO. AÇÃO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESENÇA DE DEPUTADO FEDERAL DENTRE OS REQUERIDOS. DECLARAÇÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DOS PARÁGRAFOS 1º E 2º DO ART. 84 DO CPP NO JULGAMENTO DAS ADIs 2.797 E 2.860. NATUREZA CIVIL DA AÇÃO DE IMPROBIDADE. INEXISTÊNCIA DE FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO. PRECEDENTES. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. RETORNO DOS AUTOS À ORIGEM. AÇÃO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

    (Pet 4805, Relator(a): Min. LUIZ FUX, julgado em 08/03/2016, publicado em DJe-046 DIVULG 10/03/2016 PUBLIC 11/03/2016)

  • RESUMO:

     

    - os atos de improbidade administrativa decorrem:

    * enriquecimento ilícito;

    * prejuízo ao erário;

    * violação aos princípios da administração;

    * novidade: concessão, aplicação ou manutenção de benefício financeiro ou tributário, ref. à LC 116/03.

     

  • GABARITO D

     

    Prevaricação, previsto no artigo 319, consiste no ato de retardar ou deixar de praticar, ato de oficio, ou praticá-lo contra disposição expressa em lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Já excesso de exação, previsto no artigo 316, parágrafo primeiro, consiste em exigir tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso não previsto em lei. Quanto a advocacia administrativa, trata-se da figura típica prevista no artigo 321 e que consiste na prática de patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração publica, valendo-se da qualidade de funcionário (se for interesse público, não haverá crime).
    Com relação a improbidade administrativa, embora algumas das condutas previstas na lei amoldarem-se a tipos penais, trata-se de lei de cunho de conseqüências administrativas e civis.  

     

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  • GABARITO:D

     

    Improbidade administrativa é o designativo técnico para conceituar corrupção administrativa, ou seja, o que é contrário à honestidade, à boa-fé, à honradez, à correção de atitude. O ato de improbidade nem sempre será um ato administrativo, ou seja, poderá ser qualquer conduta comissiva ou omissiva praticada no exercício da função ou fora dela. Neste sentido a Lei 8.429 /92, também conhecida como Lei do "colarinho branco", dispõe que:


    Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano. 


    Há na Constituição Federal de 1988 diversos dispositivos que tratam da improbidade, como o artigo 14 , § 9º (cuida da improbidade administrativa em período eleitoral), artigo 15 , V (veda a cassação de direitos políticos, permitindo apenas a suspensão em caso de improbidade), artigo 85 , V(tipifica a improbidade do Presidente da República como crime de responsabilidade) e artigo 37 , § 4º (dispõe algumas medidas aplicadas em caso de improbidade).


    Já na Lei 8.429 /92 há as seguintes modalidades de atos de improbidade:


    1) enriquecimento ilícito (art. 9º)


    2) dano ao erário (art. 10)


    3) violação à princípio da Administração (art. 11)

  • LETRA D CORRETA 

    CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

     

    CORRUPÇÃO PASSIVA – “SSOLICITAR OU RESSEBER’

    CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA – CEDE A PEDIDO OU INFLUENCIA DE OUTREM

    EXCESSO DE EXAÇÃO – GERALMENTE ENVOLVE TRIBUTO

    PREVARICAÇÃO – RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR C/ INTERESSE PESSOAL

    PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA – “VISTA GROSSA” DO AGENTE PENITENCIÁRIO

    FAVORECIMENTO REAL – AUXILIO AO CRIMINOSO COM O PROVEITO DO CRIME

    PECULATO – APROPRIA-SE DE DINHEIRO OU BEM, OU DESVIA-LO

    PECULATO CULPOSO – TEM CULPA NO CRIME DE OUTRO

    CONCUSSÃO – EXIGIR PRA SI OU PARA OUTREM

    ADVOCACIA ADM – PATROCINAR

    CORRUPÇÃO ATIVA – OFERECER OU PROMETER VANTAGEM

    TRÁFICO DE INFLUENCIA – PRETEXTO DE INFLUIR NO TRABALHO DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO

    EXPLORAÇÃO DE PRESTIGIO – PRETEXTO DE INFLUIR NO TRABALHO DE ALGUEM DA JUSTIÇA

    CONDESCENDENCIA CRIMINOSA – DEIXAR SUBORDINADO PRATICAR INFRAÇÃO SEM PUNIR OU COMUNICAR AUTORIDADE QUE O FAÇA

  • Improbidade Administrativa

     

    Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

     

    ass: Leandro Karnal

  • Improbidade adm.. o sevidor pode cometer no exercicio de suas função como servidor da administração pública, logo, e crime como a administração publica.. essa questão veio nebulosa em kks 

  • Excesso de exação


    Art. 316, § 1º Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza:

    Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.


    É importante perceber que, no excesso de exação, o funcionário público não exige o tributo ou a contribuição social para si, pois esses valores são direcionados para os cofres públicos. Além disso, quando o CP dispõe “meio vexatório ou gravoso” significa dizer que esse agente se excede na cobrança desses valores, mesmo que devidos e tal circunstância configura crime.


    Fonte: Wallace França, Gran cursos.

  • GAB: D

    Não deixa de ser um crime contra a administração pública, mas pelo fato de não estar prevista expressamente no Código Penal não se pode considerar um crime em espécie.

  • GABARITO: D.

    Improbidade administrativa é ilícito civil.

  • Questãozinha bacana.

  • Uma dica Muito boa para resolver a questão é atentar o seguinte: Não existe CRIME de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, mas SIM ATO DE IMPROBIDADE!

  • Improbidade administrativa é de natureza civil.

  • Improbidade adm não é um crime próprio.

  • IMPROBIDADE ADM.: NATUREZA ADMINISTRATIVA E PATRIMONIAL, ISTO É, CÍVEL NO SENTIDO LATO.

    GABARITO ''D''


ID
2616721
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto aos fundamentos do direito administrativo, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • O regime jurídico-administrativo brasileiro está fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado (prerrogativas) e o princípio da indisponibilidade do interesse público (restrições para a Administração pública).

    Minhas anotações!

  • LETRA D CORRETA 

    PRINCIPIOS NO TEXTO CONSTITUCIONAL:
    Legalidade
    Impessoalidade
    Moralidade
    Publicidade
    Eficiência

    PRINCIPIOS DOUTRINARIOS:
    supremacia do interesse publico
    indisponibilidade dos bens
    autotutela

  • Resposta: D

     

    a) Dentre as prerrogativas advindas do regime jurídico-administrativo, destaca-se o dever de prestar contas ao cidadão. 

    ERRADA. O dever de prestar contas é um dever administrativo natural da administração pública como encargo de gestão de bens e interesses públicos.

     

    b) As prerrogativas públicas decorrem do princípio da indisponibilidade, enquanto as sujeições decorrem da supremacia do interesse público. 

    ERRADA. É o contrário, na medida em que as prerrogativas públicas são consequências da supremacia do interesse público, e as sujeições estão relacionadas ao princípio da indisponibilidade, o qual dispõe que o administrador público não pode se desviar ou afastar, sob pena de ato inválido e expor-se à responsabilidade disciplinar.

     

    c) Dentre as sujeições advindas do regime jurídico-administrativo, destacam-se o poder de polícia e a intervenção do estado na propriedade.

    ERRADA. O poder de polícia e a intervenção do Estado na propriedade são desdobramentos do princípio da supremacia do interesse público.

     

    d) O regime jurídico-administrativo sustenta-se nos pilares da supremacia do interesse público e da indisponibilidade dos interesses e bens públicos.

    CORRETA. O conceito de regime jurídico-administrativo pode ser definido como o conjunto formado por todos os princípios e normas pertencentes ao Direito Administrativo, sendo a supremacia do interesse público e a indisponibilidade do interesse público os dois princípios doutrinariamente considerados "supraprincípios", pois são os princípios centrais dos quais derivam todos os demais princípios e normas do Direito Administrativo.

     
  •  supremacia do interesse público - prerrogativa - implícito na CF

     indisponibilidade dos interesses e bens públicos - sujeição

  • Nem todo bem público é indisponível (os dominicais, p ex.). Sabedores sabem disso. Item D não poderia ser o gabarito.
  • A) Dentre as prerrogativas advindas do regime jurídico-administrativo, destaca-se o dever de prestar contas ao cidadão. ERRADA

     

    Na verdade o dever de prestar conta é uma limitação decorrente da indisponibilidade do interesse público.

  • Gab. D --->São as pedras de toque do Regime Jurídico-Administrativo.

  • os principios nortiadores do direito administrativo que sao implícitos: supremacia do interesse público, indisponibilidade dos interesses e bens públicos

  • a) Dentre as prerrogativas advindas do regime jurídico-administrativo, destaca-se o dever de prestar contas ao cidadão. ERRADA. 

     

    O dever de prestar contas traduz-se como limitação ou restrição da atividade administrativa, e decorre do princípio da indisponibilidade do interesse público.

     

    b)  As prerrogativas públicas decorrem do princípio da indisponibilidade, enquanto as sujeições decorrem da supremacia do interesse público. ERRADA. 

     

    É o contrário, as prerrogativas decorrem do princípio da supremacia do interesse público. As sujeições decorrem do princípio da indisponibilidade do interesse público.

     

     c) Dentre as sujeições advindas do regime jurídico-administrativo, destacam-se o poder de polícia e a intervenção do estado na propriedade. ERRADA.

     

    Poder de polícia e intervenção do Estado na propriedade são prerrogativas, e não sujeições.

     

     d) O regime jurídico-administrativo sustenta-se nos pilares da supremacia do interesse público e da indisponibilidade dos interesses e bens públicos. CORRETA. 

     

  • GABARITO:D

     

    Os princípios da Supremacia do Interesse Público e da Indisponibilidade do Interesse Público, apesar de implícitos no ordenamento jurídico, são tidos como pilares do regime jurídico-administrativo. Isto se deve ao fato de que todos os demais princípios da administração pública são desdobramentos desses dois princípios em questão, cuja relevância é tanta que são conhecidos como supraprincípios da administração pública. [GABARITO]


    Entretanto, antes de adentrar no tema proposto, é imprescindível expor alguns conceitos e fazer algumas observações, a fim de se alcançar um melhor entendimento.


    Princípios


    “Os princípios são as ideias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo a ele um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de sua estrutura. Os princípios determinam o alcance e o sentido das regras de um dado subsistema do ordenamento jurídico, balizando a interpretação e a própria produção normativa. ”


    Regime Jurídico-Administrativo


    Trata-se do conjunto de regras que disciplina o interesse coletivo, possuindo, portanto prerrogativas de direito público, sendo aplicável aos órgãos e entidades que compõem a administração pública, bem como seus agentes administrativos em geral. Esse conjunto de regras, ao mesmo tempo em que concede ao Estado uma posição privilegiada em relação ao particular, através da qual consegue impor seus objetivos, também estabelece restrições. Essas prerrogativas e restrições concedias à administração pública traduzem-se nos princípios da Supremacia do Interesse Público e da Indisponibilidade do Interesse Público.
     


    Referências Bibliográficas


    Direito Administrativo Descomplicado / Marcelo Alexandrino, Vicente Paulo. – 19 ed. rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011.


    Miranda, Henrique Savonitti, Curso de direito administrativo, 3ª ed., rev., Brasília: Senado Federal, 2005.

  • REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO => Binômio SUPREMACIA GERAL DO INTERESSE PÚBLICO ( Que traz garantias/prerrogativas à Adm Pública)   x  INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO ( Que traz limitações à Adm Pública)...

    GABA D

  • Acho que cabe recurso, considerando o final "e bens públicos", pois os bens públicos dominicais são disponíveis. Podem ser vendidos.

     

    Tanto é que outra questão da mesma banca deu como correta a letra D, veja:

     

    Q873157

    Ao tratar dos princípios que regem a administração pública, a doutrina se refere a dois princípios, chamando-os de pedras de toque ou supraprincípios, pois, a partir destes dois, se extraem inúmeros outros. São eles: 

    Parte superior do formulário

     a) Da legalidade e da finalidade.

     b) Da publicidade e da eficiência.

     c) Da legalidade e da moralidade.

     d) Da supremacia do interesse público e da indisponibilidade do interesse público. 

  • Gabarito D

    a) ERRADA. O dever de prestar contas ao cidadão constitui ônus para Administração e decorre da indisponibilidade do interesse público;

     

    b) ERRADA. Exatamente o oposto. As prerrogativas públicas decorrem da supremacia do interesse público ao passo que as sujeições da indisponibilidade do interesse público;

     

    c) ERRADA.  O poder de polícia e a intervenção do Estado na propriedade são prerrogativas oriundas do regime jurídico administrativo, mais precisamente da supremacia do interesse público sobre o privado.

     

    d) CORRETA. O regime jurídico administrativo tem como fundamentos a supremacia do interesse público (prerrogativas) e a indisponibilidade do interesse público (sujeições).

  • Quais são as pedras de toque do Direito Administrativo? - Ricardo Avelino Carneiro

    A expressão foi criada por Celso Antonio Bandeira de Melo, para falar dos princípios básicos, mais importantes do Direito administrativo, dos quais todos os demais princípios decorrem, quais sejam: Princípio da supremacia do interesse público e Princípio da indisponibilidade do interesse público

    Fonte: Aula intensivo I da Rede LFG, Direito Penal, Prof. Fernanda Marinela, dia 31 de julho de 2009, período diurno.

  • LETRA D

    O regime jurídico administrativo tem como fundamentos a supremacia do interesse público (prerrogativas) e a indisponibilidade do interesse público (sujeições).

  • a) O dever de prestar contas ao cidadão configura um exemplo de Sujeição do regime jurídico-administrativo.

    b) "As prerrogativas públicas decorrem do princípio da indisponibilidade, enquanto as sujeições decorrem da supremacia do interesse público. "

    A alternativa trocou a explicação acerca dos princípios basilares da Administração Pública. O correto seria: "As prerrogativas públicas decorrem do princípio da supremacia do interesse público, enquanto as sujeições decorrem do princípio da indisponibilidade do interesse público."

    c) O poder de polícia e a intervenção do estado na propriedade são prerrogativas (e não sujeições) advindas do regime jurídico-administrativo.

    d) Gabarito. Correta!

  • prerrogativa é uma vantagem 

  • GABARITO: E


    Só um macete/bizu para não confundir:


    SUPREMACIA= PRERROGATIVAS

    +

    INDISPONIBILIDADE = LIMITAÇÕES

    =

    REGIME JURÍDICO


    "Quem não é visto, não é lembrado"





  • Concordo com Nova York, nem todos os bens públicos são indisponíveis. Questão confunde quando coloca uma palavra a mais que não faz parte do conceito usual das pedras de toque do direito administrativo.
  • A presente questão trata dos fundamentos do direito administrativo e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta. 

    Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: Ao contrário do afirmado nesta opção, o dever do administrador de prestação de contas não é prerrogativa, mas sujeição decorrente do Regime Jurídico Administrativo, notadamente baseada no princípio da indisponibilidade dos interesses públicos pela Administração Pública. Portanto, está INCORRETA esta opção;

    OPÇÃO B: Está INCORRETA esta opção, pois inverte o substrato principiológico mencionado para as prerrogativas e para as sujeições, dentro do Regime Jurídico Administrativo. Enquanto as prerrogativas da Administração Pública são baseadas no princípio da supremacia do interesse público, as sujeições decorrem do princípio da indisponibilidade dos interesses públicos pela Administração Pública;

    OPÇÃO C: As sujeições a que estão submetidas a Administração Pública caracterizam os limites existentes ao exercício das prerrogativas a ela concedidas, decorrentes da indisponibilidade dos interesses públicos e dos princípios que derivam dessa indisponibilidade. O poder de polícia e intervenção do Estado no direito de propriedade, em sentido oposto, constituem prerrogativas concedidas à Administração Pública e não sujeições, tendo em vista que se originam em razão da supremacia do interesse público sobre os interesses privados. Está INCORRETA esta opção;

    OPÇÃO D: Esta opção está inteiramente CORRETA, conforme a lição do Profº Celso Antonio Bandeira de Mello, verbis:

         “Feitas estas considerações preliminares, importa indicar quais são, em nosso entender, as 'pedras de toque' do regime jurídico-administrativo.

         Partindo do universal para o particular, diríamos que o Direito Administrativo, entroncado que está no Direito Público, reproduz, no geral, as características do regime de Direito Público, acrescidas àquelas que o especificam dentro dela.

         Aquele resulta da caracterização normativa de determinados interesses como pertinentes à sociedade e não aos particulares considerados em sua individuada singularidade.

         Juridicamente, esta caracterização consiste, no Direito Administrativo, segundo nosso modo de ver, na atribuição de uma disciplina normativa peculiar que, fundamentalmente, se delineia em função da consagração de dois princípios:

    a)   supremacia do interesse público sobre o privado;

    b)   indisponibilidade pela Administração, dos interesse públicos."

    (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio, “Curso de Direito Administrativo", 15ª ed., São Paulo, Malheiros, 2003, p. 46 e 47).


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.


  • O QUE ME CONFUNDIU FOI A EXPRESSÃO E BENS PÚBLICOS. O regime jurídico-administrativo sustenta-se nos pilares da supremacia do interesse público e da indisponibilidade dos interesses e bens públicos.

  • O Regime jurídico confere poder a administração pública para que ela atenda ao dever maior de proteger os interesses públicos( finalidade).

  • Só eu achei essa questão errada? Porque o princípio é da indisponibilidade do interesse público, e a questão fala em indisponibilidade do interesse público e dos bens públicos.

    ocorre que existem sim bens públicos disponíveis, como os bens dominicais.

  • Com tantos comentário o concuseiro que estar iniciando até fica perdido.

    Facilitando a compreensão e sendo objetivo sobre a questão. O princípio da indisponibilidade do interesse público é um dos pilares do Regime jurídico administrativo, conhecido do concurseiro. Todavia, o termo utilizado logo apos " do bens público" fez com que muitas pessoas questiona-se o possicionamento da banca. A final esse termo intrega o princípio comentado?


    Se alguém souber o fundamento para tornar esse termo "do bens público" como correto, deixe seu comentário aqui.

  • GABARITO: LETRA D

    a) Dentre as prerrogativas advindas do regime jurídico-administrativo, destaca-se o dever de prestar contas ao cidadão. 

    Não é prerrogativa, é um dever.

    b) As prerrogativas públicas decorrem do princípio da indisponibilidade, enquanto as sujeições decorrem da supremacia do interesse público. 

    Supremacia do interesse público não é sujeição e sim um poder.

    c) Dentre as sujeições advindas do regime jurídico-administrativo, destacam-se o poder de polícia e a intervenção do estado na propriedade.

    Não é sujeição e sim uma prerrogativa

    d) O regime jurídico-administrativo sustenta-se nos pilares da supremacia do interesse público e da indisponibilidade dos interesses e bens públicos.

    Correta. São as chamadas pedras de toque do direito administrativo.

    A expressão foi criada por Celso Antonio Bandeira de Melo, para falar dos princípios básicos, mais importantes do Direito administrativo, dos quais todos os demais princípios decorrem, quais sejam: Princípio da supremacia do interesse público e Princípio da indisponibilidade do interesse público

  • A) Dentre as sujeições.

    B) O contrário.

    C) Dentre as prerrogativas.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Indisponibilidade dos interesses públicos tudo bem, mas indisponibilidade dos bens públicos? Queria saber onde está fundamentado isso.

  • Não consigo concordar com a parte final da letra D, porque existem sim bens públicos disponíveis.

    Enfim... mesmo assim, seria a única resposta menos errada... por eliminação.

    E muita persistência.

  • A) Está relacionado com as sujeições.

    B) As prerrogativas públicas decorrem do princípio da supremacia do interesse público sobre o privado. A indisponibilidade do interesse público está relacionado com as sujeições.

    C) O poder de polícia e a intervenção do estado na propriedade (desapropriação) são exemplos da supremacia do interesse público.

    D) Correto.

  • Enquanto as prerrogativas da Administração Pública são baseadas no princípio da supremacia do interesse público, as sujeições decorrem do princípio da indisponibilidade dos interesses públicos pela Administração Pública. Desse modo, letra B está ERRADA.

     

    Em Deus temos paz e Segurança. Jo 6.47

     


ID
2616724
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando os conceitos de abuso de poder, excesso de poder e desvio de poder, assinale a afirmativa em que a hipótese apresentada está corretamente identificada com a espécie de uso indevido do poder.

Alternativas
Comentários
  • Desvio de poder – “remoção de um servidor, para outro setor, como medida disciplinar pela prática de infração administrativa”.

     

    No ato administrativo com desvio de poder, a autoridade administrativa “usa de sua competência, de acordo com as formas prescritas em lei”, (...) “para exercer o poder que lhe é posto nas mãos”, não, entretanto, “para perseguir” o fim previsto, mas para “fim diverso daquele que a lei lhe conferira”.[6] A ocorrência do desvio de poder ou finalidade se dá quando o agente, mesmo que na sua competência, utiliza-se do ato para lograr finalidade alheia à sua natureza. Em outras palavras, há desvio de poder quando o agente utiliza sua competência de maneira errônea, ou seja, não faz bom uso de sua competência para a prática de atos administrativos.

     

    o Excesso de Poder seria um vício no requisito Competência, enquanto o Desvio de Poder seria um vício no requisito Finalidade.

     

    O Abuso de Poder configura afronta ao Princípio da Legalidade e, com isso, é possível dizer que é ato ilegal.

    Pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público, surge para o administrador público o poder-dever de agir, o qual lhe obriga a atuar quando houver interesse público (forma comissiva). Nesse sentido, se diante da necessidade de se tutelar o interesse público houver inércia da autoridade administrativa, há abuso de poder, de forma omissiva. Toma-se como exemplo o caso de uma Autoridade Sanitária que não determina a interdição de um estabelecimento, embora este não possua condições de estar em funcionamento.

    O Abuso de Poder é, assim, gênero do qual são espécies:

    Excesso de Poder

    Quando o agente atua fora dos limites de sua competência. Nesse caso há vício no requisito de competência do ato administrativo.

    Desvio de Poder (ou desvio de finalidade)

    Quando o agente, embora possua competência para realizar o ato, o faz com desvio de finalidade. É comum aparecer em prova como exemplo o caso de remoção de ofício de um servidor, como forma de puni-lo por faltas funcionais. Nessa espécie há vício no requisito da finalidade do ato.

    fonte:

    https://www.esquematizarconcursos.com.br/artigo/abuso-de-poder

  • GABARITO "B" 

     

    ABUSO DE PODER

     

    Para que o exercício do poder seja considerado legítimo, o agente público deve seguir estritamente a previsão legal, como se sabe, ao contrário do particular, a Administração Pública só pode fazer aquilo que a lei determina. No momento em que o agente público age de forma ilegítima é que se caracteriza a o abuso de poder.

     

    O abuso de poder pode se manifestar de forma omissiva ou comissiva.

     

    Vejamos o que bem conceituou a renomado doutrinador Hely Lopes Meirelles:"O abuso de poder tanto pode revestir a forma comissiva como a omissiva, porque ambas são capazes de afrontar a lei e causar lesão ao direito individual do administrado. A inércia da autoridade administrativa,  deixando de executar determinada prestação de serviço a que por lei está obrigada, lesa o patrimônio jurídico individual. É forma omissiva de abuso de poder, quer o ato seja doloso ou culposo"

     

    Tendo em vista que o abuso de poder é mais amplo, é gênero, encontram-se duas espécies dele decorrente: Excesso de poder e desvio de poder.

     

     

    EXCESSO DE PODER

     

    O excesso de poder se manifesta quando a atuação do agente público desrespeita os  limites da sua competência . Assim, diz-se que há excesso de poder no momento em que o agente público  ultrapassa os limites de atuação previamente estabelecidos pela lei.

     

    Neste diapasão, a incompetência pode ser total ou parcial. Um agente pode praticar determinado ato no  qual é totalmente incompetente, ou seja, que é completamente fora da sua alçada. Mas há ainda, atos que inicialmente são legítimos por serem praticados nos limites determinados por lei, contudo, em algum aspecto se mostram eivados de excesso de poder, visto que, o agente extrapolou os limites de sua competência.

     

    DESVIO DE PODER

     

    Também chamado de desvio de finalidade, o desvio de poder é praticado por agente competente, porém, a finalidade é estranha ao interesse público.

     

    O mestre Hely Lopes Meirelles assim define:O desvio de poder verifica-se quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, pratica o ato por motivos ou fins diversos dos objetivados por lei ou exigidos pelo interesse público. É uma violação moral da lei, colimando o administrador fins não queridos pelo legislador, ou utilizando motivos ou meios imorais para a prática de um ato administrativo aparentemente legal.

     

     Deste modo, não se esqueça que todas as vezes que se deparar com questões que demonstrem que embora competente, o agente  desvia seu  motivo ou finalidade para algo alheio ao interesse público, estaremos diante de desvio de poder.

  • LETRA B CORRETA 

    O abuso de poder pode ser comissivo ou omisso, se divide em duas espécies

    1) Excesso de poder: quando a autoridade atua extrapolando os limites da sua competência;

    2) Desvio de poder (ou desvio de finalidade): quando a autoridade pratica um ato que é de sua competência, mas o utiliza para uma finalidade diversa da prevista ou contrária ao interesse público.

  • Correta, B

    ABUSO DE PODER, pode ser:

                Desvio de Poder => o agente atua com fim diverso do previsto em lei => vicío no elemento finalidade => gera a nulidade do ato.
                
                Excesso de Poder => o agente atua extrapolando os limites de sua competência prevista em lei => vício no elemento competência.

  • ERRADA a) Excesso de poder – “o servidor deixa, propositadamente, de praticar um ato de sua competência, estando presente o dever de agir”.

    CORRETA b) Desvio de poder – “remoção de um servidor, para outro setor, como medida disciplinar pela prática de infração administrativa”.

    ERRADA c) Desvio de poder – “a demissão de um servidor improbo, realizada por sua chefia imediata, sendo tal competência da autoridade máxima”. 

    ERRADA d) Excesso de poder – “qualquer forma de abuso de poder ou desvio de poder perpetrada por agente público no exercício de suas funções”

  • Uma historinha que eu nunca mais esqueci sobre o conceito de DESVIO DE PODER, é do servidor competente que transfere de ofício o seu subordinado, ao descobrir que ele estava pegando a sua mulher, aí mandou ele para outra unidade a mais de 1.000 km. O servidor tem competência para transferir? TEM SIM. A finalidade do ato foi legal? NÃO, ELE ESTAVA PUTO PQ O GARANHÃO DA REPARTIÇÃO ESTAVA PEGANDO A SUA MULHER E MANDOU ELE PARA BEM LONGE. Pronto Desviou a finalidade do ato - Abuso de Autoridade.

  • ABUSO DE PODER - GÊNERO

     

    espécies:

     

    EXCESSO DE PODER - EXCEDE A COMPETÊNCIA

     

    DESVIO DE PODER - DESVIO DE FINALIDADE

     

    ABUSO DE AUTORIDADE - CRIME 

     

    APROVEITANDO O ENSEJO, E PARA NÃO PERDER A PRÁTICA, SEGUE UMA REDAÇÃO:

     

              Embora seja necessário punir com mais rigor os abusos praticados por algumas autoridades, a aprovação de uma lei não pode ser utilizada para conter os avanços no combate à corrupção. Os ocupantes de cargos públicos, entretanto, devem cumprir o seu papel obedecendo aos princípios da legalidade e da proporcionalidade.

     

             É inegável que a lei que trata do abuso de autoridade foi elaborada no tempo da ditadura militar, prevendo penas muito brandas, que não inibem os excessos perpetrados por alguns funcionários. São constantes as notícias de abusos praticados por policiais e outros detentores do poder público, os quais raramente são responsabilizados. Assim, é preciso atualizar a legislação para que ninguém abuse de suas prerrogativas violando os direitos alheios.

     

             Todavia, juízes e promotores têm qualificado a proposta legislativa como retaliação - uma forma de intimidação às autoridades que estão combatendo a corrupção. Nesse sentido, o eminente jurista Luiz Flávio Gomes assevera que a intenção dos parlamentares é inibir os condutores da operação Lava Jato em curso no país, a qual tem atingido membros do alto escalão da República. De fato, a proposta que ao absurdo de prever que magistrados que tiverem as suas sentenças reformadas sejam processados criminalmente.

     

              Enfim, coibir o abuso de autoridade é proteger a vida, liberdade e a propriedade das pessoas dentro do Estado democrático de direito. Critérios de legalidade e de mérito aliados a uma análise ponderada são, portanto, instrumentos por meios dos quais se pode alcançar a eficácia e a efetividade na aplicação da lei.

  • GABARITO B.

     

    Desvio de Poder -------> finalidade 
                
     Excesso de Poder --->  competência 

     

    AVANTE!!!!

  • Surgiu-me uma dúvida:

    Como cediço, o abuso de poder pode se dar por condutas comissivas ou omissivas. No caso do abuso de poder decorrente de condutas omissivas, o professor Matheus Carvalho leciona que ele ocorre nas "situações nas quais o agente público deixa de exercer uma atividade imposta a ele por lei, ou seja, quando o agente se omite no exercício de seus deveres.

    Dessa interpretação, pode-se dizer que, no caso da assertiva A, está configurado o abuso de poder. No entanto, em razão da assertiva A ser considerada incorreta, qual seria o abuso de poder referente à essa conduta omissiva, o desvio de finalidade? Ou simplesmente abuso de poder por omissão, caso em que existiriam três espécies: abuso de poder por excesso de poder, por desvio de finalidade e por omissão?

     

  • @Prf delta

    Nesse caso creio que a banca tenha adotado entendimento doutrinário que não considera possível o abuso de poder em conduta omissiva.

    Importante lembrar que Hely Lopes Meirelles acredita que é sim possível cometer abuso de forma omissiva, nesse caso tanto a A quanto a B estariam certas.

  • a)  Não há Excesso de poder e sim Desvio de Poder (desvio de finalidade). A questão deixa evidente que o servidor é competente para executar o ato mas não o faz de forma deliberada. Há desvio de poder na modalidade omissiva. Como já foi dito em outros comentários a inércia da autoridade administrativa, deixando de executar determinada prestação de serviço a que por lei está obrigada, lesa o patrimônio jurídico individual. É forma omissiva de abuso de poder, quer o ato seja doloso ou culposo. Na questão o ato é doloso, portanto, é abuso de poder (gênero) na espécie desvio de poder.

     

    b) É o gabarito. A autoridade administrativa é competente para agir mas a finalidade é estranha ao interesse público, portanto há desvio de poder.

     

    c) Quando a questão menciona que "tal competência é da autoridade máxima" não deixa dúvidas de que faz menção ao Excesso de poder, espécie de abuso de poder onde a autoridade desrespeita os limites de sua atuação previamente estabelecidos em lei. 

     

    d) Aqui houve uma tentativa de confundir o candidato afirmando que Excesso de poder seria “qualquer forma de abuso de poder ou desvio de poder". Como  já dito em outros comentários o Abuso de poder é o gênero que comporta duas espécies: Excesso de poder e Desvio de poder. O Excesso de poder se manifesta quando a atuação do agente público desrespeita os limites da sua competência, enquanto o Desvio de poder é praticado por agente competente, porém, a finalidade é estranha ao interesse público.

  •  

    Abuso de poder é GÊNERO que se desdobra em duas ESPÉCIES, a saber:

     

    DESVIO DE PODER      =     DESVIO DE FINALIDADE        RETIRA TOTAL                  FOGE O INTERESSE PÚBLICO.  

     Ex.     REMOÇÃO POR DESAVENÇA, VINGANÇA, ofende o princípio da IMPESSOALIDADE.

    O ato administrativo é ILEGAL, portanto nulo.    

     

    EXCESSO DE PODER  =       EXTRAPOLA NA COMPETÊNCIA       RETIRA  PARCIALMENTE -     VISA O INTERESSE PÚBLICO. 

     

    Ex.           IMPÕE PENA MAIS GRAVE DO QUE PERMITIDO

    A autoridade  VAI além do permitido e EXORBITA no uso de suas faculdades administrativas.

    Embora COMPETENTE para praticar o ato, atua fora dos limites de sua competência, MAS VISA O INTERESSE PÚBLICO.        

  • Mesmo lendo todos os comentários, não entendo a alternativa "b" como a correta. 
    b) Desvio de poder � �remoção de um servidor, para outro setor, como medida disciplinar pela prática de infração administrativa�.
    Onde ouve houve o desvio de finalidade nessa situação? Aqui não fala, por exemplo, que esse servidor foi removido por uma questão particular da autoridade competente que o removou.

    A alternativa "A" parece ser a menos estranha (errada).
    a) Excesso de poder � �o servidor deixa, propositadamente, de praticar um ato de sua competência, estando presente o dever de agir�.
    No meu entender ele "renunciou" da sua competência, ainda que não seja de forma permanente, ou seja, ele pode ter ido além da sua competência já não confere a ele abrir mão das seus próprios afazeres legalmente previstos. Mas também não vejo esta alternativa correta na sua plenitude. Não vi nenhuma alternativa correta na sua integridade. Mas achei esta a menos errada.

  •  a) Excesso de poder – “o servidor deixa, propositadamente, de praticar um ato de sua competência, estando presente o dever de agir”. Assertiva errada, pois quando o agente pratica ou não pratica um ato em virtude de interesses meramente individuais, de caráter pessoal, sem levar em conta o interesse público, ele pratica DESVIO DE PODER, e não excesso de poder. Como o servidor deixou de praticar propositalmente, ou seja, por conta de interesse particular, ele cometeu desvio de poder. (Foi a única explicação que fez sentido na minha cabeça, rs', isto é o que está escrito no Livro de Matheus Carvalho).

     b) Desvio de poder – “remoção de um servidor, para outro setor, como medida disciplinar pela prática de infração administrativa”. Assertiva correta, pois quando o agente público pratica o ato respeitando a busca pelo interesse público, mas não respeitando a finalidade específica por lei para aquele determinado ato, ele pratica DESVIO DE PODER. Este entendimento é também de Matheus Carvalho, que ainda dá o exemplo de um servidor que pratica uma infração administrativa que devia ser punida com demissão, e não exoneração, e quando o agente público aplicou a exonerção, ele cometeu desvio de poder. Como no caso em tela, visto que, a pratica de infração administrativa não enseja a remoção do servidor, e sim uma das penalidades específicas determinada por lei, como advertência, suspensão, demissão, etc. 

     c) Desvio de poder – “a demissão de um servidor improbo, realizada por sua chefia imediata, sendo tal competência da autoridade máxima”.  Assertiva incorreta, pois no caso ocorre excesso de poder, e não desvio de poder. O desvio de poder ocorre quando o ato praticado está FORA da sua finalidade. 

     d) Excesso de poder – “qualquer forma de abuso de poder ou desvio de poder perpetrada por agente público no exercício de suas funções”. Assertiva errada, pois  excesso de poder não é uma forma de abuso de poder, abuso de poder é gênero do qual excesso ou desvio de poder são espécies. O excesso ele se configura quando o agente atua FORA de sua competência. 

  • Deixa, propositadamente, de praticar um ato de sua competência, estando presente o dever de agir  - Espécie de ABUSO DE PODER, Marcelo Alexandrino, Direito Constitucional Descomplicado.  Excesso de poder está ligado a questões que envolvam ato de agente público que não tenha competência.  

     

  • Desvio de Poder: ocorre quando a atuação do agente, embora dentro de sua órbita de competências, contraria a finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou a sua atuação; tanto é desvio de poder a conduta contrária à finalidade geral (mediata) do ato - o interesse público -, quanto a que discrepe de sua finalidade específica (ou imediata). MAVP, 24ª ed.

     

    A remoção não pode ser usada para punir, por isso a letra B é a alternativa correta: houve um desvio de poder.

  • GABARITO:B

     

    O Abuso de Autoridade é crime e abrange as condutas abusivas de poder, conforme a explicação abaixo.

     

    O abuso de poder é gênero do qual surgem o excesso de poder ou o desvio de poder ou de finalidade.


    Assim, o abuso de poder pode se manifestar como o excesso de poder, caso em que o agente público atua além de sua competência legal, como pode se manifestar pelo desvio de poder, em que o agente público atua contrariamente ao interesse público, desviando-se da finalidade pública.


    Trata-se, pois, de formas arbitrárias de agir do agente público no âmbito administrativo, em que está adstrito ao que determina a lei (princípio da estrita legalidade).


    No caso do abuso de autoridade, temos a tipificação daquelas condutas abusivas de poder como crimes (lei 4898 /65) podendo-se dizer que o abuso de autoridade é o abuso de poder analisado sob as normas penais.


    Mais ainda, o abuso de autoridade abrange o abuso de poder, conforme se pode vislumbrar pelo disposto no art. 4º, a, lei 4898 /65, utilizando os conceitos administrativos para tipificar condutas contrárias à lei no âmbito penal e disciplinar.


    Portanto, podemos dizer que, além do abuso de poder ser infração administrativa, também é utilizado no âmbito penal para caracterizar algumas condutas de abuso de autoridade, sendo que, essas são muito mais amplas do que o simples abuso de poder (excesso ou desvio de poder), eis que abarcam outras condutas ilegais do agente público, o que nos leva a concluir que o abuso de autoridade abrange o abuso de poder que, por sua vez, se desdobra em excesso e desvio de poder ou de finalidade.

  • Olha, eu nunca tinha ouvido falar em DESVIO de poder na modalidade OMISSIVA. Como posso exercer uma finalidade diversa do interesse público sem praticar um ato? (lembrando que a omissão da administração só é ato quando a lei o disser). Já vi doutrina apontando que, se o agente tendo o dever de praticar um ato não o pratica, está abusando do seu poder. Essa questão é bem confusa. Todo caso clássico de desvio de poder entremete um motivo pessoal por parte do agente que pune. Ora, punir o cara por ter praticado infração não é contra os princípios da administração. A infração está errada, não tem previsão legal, mas não é um interesse PARTICULAR que a motivou. Eu encontro, no máximo, um vício de objeto nesse ato...

  • EXCESSO E DESVIO DE PODER.

    O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora dos limites das suas competências, invadindo a competência de outros agentes ou praticando atividades que não lhe foram conferidas por lei. O interesse social não afasta o excesso de poder.

     

    O abuso de poder pode ser comissivo ou omisso, se divide em duas espécies. O abuso de poder pode ocorrer tanto na forma comissiva quanto na omissiva, uma vez que, em ambas as hipóteses, é possível afrontar a lei e causar lesão a direito individual do administrado (Enunciado de uma questão do CESPE)..

     

    1) Excesso de poder: quando a autoridade atua extrapolando os limites da sua competência;

    2) Desvio de poder (ou desvio de finalidade): quando a autoridade pratica um ato que é de sua competência, mas o utiliza para uma finalidade diversa da prevista ou contrária ao interesse público.

     

    MACETE 

    Qual teu CEP seu FDP?

    CEP: Competência, Excesso de Poder
    FDP: Finalidade, Desvio de Poder.

  • Para fins de remoção de servidor público, a observância dos critérios legais e de interesse público é medida que se impõe.

     

    Estando o servidor sujeito ao regime institucional na sua relação com a Administração Pública, não poderá ser submetido a medidas punitivas - ainda que diante de uma infração efetivamente praticada - que estejam em desalinho com as hipóteses legais de punição

     

    Por este raciocínio, entende o STJ que "o instituto de remoção dos Servidores por exclusivo interesse da Administração não pode, em hipótese alguma, ser utilizado como sanção disciplinar, inclusive por não estar capitulado como penalidade no art. 127 da Lei 8.112 /90 e significar arbítrio inaceitável" (RMS 26.965/RS, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, QUINTA TURMA, julgado em 16/10/2008, DJe 10/11/2008). 

     

    Resposta: letra B, restado configurado o desvio de finalidade.

     

    Bons estudos! :) 

  • Somando aos colegas:

    Desvio de poder  segue os parâmetros; Finalidade-Impessoalidade-Legalidade

    o excesso relaciona-se com a competência

    #modalidades de desvio de poder:

    I) desvio para interesses pessoais

    a) benefício própio/ amigo ou até para causar prejuízo a desafeto(impessoalidade)

    II) Desvio de poder para ato diverso da finalidade

    b) pode até ser em prol do i. público mas não respeita a finalidade.

    @Manual de direito administrativo- Matheus Carvalho....

  • a) omissão

    b)desvio de poder

    c)poder hierarquico

    d)ato legal

  •  a) Excesso de poder – “o servidor deixa, propositadamente, de praticar um ato de sua competência, estando presente o dever de agir”.Assertiva errada, pois quando o agente pratica ou não pratica um ato em virtude de interesses meramente individuais, de caráter pessoal, sem levar em conta o interesse público, ele pratica DESVIO DE PODER, e não excesso de poder. Como o servidor deixou de praticar propositalmente, ou seja, por conta de interesse particular, ele cometeu desvio de poder. (Foi a única explicação que fez sentido na minha cabeça, rs', isto é o que está escrito no Livro de Matheus Carvalho).

     b) Desvio de poder – “remoção de um servidor, para outro setor, como medida disciplinar pela prática de infração administrativa”.Assertiva correta, pois quando o agente público pratica o ato respeitando a busca pelo interesse público, mas não respeitando a finalidade específica por lei para aquele determinado ato, ele pratica DESVIO DE PODER. Este entendimento é também de Matheus Carvalho, que ainda dá o exemplo de um servidor que pratica uma infração administrativa que devia ser punida com demissão, e não exoneração, e quando o agente público aplicou a exonerção, ele cometeu desvio de poder. Como no caso em tela, visto que, a pratica de infração administrativa não enseja a remoção do servidor, e sim uma das penalidades específicas determinada por lei, como advertência, suspensão, demissão, etc. 

     c) Desvio de poder – “a demissão de um servidor improbo, realizada por sua chefia imediata, sendo tal competência da autoridade máxima”.  Assertiva incorreta, pois no caso ocorre excesso de poder, e não desvio de poder. O desvio de poder ocorre quando o ato praticado está FORA da sua finalidade. 

     d) Excesso de poder – “qualquer forma de abuso de poder ou desvio de poder perpetrada por agente público no exercício de suas funções”.Assertiva errada, pois  excesso de poder não é uma forma de abuso de poder, abuso de poder é gênero do qual excesso ou desvio de poder são espécies. O excesso ele se configura quando o agente atua FORA de sua competência. 

  • A presente questão trata do uso indevido do poder administrativo e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta.

     ABUSO DE PODER é o vício do ato administrativo que ocorre quando o agente público exorbita de suas atribuições (EXCESSO DE PODER) ou pratica ato com finalidade diversa da que decorre implícita ou explicitamente da lei (DESVIO DE PODER).

    Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: A prática de um ato administrativo com excesso de poder envolve vício na competência do agente público. Quando esse pratica ato de sua competência, não haverá qualquer excesso de poder, limitando-se o uso indevido dos poderes conferidos ao administrador à ocorrência de desvio de poder decorrente de vício na finalidade do ato administrativo em exame, Está INCORRETA, em razão disso, esta opção;

    OPÇÃO B: Esta opção está inteiramente CORRETA. Remover um servidor para outro setor, a título de punição, revela indevido exercício do poder disciplinar pelo administrador público, afrontando, de forma grave, o interesse público. O vício de finalidade contido na hipótese trazida por esta opção configura nítido desvio de poder;

    OPÇÃO C: Conforme verificado nos comentários efetuados em relação à Opção B, a ocorrência de desvio de poder, na prática de determinado ato administrativo, decorre de vício na finalidade daquele ato. Ou seja, a “mudança de rumo" tomada pelo agente público, quando for ele produzir o ato administrativo não se entrosa com o imperioso atendimento ao interesse público. Não se trata de existência de defeito na competência do agente praticante do ato, mas de finalidade eivada de vício. Esta opção está INCORRETA;

    OPÇÃO D: A doutrina, em sede de uso indevido dos poderes administrativos, considera o ABUSO DE PODER o gênero, cujas espécies são o EXCESSO DE PODER e o DESVIO DE PODER. A colocação feita por esta opção de ser o excesso de poder o gênero e o abuso de poder uma de suas espécies está completamente equivocada, tornando-a INCORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.

  • ué! em outra questão, foi considerado tanto o desvio quanto o excesso em forma omissiva... fiquei em dúvida entre A e B por isso. 

  • DESVIO DE PODER             

    O artigo 2° parágrafo único “e” da lei n. 4717/65 (ação popular) trata o desvio de finalidade como elemento nulificador do ato administrativo, e corre toda vez que o agente público atua visando finalidade diversa para o qual o ato foi criado, mesmo que atue dentro dos limites da sua competência. Vejamos:

     

    Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:  desvio de finalidade.

     

     

    EXCESSO DE PODER

     

    Excesso de poder pode ser conceituado como a atuação do agente público fora dos limites legais de sua competência. É caso em que o agente público atua sem possuir poder para tanto, sem possuir a função para o qual o ato necessita ser praticado. Esse ato seria um cadeado e sua chave seria o agente competente, aquele que abre o cadeado de modo fraudulento, o praticou fraudulento.

  • A remoção não pode ser usada para punir, por isso a letra B é a alternativa correta: houve um desvio de poder. POLICIA MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS

  • Gente, eu acho esse desacordo algo muito chato entre as bancas, pois algumas consideram erradas o termo "desvio de poder" já que o termo correto seria "desvio de finalidade", enquanto outras aceitam os dois como sinônimos! Assim é impossível!

    Bons estudos a todos!

  • Formas de Abuso: (GÊNERO) Excesso e Desvio de Poder (ESPÉCIES)

    A conduta abusiva dos administradores pode decorrer de duas causas:

    o agente atua fora dos limites de sua competência; e

    o agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho administrativo.

    No primeiro caso, diz-se que o agente atuou com “excesso de poder” e no segundo, com “desvio de poder”.

    Excesso de poder é a forma de abuso própria da atuação do agente fora dos limites de sua competência administrativa.

    Nesse caso, ou o agente invade atribuições cometidas a outro agente, ou se arroga o exercício de atividades que a lei não lhe conferiu.

    Já o desvio de poder é a modalidade de abuso em que o agente busca alcançar fim diverso daquele que a lei lhe permitiu.

    JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO

    MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO

  • Gab B...


ID
2616727
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

Considerando os poderes administrativos, no exercício das atividades da Câmara Municipal de Belo Horizonte, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A letra (a) está incorreta. Na relação entre administração direta e indireta não há subordinação, mas mera vinculação (controle finalístico). Assim, inexistente a hierarquia, não é possível se falar em poder hierárquico. A situação descrita é exemplo do poder de tutela, o qual consiste no poder de a administração direta fiscalizar a atuação finalística das entidades da Administração indireta.

    A letra (b) está incorreta. A demissão de policial legislativo por descumprimento de suas atribuições funcionais reflete os poderes hierárquico - por haver relação de subordinação - e disciplinar - pela apuração de infrações e aplicação de penalidades àqueles sujeitos à disciplina interna da Administração. 

    A letra (c) está incorreta. O poder regulamentar da administração pública é de natureza derivada, visando à produção de atos de teor normativo, que complementam as leis e possibilitam sua efetiva aplicação. Por isso, a criação de leis não é expressão do poder regulamentar dado seu caráter derivado.

    A letra (d) está correta. A aplicação de penalidades a particulares decorre do poder disciplinar quando estes possuem vínculo específico com a Administração, como no caso de uma empresa que celebrou um contrato com o poder público.

    Resumindo, quanto à aplicação de sanções, temos o seguinte:

    Ao servidor público → poderes hierárquico e disciplinar

    Aos particulares com vínculo específico → poder disciplinar

    Aos particulares em geral (vínculo geral) → poder de polícia 

    Fonte : professor Antônio Daud - Estratégia Concursos


ID
2616730
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considerando a aplicação da teoria da responsabilidade objetiva do estado, no contexto de atuação da Câmara Municipal, assinale a afirmativa que apresenta EXCEÇÃO ao dever de indenizar.

Alternativas
Comentários
  • a) Dano causado ao cidadão em razão de lei de efeito concreto. Essa é a umas das únicas situaçãoes que ensejam reparo. A outro é lei inconstitucional.

    b) Dano decorrente de agressão sofrida por cidadão no recinto da Câmara. Está correto, pois pessoas sob a custódia do Estado, seja escola, presídios ou épublicos é obrigação do estado.

    c) Dano causado por chuva de granizo a veículo estacionado no pátio da Câmara.  Nesse caso apenas teria a responsabilidade objetiva caso pela omissão de efetuar reparos, em virtude disso houve o dado, caso contrario seia caso fortuito.

    d) Dano decorrente de colisão de veículo da Câmara na traseira de veículo particular. Responsabilade objetiva.

    Gabarrito C

    Fonte Estratégia.

  • C: Dano causado por chuva de granizo a veículo estacionado no pátio da Câmara.  Embora, estacionado no patío da câmara a AÇÃO DA NATUREZA É CASO FORTUITO (EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE.)

  • LETRA C CORRETA 

     FORÇA MAIOR é um evento previsível ou imprevisível, porém inevitável, decorrente das forças da natureza, como o raio, a tempestade etc.


    CASO FORTUITO  é o evento proveniente de ato humano, imprevisível e inevitável, que impede o cumprimento de uma obrigação, tais como: a greve, a guerra etc. 

     

  • LETRA C.

     

    TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO -----> CASO FORTUITO.   

     

    AVANTE!!!

  • Causas excludentes da responsabilidade civil objetiva:

     

    1 – Culpa exclusiva da vítima:

                            Ex.: Surfista de trem.

     

    Atenção: Culpa concorrente não exclui a responsabilidade do Estado, mas diminui o valor da indenização.

                            Ex.: Desacato à autoridade seguido de agressão.

     

    2 – Fato exclusivo de terceiros: O fato deve ser exclusivo, caso contrário, o Estado responde.

     

    Atenção: A culpa de terceiros, segundo o STF, não exclui a responsabilidade da concessionária ou permissionária do serviço público de transporte, já que o delegatário tem direito a regresso contra o causador do dano.

     

    3 – Caso fortuito ou força maior: Chamado por José dos Santos Carvalho Filho de fatos imprevistos. Assim, se foi a natureza, não foi o Estado.

     

    Atenção: Para Celso Antônio o caso fortuito não exclui a responsabilidade do Estado, já que decorreria de uma causa desconhecida na execução da atividade.

  • Gab C

     

    Meus resumos qc 2018

     

    RESPONSABILIDADE CIVIL ESTADO

     

     

     

    TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE

     

    1)BASICAMENTE, O ESTADO NÃO TINHA CULPA DE NADA. SE TRADUZ MA MÁXIMA ''THE KING CAN DO NO WRONG'' , OU SEJA, O ESTADO NÃO PODE TER ERRADO

     

     

     

    >> TEORIA DA CULPA CIVIL

     

    1) O ESTADO SÓ RESPONDE A TÍTULO DE CULPA, CABENDO AO PARTICULAR O ÔNUS DA PROVA (MOLDES DA LEI CIVIL)

     

     

     

    >>> TEORIA DA CULPA ADMINSTARTIVA

     

    1) SINÔNIMOS: CULPA DO SERVIÇO PÚBLICO / CULPA ANÔNIMA / CULPA OMISSIVA GENÊRICA

     

    2) É AQUELA VOLTADA PARA AS OMISSÕES ESTATAIS.

     

    3) OCORRE, QUANDO O ESTADO Ñ PRESTOU UM SERVIÇO PÚBLICO DE FORMA ADEQUADA OU SUFICIENTE, DE MANEIRA IDÔNEA

     

    4) A OMISSÃO TEM QUE SER GENÊRICA, NÃO IMPUTÁVEL A UMA PESSOA ESPECÍFICA. É CULPA DO SERVIÇO COMO UM TODO, INDETERMINÁVEL, NÃO IDENTIFICÁVEL.

     

     

     

    >>>> TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO

     

    1) É A TEORIA REGRA GERAL ADOTADA AQUI NO BRASIL, PREVISTA NO ARTIGO 37, PARÁGRAFO 6 DA CF

     

    2) É VOLTADO AS COMISSÕES OU AÇÕES DO ESTADO

     

    3) É A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO, INDEPENDENE DE DOLO OU CULPA

     

    4) ABARCA A ADM PÚB E OS PRESTADORES DE SERVIÇOS PÚB (CONC/PERMISS)

     

    5) EXCEPCIONALMENTE = O STF ADMITE A RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO, NA TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO.

     

    6) PARA QUE OCORRA A RESP. POR OMISSÃO, O ESTADO DEVE ESTAR NA POSIÇÃO DE GARANTIDOR, NO SEU DEVER DE CUSTÓDIA. ALÉM DO QUE, A RESPONS. AQUI, É ESPECÍFICA, INDIVIDUAIZÁVEL, INDENTIFICÁVEL, DETERMINÁVEL, AO CONTRÁRIO DO QUE OCORRE NA TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA

     

    7) 03 SITUAÇÕES SE ENCAIXAM BEM NESSA RESP. POR OMISSÃO, SÃO ELAS:  

    I) ESTUDANTE DENTRO DE ESCOLA PÚB

    II) PACIENTE DENTRO DE HOSPITAL PÚB

    III) PRESO DENTRO DE PRESÍDIO PÚB

     

    8) ADIMITE EXCLUDENTES E ATENUANTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

     

     

     

    >>>>> TEORIA DO RISO INTEGRAL

     

    1) TEORIA QUE PREZA PELA PRESUNÇAÕ ABSOLUTA DE RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO

     

    2) NÃO HÁ POSSIBILIDADE  DE ALEGAR EXLUDENTES DE RESPONSABILIDADE

     

    3) OCORRE NO BRAISL EM POUCAS SITUAÇÕES. POR EXEMPLO: ''DANO NUCLEARES/RADIAÇÃO'' NA FORMA DO ARTIGO 21,XXII, ALÍNEA ''D'' DA CF

  • Em âmbito de Direito Civil

    Caso fortuito = Força Humana

    Força Maior = Força da Natureza

     

    Em âmbito de Direito Administrativo

    Caso fortuito = Força da Natureza

    Força Maior = Força Humana

    Copiou?

  • GABARITO:C


    Fundamentando a teoria da responsabilidade objetiva, SÍLVIO RODRIGUES in Direito Civil, Volume IV, Editora Saraiva, 19ª Edição, São Paulo, 2002, p. 10, assevera:


    “Na responsabilidade objetiva a atitude culposa ou dolosa do agente causador do dano é de menor relevância, pois, desde que exista relação de causalidade entre o dano experimentado pela vítima e o ato do agente, surge o dever de indenizar, quer tenha este último agido ou não culposamente.


    A teoria do risco é a da responsabilidade objetiva. Segundo essa teoria, aquele que, através de sua atividade, cria risco de dano para terceiros deve ser obrigado a repará-lo, ainda que sua atividade e seu comportamento sejam isentos de culpa. Examina-se a situação, e, se for verificada, objetivamente, a relação de causa e efeito entre o comportamento do agente e o dano experimentado pela vítima, esta tem direito de ser indenizada por aquele."


    Ainda sobre a teoria do risco do risco adminsitrativo, esclarece HELY LOPES MEIRELLES:


    “A teoria do risco administrativo faz surgir a obrigação de indenizar o dano do ato lesivo e injusto causado à vítima pela Administração. Não se exige qualquer falta do serviço público, nem culpa de seus agentes. Basta a lesão, sem o concurso do lesado. Na teoria da culpa administrativa exige-se a falta do serviço; na teoria do risco administrativo exige-se, apenas, o fato do serviço. Naquela, a culpa é presumida da falta administrativa; nesta, é inferida do fato lesivo da Administração. "
     

    ​Tal teoria, como o nome está a indicar, baseia-se no risco que a atividade pública gera para os administrados e na possibilidade de acarretar dano a certos membros da comunidade, impondo-lhes um ônus não suportado pelos demais. Para compensar essa desigualdade individual, criada pela própria Administração, todos os outros componentes da coletividade devem concorrer para a reparação do dano, através do erário, representado pela Fazenda Pública. O risco e a solidariedade social são, pois, os suportes dessa doutrina, que, por sua objetividade e partilha dos encargos, conduz à mais perfeita justiça distributiva, razão pela qual tem merecido o acolhimento dos Estados modernos, inclusive o Brasil, que a consagrou pela primeira vez no art. 194 da CF de 1946.


    Advirta-se, contudo, que a teoria do risco administrativo, embora dispense a prova da culpa da Administração, permite que o Poder Público demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização. Isto porque o risco administrativo não se confunde com o risco integral. O risco administrativo não significa que a Administração deva indenizar sempre e em qualquer caso o dano suportado pelo particular; significa, apenas e tão-somente, que a vítima fica dispensada da prova da culpa da Administração, mas esta poderá demonstrar a culpa total ou parcial do lesado no evento danoso, caso em que a Fazenda Pública se eximirá integral ou parcialmente". (Direito administrativo brasileiro. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 611-612).
     

  • EXCLUDENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO:

     

    *Culpa exclusiva da vítima

     

    *Culpa exclusiva de terceiros

     

    *Caso fortuito / força maior

     

     

    ATENUANTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO:

     

    *Culpa concorrente da vítima ou de terceiros

     

    *Risco administrativo

     

    GABARITO: C

  • Gab. C

     

    Força maior.

  • A presente questão trata da responsabilidade objetiva do Estado e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta quanto à EXCEÇÃO ao dever de indenizar o dano causado.

     Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: Como regra, o Estado não será civilmente responsabilizado por ato legislativo (ato administrativo lato sensu genérico e abstrato). Todavia, a lei de efeitos concretos não se submete a essa regra por ser somente lei em sentido formal, despida que é de generalidade e abstração. Possui a essência de ato administrativo e, caso venha a gerar danos a terceiros, o Estado possui o dever de indenizá-los. Esta opção está INCORRETA.

    OPÇÃO B: Haverá dever de indenizar por parte da Câmara Municipal, na hipótese trazida nesta opção, diante da omissão específica daquele órgão público no dever de prestar segurança àqueles que freqüentam sua sede. Esta opção está INCORRETA;

    OPÇÃO C: Esta opção está CORRETA por mencionar hipótese de excludente de responsabilidade civil do Estado, a FORÇA MAIOR. Essa é entendida como o acontecimento imprevisível e não imputável à Administração Pública, o qual faz desaparecer o nexo de causalidade entre a conduta daquela no caso e o evento danoso ocorrido. A chuva de granizo por se tratar de evento meteorológico configura caso de força maior.

    OPÇÃO D: Nesta hipótese, haverá responsabilidade civil do Estado, de forma objetiva, pelos danos causados por veículo de sua propriedade a outro veículo (público ou particular, pouco importa), com base no § 6º do art. 37 da CRFB, diante da adoção da Teoria do Risco Administrativo. Havendo dever de indenizar por parte do Estado, neste caso, esta opção está INCORRETA.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA C.


ID
2616733
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Municipal
Assuntos

“Considere que a Câmara Municipal de Belo Horizonte pretenda contratar serviços de publicidade e divulgação para uma campanha de incentivo à participação popular.” Nesse caso hipotético, a licitação:

Alternativas
Comentários
  • letra d

    LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993

    Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:

    I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;

    II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

    III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.


ID
2616736
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere o seguinte ato administrativo: Portaria conjunta da Câmara Municipal e da Secretaria Municipal de Fazenda do Município de Belo Horizonte tratando de regras sobre prestação de contas do Poder Legislativo. Quanto ao referido ato, é correto classificá-lo como

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra D

    Ato administrativo composto é o ato que resulta da "vontade de um órgão, mas depende da verificação por parte de outro, para se tornar exeqüível. (...) O ato composto distingue-se do complexo porque este só se forma com a conjugação de vontades de órgãos diversos, ao passo que aquele é formado pela manifestação de vontade de um único órgão, sendo apenas ratificado por outra autoridade" (Meirelles, 2007, p. 173). Nota - se  pelo anunciado que reunirão dois órgãos para validar o ato, sendo assim um ato complexo, restando-se apenas a letra D

     

    AO MEU PAI MINHA GRATIDÃO, DO MEU FILHO A MOTIVAÇÃO.

    SONHE ,LUTE , VENÇA!

     

     

     

     

  • RESPOSTA: D

     

    ATOS INTERNOS X EXTERNOS:

    Atos internos são aqueles destinados a produzir efeitos no recesso das repartições administrativas e por isso incidem sobre órgãos e agentes da Administração que os expediu. Não produzem efeitos a estranhos. Não dependem de publicação e não produzem efeitos a terceiros. Podem ser gerais ou especiais, normativos, ordinatórios, punitivos e outros conforme necessite a Administração. São sujeitos ao controle judiciário e à revisão hierárquica.

    Atos externos são aqueles que alcançam os administrados, os contratos, e, em certos casos, os próprios servidores, provendo  sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a Administração. Só vigoram após a publicação em órgão oficial, pois tem interesse público.

     

    ATOS COMPLEXOS X COMPOSTOS:

    Atos Complexos

    → São aqueles provenientes de mais de um órgão ou agente com mais de uma manifestação de vontade sendo que no final existe um único ato.

    → Macete: Fazer sexo é um ato complexo, pois depende da vontade de duas pessoas.

    Ex: Aposentadoria de Servidor que depende do SEPLAG + TCE

    COMPLEXO = 2 x 1 (órgão x ato) - SEXO = 2 órgãos x 1 ato

    COMPOSTO = 1 x 2 (órgão x ato) - lembrar-se de sexo e inverta o conceito para o ato composto

     

    ATO NORMATIVO

    Os atos normativos serão aqueles que contém um comando geral do Executivo, visando a correta aplicação da lei. Promanam do executivo e são leis no sentido material, são gerais e abstratos, equiparando-se para fins de controle judicial.

     

    ATO DE GESTÃO:

    Os atos de gestão são praticados sem que a Administração utilize sua supremacia sobre os particulares. São atos típicos de administração, assemelhando-se aos atos praticados pelas pessoas privadas. São exemplos de gestão a alienação ou aquisição de bens pela Administração, o aluguel de imóvel de propriedade de uma autarquia.

     

    ATOS IMPERATIVOS:

    Os atos administrativos são imperativos, se impõem aos destinatários independentemente de concordarem ou não com ele, criando-lhes obrigações.

    É também chamado esse atributo de Poder Extroverso, que garante ao Poder Público a capacidade de produzir atos que geram consequências perante terceiros, impondo-lhes obrigações.

     

    ATO AUTOEXECUTÁVEL:

    Esse atributo garante que Administração Pública possa fazer executar o ato, por si mesma e imediatamente, independente de ordem judicial.

     

    ATOS PUNITIVOS:

    Atos punitivos são os que contêm uma sanção àqueles que infringem disposições legais, regulamentares ou ordinatórias dos bens e serviços públicos, visam punir e reprimir as infrações administrativas ou a conduta irregular dos servidores ou dos particulares perante a Administração.

  • gabarito Letra B

     

    Considere o seguinte ato administrativo: Portaria conjunta da Câmara Municipal e da Secretaria Municipal de Fazenda do Município de Belo Horizonte tratando de regras sobre prestação de contas do Poder Legislativo. Quanto ao referido ato, é correto classificá-lo como

     

    observem que primeiro veio a portaria , depois o ato complexo de dois orgãos diferentes.

     

                                                                                   atos internos e externos                                                                                                         

    Internos; produz efeito apenas no âmbito da administração e atingem apenas os órgãos e agente públicos que os editou. Ex; portaria de remoção de servidor.   GABARITO DA QUESTÃO                                              

    Externo; os efeitos do ato alcançam os administrados em geral, os contratantes e, em certos casos, os próprios servidores.Ex; multas a empresas contratadas, editais de licitação, atos normativos. Etc

     

                                                                              atos simples e complexos e compostos

     

    I) Simples; decorrem da manifestação de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Ex; despacho de um chefe de seção, decisões de conselhos administrativos

    II) Complexos; decorrem de duas ou mais manifestações de vontade autônomas.  Provenientes de órgãos diversos (há um ato único). Ex; aposentadoria de servidor estatutário, portarias conjuntas GABARITO DA QUESTÃO

    III) Compostos; resulta de manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação a do outro (existem dois atos) Ex; autorização que depende de visto

  • não consigo entener pq prestação de contas do poder legislativo é INTERNO...

  • Ana Carolina,

    Eu entendo que a prestação de contas do Poder Legislativo é INTERNO porque cada Poder deve prestar contas dos seus próprios gastos. Baseado na separação de poderes, o controle interno é inerente a cada Poder. Porém, o controle externo já pode ser feito de um poder pelo outro. Exemplo: O Peder Legislativo exerce controle externo sobre atos normativos do Poder Executivo, por exemplo; Controle de gastos através do auxilio do TCU...

     

  • COMPLEXO - 1 OU MAIS ÓRGÃOS PARA ATINGIR 1 OBJETO.

  • Alternativa correta: D. 

     

    Interno: só surte efeitos dentro da administração (quem presta contas é somente a administração, particular não se envolve nisso).

    Complexo: duas entidades que produzem um só ato (portaria conjunta). 

    Autoexecutável: portaria não depende do judiciário para poder ter efeito. 

  • Quase metade dos colegas que fizeram a questão, errou.

    Acrdito que o X da questão é saber que uma portaria conjunta é considerada ato Complexo. 

  • Ana, nesse caso é interno pq a portaria está disciplinado, no âmbito do poder, como será feito "o documento" (pra ficar mais fácil o entendimento) para ser prestado ao legislativo posteriormente. Quando a questão fala nisso aqui: tratando de regras sobre prestação de contas do Poder Legislativo. Nesse caso REGRAS INTERNAS

  • Para nunca mais esquecer: Ato complexo = ato com sexo (exige duas ou mais vontades)
  • A presente questão trata da classificação do ato administrativo e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta.

     O ato administrativo descrito no enunciado da questão é da espécie PORTARIA que, segundo a doutrina, é ato formal de conteúdo amplo e fluido, “pela qual autoridades de nível inferior ao de Chefe do Executivo, sejam de qualquer escalão de comandos que forem, dirigem-se a seus subordinados, transmitindo decisões de efeito interno, quer com relação ao andamento das atividades que lhes são afetas, quer com relação à vida funcional de servidores, ou, até mesmo, por via delas, abrem-se inquéritos, sindicâncias, processos administrativos" (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio, “Curso de Direito Administrativo", 15ª ed., São Paulo, Malheiros, 2003, p. 403).

    Ademais, trata-se de portaria qualificada pelo fato de ser produzida por 02 (dois) órgãos públicos, caracterizando uma PORTARIA CONJUNTA.

    Passemos à análise das opções que trazem diversas classificações dos atos administrativos

    OPÇÃO A: ATO NORMATIVO: é o ato administrativo que contém comando geral do Poder Executivo, visando à correta aplicação da lei;

    ATO COMPOSTO: é o ato administrativo que resulta da vontade única de um único órgão e que, para se tornar exeqüível, carece de verificação por parte de outro órgão;

    ATO GERAL: é o ato administrativo expedido para destinatários indeterminados, com fins normativos, alcançando todos os sujeitos que se encontram na mesma situação de fato;

    OPÇÃO B: ATO EXTERNO: possui amplo alcance, alvejando não só os administrados, como também os contratantes e, em algumas hipóteses, até mesmo os servidores, regulando direitos, obrigações, negócios ou condutas perante a Administração Pública;

    ATO SIMPLES: é o ato administrativo que resulta da manifestação de vontade de um único órgão da Administração Pública, seja unipessoal ou colegiado. A presente Portaria Conjunta não se adequa a essa categoria de ato;

    ATO ORDINATÓRIO: é o ato administrativo que objetiva disciplinar o funcionamento da Administração Pública, bem como a conduta funcional de seus agentes;

    OPÇÃO C: ATO IMPERATIVO: é o ato administrativo praticado pela Administração Pública no exercício da supremacia do interesse público sobre o interesse dos administrados ou sobre os servidores, impondo-lhes o obrigatório atendimento;

    ATO PUNITIVO: é o ato administrativo que contém uma sanção imposta pela Administração Pública no exercício de seu Poder Disciplinar, diante de infração administrativa ou conduta irregular de seus servidores ou de particulares perante aquela.

    ATO DE GESTÃO: é todo ato administrativo praticado pela Administração Pública sem a utilização de sua supremacia sobre os administrados e servidores;

    OPÇÃO D: ATO INTERNO: é destinado a produzir efeitos dentro das repartições administrativas, tão-somente, no presente caso, a Câmara Municipal e a Secretaria Municipal de Fazenda;

    ATO COMPLEXO: nele, as vontades dos dois órgãos se fundem para a prática de um só ato, como é o caso da Portaria Conjunta citada no enunciado desta questão;

    ATO AUTOEXECUTÁVEL: trata-se de ato administrativo que é praticado com a dispensa de prévia autorização ou de intervenção do Poder Judiciário.

    Verifica-se que a Portaria Conjunta possui todas as qualificações expostas na opção D: é ato administrativo interno, complexo e autoexecutável, nos termos acima comentados.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.

  • Nunca ouvi falar que a autoexecutoriedade é uma classificação possível dos atos administrativos. Pelo que sei, se trata, na verdade, de um atributo (qualidade) presente em quase todos eles.


    Fui mais por eliminação, já que não poderia ser um ato composto, apesar de ser normativo e geral.


    Tinha tudo pra ser uma boa questão, mas...


  • OPÇÃO C: ATO IMPERATIVO: é o ato administrativo praticado pela Administração Pública no exercício da supremacia do interesse público sobre o interesse dos administrados ou sobre os servidores, impondo-lhes o obrigatório atendimento;

    ATO PUNITIVO: é o ato administrativo que contém uma sanção imposta pela Administração Pública no exercício de seu Poder Disciplinar, diante de infração administrativa ou conduta irregular de seus servidores ou de particulares perante aquela.

    ATO DE GESTÃO: é todo ato administrativo praticado pela Administração Pública sem a utilização de sua supremacia sobre os administrados e servidores;

    OPÇÃO D: ATO INTERNO: é destinado a produzir efeitos dentro das repartições administrativas, tão-somente, no presente caso, a Câmara Municipal e a Secretaria Municipal de Fazenda;

    ATO COMPLEXO: nele, as vontades dos dois órgãos se fundem para a prática de um só ato, como é o caso da Portaria Conjunta citada no enunciado desta questão;

    ATO AUTOEXECUTÁVEL: trata-se de ato administrativo que é praticado com a dispensa de prévia autorização ou de intervenção do Poder Judiciário.

    Verifica-se que a Portaria Conjunta possui todas as qualificações expostas na opção D: é ato administrativo interno, complexo e autoexecutável, nos termos acima comentados.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.


ID
2616739
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Em relação às empresas estatais, analise as afirmativas a seguir.

I. Os empregados das empresas públicas municipais independentes sujeitam-se a teto constitucional.

II. A sociedade de economia mista pode se estruturar como sociedade anônima ou por cotas.

III. A criação de subsidiárias das empresas públicas depende de autorização legislativa.

IV. Os Municípios podem participar de empresas privadas até o limite máximo de um terço do capital.

Assinale a alternativa que aponta a quantidade de afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • letra a

    I- As empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem ao limite remuneratório constitucional de pagamento dos seus empregados, salvo se elas forem consideras empresa estatal dependente. (fonte: https://gladstonbatalha.jusbrasil.com.br/artigos/224165429/o-teto-remuneratorio-se-aplica-aos-empregados-das-empresas-estatais)

     

    II- Sociedade de Economia Mista é a entidade com personalidade jurídica de Direito Privado, integrante da Administração Indireta, instituída pelo Poder Público, mediante autorização legislativa específica, revestindo-se sob a forma de sociedade anônima e com controle acionário do Poder Público, para exploração de atividades econômicas ou execução de serviços públicos.

    CF Art. 37 XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação


    Del 200 Art. 5 III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta

     

    III- L 13.303. Art. 2°, § 2°: Depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de empresa pública e de sociedade de economia mista, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, cujo objeto social deve estar relacionado ao da investidora, nos termos do inciso XX do art. 37 da Constituição Federal.

    Q92784 - A criação de subsidiárias de empresa pública e de sociedade de economia mista, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, depende de autorização legislativa. certa

     

    IV - LEI No 11.079, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004.

    Art. 16.  Ficam a União, seus fundos especiais, suas autarquias, suas fundações públicas e suas empresas estatais dependentes autorizadas a participar, no limite global de R$ 6.000.000.000,00 (seis bilhões de reais), em Fundo Garantidor de Parcerias Público-Privadas - FGP que terá por finalidade prestar garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelos parceiros públicos federais, distritais, estaduais ou municipais em virtude das parcerias de que trata esta Lei.    
     

  • LETRA A

    I. Os empregados das empresas públicas municipais independentes sujeitam-se a teto constitucional. ( FALSO)

    Primeiro ponto: o que são empresas públicas independentes?  A Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00) apresenta o conceito, a dispor que a empresa estatal dependente é a "empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso, aqueles provenientes de aumento de participação acionária." (art. 2º, inciso III, LRF)

    Logo, se a empresa dependente é a que recebe do ente controlador recursos financeiros, a empresa independente é aquela que não recebe recursos financeiros para as susomencionadas finalidades.

    Assim, passamos al eitura do art. 37, §9º, da Constituição Federal, segundo o qual "o disposto no inciso XI ( o TETO) aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (dependentes) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    Com efeito, alternativa FALSA.

    II. A sociedade de economia mista pode se estruturar como sociedade anônima ou por cotas.

    Conforme art. 4º da Lei 13.303/2016, sociedade de economia msita é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma e sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.

    Logo, a forma de organização societária é de sociedade anônima. 

    Conforme art. 1º da Lei 6404/76 (Lei das Sociedades Anônimas):

    Art. 1º A companhia ou sociedade anônima terá o capital dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas.

    FALSO.

    III. A criação de subsidiárias das empresas públicas depende de autorização legislativa. Verdadeiro.

    A Lei 13.303/2016 prevê tal obrigação, em seu art. 2º, §2º, ao dispor que depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias de empresa pública e de sociedade de economia mista. A autorização legal deve indicar, de forma clara, relevante interesse coletivo ou imperativo de segurança nacional, nos termos do caput do art. 173 da C.F.

    IV. Os Municípios podem participar de empresas privadas até o limite máximo de um terço do capital. ( parece inexistir a limitação legal, como bem salientou a colega- FALSO)

     

  • Gabarito: Letra A.

    Das estatais, apenas as dependentes que se sujeitam ao teto constitucional.

  • Letra A. 

    III. A criação de subsidiárias das empresas públicas depende de autorização legislativa.

  • I. Os empregados das empresas públicas municipais independentes sujeitam-se a teto constitucional.

    (Errado)

    Se são independentes, não se sujeitam ao teto constitucional.

     

     

    II. A sociedade de economia mista pode se estruturar como sociedade anônima ou por cotas.

    (Errado)

    Só na forma de S/A (Sociedade Anônima)

     

     

    III. A criação de subsidiárias das empresas públicas depende de autorização legislativa.

    (Correto)

     

     

    IV. Os Municípios podem participar de empresas privadas até o limite máximo de um terço do capital.

    (Errado)

    Não há um limite fixo.

     

     

     

    Calma, calma! Eu estou aqui!

  • @Cristiano Ronaldo, quanto a alternativa D, há um limite sim, tem que ser menos que 50%.

  • Esse tipo de questão tinha sido proibido.... tem que indicar a letra da alternativa e não apenas o número de questões corretas.. o concurso da Magistratura do TRT 3 em 2015 foi anulado por isso, além de outros problemas.
  • Rodrigo Silveira,

    Sabe onde está isto na Lei (50%) para que eu possa anotar no caderno?

     

    Abraços!

  • A presente questão trata das empresas estatais e elenca afirmativas para que seja feito o exame da veracidade de cada uma delas.

     A resposta desta indagação será a opção que contiver o exato número de afirmativas corretas.

    Passemos então à análise de cada afirmativa.

    AFIRMATIVA I: As empresas públicas independentes são aquelas que não recebem do ente controlador recursos financeiros para pagamento de despesas com pessoal (art. 2º, inciso III, da Lei Complementar nº 101/00, a contrario sensu). O teto remuneratório constitucional encontra-se previsto no inciso XI do art. 37 e, nos termos do § 9º do mesmo art. 37 da CRFB, só se aplica às empresas públicas municipais dependentes, verbis:

    “Art. 37. (...)

    § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral."


    Sendo assim, esta alternativa I está INCORRETA;

    AFIRMATIVA II: A forma organizacional das sociedades de economia mista é sempre de sociedade anônima, tão-somente, com base no inciso III do art. 5º do Decreto-lei nº 200/67, não podendo ser adotado o modelo de sociedade por cotas. Esta afirmativa está INCORRETA;

    AFIRMATIVA III: Esta afirmativa está CORRETA, pois corresponde aos disposto nos incisos XIX e XX do art. 37 da CRFB. Vale conferir, verbis:

    “Art. 37. (...).

    XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (negritei).

     XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
    " (negritei).

    AFIRMATIVA IV: É FALSA esta afirmativa. Empresa privada é aquela que não se encontra no poder do Estado, possuindo seu dono/criador todos os direitos sobre ela, em oposição às empresas estatais.

    A denominada, pela doutrina, “empresa público-privada" é aquela sociedade comercial privada com participação estatal minoritária. Tal participação não encontra limites no ordenamento jurídico-privado, sendo dedicado a essa empresas o mesmo tratamento dado às empresas privadas sem qualquer participação estatal.

    Sendo assim, como somente a afirmativa III está correta, o número de afirmativas corretas é de 01 (UMA) e a alternativa certa é a Opção A.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.

  • Vale reassaltar que :

    1 - Apesar dos empregados da EP não se sujeitarem ao teto, pois não recebem ajuda para a despesa.

    Art 37 - § 9º O disposto no inciso XI(teto) aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

     

    2- ELES estão sujeitos a vedação da acumulação de cargo.

    ART. 37 da CF/88 - XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 34, de 2001)

    XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

  • Gabarito A, nunca ouvi falar por cotas sociedade de economia mista. É por sociedade anônima.


ID
2616742
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Considere um ato administrativo discricionário, cuja escolha de oportunidade e conveniência tenha exorbitado dos limites da razoabilidade. A anulação do referido ato pelo Poder Judiciário decorre da teoria do

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    Nesse aspecto, é pertinente apontar a crítica veemente de Marçal Justen Filho[1], que considera inadequado mencionar finalidade no singular, pois um ato administrativo pode apresentar inúmeras manifestações do interesse público. Referido jurista, após criticar a abstração da doutrina administrativista sobre o tema, discrimina critérios para verificar “as finalidades” de cada ato administrativo:

     

    "Quando exercita uma função estatal, o agente promove a concretização do ordenamento jurídico em seu conjunto. Logo, existem inúmeras finalidades a serem realizadas. É indispensável identificar essas finalidades contempladas de modo teórico no ordenamento jurídico. Depois, cabe produzir uma conjugação entre as diversas finalidades, tendo em vista o princípio da proporcionalidade. É dever do administrador público expor à vista da comunidade a concepção que adota como finalidade dos atos administrativos que pratica."

     

    Esses são os pilares que elucidam a teoria do desvio de poder ou do desvio de finalidade, segundo a qual a realização de finalidade estranha à prevista pelo ordenamento jurídico para o ato administrativo resulta na invalidade do ato.

     

    Fonte: https://jus.com.br/artigos/32723/a-objetivacao-da-teoria-do-desvio-de-finalidade#_ftn1

  • Desvio de finalidade: quando o ato exorbita a finalidade ou passa dos limites da razoabilidade. Ex: remover um servidor para determinado local por motivos pessoais.

    Desvio ou vício de competência: quando o que extrapola é a competência de quem praticou o ato. Ex: algum servidor decidir recursos administrativos, sem ter a competência para tal ato.

    Gab: B.

  • Desvio de finalidade: quando o ato exorbita a finalidade ou passa dos limites da razoabilidade.  letra B

  • GALERA, 

    O DESVIO DE FINALIDADE É LIGADO À LEGALIDADE DO ATO, PORTANTO, O JUDICIÁRIO PODE ENTRAR NO "BOLO". CONTUDO SE ESTE ATO FOSSE APENAS DE MÉRITO (CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE) NÃO CABERIA A INTERFERÊNCIA DO JUDICIÁRIO. 

    CAPICHE?!

    QUAISQUER ERROS MEUS É SÓ COMENTAR.

  • O ato administrativo era discricionário, mas a escolha de oportunidade e conveniência exorbitou  dos limites da razoabilidade,

    SE TORNANDO ILEGAL / ILEGÍTIMO / INVÁLIDO

    LOGO, O JUD. PODE ANULÁ-LO POR VÍCIO DE LEGALIDADE (ABUSO DE PODER), VISTO QUE OCORREU DESVIO DE PODER ou

    DESVIO DE FINALIDADE. 

    TRATA-SE DE CONTROLE DE LEGALIDADE E NÃO DE MÉRITO!

  • a) motivo inexistente. ERRADO pois a questão fala que o ato fui nulo por violação do princípio da razoabilidade. Entendo que existiu motivo mas a aplicação da pena exorbitou os limites.

     

     b) desvio de finalidade. CERTO pois se o poder judiciário pode anular é porque houve violação de princípio, que, ao meu ver, provavelmente por desvio de finalidade, onde o agente aplicou uma pena por interesses particulares, caracterizando desvio de poder.

     

     c) vício de competência. ERRADO. Pode ser anulado ou deve ser anulado no caso de competência exclusiva, porém a questão diz que é passível de anulação por causa de violação de princípio.

     

     d) formalismo moderado. ERRADO pois o princípio do formalismo moderado reflete o princípio da igualdade, na medida em que propicia que qualquer pessoa, mesmo com conhecimentos limitados, possa ter seus atos recebidos pela Administração Pública.

  • Eu acho que cabe anulação da questão, pois não vejo ilegalidade quando se ultrapassa os limites da razoabilidade, eis que isso é muito subjetivo a meu ver.

     

    O que é razoável?

     

    Noutro vértice, realmente, se ofender a legalidade, pode o Judiciário intervir.

  • Assim como os atos admistrativos vinculados, os atos administrativos discricionários são passíveis de controle pelo Poder Judiciário; porém a esfera de controle nestes é menor do que naqueles, tendo em vista que o Poder Judiciário não pode adentrar na esfera do mérito administrativo. No entanto, o Poder Judiciário pode analisar a legalidade e a legitimidade dos atos discricionários no que tange a sua adequação ao ordenamento jurídico, que se consubstancia nas leis e nos príncipios que regem a atuação da administração pública. Assim, quando um ato administrativo, ainda que discricionário, for praticado sem a observância do ordenamento jurídico não atenderá ao interesso público, logo será praticado  com desvio de finalidade.

     

    bons estudos!

  • Gabarito errado. Discricionariedade é a liberdade de ação administrativa, dentro dos limites permitidos em lei. Quando o agente atua fora dos limites de sua competência, há vício no requisito de competência do ato administrativo. O enunciado não tem dados suficientes para concluir pelo desvio de finalidade. Não aceitemos passivamente o que nos é imposto, as bancas também erram. 

    Humildemente,

  • Para chegarmos a resposta da questão a alternativa "B", temos que ter em mente o seguinte:


    Primeiramente devemos sempre nos lembrar que aquele que agiu com desvio de finalidade ou de poder, nos remete a um vício quanto à finalidade prevista em lei.

     

    Um bom exemplo disso é o mandado de segurança, previsto no artigo 5°, inciso LXIX, da CB/88, vez que é cabível sua concessão contra uma ilegalidade ou abuso de poder (abuso de poder = é o uso do poder além dos seus limites).

     

    Quando alguém age com desvirtuamento da finalidade legal, pode ser censurado pelas vias constitucionais do mandado de segurança.

     

    No enunciado da questão diz que "[...] exorbitado dos limites da razoabilidade [...]", se exorbitou/superou/foi além do razoável, utilizou do poder além dos limites, desviando da finalidade prevista em lei, logo, pode-se impetrar um mandado de segurança a ser apreciado pelo órgão judicante.

     

    **Só abrindo um parênteses importante que: a autoridade que pratica tal ato administrativo, o faz dentro de sua competência, ou seja, a autoridade é competente para praticar tal ato com abuso ou excesso de poder ou exorbita a razoabilidade.

     

    Espero ter colaborado.

     

    Bons estudos.

     
  • Muito explicativo e prático seu comentário J P.

    Parabéns 

  • Para mim, a questão é passível de anualação, pois houve ABUSO DE PODER na modalidade EXCESSO DE PODER. Não é demais lembrar que o EXCESSO DE PODER é vício de COMPETETÊNCIA e não de FINALIDADE.
  • Somando aos colegas:

    Ano: 2018  Banca: CESPE  Órgão: IPHAN  Prova: Auxiliar Institucional - Área 1

    Julgue o item subsecutivo, a respeito dos poderes da administração pública. 

    O ato administrativo discricionário não é passível de controle judicial. 

    ()certo (x) Errado

    É possível a supervisão do judiciário quanto ao mérito do ato administrativo

    quando se trata de questões como:

    I) Razoabilidade e Discricionariedade

    II) Desvio de finalidade (lei)

    III) Pela teoria dos motivos determinantes.

    #Manualdodireitoadminsitrativo..

  • A presente questão trata da anulação de ato administrativo e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta.

     Um ato administrativo submetido à competência discricionária pode não somente ser revogado pela Administração Pública que o produziu, como também pode ser anulado pela mesma como pelo Poder Judiciário. A anulação do ato se dá em razão da existência de vícios de ilegalidade nos seus 05 (cinco) elementos, quais sejam, a COMPETÊNCIA, a FORMA, a FINALIDADE, o MOTIVO e o OBJETO. Tais vícios que os atingem são citados e conceituados no art. 2º, caput e seu parágrafo único, da Lei nº  4717/65, a qual regula a Ação Popular.

    Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: MOTIVO INEXISTENTE: constitui vício de invalidade do ato administrativo onde é materialmente comprovado que ele não decorreu de fato. O fundamento que enseja a prática do ato é falso. Possui previsão legal, em sede de ação popular, na alínea “d", do Parágrafo Único do art. 2º da Lei nº 4717/65, a seguir reproduzido, verbis:

    “Art. 2º (...)

     Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

    (...)

    d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;"


    OPÇÃO B: DESVIO DE FINALIDADE: ocorre “quando o agente se serve de um ato para satisfazer finalidade alheia à natureza do ato utilizado" (BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio, “Curso de Direito Administrativo", 15ª Ed. São Paulo, Malheiros, 2003, p. 371).

    Também encontra previsão legal expresso na Lei nº 4717/65, na alínea “e", do Parágrafo Único do seu art. 2º, verbis:

    “Art. 2º (...)

     Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

    (...)

     e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência."


    OPÇÃO C: VÍCIO DE COMPETÊNCIA: ocorre quando o ato administrativo é praticado por aquele que não possui atribuição legal para tal. Basicamente, há vício de competência na usurpação de função, excesso de poder ou no exercício de “função de fato".  A Lei nº 4717/65, na alínea “a", do Parágrafo Único do seu art. 2º, conceitua a incompetência administrativa assim, verbis:

    “Art. 2º (...)

     Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:

    (...)

    a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;"


    OPÇÃO D: FORMALISMO MODERADO: é o princípio orientador do processo administrativo disciplinar, que prevê ritos e formas simplificadas e suficientes para se alcançar um grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos sujeitos envolvidos naquele processo. Encontra fundamento legal no art. 2º, parágrafo único, incisos VIII e IX, da Lei nº 8112/90 e no art. 22 da Lei nº 9784/99.

    Na hipótese narrada no enunciado desta questão, tem-se que determinado ato discricionário exorbitou da razoabilidade exigida de todo ato, afastando-se, por consequência, de sua finalidade que é satisfazer o interesse público. Sendo assim, conclui-se que ocorreu verdadeiro desvio de finalidade no ato a ensejar sua anulação, estando correta, portanto, a Opção B.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.


  • Quando o agente público exorbita do poder, ele automaticamente se desvia da finalidade. Logo, ele comete um desvio de finalidade pra alcançar fins próprios almejados.

  • Quando o agente público exorbita do poder, ele automaticamente se desvia da finalidade. Logo, ele comete um desvio de finalidade pra alcançar fins próprios almejados.


ID
2616745
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Sobre a desapropriação, analise as afirmativas a seguir.
I. É forma originária de aquisição da propriedade.
II. Decorre do poder administrativo disciplinar.
III. Pode se dar por razões de interesse social.
IV. É espécie de requisição administrativa.
V. É direito real assim como as ocupações temporárias.
Assinale a alternativa que aponta a quantidade de afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA LETRA B

    I. correta

    II. não decorre do poder disciplinar (acredito que seja do poder de polícia)

    III. correta: Compete à União expropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão.

    IV. requisição é uma modalidade de intervenção na propriedade: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    V. é direito real, mas as ocupações temporárias não são.

  •  intervenção restritiva: a servidão administrativa,  requisição,  ocupação temporária,  limitações administrativas e  tombamento.

     

    servidão administrativa - direito real público que autoriza o poder público a usar propriedade imóvel para permitir a execução de obras e serviços de interesse coletivo - decorre do exercício do poder de polícia do Estado.

    fundamenta-se no princípio da supremacia do interesse público sobre o privado e na função social da propriedade

    princípios: o da perpetuidade,  não se presume; o da indivisibilidade

    a) a natureza jurídica é de direito real;
    b) incide sobre bem imóvel;
    c) tem caráter de definitividade;
    d) a indenização é prévia e condicionada (pois depende da comprovação do prejuízo);

    e) inexistência de autoexecutoriedade: só se constitui através de acordo ou decisão judicial

     

    requisição
    a) é direito pessoal da Administração (a servidão é direito real);
    b) seu pressuposto é o perigo público iminente (na servidão não existe essa exigência)

    c) incide sobre bens imóveis, móveis e serviços (a servidão só incide sobre bens imóveis);
    d) caracteriza-se pela transitoriedade (a servidão tem caráter de definitividade);
    e) a indenização, se houver, é ulterior se houver dano (na servidão, a indenização, embora também condicionada, é prévia).

     

    ocupação temporária:
    a) cuida-se de direito de caráter não real  (igual à requisição);
    b) só incide sobre a propriedade imóvel (neste ponto, é igual à servidão);
    c) tem caráter de transitoriedade (o mesmo que a requisição)
    d) a situação constitutiva da ocupação é a necessidade de realização de obras e serviços públicos normais (a mesma situação que a servidão)

    e) indenizibilidade varia de acordo com a modalidade de ocupação: se for vinculada à desapropriação, haverá dever indenizatório; se não for, inexistirá o dever de indenizar, a não ser que haja prejuízos para o proprietário (requisição e servidão podem ou não ser indenizáveis).

     

    limitação administrativa:


    a) são atos legislativos ou administrativos de caráter geral (todas as demais formas interventivas são atos singulares - indivíduos determinados);
    b) têm caráter de definitividade (igual ao das servidões)
    c) o motivo das limitações administrativas é constituído pelos interesses públicos abstratos

    (nas demais formas interventivas, o motivo é sempre a execução de obras e serviços públicos);
    d) ausência de indenizabilidade (nas outras formas, pode ocorrer indenização quando há prejuízo para o proprietário)

     

    tombamento

    intervenção parcial na propriedade, pois impede o particular de exercer todos os direitos inerentes ao domínio do imóvel, uma vez que ficará obrigado a conservar as características do bem, em defesa da preservação dos bens de valor cultural, histórico, arqueológico, artístico, turístico e paisagístico.

     


     intervenção supressiva  = desapropriação.

    a competência executória  alcança  entidades da adm direta e indireta e os delegatários de serviços públicos (concessionárias e permissionárias).

  • Um complemento sobre o II:

    > Poder disciplinar é aquele que permite a sanção de infrações disciplinares de servidores públicos. Não é o contexto da questão.

    > Poder de polícia é para restringir direitos e bens de particulares. As modalidades de intervenção do Estado na propriedade, salvo a desapropriação, são fundamentados pelo poder de polícia, pois continuam sendo bens do particular, porém com limitações. Afasta-se poder de polícia como fundamento da desapropriação por ser uma retirada da propriedade, logo não há restrição, há perda integral de um direito.

  • Gabarito: B

    Comentários:

    I. CERTO! É uma forma originária de aquisição de propriedade, pois o fato jurídico que enseja a transferência de propriedade, não tem relação com qualquer outro título jurídico de que seja titular o anterior proprietário. A vontade do Estado é suficiente para a desapropriação sem qualquer vontade do proprietário ou qualquer outro titular.

    II. ERRADO! não decorre do poder disciplinar. O poder disciplinar é um PODER-DEVER (prerrogativa + função). O superior deve, de ofício, apurar as infrações de seus subordinados e aplicar a punição quando cabível

    III. CERTO! Art. 5, XXIV, da CR - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;

    IV. ERRADO! requisição é uma modalidade de intervenção na propriedade: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

    V. ERRADO! A desapropriação é direito real, mas as ocupações temporárias não são.

     
  • Complementando o item II:

    A desapropriação, assim como as interdições, requisições, etc, decorrem do PODER DE IMPÉRIO do Estado; ou seja, do poder de impor ao particular, independente de sua anuência, obrigações. Tal também é conhecido como PODER EXTROVERSO.

    Difere do poder disciplinar porque este último exige um VÍNCULO ESPECIAL entre o estado e o particular, o que não é o caso da desapropriação.

    Para corroborar o acima explanado:

    O Poder de Polícia é um instrumento posto a disposição da Administração Pública para que está para intervir de modo coativo sobre os cidadãos, administrados do Estado. Assim, vem a ser uma faculdade representada pelo Poder de Império que o Estado possui, constituindo-se conforme explanado por Hely Lopes Meirelles (2012:131).

    Os atos de império são aqueles que a Administração impõe coercitivamente aos administrados. Tais atos não são de obediência facultativa pelo particular. São praticados pela Administração ex officio, ou seja, sem que hajam sido requeridos ou solicitados pelo administrado. São exemplos de atos de império os procedimentos de desapropriação, de interdição de atividade, de apreensão de mercadorias, etc.

    Fontes:

    https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2041685/o-que-sao-atos-de-imperio-de-gestao-e-de-expediente-no-direito-administrativo-marcelo-alonso

    https://rmonjardim.jusbrasil.com.br/artigos/189932643/da-administracao-publica-e-do-poder-de-policia

     

  • I. Verdadeiro. De fato, a desapropriação é forma originária de aquisição da propriedade. Cumpre registrar que a desapropriação é forma originária de incorporação de bem imóvel, ao patrimônio público, cuja transferência ocorre, simultaneamente, ao adimplemento do valor indenizatório, por força de disposição constitucional. Não se vislumbra, dentro da esfera da desapropriação, uma relação de continuidade entre a situação jurídica pretérita do imóvel expropriado e sua situação jurídica posterior, não havendo que se falar em relação negocial entre o proprietário e o adquirente.

     

    II. Falso. Não há lastreamento do poder disciplinar na desapropriação. É importante lembrarmos que o poder disciplinar administrativo impõe à Administração o dever de averiguar possíveis infrações cometidas pelos agentes públicos (ou particulares que mantenham com a Administração uma relação jurídica especial) e de penalizá-los, quando necessário.

     

    III. Verdadeiro. Dispõe a CF que a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos constitucionalmente (art. 05º, XXIV da CF). 

     

    IV. Falso. A desapropriação não é espécie de requisição administrativa. Ambas são espécies de intervenção do Estado na propriedade privada. Contudo, ao passo que a desapropriação é definitiva, a requisição é excepcional, própria de situações de perigo público iminente, onde o Estado utiliza-se de bens particulares para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias. Vide art. 05º, XXV da CF.

     

    V. Falso. De fato, a natureza jurídica da ação de desapropriação é de direito real, porque fundada sobre o direito de propriedade. Contudo, a ocupação temporária, ou provisória, é desprovida de natureza real, sendo de cunho, exclusivamente, obrigacional.

     

    Corretas as assertivas I e III. Portanto, duas assertivas se apresentam corretas.

     

     

    Resposta: letra B.

     

    Bons estudos! :)

  • Amanda Queiroz sempre com comentários de grande utilidade e conteúdo. Obrigado!

  • A presente questão trata da desapropriação e elenca afirmativas para que seja feito o exame da veracidade de cada uma delas.

     A resposta desta indagação será a opção que contiver o exato número de afirmativas corretas.

    Passemos então à análise de cada afirmativa.

    AFIRMATIVA I: De fato, quando se dá a desapropriação de um bem, não há qualquer nexo de causalidade entre a situação jurídica anterior e a atual. Há uma “libertação" da propriedade do bem de todos os seus vínculos do passado, desatrelando-se de qualquer título ou oneração pretérita. A propriedade do bem é transferida para o Estado livre de qualquer ônus. Está CORRETA esta afirmativa;

    AFIRMATIVA II: A efetivação da desapropriação decorre do exercício do poder de polícia e não do poder disciplinar, o qual se dirige exclusivamente aos servidores públicos. Fundamenta-se notadamente na supremacia do interesse público sobre o interesse privado. Esta afirmativa está INCORRETA;

    AFIRMATIVA III: Desde a Constituição de 1946, o interesse social é um dos pressupostos que enseja a realização de desapropriação pelo Poder Público, tendo sido , inclusive, promulgada, em 1962, a Lei nº 4132. Atualmente, na Constituição de 1988, a desapropriação por interesse social é prevista no inciso XXIV do art. 5º, a seguir reproduzido, verbis:

    “Art. 5º. (...).

    XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição;"


    Portanto, esta afirmativa está CORRETA;

    AFIRMATIVA IV: Está INCORRETA esta afirmativa. Ao contrário da desapropriação, a requisição administrativa possui um caráter transitório e exige uma situação excepcional de iminente perigo público para ser efetivada, nos termos do inciso XXV do art. 5º da CRFB, a seguir reproduzido, verbis:

    “Art. 5º. (...).

    XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;"

    Ademais, na requisição, a indenização a ser paga é posterior e exige a ocorrência de dano, ao passo que, na desapropriação, ela deve ser prévia. Sendo assim, a desapropriação não é espécie de requisição. Ambas são espécies de intervenção do Estado no direito de propriedade;

    AFIRMATIVA V: Nem a desapropriação, nem a ocupação temporária são consideradas direito real, mas direito pessoal da Administração Pública. Está INCORRETA esta afirmativa.

    Portanto, como estão corretas as afirmativas I e III, o número de afirmativas corretas é de 02 (DUAS) e a alternativa certa é a Opção B.

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA B.


  • Pelo CC a desapropriação é caso de perda de propriedade e não de aquisição.



    Art. 1.275. Além das causas consideradas neste Código, perde-se a propriedade:


    V - por desapropriação.



  • DÚVIDA:

    Estão falando que a desapropriação é direito real, todavia o comentário do professor do QC fala que é direito pessoal, assim como a ocupação temporária:

    "AFIRMATIVA V: Nem a desapropriação, nem a ocupação temporária são consideradas direito real, mas direito pessoal da Administração Pública. Está INCORRETA esta afirmativa."

    Agora fiquei na dúvida em quem devo confiar. hahaha

  • Comentário do professor: AFIRMATIVA V: Nem a desapropriação, nem a ocupação temporária são consideradas direito real, mas direito pessoal da Administração Pública. Está INCORRETA esta afirmativa.

    Leiam os comentários dos colegas com ressalvas!!! Especialmente quanto ao conceito de desapropriação:

    Matheus Carvalho: A desapropriação é procedimento por meio do qual o ente público determina a retirada 

    de bem privado do seu proprietário, para que esse faça parte do patrimônio público, (...)

    Carvalho Filho: A natureza da desapropriação, como já antecipamos, é a de procedimento administrativo e,

    quase sempre, também judicial. Procedimento é um conjunto de atos e atividades, devidamente formalizados e produzidos com sequência, com vistas a ser alcançado determinado objetivo.

    Di Pietro: A desapropriação é o procedimento administrativo pelo qual o Poder Público ou seus delegados, mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização.

    Ademais o art. 1.225 do Código Civil NÃO INCLUI DESAPROPRIAÇÃO COMO DIREITO REAL!

    O procedimento tem como objeto um direito real (propriedade), mas não é um direito real.

  • Formas de intervenção do estado na propriedade privada

    Intervenção supressiva

    O estado transfere, coercitivamente, para si a propriedade de terceiro, em nome do interesse público.

    Apenas na modalidade desapropriação

    Intervenção restritiva

    O Estado impõe restrições e condições ao uso da propriedade sem retirá-la de seu dono.

    Ocorre na modalidade limitação administrativa, requisição administrativa, servidão administrativa, tombamento e ocupação temporária.

    1 - Desapropriação

    Desapropriação comum

    Art 5 CF XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição

    Desapropriação especial urbana

    Art. 182. CF § 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

    Desapropriação especial rural

    Art. 184. CF Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.

    Desapropriação confisco

    Art. 243. CF As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.

    2 - Limitação administrativa

    É uma determinação geral, pela qual o Poder Público impõe a proprietários indeterminados obrigações de fazer ou de não fazer, com o fim de garantir que a propriedade atenda a sua função social

    3 - Servidão administrativa

    Direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em face de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública

    4 - Requisição administrativa

    Art 5 CF XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano

    5 - Tombamento

    O tombamento pode ser definido como o procedimento administrativo pelo qual o poder público sujeita a restrições parciais os bens qualquer natureza cuja conservação seja de interesse público, por sua vinculação a fatos memoráveis da história ou por seu valor arqueológico ou etnológico, bibliográfico ou artístico

    6 - Ocupação temporária

    É a forma de intervenção pela qual o Poder Público usa transitoriamente imóveis privados, como meio de apoio à execução de obras e serviços públicos.


ID
2616748
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Quanto ao tema consórcios públicos, o instrumento que estabelece as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos denomina-se contrato de:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: "D"

    LEI 11.107/2005:

    Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por CONTRATO DE PROGRAMA, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.

  • contrato de rateio: contrato por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a fornecer recursos financeiros para a realização das despesas do consórcio público;

     

    gestão associada de serviços públicos: exercício das atividades de planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de consórcio público ou de convênio de cooperação entre entes federados, acompanhadas ou não da prestação de serviços públicos ou da transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos

     

    termo de parceria: instrumento passível de ser firmado entre consórcio público e entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, destinado à formação de vínculo de cooperação entre as partes para o fomento e a execução de atividades de interesse público previstas no art. 3o da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999

     

    contrato de programa: instrumento pelo qual devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com outro ente da Federação, ou para com consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa;

  • Para memorizar: PRO RA PRO

    Protocolo de intenções: finalidade;

    Rateio: repasses;

    Programa: obrigações.

    Gabarito: D

  • CONTRATO DE PROGRAMA : Segundo o decreto nº 6.107/2007  o "contrato de programa" é o instrumento pelo qual devem ser constituidas e reguladas as obrigações que um ente da federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com o outro ente da federação, ou para com o consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa. 

    * Em que haja prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos*

  • Alternativa Correta: Letra D

     

     

    Lei 11.107/05

     

     

     

      Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.

  • A presente questão trata dos consórcios públicos e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta.

     O CONSÓRCIO PÚBLICO é o acordo de vontades entre duas ou mais pessoas jurídicas de direito público da mesma natureza e mesmo nível de governo ou entre entes da administração indireta para atingir objetivos comuns.

    A Opção D menciona a resposta para esta questão. Nos exatos termos do art. 13 da Lei nº 11.107/05, a qual regula os consórcios públicos, o instrumento adequado para veicular todo o conteúdo exigido pela lei e que é reproduzido no enunciado desta questão é o contrato de PROGRAMA.

    Vale conferir o dispositivo legal pertinente, verbis:

    “Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos."


    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.


  • GB D-     Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.

    OBS: Segundo o Decreto nº 6.107/2007 o "contrato de programa" é o instrumento pelo qual devem ser constituídas e reguladas as obrigações que um ente da federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com o outro ente da federação, ou para com o consórcio público, no âmbito da prestação de serviços públicos por meio de cooperação federativa

  • Mais uma para a estatística


ID
2616751
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

Considerando as regras de seguridade social do servidor, vigentes até a EC nº 88/2015, uma servidora pública efetiva da Câmara Municipal que conta dez anos de serviço público, que possui mais de 5 anos de exercício no cargo efetivo, conta em 2018 com 28 anos totais de tempo de contribuição e 54 anos de idade, poderá se aposentar voluntariamente a partir do ano de

Alternativas
Comentários
  • Resumo sobre aposentadoria que vi aqui no QC:

     

    Para que o servidor do regime previdenciário próprio possa requerer a aposentadoria voluntária, deverá ter, no mínimo10 anos de serviço público. E comprovar, no mínimo5 anos de atividade no cargo em que se dará a aposentadoria.

     

    Também é preciso observar os seguintes critérios para a aposentadoria voluntária do servidor público no regime próprio:

     

    I - Aposentadoria INTEGRAL: Homem, 60 anos de idade e 35 de contribuição; Mulher, 55 anos de idade e 30 anos de contribuição;

     

    II - Aposentadoria PROPORCIONAL ao tempo de contribuição: Homem 65 anos de idade, Mulher 60 anos de idade; Obs: Nessa hipótese não existe tempo mínimo de contribuição, pois é o tempo de contribuição que fixará o valor dos proventos.

     

     

    OBS: Art. 40, §5, CF - Reduz em 5 anos os requisitos de idade e tempo de contribuição para aposentadoria voluntária e integral dos professores que EXCLUSIVAMENTE tenha atuado no magistério INFANTIL, ensino FUNDAMENTAL e MÉDIO.

     

    Como resolver a questão: Trata-se de uma servidora pública efetiva (MULHER), integrante do RPPS, que já possui 10 anos de serviço público + 5 anos no exercício do cargo efetivo no ano de 2018. Porém, ela só tem 28 anos de tempo de contribuição e 54 anos. Assim, ela precisa ficar até 2020 para se aposentar porque precisa trabalhar mais dois anos para completar 30 anos de contribuição a fim de ter APOSENTADORIA INTEGRAL. E, já vai ter completado os 55 anos de idade.

     

    Resposta: Letra B

  • GABARITO B


    REGRA PERMANENTE na redação dada pela EC 41/2003

    Os servidores que já estavam no serviço público em 31/12/2003 podem optar por essas regras.

     

    Proventos: Cálculo pela média.

    Reajuste do Benefício: Dar-se-á na mesma data em que ocorrer o reajuste do RGPS para manutenção do valor real, de acordo com a variação do índice definido pelo ente da federação. Na ausência de definição do índice de reajustamento pelo ente, os benefícios serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefícios do RGPS.

     

    01) Por invalidez permanente

    Requisitos: Para proventos integrais: invalidez decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. Para proventos proporcionais: invalidez decorrente de outros casos não estabelecidos para invalidez com proventos integrais.

    Fundamentação: Artigo 40, § 1º, I, da CF vigente

     

    02) Compulsória, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.

    Fundamentação: Artigo 40, § 1º, II, da CF vigente

    Requisito: Obrigatória a partir do dia seguinte após completar 70 anos de idade

     

    03) Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuição, com proventos integrais

    Fundamentação: Artigo 40, § 1º, III, “a”, da CF vigente

    Requisitos:

    > 10 anos de efetivo exercício no serviço público

    > 05 anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria

    > Homem: 60 anos de idade e 35 anos de contribuição

    > Mulher: 55 anos de idade e 30 anos de contribuição

     

    04) Aposentadoria por Idade e Tempo de Contribuição - Especial de Professor - com proventos integrais

    Fundamentação: Artigo 40, § 1º, III, “a”, c/c § 5º, da CF vigente

    Requisitos:

    > 10 anos de efetivo exercício no serviço público

    > 05 anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria

    > Efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil, no ensino fundamental e médio.

    * o STF entende que em cargos de coordenação e direção dentro da educação também é amparado por essa regra, não necessita ser necessariamente em sala de aula.

    > Homem: 55 anos de idade e 30 anos de contribuição

    > Mulher: 50 anos de idade e 25 anos de contribuição.

     

    05) Aposentadoria por Idade, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição

    Fundamentação: Artigo 40, § 1º, III, “b”, da CF vigente.

    Requisitos:

    > 10 anos de efetivo exercício no serviço público

    > 05 anos no cargo efetivo em que se der a aposentadoria

    > Homem: 65 anos de idade

    > Mulher: 60 anos de idade

  • SERVIDOR QUE INGRESSOU ANTES DE 1998

    PODE OPTAR PELA REGRA

    EC 41/03,  EC 47/05   ou   art. 40 CF (60H c/ 35 contrib. -  55M c/ 30 contrib.   ou    65H e 60M c/ prov. prop.)

     

     

    REGRAS   EC 41/03

    TEM INTEGRIDADE,  MAS NÃO TEM PARIDADE

    35 DE CONTRIBUIÇÃO HOMEM        30 MULHER   (ADICIONAL DE 20% SOBRE TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO Q/ FALTAVA EM 98)

    53 ANOS HOMEM                                48 DE IDADE MULHER

     

    5 ANOS DE SERVIÇO PÚBLICO  +   5 NA CARREIRA  +   5 NO CARGO

    MÉDIA DOS 80% MAIORES SALÁRIOS CONTRIBUIÇÃO

    RENDA = 100% COM REDUÇÃO DE 3,5% ou 5% POR ANO ANTECIPADO EM RAZÃO DO LIMITE DE IDADE

     

     

    REGRAS EC 47/05  - volta a ter integralidade e paridade

    35 DE CONTRIBUIÇÃO HOMEM     30 MULHER

    60 IDADE HOMEM,   55 MULHER (REDUÇÃO DE 1 ANO na IDADE  PARA CADA ANO DE CONTRIBUIÇÃO EXCEDENTE)

    25 ANOS DE SERVIÇO PÚBLICO,  15 NA CARREIRA, 5 NO CARGO

     

  • Voluntariamente: 

    Condição: Tempo mínimo de 10 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo 

    a) H = 60 anos de idade e 35 anos de T/C 

       M = 55 anos de idade e 30 de T/C;

    b) H = 65 anos, proventos proporcionais ao T/S

      M = 60 anos, proventos proporcionais ao T/S

     

    Dados da questão: 1) ServidorA 10 anos de serviço público e + de 5 anos de exercício naquele cargo: OK 

    2) conta em 2018 com 28 anos totais de T/C (FALTAM 2 para 30 ANOS) e 54 anos de idade (1 ano para 55 ANOS).

    Sendo assim, em 2020 completará os 30 anos exigidos e já vai ter completado a idade mínima de 55. 

     

     

     

  • Gabarito Letra B.

    A EC 88 alterou apenas a data da aposentadoria compulsória, de 70 para 75 anos.

  • 55 anos e 30 anos de contribuição.

     

    Em 2018: 54 anos de idade e 28 anos de contribuição;

    Em 2019: 55 anos de idade e 29 anos de contribuição;

    Em 2020: 56 anos de idade e 30 anos de contribuição.


ID
2616754
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

A parceria público-privada, prevista na Lei nº 11.079/04, possui em comum com a concessão de serviços públicos ao particular a seguinte característica:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA: D

     

    Lei nº 11.079/04:

    Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:

            I – autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico que demonstre:

            a) a conveniência e a oportunidade da contratação, mediante identificação das razões que justifiquem a opção pela forma de parceria público-privada; ( . . . )

     

    Lei nº: 8.987/95

    Art. 1o As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de serviços públicos reger-se-ão pelos termos do art. 175 da Constituição Federal, por esta Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.

            Parágrafo único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a revisão e as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando atender as peculiaridades das diversas modalidades dos seus serviços.

            Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

            I - poder concedente: a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, em cuja competência se encontre o serviço público, precedido ou não da execução de obra pública, objeto de concessão ou permissão;

            II - concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado; ( . . . )

  • LEI 11.079/04

     

     

    a) Formaliza-se por contrato de gestão. ERRADA 

    Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.

     

     

    b) Permite o compartilhamento de riscos. ERRADA

    VI – repartição objetiva de riscos entre as partes; PERMITE COMPARTILHAR RISCOS COM A ADM SIM, PORÉM É UMA DAS PECULIARIDADES DA PPP E NÃO COMUM DE CONCESSÃO COMO DIZ A QUESTÃO.

     

     

    c) Prevê a hipótese de remuneração variável. ERRADA - MESMO ENTENDIMENTO ACIMA

     

    § 1o  O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato.        

     

    d) Depende de licitação na modalidade de concorrência. CERTA

     

     Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura do processo licitatório condicionada a: A MODALIDADE CONCORRÊNCIA É COMUM NAS CONTRATAÇÕES DA ADM

      

     

     

     

  • DELEGAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO

    PERMISSÃO SERVIÇO PÚBLICO – POR CONTRATO, qualquer modalidade de licitação, para PF ou PJ

     

    – CONCESSÃO – só PJ ou Consórcio – Licitação obrigatoriamente por concorrência

    Ex.: A ADM CEDE USO DE BEM OU CONFERE AO PARTICULAR A EXECUÇÃO REMUNERADA POR CONCORRÊNCIA, A PJ OU CONSÓRCIO

     

     

    CONCESSÃO PATROCINADA = PPP

     

    NA CONCESSÃO ADM.,

    A REMUNERAÇÃO É A CONTRAPRESTAÇÃO FEITA PELO PARCEIRO PÚBLICO AO PRIVADO

    ADM PUB É USUÁRIA DIRETA OU INDIRETA DO SERVIÇO

     

    CONCESSÃO DE SERVIÇO PRECEDIDA DA EXECUÇÃO DE OBRA

    - INVESTIMENTO DA CONCESSIONÁRIA É RMUNERADO E AMORTIZADO MEDIANTE A EXPLORAÇÃO DO SERVIÇO OU OBRA POR PRAZO DETERMINADO

    - USUÁRIO OU BENEFIADO DA OBRA QUE REALIZA REMUNERAÇÃO DO INVESTIMENTO

    - É VEDADA A PPP QUE TENHA COMO OBJETO ÚNICO A MÃO DE OBRA, FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO DE EQUIPAMENTO OU A EXECUÇÃO DA OBRA

    - NA PPP, ALÉM DA OBRA, DEVE HAVER A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

     

    CONCESSÃO DE USO DE BEM PÚBLICO – POR CONTRATO ADMINISTRATIVO DE DIREITO PÚBLICO, SINALAGMÁTICO, ONEROSO OU GRATUITO, COMUTATIVO E REALIZADO INTUITU PERSONAE, PRECEDIDO DE LICITAÇÃO NA MODALIDADE DE CONCORRÊNCIA

     

    PERMISSÃO DE SERVIÇO - - DELEGAÇÃO, PRECÁRIA, POR LICITAÇÃO PARA PF OU PJ POR CONTRATO DE ADESÃO, PODE SER REVOGADO UNILATERALMENTE PELA ADM

     

    AUTORIZAÇÃO – CASOS QUE PODEM SER EXPLORADOS COM FINALIDADE DE LUCRO

    - SÃO SERVIÇOS DE TITULARIDADE DO ESTADO QUE SÓ PODEM SER PRESTADOS PELOS PARTICULARES EM COLABORAÇÃO POR DELEGAÇÃO

    EX: TRANSPORTE PÚBLICO

     

    SERVIÇOS QUE TENHAM POTENCIAL DE GERAR LUCRO PODEM SER PRESTADOS DIRETAMENTE PELO ESTADO OU INDIRETAMENTE POR:

    1-     OUTRORGA (POR LEI) OU

    2-      POR DELEGAÇÃO (POR CONTRATO OU ATO)

     

    SERVIÇOS DA ORDEM SOCIAL – SAÚDE E EDUCAÇÃO E ASSISTÊNCIA SOCIAL – QUE NÃO SE ENQUADRAM NAS ATIVIDADES ECONÔMICAS EXERCIDAS EM MONOPÓLIO PELA UNIÃO, PODEM SER PRESTADOS PELA INICIATIVA PRIVADA DIRETAMENTE, SEM DELEGAÇÃO, MAS O CONTROLE ESTATAL OCORRE DENTRO DO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA

     

     

    DESCENTRALIZAÇÃO ADM POR OUTORGA, SERVIÇO TÉCNICO FUNCIONAL – TITULARIDADE TRANSFERIDA POR LEI E RETIRADA SÓ POR LEI – O ESTADO CRIA PJ PRÓPRIA E TRANSFERE A TITULARIDADE E EXECUÇÃO – DÁ ORIGEM À ADM INDIRETA, PRESSUPONDO ELABORAÇÃO DE LEI DE CRIAÇÃO OU AUTORIZANDO A CRIAÇÃO DA ENTIDADE

    - NÃO HÁ HIERARQUIA OU SUBORDINAÇÃO – SOMENTE VINCULAÇÃO

     

    DESCENTRALIZAÇÃO POR DELEGAÇÃO OU COLABORAÇÃO – A ENTIDADE POLPITICA OU ADM TRANSFERE POR CONTRATO OU ATO UNILATERAL A EXECUÇÃO DO SERVIÇO A PJ DE DIR PRIVADO PREEXISTENTE – QUE PRESTA O SERVIÇO EM SEU PRÓPRIO NOME POR SUA CONTA E RISCO, SOFRENDO FISCALIZAÇÃO DO ESTADO

    - DELEGATÁRIOS DE SERVIÇO – POR CONCESSÃO, PERMISSÃO OU AUTORIZAÇÃO

     

    A DELEGAÇÃO POR CONCESSÃO OU PERMISSÃO EXIGE CONTRATO E TEM PRAZO DETERMINADO

    - NÃO HÁ HIERARQUIA EM NENHUMA FORMA DE DESCENTRALIZAÇÃO

    - HÁ VINCULAÇÃO, MAS NÃO HÁ SUBORDINAÇÃO

     

    A EXECUÇÃO DIRETA DO SERVIÇO PÚBLICO PODE SER PELA ADM DIRETA OU INDIRETA

  • Relembrando alguns aspectos da PPP:

     

    1)É um tipo especial de concessão de serviço público;

    2) Deve ser por prazo determinado (superior a cinco e inferior a trinta e cinco anos);

    3) O objeto deve ter valor superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (alterou recentemente, antes era 20 milhões)

    4) É obrigatória licitação na modalidade de concorrência pública. O julgamento das propostas poderá anteceder a habilitação e há previsão de lances em viva-voz.

  • Concessão 

    -Contrato

    - Prazo determinado

    - Licitação concorrência

    - P.J OU Consórcio 

    - Obra + Serviço

    Permissão

    -Contrato ( adesão)

    - Prazo precário 

    - Licitação em qualquer modalidade

    - PF ou PJ

    - Apenas serviço

    Autorização

    Ato adm (unilateral)

    - Prazo precário

    -  Sem licitação

    - Pessoa Física ou Pessoa Juridica

    - Apenas serviços

  • PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP)

    A parceria público-privada é um contrato administrativo de concessão, onde se tem por objeto a execução de um serviço público, sendo procedido ou não de obra pública. Tendo sempre remuneração com tarifa a ser paga pelo usuário e contraprestação pecuniária do parceiro público na qual a administração direta ou indiretamente seja a usuária.

    Criadas pela Lei n. 11.079/2004, as parcerias público-privadas (PPPs) são um instrumento contratual concebido para incentivar o investimento privado no setor público, por meio da repartição objetiva dos riscos entre o Estado (parceiro público) e o investidor particular (parceiro privado).

    CONCESSÕES COMUNS:

    Concessão de Serviço Público (simples):

    -Forma de delegação de sua prestação;

    -Mediante licitação;

    -Modalidade concorrência;

    -À pessoa jurídica ou ao consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco;

    -Por prazo determinado.

     

    Concessão de Serviço Público Precedida da Execução de Obra Pública:

    -Forma de delegação de sua prestação;

    -Mediante licitação;

    -Modalidade concorrência;

    -À pessoa jurídica ou ao consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco;

    -Por prazo determinado;

    -Prestação de serviço é precedida de obra pública;

    -Investimento será remunerado e amortizado através de exploração do serviço ou da obra.

     

    CONCESSÕES ESPECIAIS

    Concessão Patrocinada:

    -Envolve contraprestação pecuniária do parceiro público ao privado;

    -Tarifa cobrada dos usuários;

    -Ademais, o regramento específico estabelece várias nuances para essa espécie de concessão.

     

    Concessão Administrativa:

    -Lei nº 11.079/2004, art. 2º, §2º, menciona que é “contrato de prestação de serviço de que a administração pública seja usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens”.

  • A presente questão trata das parcerias público-privadas e das concessões comuns de serviço público e busca a resposta naquela opção que contenha a informação correta.

     Passemos ao exame de cada opção.

    OPÇÃO A: Nenhuma das modalidades de concessão previstas pela Lei nº 8987/95 (concessões comuns) e pela Lei nº 11.079/04 (concessão patrocinada e concessão administrativa) se formaliza pela via do contrato de gestão, haja vista o disposto no art. 23 daquela Lei º 8987/95, também aplicável, em sede de parceria público-privada, na forma do art. 5º da Lei nº 11.079/04. Portanto, está INCORRETA esta opção;

    OPÇÃO B: Somente as parcerias público-privadas admitem a possibilidade de se repartir os riscos entre as partes contratantes, nos termos do inciso VI do art. 4º da Lei nº 11.079/04. Vale conferir, verbis:

    “Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:

    (...)

     VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;"


    Quanto às concessões comuns, a Lei nº 8987/95 prevê a assunção total dos riscos advindos da contratação pelo concessionário, conforme retrata o inciso III do seu art. 2º, a seguir reproduzido, verbis:

    “Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

            (...)

            III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;
    " (negritei).

    Dessa forma, esta opção está INCORRETA;

    OPÇÃO C: Somente a Lei nº 11.079/04 prevê a possibilidade de haver remuneração variável em favor do parceiro privado, para as parcerias público-privadas, no § 1º do seu art. 6º, a seguir reproduzido, verbis:

    “Art. 6º (...)

    § 1o  O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrões de qualidade e disponibilidade definidos no contrato."


    A remuneração, em sede de concessão comum, obedece à política tarifária prevista no art. 9º da Lei nº 8987/95, garantida a revisão do valor fixado.

    Sendo assim, está INCORRETA esta opção;

    OPÇÃO D: Esta opção está CORRETA. Ambas as leis estabelecem que somente a modalidade CONCORRÊNCIA será adotada para realização da necessária licitação prévia à contratação das concessões naquela previstas.

    A Lei nº 11.079/04 assim previu, no caput do seu art. 10, para as parcerias público-privadas, verbis:

    “ Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade de concorrência (...)
    :" (negritei).

    Por outro lado, as concessões comuns obedecem ao disposto no inciso III do art. 2º da Lei nº 8987/95, verbis:

    “Art. 2o Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se:

            (...)

            III - concessão de serviço público precedida da execução de obra pública: a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado;"
    (negritei).

    GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D.

  • GABARITO D

    A) PPP e concessão comum formalizam-se por contratos administrativos, os quais são utilizados quando há interesses divergentes entre particular e administração. Por outro lado, contratos de gestão são convênios com interesses convergentes, que são utilizados principalmente para a qualificação de empresas sem fins lucrativos em Organizações Sociais (OS).

    B) Só PPP prevê compartilhamento de riscos.

    C) Só PPP prevê remuneração variável.

    D) GABARITO. Tanto a PPP quanto a concessão comum são licitadas na modalidade concorrência.

  • ATENÇÃO: NOVIDADE 2021!!!

    Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida de licitação na modalidade concorrência ou diálogo competitivo, estando a abertura do processo licitatório condicionada a:     

  • (CON)cessão = (CON)trato = (CON)corrência.

    Bons estudos.


ID
2616757
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

As últimas décadas registraram o ressurgimento da importância do campo de conhecimento denominado políticas públicas, assim como das instituições, regras e modelos que regem sua decisão, elaboração, implementação e avaliação. Sobre a literatura balizada relativa às políticas públicas, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Max Weber é um teórico do início do século XX, conhecido pelo estudo da burocracia. Não faz sentido lhe atribuir um pensamnto crítico aos pensadores ora apresentados, é até anacrônico.

    LETRA B


ID
2616760
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com base em conhecimentos sobre economia, mais especificamente sobre a Teoria do Consumidor, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • LETRA D (incorreta).

     

    De acordo com a Teoria do Consumidor, o equilíbrio do consumidor ocorre quando a quantidade consumida é aquela em que o preço marginal de reserva é IGUAL ao preço efetivo de mercado.

  • Quanto maior o preço marginal de reserva, maior a ânsia para continuar consumindo até que o preço marginal de reserva se iguale ao preço de mercado. Ao atingir esse equilíbrio, o consumidor não vê mais vantagem em continuar comprando.

  • complementando:

    gráfico sobre a alternativa "B" (que está correta):

    https://financasfaceis.files.wordpress.com/2010/01/consumer-surplus.png

     

    fica mais fácil enxergar o conceito!

    bons estudos!

  • A) Correto. Segundo o livro de Microeconomia, do Varian, preço de reserva é a quantidade máxima que uma pessoa está disposta a pagar por alguma coisa. Ele é o preço máximo que a pessoa aceitará pagar por um bem e ainda assim compra-lo. Em outras palavras, o preço de reserva de uma pessoa é o preço em relação ao qual essa pessoa é indiferente entre comprar ou não comprar o bem.


    B) Correto. A questão extraiu o conceito do livro ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos “O excedente do consumidor é o benefício líquido que o consumidor ganha por ser capaz de comprar um bem ou serviço. É a diferença entre a disposição máxima a pagar por parte do consumidor e o que ele efetivamente paga."


    C) Correto. A questão alterou a forma que normalmente se conceitua utilidade marginal sem incorrer em incorreções, dito de outra maneira, segundo o livro ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos, a Utilidade Marginal é a satisfação adicional (na margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, e decrescente, porque o consumidor vai saturando-se desse bem, quanto mais o consome.


    D) Errado. O consumidor atinge o equilibro quando maximiza seu nível de utilidade, dada sua restrição orçamentária, nesse ponto a curva de indiferença é a mais alta possível (que representa o maior nível de bem-estar que pode ser alcançado). Ou seja, o consumidor estará maximizando sua utilidade quando sua reta orçamentária tangenciar sua curva de indiferença. Fonte: ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos.


    Gabarito: Letra “D".


ID
2616763
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Direito Financeiro
Assuntos

“A controvérsia atual sobre qual indicador de endividamento melhor serve para analisar a sustentabilidade fiscal de um país exige, como ponto de partida, que se compreenda uma série de questões conceituais e metodológicas envolvendo o cálculo da variável e, particularmente, o relacionamento entre o Tesouro Nacional e o Banco Central do Brasil. A diferença entre os indicadores de dívida líquida e dívida bruta reportados em análises que tomam por base os relatórios do Bacen não se restringe ao fato de uma ser líquida e outra bruta, mas também envolve a abrangência do indicador.”
(Disponível em: http://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_1514.pdf.)

Considerando o trecho transcrito anteriormente apenas como texto motivador, assinale a alternativa correta a respeito de aspectos conceituais e legais de Dívida Pública (conceitos, gerenciamento, efeitos econômicos do endividamento do setor público e indicadores de mensuração do endividamento público).

Alternativas
Comentários
  • D)

    Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

    VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

    VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;

    IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios

  • Aquele famoso tipo de enunciado gigantesco e inútil para a resolução da questão...

  • NÃO CONFUNDIR:

    Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:

    XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal.

    Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:

    VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    ASSIM:

    LIMITES DA DÍVIDA:

    MOBILIÁRIA DA UNIÃO => CONGRESSO NACIONAL

    MOBILIÁRIA DOS ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS => SENADO FEDERAL

    CONSOLIDADA DA UNIÃO, ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS => SENADO FEDERAL

  • Trata-se de uma questão sobre a disciplina jurídica dada pela Constituição Federal de 1988 às nossas regras orçamentárias.

     

    Primeiramente, vamos ler o art. 52 da CF/88:

    “Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: [...]

    VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

    VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público federal;

    VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno;

    IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

    Logo, percebam que as alternativas “a, b e c" trazem competências do Senado Federal e não das Câmaras Municipais.

     

    GABARITO DO PROFESSOR: ALTERNATIVA “D".


ID
2616766
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

A respeito de Tributação (Sistema Tributário Nacional, Administração Tributária e Tributos municipais), assinale a alternativa INCORRETA, tendo por base o disposto na Lei nº 5.172/1966, que dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios.

Alternativas
Comentários
  • Comentário:

     

    Alternativa A: De acordo com o art. 198, § 2º, do CTN, o intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. Alternativa correta.

    Alternativa B: Trata-se da literalidade do art. 193, do CTN: salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Alternativa correta.

    Alternativa C: Na verdade, o que o par. único, do art. 33, do CTN, prevê é que, na determinação da base de cálculo do IPTU, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. Alternativa errada.

    Alternativa D: De fato, a despeito de exceções previstas no texto do CTN e sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. Alternativa correta.

     

    Gabarito: Letra C

  • Adaptanto o Comentário do Colega Thiago Auditor:

    Alternativa A: De acordo com o art. 198, § 2º, do CTN, o intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública, será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feita pessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência e assegure a preservação do sigilo. Alternativa correta.

    Alternativa B: Trata-se da literalidade do art. 193, do CTN: salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício contrata ou concorre. Alternativa correta.

    Alternativa C: 

    Para efeitos de instituição e cobrança do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, a lei municipal deve considerar como base do cálculo do imposto o valor venal do imóvel, sendo que na determinação de referida base de cálculo, deve ser levado em consideração o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel.

    Na verdade, o que o par. único, do art. 33, do CTN, prevê é que, na determinação da base de cálculo do IPTU, não se considera o valor dos bens móveis mantidos, em caráter permanente ou temporário, no imóvel, para efeito de sua utilização, exploração, aformoseamento ou comodidade. Alternativa errada.

    Alternativa D: De fato, a despeito de exceções previstas no texto do CTN e sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. Alternativa correta.

  • Conta garantida é uma segunda conta


ID
2616769
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando aspectos conceituais básicos de economia monetária, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Alternativa (A) INCORRETA.

    Os principais canais de transmissão da política monetária são: taxa de juros, taxa de câmbio, preço dos ativos, crédito e expectativas.

    Fonte: www.bcb.gov.br/?RI199906B4P

  • A) Errado.

    A política monetária refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das taxas de juros, são instrumentos de política monetária :

    • emissões;

    • reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos

    comerciais devem reter junto ao Banco Central);

    open market (compra e venda de títulos públicos);

    • redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais);

    • regulamentação sobre crédito e taxa de juros.

    Segundo o site do Banco Central, os principais canais de transmissão da política monetária são: taxa de juros, taxa de câmbio, preço dos ativos, crédito e expectativas . Ao afetar essas variáveis, as decisões de política monetária influem sobre os níveis de poupança, investimento e gasto de pessoas e empresas, que, por sua vez, afetam a demanda agregada e, por último, a taxa de inflação. Fonte: https://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/1999/06/ri....


    B) Correto. Moeda pode ser definida como um ativo financeiro de aceitação geral, utilizado na troca de bens e serviços, que tem poder liberatório (capacidade de pagamento) instantâneo. Sua aceitação é garantida por lei (ou seja, a moeda tem “curso forçado" e sua única garantia é a legal).

    As principais funções da moeda são as seguintes:

    a) meio ou instrumento de troca. Num sistema econômico baseado na especialização e divisão do trabalho, é imprescindível que exista um instrumento que facilite as trocas de mercadorias. Se não houvesse esse instrumento, as trocas teriam que ser diretas (economia de trocas ou de escambo), trocando-se bens por bens. Isso exigiria dupla coincidência de desejos (um criador de galinhas que desejasse comprar roupas deveria encontrar um alfaiate que desejasse comer galinhas). Ademais, ocorreria um problema de indivisibilidade (se um fabricante de móveis quisesse tomar um cafezinho, como ele faria?). Acrescente-se que se perderia muito tempo para viabilizar essas trocas diretas (até o criador de galinhas encontrar um alfaiate que queira comprar galinha). A moeda permite que as trocas sejam indiretas e supera essas dificuldades, reduzindo custos de transação;

    b) unidade de medida (ou unidade de conta). A moeda serve para comparar e agregar o valor de mercadorias diferentes: podemos somar o valor de um caminhão com o valor de uma bola de futebol.


    C) Correta. Mesmo se não soubéssemos o conceito de intermediação financeira, a própria definição da palavra intermediação nos daria a dica, situar-se entre, far-nos-ia acertar a questão. Conceitualmente, a intermediação financeira é realizada por instituições bancárias e não bancárias. As primeiras são constituídas por bancos comerciais, já as instituições não bancárias correspondem as demais instituições de intermediação, que são responsáveis por captar recursos dos poupadores e distribuir aos tomadores de recursos.


    D) Correta. Função de transmutação de ativos corresponde à transformação de ativos com certas características risco, preço e liquidez, em outros tipos de ativos com características diferentes. Por exemplo, depósitos à vista de alguns clientes podem ser transformados num financiamento de um equipamento para outros clientes.

    Fonte: Banco Central https://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/1999/06/ri199906b4p.pdf

    Gabarito: Letra “A".

  • Ainda não entendi o gabarito (peço ajuda).

    Reservas Obrigatórias (depósitos compulsórios) limitam o multiplicador monetário;

    Operações de Open Market são uma ferramenta de enxugamento ou expansão da base monetária pelo BC;

    Políticas de Redesconto (limitação quantitativa ou taxa) podem influenciar bancos comerciais na oferta de crédito.

    Todas os itens da alternativa são estritamente ferramentas de política monetária.

    O que invalida a alternativa é termo "transmissão" de política monetária??


ID
2616772
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

No que se refere, em termos gerais, à prática brasileira do orçamento-programa aplicável a todos os entes federativos, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O conteúdo da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO é amplo e complexo. Conforme determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO, dentre os muitos aspectos a serem abordados, deve conter: o estabelecimento de metas fiscais, a fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira, a margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza continuada e a avaliação dos riscos fiscais.
( ) Muitas são as etapas de elaboração de um orçamento-programa, dentre as quais podem ser citadas: Planejamento do Processo de Elaboração; Definição de Macrodiretrizes; Revisão da Estrutura Programática, Estudo, Definição e Divulgação de Limites para a Proposta Setorial, Análise e Ajuste da Proposta Setorial; Fechamento, Compatibilização e Consolidação da Proposta Orçamentária etc.
( ) Em consonância com a estrutura programática, a proposta orçamentária setorial será consolidada por programa, com detalhamento das respectivas atividades, projetos e operações especiais.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • (V) A Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, dentre outros preceitos determina:

    ...

    Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

    I - disporá também sobre:

    (...)

    § 1º Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

    § 2º O Anexo conterá, ainda:

    I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

    II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

    III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

    IV - avaliação da situação financeira e atuarial:

    a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;

    b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

    V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado.

    § 3º A lei de diretrizes orçamentárias conterá Anexo de Riscos Fiscais, onde serão avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas públicas, informando as providências a serem tomadas, caso se concretizem.

    Art. 9º Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias subsequentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de diretrizes orçamentárias.

    Sendo assim, o item retrata fielmente os dispositivos trazidos pela lei.

    (V) Segundo o Manual Técnico de Orçamento – MTO de 2018, são etapas  do processo de elaboração de um orçamento programa: Planejamento do Processo de Elaboração, Definição de Macrodiretrizes, Revisão da Estrutura Programática, Elaboração de Pré-proposta, Avaliação da Necessidade de Financiamento do Governo Federal - NFGC para a Proposta Orçamentária, Estudo, Definição e Divulgação de Limites para a Proposta Setorial, Captação da Proposta Setorial, Análise e Ajuste da Proposta Setorial, Fechamento, Compatibilização e Consolidação da Proposta Orçamentária, Elaboração e Formalização da Mensagem Presidencial e do Projeto de Lei Orçamentária, Elaboração e Formalização das Informações Complementares ao Projeto de Lei Orçamentária Anual - PLOA

    (V) Texto retirado da íntegra do Manual Técnico de Orçamento – MTO, de 2018, “em consonância com a estrutura programática, a proposta orçamentária setorial para 2018 será consolidada por programa, com detalhamento das respectivas atividades, projetos e operações especiais."


    Gabarito: Letra “D"



  • GABARITO: D

    No que se refere, em termos gerais, à prática brasileira do orçamento-programa aplicável a todos os entes federativos, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 

    (V) O conteúdo da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO é amplo e complexo. Conforme determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO, dentre os muitos aspectos a serem abordados, deve conter: o estabelecimento de metas fiscais, a fixação de critérios para limitação de empenho e movimentação financeira, a margem de expansão das despesas obrigatórias de natureza continuada e a avaliação dos riscos fiscais. 

    (V) Muitas são as etapas de elaboração de um orçamento-programa, dentre as quais podem ser citadas: Planejamento do Processo de Elaboração; Definição de Macrodiretrizes; Revisão da Estrutura Programática, Estudo, Definição e Divulgação de Limites para a Proposta Setorial, Análise e Ajuste da Proposta Setorial; Fechamento, Compatibilização e Consolidação da Proposta Orçamentária etc. 

    (V) Em consonância com a estrutura programática, a proposta orçamentária setorial será consolidada por programa, com detalhamento das respectivas atividades, projetos e operações especiais. 

    A sequência está correta em


ID
2616775
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária

Considerando os aspectos conceituais das origens da receita pública e os aspectos práticos da elaboração do orçamento-programa, é importante atentar para os atributos das ações orçamentárias. Em relação aos conceitos dos atributos das ações orçamentárias, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • MTO 2018 - Gabarito letra B

    5.5.2.4.1. Título

    Forma de identificação da ação orçamentária pela sociedade nas LOAs. Expressa, em linguagem clara, o objeto da ação. Exemplo:

    7M64 Construção de Trecho Rodoviário - Entroncamento BR-472 - Fronteira Brasil/Argentina - na BR-468.

    O título não poderá conter sentença genérica que permita executar quaisquer despesas não relacionadas à operação; também não poderá ser apenas “nome-fantasia”, mas poderá trazê-lo entre parênteses ou ao final da sentença, separado por um travessão. Durante o processo de revisão das ações e operações especiais para 2018, deverá ser analisado o título de cada ação ou operação especial para verificar se esse expressa realmente a sua Finalidade, de forma resumida.

  • Vamos analisar a questão.

    Muito bem. A estrutura programática é quem organiza o orçamento em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações.

    De acordo com o Manual Técnico de Orçamento (MTO) 2021, uma ação é uma operação da qual resultam produtos (bens ou serviços) que contribuem para atender ao objetivo de um programa.

    E de acordo com a Lei 13.971/19, que estabeleceu o PPA 2020-2023 da União, um programa é conjunto de políticas públicas financiadas por ações orçamentárias e não orçamentárias.

    O que eu quero que você perceba é: existem ações orçamentárias e não orçamentárias.

    E o MTO define os atributos das ações orçamentárias, quais sejam: título, descrição, tipo, base legal, produto, beneficiário da ação, forma de implementação, detalhamento da implementação, unidade responsável, custo total estimado do projeto, total físico do projeto, previsão de início e término (duração do projeto), marcador “regionalizar na execução", marcador “ação de insumo estratégico", marcador “detalhamento obrigatório em planos orçamentários", e Plano Orçamentário – PO.

    “Nossa! Preciso decorar tudo isso, professor?"

    Não. Você precisar entender a estrutura programática, entender que as ações orçamentárias possuem atributos e precisa conhecer alguns atributos que são mais importantes (alguns são bem lógicos).

    A questão trata justamente desses atributos, de forma que encontraremos nossa resposta na própria MTO. Vejamos as alternativas:

    A) Correta, conforme item 4.5.2.4.5 do MTO 2021: “Produto: Bem ou serviço que resulta da ação, destinado ao público-alvo, ou o insumo estratégico que será utilizado para a produção futura de bem ou serviço. Cada ação deve ter um único produto. Em situações especiais, expressa a quantidade de beneficiários atendidos pela ação. Exemplo: Trecho pavimentado."

    B) Errada. Ok, de acordo com o item 4.5.2.4.1 do MTO 2021, Título é a forma de identificação da ação orçamentária pela sociedade nas Leis Orçamentárias Anuais (LOAs). Ele expressa, em linguagem clara, o objeto da ação.

    Mas o MTO faz uma observação importante aqui: “O título não poderá conter sentença genérica que permita executar quaisquer despesas não relacionadas à operação; também não poderá ser apenas “nome-fantasia", mas poderá trazê-lo entre parênteses ou ao final da sentença, separado por um travessão.".

    Viu só? É por isso que a alternativa fica errada.

    C) Correta. A forma de implementação (um dos atributos das ações orçamentárias) consiste na descrição de todas as etapas do processo até a entrega do produto, inclusive as desenvolvidas por parceiros. Uma das formas de classificar a implementação é por meio do conceito de transferências.

    E a definição de transferências obrigatórias oferecida pela alternativa está correta. Vamos conferir no MTO 2021:

    “4.5.2.4.7 Forma de Implementação

    Descrição de todas as etapas do processo até a entrega do produto, inclusive as desenvolvidas por parceiros. Deve ser classificada segundo os conceitos abaixo: (...)

    c) transferência:

    c.1) obrigatória: operação especial que transfere recursos, por determinação constitucional ou legal, aos Estados, Distrito Federal e Municípios. Exemplo: ação 0515 - Dinheiro Direto na Escola para a Educação Básica; e

    c.2) outras: transferência de recursos a entidades públicas ou privadas sem fins lucrativos, organizações não governamentais e outras instituições, que não decorram de determinação constitucional ou legal. Exemplo: ação 00B9 - Contribuição à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO (MEC); e"

    D) Correta. À semelhança da alternativa anterior, uma das formas de classificar a implementação é por meio do conceito de linha de crédito. Novamente de acordo com o MTO 2021:

    “4.5.2.4.7 Forma de Implementação

    Descrição de todas as etapas do processo até a entrega do produto, inclusive as desenvolvidas por parceiros. Deve ser classificada segundo os conceitos abaixo: (...)

    d) linha de crédito: ação realizada mediante empréstimo de recursos aos beneficiários da operação. Enquadram-se também nessa classificação os casos de empréstimos concedidos por estabelecimento oficial de crédito a Estados e Distrito Federal, Municípios e ao Setor Privado. Exemplo: ação 0A81 - Financiamento para a Agricultura Familiar - PRONAF (Lei n.º 10.186, de 2001)."


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2616778
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

“O objetivo da elaboração e divulgação da informação contábil é fornecer informação para fins de prestação de contas e responsabilização (accountability) e tomada de decisão. As características qualitativas são atributos que tornam a informação útil para os usuários e dão suporte ao cumprimento dos objetivos da informação contábil. Cada uma das características qualitativas é integrada e funciona em conjunto com as outras. Entretanto, na prática, talvez não seja possível alcançar todas as características qualitativas e, nesse caso, um equilíbrio ou compensação entre algumas delas poderá ser necessário.”
(Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 7ª Edição. Disponível em: www.tesouro.fazenda.gov.br.)

São características qualitativas da Contabilidade Aplicada ao Setor Público, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Características qualitativas da informação: relevância, representação fidedigna, compreensibilidade, tempestividade, comparabilidade e verificabilidade.

    Restrições à informação: materialidade, custo-benefício e alcance do equilíbrio. 

  • Gabarito letra"A"


    Caracteristicas Qualitativas da Informação Contábil:

    Caracteristicas Qualitativas Fundamentais:

    > Relevância

    > Representação fidedigna.

     

    Caracteristicas Qualitativas de Melhoria:

    > Comparabilidade

    > Verificabilidade

    > Compreensibilidade

    > Tempestividade

     

    Restrições da Informação Contábil:

     

    > Materialidade

    > Custo-benefícios

    > Equilibrio entre as Caracteristicas Qualitativa

     

  • A letra A contém exemplos de restrições contábeis da informação contábil (e não características qualitativas fundamentais ou de melhoria).

    Resposta: A.

  • Restrições: Custo-benefício, Materialidade e Equilíbrio

    bizu:As restrições dançam "MC EQUILÍBRIO"

  • Restrições da informação contábil: materialidade; custo-benefício; equilíbrio entre as características qualitativas.


ID
2616781
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A respeito do planejamento e orçamento governamental, especificamente quanto às classificações orçamentárias da receita e da despesa pública, utilização, origens, fundamentação econômica e métodos, técnicas e instrumentos do orçamento público, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • D) dividir em partes a alternativa, para possibilitar achar o erro:

    - A despesa pública deve ser classificada por Grupo de Natureza da Despesa. O Grupo de Natureza da Despesa é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. (CORRETO)

    - Essa agregação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. (ERRADO). Isto refere-se não a Narureza, e sim a MODALIDADE DE APLICAÇÃO: "A modalidade de aplicação tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados. Também indica se tais recursos são aplicados mediante transferência para entidades privadas sem fins lucrativos, outras instituições ou ao exterior."

  • GABARITO C

     

    4.2.4.3. Grupo de Natureza da Despesa (GND)

     

    É um agregador de elementos de despesa orçamentária com as mesmas características quanto ao objeto de gasto (C), conforme discriminado a seguir:

     

    1 – Pessoal e Encargos Sociais

    Despesas orçamentárias com pessoal ativo e inativo e pensionistas, relativas a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de previdência, conforme estabelece o caput do art. 18 da Lei Complementar no 101, de 2000.

    2 – Juros e Encargos da Dívida

    Despesas orçamentárias com o pagamento de juros, comissões e outros encargos de operações de crédito internas e externas contratadas, bem como da dívida pública mobiliária.

    3 – Outras Despesas Correntes

    Despesas orçamentárias com aquisição de material de consumo, pagamento de diárias, contribuições, subvenções, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, além de outras despesas da categoria econômica "Despesas Correntes" não classificáveis nos demais grupos de natureza de despesa.

    4 – Investimentos (B)

    Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

    5 – Inversões Financeiras (D)

    Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo.

    6 – Amortização da Dívida (A)

    Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária

     

    4.2.4.4. Modalidade de Aplicação

     

    Trata-se de informação gerencial que tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento (C) - ERRO da alternativa. A eliminação da dupla contagem no orçamento é feito através da modalidade e não do grupo de natureza de despesa

     

    Fonte: MCASP 7a edição

  • A modalidade de aplicação é quem evita a dupla contagem.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • A questão trata da DESPESA PÚBLICA, de acordo com a Lei n.º 4.320/64, que dispõe sobre normas gerais de Direito Financeiro, e com o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP).

    Seguem comentários de cada alternativa:

    A) Devem ser classificadas no grupo de despesas Amortização da Dívida, as despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária.

    Certa. De acordo com o item 4.2.4.3. Grupo de Natureza da Despesa, da pág. 73 do MCASP:

    “6 – Amortização da Dívida

    Despesas orçamentárias com o pagamento e/ou refinanciamento do principal e da atualização monetária ou cambial da dívida pública interna e externa, contratual ou mobiliária".

    Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MCASP.

    B) Devem ser classificadas no grupo de despesas Investimentos, a despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalações, equipamentos e material permanente.

    Certa. De acordo com o item 4.2.4.3. Grupo de Natureza da Despesa, da pág. 73 do MCASP:

    “4 – Investimentos

    Despesas orçamentárias com softwares e com o planejamento e a execução de obras, inclusive com a aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, e com a aquisição de instalaçõesequipamentos e material permanente".

    Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MCASP.

    C) A despesa pública deve ser classificada por Grupo de Natureza da Despesa. O Grupo de Natureza da Despesa é um agregador de elemento de despesa com as mesmas características quanto ao objeto de gasto. Essa agregação objetiva, principalmente, eliminar a dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados.

    Errada. Segundo o item 4.2.4.3. Grupo de Natureza da Despesa, da pág. 73 do MCASP:

    “É um agregador de elementos de despesa orçamentária com as mesmas características quanto ao objeto de gasto, conforme discriminado a seguir: (...)". Até aqui, a alternativa está correta.

    Agora, observe o item 4.2.4. Classificação da Despesa Orçamentária por Natureza, da pág. 71 do MCASP:

    “A classificação da despesa orçamentária, segundo a sua natureza, compõe-se de:

    a. Categoria Econômica
    b. Grupo de Natureza da Despesa
    c. Elemento de Despesa"

    A natureza da despesa será complementada pela informação gerencial denominada “Modalidade de Aplicação", a qual tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades, e objetiva, precipuamente, possibilitar a "eliminação da dupla contagem dos recursos transferidos ou descentralizados".

    Portanto, a banca misturou conceito de Grupo de Natureza da Despesa com Modalidade de Aplicação. Ambas fazem parte da Estrutura da Natureza da Despesa, conforme o item 4.2.4.1. Estrutura da Natureza da Despesa Orçamentária, da pág. 72 do MCASP:

    “De acordo com o art. 5º da Portaria Interministerial STN/SOF n.º 163/2001, a estrutura da natureza da despesa a ser observada na execução orçamentária de todas as esferas de governo será “c.g.mm.ee.dd", onde:

    a. “c" representa a categoria econômica;
    b. “g" o grupo de natureza da despesa;
    c. “mm" a modalidade de aplicação;
    d. “ee" o elemento de despesa; e
    e. “dd" o desdobramento, facultativo, do elemento de despesa".

    Como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MCASP.

    D) Devem ser classificadas no grupo de despesas Inversões Financeiras, as despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização; a aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; dentre outras.

    Certa. De acordo com o item 4.2.4.3. Grupo de Natureza da Despesa, da pág. 73 do MCASP:

    “5 – Inversões Financeiras

    Despesas orçamentárias com a aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilizaçãoaquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espéciejá constituídas, quando a operação não importe aumento do capital; e com a constituição ou aumento do capital de empresas, além de outras despesas classificáveis neste grupo".

    Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MCASP.


    Gabarito do Professor: Letra C.

ID
2616784
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

No que se refere à classificação da despesa orçamentária, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A)

    Identificador de Resultado Primário = De caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto para o exercício. Esse resultado é uma meta fiscal que avalia se o governo está gastando mais do que a arrecadação. Basicamente, resultado primário é a diferença entre as despesas e as receitas fiscais. São eles: (0) despesa financeira; (1) despesa primária obrigatória; (2) despesa primária discricionária; (3) despesa relativa ao Projeto Piloto de Investimentos Públicos; (4) despesas constantes do orçamento de investimentos das empresas estatais que não impactam o resultado primário.

    Fonte - https://www12.senado.leg.br/orcamento/glossario/identificador-de-resultado-primario

  • Complementando o comentário abaixo:

     

    CLASSIFICAÇÃO DA DESPESA POR IDENTIFICADOR DE RESULTADO PRIMÁRIO

     

    O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à LOA. De acordo com o estabelecido no § 4o do art. 6o do PLDO 2017, nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de contingência.

    Fonte: http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes-orcamentarias/manual-tecnico/mto_2017-1a-edicao-versao-de-06-07-16.pdf 

     

     

  • A classificação da despesa por identificador de resultado primário, não tem caráter obrigatório.

  • Deve constar no PLAO e na LOA. Não é obrigatório.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • A questão trata da CLASSIFICAÇÃO DE DESPESA ORÇAMENTÁRIA, de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (MCASP), a Portaria Interministerial STN/SOF n.º 163/2001 (Port. 163/2001), e, também, o Manual Técnico do Orçamento Federal (MTO).


    Seguem comentários de cada alternativa:


    A) A classificação da despesa por identificador de resultado primário, de caráter obrigatório, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado nominal previsto na Lei Orçamentária – LOA, não sendo obrigatório constar no PLOA.


    Incorreta. Segundo o item 4.6.2.4 – Classificação da despesa por identificador de resultado primário, do MTO:


    “O identificador de resultado primário, de caráter indicativo, tem como finalidade auxiliar a apuração do resultado primário previsto na LDO, devendo constar no PLOA e na respectiva Lei em todos os GNDs, identificando, de acordo com a metodologia de cálculo das necessidades de financiamento, cujo demonstrativo constará em anexo à LOA. De acordo com o estabelecido no § 5º do art. 7º do PLDO 2021, nenhuma ação poderá conter, simultaneamente, dotações destinadas a despesas financeiras e primárias, ressalvada a reserva de contingência."


    O correto é que essa classificação contém caráter indicativo, e NÃO obrigatório. Além disso, auxilia a apuração do resultado primário, e NÃO nominal, que é previsto na LDO e NÃO na LOA. Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MTO.


    B) O Identificador de Doação e de Operação de Crédito – IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos do ente governamental brasileiro.


    Correta. De acordo com o item 4.6.2.3 – Identificador de doação e de operação de crédito - IDOC, do MTO:


    “O IDOC identifica as doações de entidades internacionais ou operações de crédito contratuais alocadas nas ações orçamentárias, com ou sem contrapartida de recursos da União. Os gastos referentes à contrapartida de empréstimos serão programados com o IDUSO igual a “1", “2", “3" ou “4" e o IDOC com o número da respectiva operação de crédito, enquanto que, para as contrapartidas de doações, serão utilizados o IDUSO “5" e respectivo IDOC.


    O número do IDOC também pode ser usado nas ações de pagamento de amortização, juros e encargos para identificar a operação de crédito a que se referem os pagamentos."


    Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MTO.


    C) O elemento de despesa tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a Administração Pública utiliza para a consecução de seus fins. 


    Correta. De acordo com o item 4.2.4.5. Elemento de Despesa Orçamentária, da pág. 79 do MCASP:


    “Tem por finalidade identificar os objetos de gasto, tais como vencimentos e vantagens fixas, juros, diárias, material de consumo, serviços de terceiros prestados sob qualquer forma, subvenções sociais, obras e instalações, equipamentos e material permanente, auxílios, amortização e outros que a administração pública utiliza para a consecução de seus fins. A descrição dos elementos pode não contemplar todas as despesas a eles inerentes, sendo, em alguns casos, exemplificativa. A relação dos elementos de despesa é apresentada a seguir: (...)"


    A Port. 163/2001 trata sobre o código da despesa, definindo o elemento de despesa. O MCASP também menciona esse elemento, fazendo referência à portaria. Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MCASP e da Portaria 163/2001.


    D) A Modalidade de Aplicação da despesa indica se os recursos serão aplicados mediante transferência financeira, inclusive a decorrente de descentralização orçamentária para outros níveis de Governo, seus órgãos ou entidades, ou diretamente para entidades privadas sem fins lucrativos e outras instituições; ou, então, diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo.


    Correta. De acordo com o item 4.2.4.4. Modalidade de Aplicação, da pág. 74 do MCASP:


    “Trata-se de informação gerencial que tem por finalidade indicar se os recursos são aplicados diretamente por órgãos ou entidades no âmbito da mesma esfera de Governo ou por outro ente da Federação e suas respectivas entidades. Indica se os recursos serão aplicados diretamente pela unidade detentora do crédito ou mediante transferência para entidades públicas ou privadas. A modalidade também permite a eliminação de dupla contagem no orçamento."


    Os códigos da modalidade de aplicação permitem que os recursos sejam decorrentes de descentralização orçamentária para entidades públicas ou privadas, ou diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário, ou por outro órgão ou entidade no âmbito do mesmo nível de Governo. A Port. 163/2001 trata sobre o código da despesa, definindo a modalidade de aplicação. O MCASP também menciona essa modalidade, fazendo referência à portaria. Portanto, como pode se observar, a banca cobrou a literalidade da norma. Muito importante a leitura do MCASP e da Portaria 163/2001.



    Gabarito do Professor: Letra A.


ID
2616787
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Com base em conhecimentos a respeito do planejamento e orçamento governamental, sistemas e processos orçamentários, a prática brasileira do orçamento-programa e os métodos, as técnicas e os instrumentos do orçamento público, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.
( ) Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias não precisam estar organizadas em programas (planos) de trabalho. Por isso são facultativas as informações qualitativas e quantitativas.
( ) O programa de trabalho, que define quantitativamente a programação orçamentária, pode, se necessário, responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto de blocos de informação, quais sejam: classificação por esfera, classificação institucional e classificação funcional.
( ) A programação orçamentária qualitativa tem duas dimensões: a física e a financeira. A dimensão física estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária. A dimensão financeira define a quantidade de bens e serviços a serem entregues.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • ( CERTO) A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral.

    (ERRADO ) Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias ERRO: não precisam estar organizadas em programas (planos) de trabalho.  ERRO: Por isso são facultativas as informações qualitativas e quantitativas. PRECISAM ESTAR ORGANIZADAS E NAÕ SÃO FACULTATIVOS.

    (ERRADO ) O programa de trabalho, que define quantitativamente a programação orçamentária, (DEVE )pode, se necessário, responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto de blocos de informação, quais sejam: classificação por esfera, classificação institucional e classificação funcional.

    programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional e estrutura programática

    (ERRADO ) A programação orçamentária qualitativa tem duas dimensões: a física e a financeira. A dimensão física estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária. A dimensão financeira define a quantidade de bens e serviços a serem entregues.

     Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias estão organizadas em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.

               As metas são medidas do alcance do objetivo, podendo ser de natureza quantitativa ou qualitativa, a depender das especificidades de cada caso. Quando qualitativa, a meta também deverá ser passível de avaliação.

  • Pensou em quantitativa:

    C ategoria Economica

    G rupo natureza da despesa

    M odalidade de Aplicação

    D esdobramento facultativo do elemento

    E elemento da despesa.

    Pensou em qualitativa: Institucional, fincional e esfera.

     

  • Letra B. 

     

    Ficariam corretas da seguinte forma:

     

    I-   OK

    II- Na estrutura atual do orçamento público, as programações orçamentárias precisam estar organizadas em programas (planos) de trabalho que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras.

     

    III- O programa de trabalho, que define QUALITATIVAMENTE a programação orçamentária, DEVE  responder de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto de blocos de informação, quais sejam: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional, estrutura programática e principais informações do Programa e da Ação.

     

    IV- A programação orçamentária QUANTITATIVA tem duas dimensões: a física e a financeira. A dimensão FINCANCEIRA estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária. A dimensão FÍSICA define a quantidade de bens e serviços a serem entregues.

  • Excelente questão!

    Alternativa B.

  • comentário do Marcelo está correto. Cuidado com o comentário do Alcirley , pois:

    "as programações orçamentárias PRECISAM estar organizadas em programas (planos) de trabalho "

  • 2) A classificação programática é obrigatória.

    3) Essa é a programação qualitativa.

    4) Essa é a programação quantitativa.

    Fonte: Labuta nossa de cada dia.

  • Vamos analisar a questão.

    A questão está tratando da estrutura da programação orçamentária e foi retirada do Manual Técnico de Orçamento (MTO). Vou transcrever os trechos desse manual, indicando a alternativa a qual eles se referem, bem como os erros da questão:

    “A compreensão do orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização, implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado. Esse sistema tem o propósito de atender às exigências de informação demandadas por todos os interessados nas questões de finanças públicas, como os poderes públicos, as organizações públicas e privadas e a sociedade em geral." [Primeira afirmativa verdadeira.]

    “Na estrutura atual, o orçamento público está organizado em programas de trabalho, que contêm informações qualitativas e quantitativas, sejam físicas ou financeiras." [Segunda afirmativa falsa.]

    “O programa de trabalho, que define qualitativamente a programação orçamentária, deve responder, de maneira clara e objetiva, às perguntas clássicas que caracterizam o ato de orçar, sendo, do ponto de vista operacional, composto dos seguintes blocos de informação: classificação por esfera, classificação institucional, classificação funcional, estrutura programática e principais informações do Programa e da Ação (...)" [Terceira afirmativa falsa.]

    “A programação orçamentária quantitativa tem duas dimensões: a física e a financeira. A dimensão física define a quantidade de bens e serviços a serem entregues. A dimensão financeira estima o montante necessário para o desenvolvimento da ação orçamentária de acordo com os seguintes classificadores: (...)" [Quarta afirmativa falsa.]

    A sequência correta, portanto, é: V, F, F, F.


    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2616790
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Considerando os parâmetros estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • LC 101 Art 12º  § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

  • Gabarito "A"

     

    A questão fundamentou-se no artigo 12 da LRF

     

    Lei 101: Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

     

    § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

     

    § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. Obs.: o Art. 12, § 2o, está com sua eficácia suspensa pela Vide ADIN 2.238-5, por ser mais restritiva do que a própria CF 88, ao restringir o texto acima, enquanto a CF 88 previu uma exceção: (CF: Art. 167. São vedados: III – a realização de operações de créditos(endividamento para fazer aplicação/investimentos) que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.)

     

    § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

  • Considerando os parâmetros estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a alternativa INCORRETA.

    - - - - - - - - - - -

    a) Feitas as previsões das receitas públicas, o Poder Legislativo poderá fazer reestimativas, se assim achar conveniente e necessário, desde que o montante estimado para as receitas de operações de crédito não seja superior ao montante fixado para as despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. ERRADA

    Art. 12. § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

    Art. 12. § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária. 

    - - - - - - - - - - -

    b) Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação, sendo vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observar os requisitos essenciais no que se refere aos impostos. CERTO

    Art. 11. Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação. 

    - - - - - - - - - - -

    c) O Poder Executivo de cada ente da federação colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da receita corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo. CERTO

    Art. 12. § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

    - - - - - - - - - - -

    d) As previsões de receita pública observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas. CERTO

    Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

  • Art. 12. As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.

            § 1o Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

            § 2o O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.               (Vide ADIN 2.238-5)

            § 3o O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.

  • Letra A

    NÃO é quando o Poder Legislativo achar conveniente e necessário. A reestimativa só será admitida se COMPROVADO ERRO OU OMISSÃO TÉCNICA OU LEGAL.

    Art.12, § 1° Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal.

    Fonte: LRF.

  • A questão trata da LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL (Lei Complementar n.º 101/2000 - LRF).


    Seguem comentários de cada alternativa:


    A) Feitas as previsões das receitas públicas, o Poder Legislativo poderá fazer reestimativas, se assim achar conveniente e necessário, desde que o montante estimado para as receitas de operações de crédito não seja superior ao montante fixado para as despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária.


    Incorreta. Conforme art. 12, §1º, LRF: “Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo só será admitida se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal".


    De acordo com o art. 12, §2º, LRF: “O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes do projeto de lei orçamentária".


    A banca misturou os dispositivos acima. Como pode se observar, é possível o Poder Legislativo realizar a estimativa da receita. Porém, NÃO é caso de achar conveniente e necessário, e sim somente se comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal. Portanto, somente nessa hipótese.


    B) Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação, sendo vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observar os requisitos essenciais no que se refere aos impostos.


    Correta. O art. 11, LRF dispõe: “Art. 11 - Constituem requisitos essenciais da responsabilidade na gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os tributos da competência constitucional do ente da Federação.



    §1º - É vedada a realização de transferências voluntárias para o ente que não observe o disposto no caput, no que se refere aos impostos". Portanto, a banca cobrou a literalidade da norma.


    C) O Poder Executivo de cada ente da federação colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da receita corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo.


    Correta. Observe art. 12, §3º, LRF: “O Poder Executivo de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os estudos e as estimativas das receitas para o exercício subsequente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas memórias de cálculo". Portanto, a banca cobrou a literalidade da norma.


    D) As previsões de receita pública observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas.


    Correta. Segue o art. 12, LRF: “As previsões de receita observarão as normas técnicas e legais, considerarão os efeitos das alterações na legislação, da variação do índice de preços, do crescimento econômico ou de qualquer outro fator relevante e serão acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos, da projeção para os dois seguintes àquele a que se referirem, e da metodologia de cálculo e premissas utilizadas". Portanto, a banca cobrou a literalidade da norma.



    Gabarito do Professor: Letra A.


ID
2616793
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A Contabilidade Aplicada ao Setor Público compreende diferentes aspectos, os quais são importantes para a correta interpretação das informações contábeis.
• Aspecto ____________ – Nesse aspecto, devem ser atendidos os princípios e as normas contábeis voltadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos e passivos e de suas variações patrimoniais.
• Aspecto ____________ – Compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, tanto quanto à sua aprovação quanto à sua execução.
• Aspecto ____________ – Compreende a apuração e a evidenciação, por meio da contabilidade, dos indicadores estabelecidos pela LRF, dentre os quais se destacam os da despesa com pessoal, das operações de crédito e da dívida consolidada, além da apuração da disponibilidade de caixa, do resultado primário e do resultado nominal, a fim de verificar-se o equilíbrio das contas públicas.
Considerando os referidos aspectos, assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.

Alternativas
Comentários
  • Aspécto Orçamentário: Gerencial

    Aspécto Patrimonial: Contábil

    Aspécto Fiscal: Verificação das contas de acordo com a LRF

  • 3.1. ASPECTO ORÇAMENTÁRIO

    Compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, tanto quanto à sua aprovação quanto à sua execução.

     

    3.2. ASPECTO PATRIMONIAL

    Compreende o registro e a evidenciação da composição patrimonial do ente público. Nesse aspecto, devem ser atendidos os princípios e as normas contábeis voltadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos e passivos e de suas variações patrimoniais.

     

    3.3. ASPECTO FISCAL

    Compreende a apuração e evidenciação, por meio da contabilidade, dos indicadores estabelecidos pela LRF, dentre os quais se destacam os da despesa com pessoal, das operações de crédito e da dívida consolidada, além da apuração da disponibilidade de caixa, do resultado primário e do resultado nominal, a fim de verificar-se o equilíbrio das contas públicas.

     

    Fonte: MCASP 7ª edição.

  • ASPECTO ORÇAMENTÁRIO

    Compreende o registro e a evidenciação do orçamento público, tanto quanto à sua aprovação quanto à sua execução. Os registros de natureza orçamentária são base para a elaboração do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e dos Balanços Orçamentário e Financeiro, que representam os principais instrumentos para refletir esse aspecto.

    ASPECTO PATRIMONIAL

    Compreende o registro e a evidenciação da composição patrimonial do ente público. Nesse aspecto, devem ser atendidos os princípios e as normas contábeis voltadas para o reconhecimento, mensuração e evidenciação dos ativos e passivos e de suas variações patrimoniais. O Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP) representam os principais instrumentos para refletir esse aspecto. O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade aplicada ao setor público (CASP) visa a contribuir, primordialmente, para o desenvolvimento deste aspecto.

    ASPECTO FISCAL

    Compreende a apuração e evidenciação, por meio da contabilidade, dos indicadores estabelecidos pela LRF, dentre os quais se destacam os da despesa com pessoal, das operações de crédito e da dívida consolidada, além da apuração da disponibilidade de caixa, do resultado primário e do resultado nominal, a fim de verificar-se o equilíbrio das contas públicas. O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) representam os principais instrumentos para evidenciar esse aspecto.

    MCASP

  • GABARITO: B

    Parabéns! Você acertou!


ID
2616796
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Contabilidade Pública
Assuntos

A Dívida Pública, em termos gerais, é a dívida contraída pelo Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal para financiar o déficit orçamentário, nele incluído o refinanciamento da própria dívida, bem como para realizar operações com finalidades específicas definidas em lei. A respeito de dívida pública e alternativas de financiamento do déficit público, analise as afirmativas a seguir.
I. A Dívida Pública Federal pode ser classificada de distintas formas, sendo as principais: quanto à forma utilizada para o endividamento e quanto à moeda na qual ocorrem os fluxos de recebimento e pagamento da dívida.
II. Os títulos públicos federais são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos pelo Governo Federal via oferta pública (leilão) ou diretamente ao detentor.
III. Em relação à moeda na qual ocorrem seus fluxos de recebimento e pagamento, a Dívida Pública Federal pode ser classificada como interna ou externa. Quando os pagamentos e recebimentos são realizados na moeda corrente em circulação no país, no caso brasileiro o real, a dívida é chamada de interna. Por sua vez, quando tais fluxos financeiros ocorrem em moeda estrangeira, usualmente o dólar norte-americano, a dívida é classificada como externa.
IV. Atualmente, toda a Dívida Pública Federal em circulação no mercado nacional é paga em real e captada por meio da emissão de títulos públicos, sendo por essa razão definida como Dívida Pública Mobiliária Federal interna. Já a Dívida Pública Federal existente no mercado internacional é paga em outras moedas que não o real e tem sido captada tanto por meio da emissão de títulos quanto por contratos, sendo por isso definida como Dívida Pública Federal externa.
Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • http://www.tesouro.fazenda.gov.br/conceitos-basicos-faq


ID
2616799
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com base em conhecimentos sobre economia, mais especificamente sobre a Teoria da Produção e estruturas de mercado, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D

     

    Curva de possibilidade de produção é a linha na qual todos os pontos revelam as diferentes possibilidades de dois produtos serem fabricados de forma combinada em determinado período com a quantidade de fatores que a firma possui.

    Fonte: Professor: MSc. Idaildo Souza da Silva

  • ao longo da CPP, em qualquer ponto, a quantidade e a
    qualidade de fatores de produção utilizada são as mesmas.

    Ou seja, esses fatores são sim levados em consideração.

    fonte: estrategia concursos(prof Heber Carvalho)

  • Sobre a Letra C.

    Curto Prazo = Período de tempo em que pelo menos um insumo é fixo.

    Lei dos Rendimentos Decrescentes= À medida que aumenta o uso de determinado insumo(no curto prazo) chega-se  a um ponto em que a produção adicional obtida,eventualmente,decrescerá. 

  • Vamos analisar as alternativas.

    A) Correto. Temos rendimentos crescentes de escala se aumentarmos a quantidade de fator de produção e o produto aumentar mais que proporcionalmente, já os rendimentos decrescentes de escala ocorrem quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa proporção menor e, por fim, os rendimentos constantes de escala são obtidos se aumentarmos a quantidade de insumos e o produto aumentar na mesma proporção.

    B) Correto. Função de produção é a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física do produto, em determinado período de tempo. (livro de ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos)

    C) Correto. Lei dos rendimentos decrescentes: “ao aumentar-se o fator variável (mão-de-obra), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a produtividade marginal do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tomar-se negativa". Vale apenas se se mantiver um fator fixo (portanto, só vale a curto prazo) - livro de ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos.

    D) Errado. A Fronteira ou Curva de Possibilidades de Produção (CPP), também chamada de Curva de Transformação, é a fronteira máxima que a economia pode produzir, dados os recursos produtivos limitados e a tecnologia. Mostra as alternativas de produção da sociedade, supondo os recursos plenamente empregados. (livro de ECONOMIA MICRO e MACRO, de Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos)

    Gabarito: Letra “D".

ID
2616802
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Regular é disciplinar por meio de regra. Em sentido largo, é o conjunto de regras editadas com o propósito de disciplinar determinada matéria, o que permite o emprego do vocábulo para referir a disciplinas dos mais variados campos de incidência de normas legais. Sobre regulação e fiscalização da atividade econômica, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

     

    A regulação econômica não necessariamente é implementada pela administração pública (pode ser aplicada pelos próprios participantes no setor via autorregulação) e não pode ser considerada como um conjunto de regras genéricas. Muito pelo contrário, os normativos que estabelecem as regras da regulação econômica nos mais distintos mercados são bem detalhados.

     

    Fonte: Professor Vicente Camillo

  • Acredito que esse tópico está relacionado à Macroeconomia. 


ID
2616805
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

“A informalidade assume distintos significados nos diferentes debates em torno das suas manifestações cotidianas, uma vez que a sua compreensão na opinião pública, na academia e entre os formuladores de políticas públicas costuma variar de acordo com a visão de mundo, os compromissos e os interesses imediatos de cada segmento social. Mas, qualquer que seja o significado atribuído às suas manifestações, a questão não pode ser pensada de forma compartimentalizada, como se o problema estivesse restrito a um setor atrasado e estanque da economia.”
(Economia informal: aspectos conceituais e teóricos / José Dari Krein e Marcelo Weishaupt Proni; Escritório da OIT no Brasil. – Brasília: OIT, 2010 1 v. 1.)

Em relação à economia informal, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A) Incorreto. Segundo a Organização Internacional do Trabalho - OIT, a “economia informal" se refere a “todas as atividades econômicas dos trabalhadores e unidades econômicas que - na lei ou na prática – não estão abrangidas ou estão insuficientemente cobertas por disposições formais. As atividades da economia informal não estão incluídas na lei, o que significa que operam fora do âmbito formal da legislação, ou não são abrangidas por essas normas na prática, seja porque a lei não lhes é aplicada ou assegurada; ou desestimula seu seguimento porque é inapropriada, onerosa ou impõe custos excessivos".

    De posse do conceito da Organização Internacional do Trabalho - OIT, os trabalhadores da economia informal não são reconhecidos pelas agências governamentais, não são precisamente mensurados nas estatísticas oficiais, não estão contemplados pela legislação trabalhista, nem se beneficiam da seguridade social, visto que a falta de registro dificulta o controle desse tipo de mercado por parte governo.


    B) Correto. Dados levantados pela OIT afirmam que, como um todo, os trabalhadores informais possuem jornadas mais extensas de trabalho, não estão cobertos pelos processos de negociação coletiva e não tem direitos de representação. Eles são também mais física e financeiramente vulneráveis que os demais trabalhadores, uma vez que o trabalho na economia informal não está coberto pela legislação trabalhista, nem protegido pelos sistemas de proteção social, saúde e segurança do trabalho, licença maternidade e outros direitos trabalhistas.


    C) Correto. A economia informal compreende aproximadamente de metade a três quartos de todos os empregos não-agrícolas gerados nos países em desenvolvimento. A informalidade do trabalho desenvolve-se e cresce em condições de elevadas taxas de desemprego, subemprego, pobreza, desigualdade de gênero e trabalho precário, conquanto é preciso considerar que a economia informal, de modo geral, tem se difundido não só nos países em desenvolvimento, mas também nos países centrais.


    D) Correto. Os trabalhadores da economia informal caracterizam-se por diferentes graus de vulnerabilidade. Trabalhadores mulheres, jovens, migrantes e idosos são especialmente vulneráveis aos mais graves déficits de trabalho decente na economia informal. Essa vulnerabilidade e falta de proteção legal tendem a expor ainda mais esses trabalhadores informais a situações de violência, incluindo assédio sexual e outras formas de exploração e abuso, corrupção e suborno.

    Fonte: Inserção Laboral de Migrantes Internacionais: transitando entre a economia formal e informal no município de São Paulo, produzida no âmbito do escrito da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil.



    Gabarito: Letra “A".

  • Gabarito: A

    A) Os trabalhadores da economia informal são reconhecidos pelas agências governamentais, são precisamente mensurados nas estatísticas oficiais, estão contemplados pela legislação trabalhista, mas se beneficiam de forma limitada da seguridade social.

    Errado. Não são precisamente mensurados nas estatísticas oficiais (são apenas estimados) e não estão contemplados pela legislação trabalhista (são informais, não possuem carteira de trabalho assinada).

    B) Os trabalhadores da economia informal estão impossibilitados de desfrutar plenamente dos direitos sociais que alicerçam a cidadania. E quando reivindicam outra forma de tratamento, raramente são ouvidos pelas autoridades públicas, por não estarem organizados e não terem representantes legítimos.

    Correto.

    C)Apesar de haver discrepância no uso dos conceitos e na mensuração da extensão da economia informal, existe uma compreensão amplamente difundida de que a economia informal se tornou um fenômeno expressivo nos países subdesenvolvidos ou em transição e que começa a aparecer nos países centrais.

    Correto.

    D) Há, no meio acadêmico, uma relativa concordância de que sob a noção da informalidade há uma grande diversidade de situações heterogêneas, que, em geral, correspondem a condições desfavoráveis aos trabalhadores: indefinição do local de trabalho, condições de trabalho prejudiciais à saúde e à segurança, baixos níveis de qualificação e de produtividade do trabalho, rendimentos baixos e irregulares, extensas jornadas de trabalho, falta de acesso à informação e à tecnologia, além das dificuldades para a obtenção de financiamento e para uma inserção legal no mercado.

    Correto.

    Se meu comentário estiver equivocado, por favor me avise por mensagem para que eu o corrija e evite assim prejudicar os demais colegas.


ID
2616808
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A Política Fiscal reflete o conjunto de medidas pelas quais o Governo arrecada receitas e realiza despesas de modo a cumprir três funções precípuas: a estabilização macroeconômica, a redistribuição da renda e a alocação de recursos. Sobre a Política Fiscal, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • A questão trata de conceitos básicos de macroeconomia e todos os itens foram extraídos do site do Tesouro Nacional, http://www.tesouro.fazenda.gov.br/sobre-politica-fiscal.


    A) Correto. O uso equilibrado dos recursos públicos visa a redução gradual da dívida líquida como percentual do PIB, de forma a contribuir com a estabilidade, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país. Mais especificamente, a política fiscal busca a criação de empregos, o aumento dos investimentos públicos e a ampliação da rede de seguridade social, com ênfase na redução da pobreza e da desigualdade.


    B) Errado. O uso equilibrado dos recursos públicos promove a ESTABILIDADE ECÔNOMICA.


    C) Correto. Os resultados da política fiscal podem ser avaliados sob diferentes ângulos, que podem focar na mensuração da qualidade do gasto público bem como identificar os impactos da política fiscal no bem-estar dos cidadãos. Para tanto podem ser utilizados diversos indicadores para análise fiscal, em particular os de fluxos (resultados primário e nominal) e estoques (dívidas líquida e bruta). A saber, estes indicadores se relacionam entre si, pois os estoques são formados por meio dos fluxos. Assim, por exemplo, o resultado nominal apurado em certo período afeta o estoque de dívida bruta.


    D) Correto. Resultado fiscal primário é a diferença entre as receitas primárias e as despesas primárias durante um determinado período. O resultado fiscal nominal, por sua vez, é o resultado primário acrescido do pagamento líquido de juros. Assim, fala-se que o Governo obtém superávit fiscal quando as receitas excedem as despesas em dado período; por outro lado, há déficit quando as receitas são menores do que as despesas.


    Gabarito: Letra “B".

  • NA MINHA VISÃO A DÍVIDA PÚBLICA SEMPRE EXISTIRÁ, O QUE DEVE ACONTECER É A SUA REDUÇÃO E CONTROLE.

  • a contribuir com a instabilidade (ESTABILIDADE) econômica, o crescimento e o desenvolvimento econômico do país


ID
2616811
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre políticas e planos de Desenvolvimento Regional, em âmbito nacional, analise as afirmativas a seguir.
I. A Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR tem como objetivo a redução das desigualdades de nível de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento, e deve orientar os programas e ações federais no Território Nacional.
II. A redução das desigualdades regionais se norteia pelas estratégias de estímulo e apoio a processos e a oportunidades de desenvolvimento regional, em múltiplas escalas e pela articulação de ações que, no seu conjunto, promovam uma melhor distribuição da ação pública e investimentos no Território Nacional, com foco particular nos territórios selecionados e de ação prioritária.
III. As estratégias da Política Nacional de Desenvolvimento Regional – PNDR devem ser convergentes com os objetivos de inclusão social, de produtividade, sustentabilidade ambiental e competitividade econômica.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  •  Os itens transcrevem exatamente a literalidade de parte do Decreto nº 6.047, de 22 de fevereiro de 2007, transcritos abaixo, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR.


    I – Correto. Art. 1º A Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR tem como objetivo a redução das desigualdades de nível de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento, e deve orientar os programas e ações federais no Território Nacional, atendendo ao disposto no inciso III do art. 3o da Constituição.

    II – Correto. Art. 2º  A redução das desigualdades regionais se norteia pelas seguintes estratégias:

    I - estimular e apoiar processos e oportunidades de desenvolvimento regional, em múltiplas escalas; e

    II - articular ações que, no seu conjunto, promovam uma melhor distribuição da ação pública e investimentos no Território Nacional, com foco particular nos territórios selecionados e de ação prioritária.

    III – Correto.

    Art. 2º....

    ....

    Parágrafo único.  As estratégias da PNDR devem ser convergentes com os objetivos de inclusão social, de produtividade, sustentabilidade ambiental e competitividade econômica.


    Gabarito: Letra “'A".

  •  Os itens transcrevem exatamente a literalidade de parte do Decreto nº 6.047, de 22 de fevereiro de 2007, transcritos abaixo, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR.

    I – Correto. Art. 1º A Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR tem como objetivo a redução das desigualdades de nível de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento, e deve orientar os programas e ações federais no Território Nacional, atendendo ao disposto no inciso III do art. 3o da Constituição.

    II – Correto. Art. 2º  A redução das desigualdades regionais se norteia pelas seguintes estratégias:

    I - estimular e apoiar processos e oportunidades de desenvolvimento regional, em múltiplas escalas; e

    II - articular ações que, no seu conjunto, promovam uma melhor distribuição da ação pública e investimentos no Território Nacional, com foco particular nos territórios selecionados e de ação prioritária.

    III – Correto.

    Art. 2º....

    ....

    Parágrafo único.  As estratégias da PNDR devem ser convergentes com os objetivos de inclusão social, de produtividade, sustentabilidade ambiental e competitividade econômica.

    Gabarito: Letra “’A”.

  •  Os itens transcrevem exatamente a literalidade de parte do Decreto nº 6.047, de 22 de fevereiro de 2007, transcritos abaixo, que institui a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR.

    I – Correto. Art. 1º A Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR tem como objetivo a redução das desigualdades de nível de vida entre as regiões brasileiras e a promoção da equidade no acesso a oportunidades de desenvolvimento, e deve orientar os programas e ações federais no Território Nacional, atendendo ao disposto no inciso III do art. 3o da Constituição.

    II – Correto. Art. 2º  A redução das desigualdades regionais se norteia pelas seguintes estratégias:

    I - estimular e apoiar processos e oportunidades de desenvolvimento regional, em múltiplas escalas; e

    II - articular ações que, no seu conjunto, promovam uma melhor distribuição da ação pública e investimentos no Território Nacional, com foco particular nos territórios selecionados e de ação prioritária.

    III – Correto.

    Art. 2º....

    ....

    Parágrafo único.  As estratégias da PNDR devem ser convergentes com os objetivos de inclusão social, de produtividade, sustentabilidade ambiental e competitividade econômica.

    Gabarito: Letra “’A”.


ID
2616814
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

Com base nos parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • GAbarito  A.

     

    A LDO ganhou protagonismo na LRF. 

  • CAPÍTULO II

    DO PLANEJAMENTO

    ____________________________________________________________________________________

    DA LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

    Art. 4° A LDO atenderá o § 2° do 165 CF.

    .

    I - A LDO “disporá” também sobre:

    a) EQUILÍBRIO entre Receitas e Despesas;

    b) CRITÉRIOS e FORMA de [LIMITAÇÃO DE EMPENHO] (Sequestration, Contingenciamento de Gastos;

    caso a Receita não comporte o cumprimento das Metas de Resultado Primário ou Nominal previstas);

    e) normas relativas ao [CONTROLE DE CUSTOS] e à [AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS]

    dos Programas financiados com Recursos dos Orçamentos;

    f) demais CONDIÇÕES e EXIGÊNCIAS para

    ===> TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS a Entidades Públicas e Privadas;

    _____________________________

    .

    § 3° A LDO conterá Anexo de Riscos Fiscais - ARF

    --- [Riscos Orçamentários] (ex. menor arrecadação) e

    --- [Riscos da Dívida Pública] (ex. câmbio, fenômenos da natureza).

    ARF objetiva reequilibrar as contas do governo,

    AVALIANDO

    --- os PASSIVOS CONTINGENTES e

    --- outros RISCOS capazes de afetar (desequilibrar) as Contas Públicas, e

    INFORMANDO

    --- as PROVIDÊNCIAS a serem tomadas, caso os Riscos se concretizem.

    _____________________________

    .

    § 1° Integrará o Projeto de LDO o Anexo de 5 Metas Fiscais - AMF, em que serão estabelecidas

    5 METAS ANUAIS (Planejamento TRIENAL, [1] > [2]) em valores correntes e constantes;

    5 METAS FISCAIS ANUAIS a serem atingidas, relativas a:

    1. Receitas;

    2. Despesas;

    3. Resultado Nominal;

    4. Resultado Primário (não financeiro; se superávit, paga Serviço da Dívida) e

    5. Montante da Dívida Pública;

    para o exercício a que se referirem [1] e para os >[2] seguintes; (Planejamento Trienal [1] > [2]).

    _________

    § 2° O AMF conterá, ainda (Demonstrativos, Avaliação, Evolução do PL; 3< ):

    .

    ----- DEMONSTRATIVO das 5 METAS ANUAIS,

    instruído com memória e metodologia de CÁLCULO que justifiquem os resultados pretendidos,

    comparando-as com as (Metas) fixadas nos últimos 3 exercícios< ([3]< +1 = 4 PPA),

    e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

    ----- DEMONSTRATIVO da [ESTIMATIVA] e [COMPENSAÇÃO] da Renúncia de Receita e

    ----- DEMONSTRATIVO da [MARGEM de EXPANSÃO] das DOCC;

    (# LOA: [MEDIDAS de Compensação] a [Renúncias de Receita] e ao [Aumento de DOCC]);

    .

    ----- AVALIAÇÃO do cumprimento das 5 Metas [relativas ao ano anterior]< ;

    ----- AVALIAÇÃO da situação Financeira e Atuarial:

    - - - - - - - - - - dos RGPS e RPPS dos Servidores Públicos,

    - - - - - - - - - - do FAT e

    - - - - - - - - - - dos demais FUNDOS Públicos e PROGRAMAS Estatais de natureza Atuarial;

    .

    ----- EVOLUÇÃO DO PL, também nos últimos 3 exercícios< ,

    destacando a Origem< e a >Aplicação dos Recursos obtidos com a ALIENAÇÃO de Ativos.

  • Gabarito  "A"

     

    Lei 101, Art. 4o A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art. 165 da Constituição e:

     

    CF, Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

     

    § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

     

    Em conformidade com o artigo 4° da Lei Complementar n° 101/00, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO atenderá a Constituição Federal e disporá sobre: o equilíbrio entre receitas e despesas; critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses previstas nos artigos 9° e 31 dessa LC; normas relativas ao controle de custos e à avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos dos orçamentos; e também sobre demais condições e exigências para transferências de recursos a entidades públicas e privadas.

  • A questão trata da LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL, conforme a Lei Complementar n.º 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal.

    Seguem comentários de cada alternativa:

    A) A Lei de Responsabilidade Fiscal enfraquece a Lei de Diretrizes Orçamentárias, em virtude da obrigatoriedade do Anexo de Riscos Fiscais, onde deve ser estabelecida meta anual em valores correntes e constantes para o período.

    Errada. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) trata do Anexo de Metas Fiscais (AMF) nos §§ 1º e 2º do art. 4, LRF. Observe esses §§º:

    “§ 1º - Integrará o projeto de lei de diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes.

    § 2º - O Anexo conterá, ainda:

    I - avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano anterior;

    II - demonstrativo das metas anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos três exercícios anteriores, e evidenciando a consistência delas com as premissas e os objetivos da política econômica nacional;

    III - evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três exercícios, destacando a origem e a aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos;

    IV - avaliação da situação financeira e atuarial:

    a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao Trabalhador;
    b) dos demais fundos públicos e programas estatais de natureza atuarial;

    V - demonstrativo da estimativa e compensação da renúncia de receita e da margem de expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado".

    Na realidade, a LRF FORTALECE a LDO, obrigando o Poder Executivo a estabelecer metas em valores correntes e constantes para o período a que se referem. Inclusive, deverá avaliar o cumprimento dessas metas. Portanto, a LRF fortalece e NÃO enfraquece.

    B) A Lei de Responsabilidade Fiscal trata de equilíbrio nas contas públicas: o equilíbrio das chamadas Contas Primárias, traduzida no Resultado Primário equilibrado. O equilíbrio a ser buscado é o equilíbrio autossustentável, aquele que prescinde de operações de crédito e, portanto, sem aumento da dívida pública.

    Certa. A LRF trata da responsabilidade na gestão fiscal (art. 1, §1º), que compreende, entre outras situações, o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas. É o chamado equilíbrio fiscal. Existe, também, a preocupação com os limites das dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.

    Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) também trata sobre o equilíbrio entre receitas e despesas, conforme o art. 4, I, a LRF.

    Portanto, a LRF busca esse equilíbrio fiscal nas contas públicas, inclusive não devendo aumentar a dívida pública.

    C) De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, a Receita Corrente Líquida deve ser apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze meses anteriores, excluídas as duplicidades. Observa-se, então, que a verificação da Receita Corrente Líquida deve ser para o período de um ano, não necessariamente o ano civil, e a sua apuração começará no mesmo mês em que se estiver calculando a Receita Corrente Líquida.

    Certa. Segue o art. 2, § 3º, LRF:

    “A receita corrente líquida será apurada somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e nos onze anteriores, excluídas as duplicidades".

    A LRF se preocupou em dar a possibilidade de apurar a RCL em qualquer período do ano civil, podendo assim se verificar como está o limite da despesa com pessoal em qualquer mês do ano, por exemplo. Utilizou o “mês em referência" como parâmetro.

    D) Considerando os parâmetros estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, no caso dos Municípios, a Receita Corrente Líquida corresponde à Receita Corrente total, subtraídas as contribuições ao regime próprio de previdência e assistência social (quando houver) e as compensações legais (quando houver). Portanto, como os Municípios não realizam transferências constitucionais a outros entes, sua Receita Corrente Líquida poderá corresponder simplesmente à sua Receita Corrente total.

    Certa. Segue o art. 2, IV, LRF:

    “Art. 2 - Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como:

    IV - receita corrente líquidasomatório das receitas tributárias, de contribuiçõespatrimoniaisindustriaisagropecuárias, de serviçostransferências correntes e outras receitas também correntesdeduzidos:

    a) na União, os valores transferidos aos Estados e Municípios por determinação constitucional ou legal, e as contribuições mencionadas na alínea a do inciso I e no inciso II do art. 195, e no art. 239 da Constituição;
    b) nos Estados, as parcelas entregues aos Municípios por determinação constitucional;
    c) na União, nos Estados e nos Municípios, a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social e as receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do art. 201 da Constituição (CF/88)".

    De acordo com a LRF, a dedução das transferências constitucionais fica somente permitida para aqueles entes que transferem recursos por determinação constitucional ou legal. Então, nesse caso, os Municípios não efetuam as mencionadas transferências.

    Muito cuidado com a afirmação da questão: “... sua Receita Corrente Líquida poderá corresponder simplesmente à sua Receita Corrente total".

    Normalmente, sempre haverá a contribuição dos servidores para o custeio do seu sistema de previdência e assistência social. Já não podemos considerar o mesmo para as receitas provenientes de compensação financeira. Então, quando a questão menciona “poderá", temos que ter muita atenção, pois a regra é que seus servidores contribuam para o seu regime previdenciário. É uma dedução da remuneração do servidor que já tem uma destinação específica. A banca considerou que esse recurso, por ter uma destinação específica, não entra como dedução da RCL, não estando disponível para realizar outras despesas.


    Gabarito do Professor: Letra A.

ID
2616817
Banca
CONSULPLAN
Órgão
Câmara de Belo Horizonte - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Sobre o Balanço de Pagamentos do Brasil, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) No Balanço de Pagamentos, a Conta de Capital representa o somatório dos valores líquidos dos investimentos diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos.
( ) No Balanço de Pagamentos, a Balança de Transações Correntes representa o somatório dos valores líquidos da balança comercial, serviços, rendas e transferências unilaterais correntes.
( ) O Balanço de Pagamentos é o registro estatístico de todas as transações (fluxo de bens e direitos de valor econômico) entre os residentes de uma economia e o restante do mundo, ocorridos em determinado período de tempo.
( ) As transações entre os residentes no Brasil e os residentes no exterior, independentemente da moeda utilizada, de acordo com as normas em vigor no país, são realizadas por intermédio do sistema bancário ou de agentes credenciados pelo Banco Central do Brasil.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Balanço de Pagamentos é o nome dado ao registro contábil de todas as transações econômicas e financeiras de um determinado país com seus similares no mundo todo. É composto por duas contas principais, que são:

    - conta corrente ou transações correntes, que é composta pelo saldo da balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais. É na conta corrente que são registrados as transferências de bens e serviços e as doações recebidas ou dadas sem existência de uma contrapartida.

    - conta capital ou financeira, que destina-se a agrupar os investimentos diretos (tanto os de autoria de brasileiros no exterior como os de estrangeiros no Brasil), investimentos em carteira (são os investimentos feitos em ações, aplicações no mercado financeiro, e similares).

    Quando o resultado de determinada conta é negativo, significa que houve maior saída de recursos naquela rubrica contábil em específico, sendo que resultados positivos acusam consequentemente, entrada maior de recursos.

     

    Um resultado positivo do Balanço de Pagamentos equivale a um aumento das reservas internacionais, ou seja, um aumento dos dólares que entram em determinado país na forma de investimento direto, empréstimos, financiamentos e captações. Há a necessidade de se trocar estes dólares por reais nos bancos, para se fazer uso dos mesmos; os reais são injetados na economia e os dólares são retidos no Banco Central.

     

    Fonte:

    http://informeeconomico.com.br/2008/08/18/balanco-de-pagamentos.html - Página Informe Econômico - Balanço de Pagamentos

    http://prof.aloizio.sites.uol.com.br/balanca.html - Página do Prof. Aloízio - Balança de Pagamentos Internacionais

  • Correções:

    (F ) No Balanço de Pagamentos, a Conta de Capital representa o somatório dos valores líquidos dos investimentos diretos, investimentos em carteira, derivativos e outros investimentos.  (A conta FINANCEIRA que apresenta esses valores)

    (V) No Balanço de Pagamentos, a Balança de Transações Correntes representa o somatório dos valores líquidos da balança comercial, serviços, rendas e transferências unilaterais correntes. 

    Transações correntes: Balança comercial + Serviços + Rendas (Renda primária na BPM6) + Transferências unilaterais (Renda secundária na BPM6), CUIDADO: a conta financeira e de capitais não entra nas transações correntes.

    (V) O Balanço de Pagamentos é o registro estatístico de todas as transações (fluxo de bens e direitos de valor econômico) entre os residentes de uma economia e o restante do mundo, ocorridos em determinado período de tempo.

    (V) As transações entre os residentes no Brasil e os residentes no exterior, independentemente da moeda utilizada, de acordo com as normas em vigor no país, são realizadas por intermédio do sistema bancário ou de agentes credenciados pelo Banco Central do Brasil. 

    A instituição responsável pela elaboração e divulgação do BP é o Banco Central do Brasil (BACEN).