SóProvas


ID
2883577
Banca
Quadrix
Órgão
CRBio-7ª Região
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

               Aquário brasileiro busca revolucionar a biologia marinha


Inaugurado há cerca de nove meses na zona portuária do Rio de Janeiro (RJ), o maior aquário marinho da América do Sul já recebeu mais de 1,1 milhão de pessoas. Erguer o colosso de 150 milhões de reais levou dez anos de planejamento focado em três pilares: educação, pesquisa e conscientização. Com capacidade para receber até 8.000 animais, de 350 espécies, o AquaRio é também um grande centro de pesquisa. Atualmente, 15 estudos inéditos de universidades brasileiras estão sendo realizados no local, inclusive sobre a proteção a espécies ameaçadas. “Só é possível convencer as pessoas a proteger aquilo que elas conhecem — e o aquário oferece a experiência completa, integrada à divulgação da ciência”, conta o fundador e diretor-presidente, o biólogo Marcelo Szpilman.

      A relação de Szpilman com o mar sempre foi intensa: nasceu perto da praia, no bairro de Copacabana, e adorava pescar com o pai. Aos 11 anos, começou a mergulhar. Mas foi James Bond que o levou a seguir carreira de biólogo com o lançamento do filme 007: O Espião que me Amava (1977), devido à icônica cena em que o inglês confronta o antagonista com seu conhecimento de espécies de peixes.

      O filme não só inspirou Szpilman a estudar biologia como também o fez querer causar um impacto similar na vida das pessoas. Esses dois sonhos foram seu norte desde cedo. Primeiro, ele começou escrevendo livros — ao todo, tem cinco obras renomadas publicadas sobre identificação de peixes e tubarões e é reconhecido como um dos maiores especialistas brasileiros nesse tema.

      Hoje ele colhe os frutos do bom trabalho no AquaRio. “Meu sonho é captar cada vez mais jovens brasileiros para a ciência. A maioria nunca viu um aquário e agora tem à disposição um equipamento de nível internacional”, orgulha-se. Todos os dias, mais de 1.000 crianças, de escolas públicas e privadas, passam por ali. “O AquaRio pode proporcionar esse ‘clique’ que eu tive a outros jovens. Já recebi várias mensagens de pessoas que resolveram estudar biologia após uma visita ao aquário. É muito gratificante.”

      Com o perdão do trocadilho, Szpilman acredita que o AquaRio é um divisor de águas no Brasil. “Vamos criar um boom de aquários marinhos. Muitos já me contataram querendo fazer empreendimentos inspirados nele. E, mais do que isso, atualmente, 80% das pesquisas com animais marinhos feitas no mundo são realizadas em aquários”, relata. O próprio AquaRio, que é 100% privado, investe em pesquisas.

      Um dos estudos realizados no AquaRio tem potencial para ser utilizado em curto prazo: trata-se de uma pesquisa para combater o branqueamento de corais. “O coral é um animal que vive em simbiose com as algas, que dão cor e nutrientes a ele. Com as mudanças climáticas e a elevação da temperatura dos oceanos, a alga morre. Sem a alga, o coral perde sua cor e também morre”, explica.

                                                                                         (veja.abril.com.br)

A respeito da palavra "nele", em destaque no penúltimo parágrafo do texto, assinale a análise totalmente correta.

Alternativas
Comentários
  • B) Participa de um processo de coesão referencial.


    "Nele" está se referindo ao AquaRio, logo faz referência ao termo para manter a coesão por meio da anáfora.

    "Nele" = em (preposição) + ele (pronome pessoal do caso reto).

  • "Ele" não é pronome possessivo e nem preposição.

    Coesão catafórica faz referência ao que vem depois.

    O termo "nele" não indica circunstância de causa.

    Gabarito letra "B".


  • Além da Coesão por referência:

    ⇒ Coesão por referência: é um dos tipos mais utilizados em um texto. Graças a ela, evitamos repetições de termos, descuido que pode tornar desagradável a leitura de um texto:

    Os alunos do terceiro ano foram visitar o Museu da Língua Portuguesa. Eles foram acompanhados pelos professores da escola.

    Uma que também costuma ser cobrada é:

    ⇒ Coesão lexical: ocorre por meio do emprego de sinônimos, pronomes, hipônimos ou heterônimos. Observe o exemplo:

    Machado de Assis é considerado o maior escritor brasileiro. O carioca nasceu no dia 21 de junho de 1839 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 29 de setembro de 1908. Gênio maior de nossas letras, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. 

    Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/redacao/tipos-coesao.htm

  • A respeito da palavra "nele", em destaque no penúltimo parágrafo do texto, assinale a análise totalmente correta.

    A) Trata-se da junção da conjunção "em" com o pronome possessivo "ele". ("EM" é uma preposição e "ELE" é um pronome PESSOAL)

    B) Participa de um processo de coesão referencial.

    C) Trata-se da junção do pronome "em" com a preposição "ele". (O certo seria o INVERSO)

    D) Participa de um processo de coesão catafórica. (O certo seria ANAFÓRICA)

    E) Participa de um processo de coesão sequencial, indicando circunstância de causa. (Não há sequência, mas um referencial de um termo já falado, qual seja, O AquaRIO).

    Extra: Anafórica retoma a coesão que JÁ PASSOU. Catafórica, que VIRÁ.

  • >    Catáfora: Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito. Ex.: Esta é a situação: pegamos o menino em flagrante.

    >    Anáfora: Em uma citação oral ou escrita, usa-se esse, essa, isso para o que já foi dito ou escrito. Ex.: O menino foi pego em flagrante. Essa é a situação.

  • Dica: ANafórico (veio ANtes)