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ID
2693737
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Maria Luiza é gerente de crédito em uma grande instituição financeira e, embora ela seja muito inteligente e com grande bagagem intelectual para a realização de suas atividades, acaba, recorrentemente, falhando ou obtendo resultados abaixo do esperado. Com o tempo ela passou a “delegar” a seus colegas de melhor desempenho suas atividades mais complexas, eximindo-se de suas reais atribuições e responsabilidades.


Ela apresenta um baixo nível de autoconsciência, o que acarreta o desaparecimento da inibição, levando-a a comportar-se de um modo que não é o seu padrão. Considerando a hipótese acima, o estado mental de Maria Luiza é

Alternativas
Comentários
  • De acordo com a Banca, o gabarito é a letra A, porém, um pouco questionável!

     

    Desindividuação, conceito abordado por diferentes teóricos da psicologia institucional e da psicologia social, diz respeito ao afrouxamento das restrições normais ao comportamento do indivíduo quando está no meio da multidão; refere-se ao efeito manada ou à perda da auto-consciência em grupos.

     

    Da situação apresentada infere-se que a gerente, por falta de competência, acaba delegando suas atribuições a quem possa resolver. Portanto, mesmo diante do seu baixo nível de consciência, do seu padrão e da sua baixa inibição diante do fato, a meu ver, isso não caracteriza desindividuação. Está mais para "semvergonhice".

     

    Enfim, a questão ficou muito confusa por considerar apenas parte dos critérios que caracterizam o conceito.

  • "Ela apresenta um baixo nível de autoconsciência, o que acarreta o desaparecimento da inibição, levando-a a comportar-se de um modo que não é o seu padrão"


    A FCC enrolou e acabou fazendo a questão somente em cima dessa única afirmação, ficou confuso, mas se observarmos somente essa afirmação, faz sentido a resposta.

  • Fulana perde a timidez, ou seja, desaparece a inibição, há um afrouxamento no nível da autoconsciência emergindo  o conceito da desindividuacão.

  • A :desindividuação

    Uma razão para isso é que as pessoas em grupos tendem a perder parte de seu próprio auto-conhecimento e auto-contenção. Elas tornam-se menos indivíduos e mais anônimas.

    Em certo sentido, as pessoas vão fazer coisas em grupos que não fariam sozinhas porque elas se sentem menos responsáveis ​​por suas ações como um indivíduo. Este processo de desindividualização pode ter efeitos poderosos.

    Por exemplo, como podem soldados matar crianças inocentes? Eles costumam responder a esta pergunta, dizendo que eles não são monstros, mas que estavam indo junto com o grupo e que estavam apenas cumprindo ordens, e não eram os únicos a fazê-lo. Muitos são envolvidos em atos hediondos de violência por causa da desindividualização.

    B: dessocialização na psicologia é uma espécie de destruição do curso normal da socialização. Hoje, os seguintes níveis de socialização são diferenciados: primário e secundário. O nível primário de socialização ocorre nas áreas de interações interpessoais em pequenos grupos, onde os agentes primários são pais e outros parentes, professores, pares, adultos significativos, etc. O nível secundário de socialização ocorre quando interagindo com grandes grupos sociais e instituições sociais, onde os agentes são instituições oficiais, organizações formais: administração universitária, funcionários do governo, exército.

  • D. Despersonalizacao

    De acordo com a última edição da , a despersonalização surge como uma desordem dissociativa: As características essenciais do Transtorno de Despersonalização consistem de episódios persistentes ou recorrentes de despersonalização, caracterizados por um sentimento de distanciamento ou estranhamento de si próprio (Critério A). O indivíduo pode sentir-se como um autômato ou como se estivesse em um sonho ou em um . Pode haver uma sensação de ser um observador externo dos próprios processos mentais, do próprio corpo ou de partes do próprio corpo. Vários tipos de anestesia sensorial, falta de resposta afetiva e uma sensação de não ter o controle das próprias ações, incluindo a fala, frequentemente estão presentes. O indivíduo com Transtorno de Despersonalização mantém um teste de realidade intacto (por ex., consciência de que isto é apenas uma sensação e de não ser realmente um autômato) (Critério B). A despersonalização é uma experiência comum, devendo-se fazer este diagnóstico apenas se os sintomas forem suficientemente severos para causar sofrimento acentuado ou prejuízo no funcionamento (Critério C). Uma vez que a despersonalização é uma característica comumente associada a muitos outros transtornos mentais, um diagnóstico separado de Transtorno de Despersonalização não é feito se a experiência ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno mental (por ex., Esquizofrenia, Transtorno de Pânico, Transtorno de Estresse Agudo ou outro Transtorno Dissociativo). Além disso, a perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância ou de uma condição médica geral (Critério D). Esta característica importante da despersonalização é que a pessoa tem total noção de que os seus sintomas não são normais e de que algo está errado consigo. O indivíduo pode perceber uma alteração insólita no tamanho ou forma dos objetos (macropsia ou micropsia), pode apresentar fotossensibilidade (sentir-se ofuscado e incomodado por ) e as pessoas podem parecer estranhas ou mecânicas. Outras características associadas incluem sintomas de ansiedade, sintomas depressivos e uma perturbação do sentido de tempo. A pessoa sente-se desapegada dos seus amigos e familiares, começa a sentir o mundo de uma forma diferente e irreal, bem como um grande vazio no seu íntimo, como se a sua personalidade se lhe tivesse sido "roubada" (daí o nome de despersonalização, da ruptura da personalidade), o que a leva a isolar-se.

    A despersonalização é a alteração da sensação a respeito de si próprio, enquanto a desrealização é a alteração da sensação de realidade do mundo exterior sendo preservada a sensação a respeito de si mesmo.

  • Vamos analisar a questão:


    Comportamento comumente observado em grupos, também chamado de efeito de manada ou psicologia das massas, a desindividuação descreve como indivíduos de um grupo podem agir coletivamente sem direção centralizada. O termo pode referir-se o comportamento dos animais em rebanhos, bandos de aves, cardumes de peixes e assim por diante, bem como o comportamento dos seres humanos em manifestações, motins, greves gerais, eventos esportivos (torcidas organizadas), encontros religiosos e episódios de violência em massa.

    Desindividualizar-se é se tornar parte da massa, que sob a capa do anonimato torna sua responsabilidade individual difusa entre os demais membros da multidão. Quando em grupos com os quais se identificam, as pessoas passam por um processo de perda de autoconsciência e das restrições morais e comportamentais, tornando-se mais suscetíveis a agir de forma diferente da cotidiana e até mesmo de se engajar em práticas antissociais, de acordo com as orientações do grupo maior.

    Pesquisas indicam uma relação diretamente proporcional entre tamanho da massa e senso de anonimato, que tende a maior desinibição e impulsividade.

    A despersonalização está mais relacionada à Psicopatologia, entendida como uma desordem dissociativa, caracterizada por experiências de sentimentos de irrealidade, de ruptura com a personalidade, processos amnésicos e apatia.


    GABARITO: A
  • Ela apresenta um baixo nível de autoconsciência, o que acarreta o desaparecimento da inibição, levando-a a comportar-se de um modo que não é o seu padrão. Considerando a hipótese acima, o estado mental de Maria Luiza é desindividuação

    Desindividuação

    --> conceito da psicologia social

    --> perda da auto-consciência em grupos

    --> perda da identidade e redução na preocupação quanto à avaliação social, o que resulta em atos impulsivos, regredidos e que não estão sob os padrões usuais de controle pessoal e social

    Exemplo: como podem soldados matar crianças inocentes? Eles costumam responder a esta pergunta, dizendo que eles não são monstros, mas que estavam indo junto com o grupo e que estavam apenas cumprindo ordens, e não eram os únicos a fazê-lo. Muitos são envolvidos em atos hediondos de violência por causa da desindividualização.