SóProvas


ID
2827237
Banca
FCC
Órgão
CREMESP
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               Lições erradas


      Dividimos a história em eras, com começo e fim bem definidos, e mesmo que a ordem seja imposta depois dos fatos – a gente vive para a frente mas compreende para trás, ninguém na época disse “Oba, começou a Renascença!” – é bom acreditar que os fatos têm coerência, e sentido, e lições. Mas podemos aprender a lição errada.

      A gente fala nos loucos anos 20, quando várias liberdades novas começavam a ser experimentadas, e esquece que foi a era que gerou o fascismo e outras formas liberticidas. O espírito da “era do jazz” foi também o espírito totalitário. Prevaleceram não os passos do charleston*, mas os passos de ganso dos nazistas.

      A leitura convencional dos anos 40 é que foram os anos em que os Estados Unidos salvaram a Europa dela mesma. Na verdade, a Segunda Guerra salvou os Estados Unidos, acabou com a crise econômica que sobrara dos anos 30, fortalecendo a sua indústria ao mesmo tempo que os poupava da destruição que liquidou a Europa, fortalecendo um sistema econômico que mantém sua economia saudável até hoje. O fim da Segunda Guerra foi o começo da era americana. Os americanos salvaram o mundo – e ficaram com ele.

      Já nos fabulosos anos 60, enquanto as drogas, o sexo e a comunhão dos jovens pela paz e contra tudo o que era velho tomavam conta das praças e das ruas, o conservadorismo se entrincheirava no poder.

      Quando fizerem, no futuro, a leitura de nossa época, qual será a conclusão errada?

*Charleston = dança de salão muito difundida na década de 20

(Adaptado de: VERISSIMO, Luís Fernando. Banquete com os deuses. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, p. 207/208) 

Quando fizerem, no futuro, a leitura de nossa época, qual será a conclusão errada?


Analisando-se a construção sintática da frase acima, é correto observar que

Alternativas
Comentários
  • Sujeito indeterminado é aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo. Na língua portuguesa, há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:

    Com verbo na 3ª pessoa do plural (que é o caso da questão); Com verbo ativo na 3ª pessoa do singular, seguido do pronome se; Com o verbo no infinitivo impessoal.

  • E) no futuro é exemplo de uma oração intercalada. (Adjunto adverbial)

  • Qual o erro da C ?

  • "Quando fizerem" tem valor temporal.


    Certo?

  • A letra C tem valor temporal, no meu entendimento.

  • Gabarito B


    A respeito da E, lembrem-se: toda oração deve, necessariamente, ter verbo.

  • essas temporais sempre me derruba


  • porque a d ta errada


  • Fizerem = sujeito indeterminado


  • Quando fizerem, no futuro, a leitura de nossa época, qual será a conclusão errada?


    Vamos pôr na ordem direta.


    Quando fizerem a leitura de nossa época, qual será a conclusão errada no futuro?


    QUEM 'fizerem"? Alguém, logo é sujeito indeterminado


    "a leitura" é objeto direto


    "de nossa época" é adjunto adverbial


  • Verbo na 3ª pessoa do plural + ausência de relação com algum substantivo antecedente (não sendo possível identificar nem pelo contexto) é um caso típico de sujeito indeterminado.

     

    a) o sujeito de "fizerem" é indeterminado e o sujeito de "será" é simples;

    c) a expressão "quando fizerem" tem o valor temporal;  

    d) a leitura de nossa época exerce a função de objeto direto da forma verbal "fizerem". O sujeito, nesse caso, é indetemrinado;

    e) "no futuro" é um adjunto adverbial de tempo. Não é uma oração intercalada, pois para ser oração é necessário que haja um verbo.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

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    Gabarito: B

  • Quando fizerem, no futuro, a leitura de nossa época, qual será a conclusão errada?

    quando = conjunção subordinativa temporal

    fizerem = VTD

    no futuro = adj. adverbial de tempo

    a leitura de nossa época = OD

    F - A) a forma verbal "fizerem" tem o mesmo sujeito da forma verbal "será".

    As duas orações não tem o mesmo sujeito. O sujeito da 1ª oração é indeterminado, pois o verbo está na 3ª p.plural. Já o sujeito da 2ª oração é simples e determinado.

    V - B) está indeterminado o sujeito da forma verbal fizerem.

    Sim, o verbo está na 3ª pessoa do plural e o sujeito é indeterminado.

    F - C) a expressão "Quando fizerem" tem o valor de uma condicional.

    A expressão "Quando fizerem" tem valor temporal.

    F - D) a leitura de nossa época exerce a função de sujeito.

    "a leitura de nossa época" exerce a função de OD

    F - E) "no futuro" é exemplo de uma oração intercalada.

    Não é oração, pois não tem verbo. O excerto "no futuro" é adjunto adverbial de tempo.

  • Sobre a letra E : oração intercalada tem que ter verbo , logo , a expressão intercalada é um adjunto adverbial e não uma oração