SóProvas


ID
2887084
Banca
INAZ do Pará
Órgão
CORE-SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Solidão Coletiva – uma crônica sobre o vazio de uma cidade grande


      Se pararmos para pensar, a solidão nos persegue. Sempre estamos tão juntos e, ao mesmo tempo, tão sozinhos.

      O simples fato de estarmos rodeados por dezenas, centenas ou milhares de pessoas, não nos garante que pertençamos ao grupo.

      A cidade é um dos maiores exemplos. Trem, metrô, ônibus em horário de pico. Homens ou mulheres. Jovens ou velhos. Gordos ou magros. Trabalho ou estudo. Cada um do seu jeito, indo cuidar da sua própria vida. Não há conversa ou um sorriso amigável. Rostos sérios e cansados sem ao menos se preocupar em lhe desejar um bom dia. Parece que ninguém está tendo um bom dia.

      Na rua, todos têm pressa. Mochila à frente do corpo, senão você é roubado. Olhar no chão para manter o ritmo do passo, ou logo à frente, como quem quer chegar logo sem ser importunado.

      Um braço estendido me tira do devaneio. É alguém sentado no chão, com um cobertor fino, pedindo algumas moedas. Como boa integrante de uma multidão fria e apressada, ignoro e continuo meu caminho. Essa é uma visão tão rotineira que se torna banal e, assim como eu, ninguém ali observou aquele cidadão com olhos sinceros. Não me julgue, eu sei que você faz o mesmo. O calor humano não parece suficiente para aquecer corações.

      É um mar de gente. Mas não me sinto como mais uma onda, que compõe a beleza do oceano. Sinto-me em um pequeno barco à vela, perdida em alto mar. Parada no meio da multidão, sinto sua tensão constante, como se a qualquer momento fosse chegar um tsunami. Sinto-me naufragando.

      Você já pegou a estrada à noite? É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo. Carros a perder de vista em qualquer horário, com luzes que compõem uma beleza única. Porém, esquecemos que em cada carro não existe somente uma pessoa ou outra, mas sim histórias.

      Para onde cada um está indo é um mistério. Neste momento, percebo que, assim como eu enxergava alguns minutos atrás, ninguém ali me vê como ser humano. Veem-me como mais um carro, mais uma máquina que atrapalha o trânsito de um local tão movimentado. Só eu sei meu próprio caminho e para onde vou. Estou sozinha entre centenas de pessoas.

      Mesmo assim, muitas dizem preferir a cidade ao campo. Morar no interior não é uma opção para a maior parte das multidões – elas dizem que lá não há nada de interessante acontecendo e o silêncio da natureza as faz sentir muito distantes do mundo.

Por Beatriz Gimenez Disponível em: https://falauniversidades.com.br/cronica-solidao-cidade-grande/

O termo destacado em “É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo” é, sintaticamente, um:

Alternativas
Comentários
  • Morfologicamente (relativo à classe gramatical) é um advérbio. Sintaticamente (relativo à função sintática dentro da estrutura) é adjunto adverbial. Advérbios sempre exercem função sintática de adjunto adverbial.

    Letra B

  • Adjunto Adverbial é um termo que modifica um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando a circustância em que se desenvolve o processo verbal. Geralmente é representado por um advérbio ou locução adverbial.

    Fonte: 

  • GABARITO: B 

    É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo”

    ADJUNTO ADVERBIAL: É o termo que acompanha um verbo, um adjetivo ou um advérbio, modificando-lhes o sentido em umadeterminada circunstância ou intensidade.

  • O segundo QUE, seria uma conjunção subordinativa integrante?

  • Letra- B

     

    Advérbios são palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, modo, intensidade,…). Em algumas situações podem modificar toda a oração, vindo, nesses casos, destacado por vírgulas no início ou no fim da mesma.

    Advérbios de negação: não, nunca, jamais, nem, tampouco,…

  • Bruno Silva,

    Sim, o segundo que é uma conjunção subordinativa integrante que inicia uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

     

  • Gab> B

    Todo advérbio é um adjunto adverbia, mas nem todo adjunto adverbial é um advérbio

  • GAB B

     

    Adjunto adverbial

     

    Indica circunstância do verbo e pode intensificar o sentido do adjetivo ou do próprio advérbio. Pode modificar o sentido de um verbo, de um adjetivo, ou de um advérbio.

    Advérbios de Negação são palavras que pertencem a uma subclasse dos advérbios e que podem ser modificadores do grupo verbal ou de constituintes do grupo verbal. Tradicionalmente considerava-se ‘não’ o único advérbio de negação, mas as gramáticas mais atuais já admitem outros.

    Exs: não, tampouco, nem, nunca, jamais, etc.

    Locuções Adverbiais de Negação: de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.

     

    https://www.infoescola.com/portugues/adverbios-de-negacao/

     

    Avante!

  • Letra B, Trata-se de um ADJUNTO ADVERBIAL de NEGAÇÃO

  • gab = Letra B

    Nunca é um adjunto adverbial de negação.

  • É ali que percebemos que a cidade nunca dorme por completo

    Se colocarmos a frase desta forma:

    É ali que percebemos que a cidade (em momento algum vá dormir) por completo.

    nunca = adjunto adverbial de tempo.

  • Advérbios sempre vão exercer função sintática de adjunto adverbial

     

    Atenção! Advérbios que sofrem o processo de derivação imprópria, por exemplo, que são substantivados por artigos, podem exercer outras funções. Mas enquanto advérbios, sempre serão adjuntos adverbiais.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B

  • ESTOU VENDO COMENTÁRIOS DE QUE NUNCA É ADJUNTO ADVERBIAL DE NEGAÇÃO

    NUNCA É ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO ==> NUNCA = EM MOMENTO ALGUM

    SÃO ADJUNTOS ADVERBIAIS DE TEMPO:

    AGORA

    DEPOIS

    SEMPRE

    HOJE

    ONTEM

    NUNCA

    JAMAIS

    À NOITE

    ÀS VEZES

    ETC..............

  • A cidade -  nunca  - dorme 

    substantivo - ? - verbo

     

    --> a cidade dorme 

    --> a cidade nunca

    --> nunca dorme 

     

    perceba que o termo NUNCA modifica o verbo e não o substantivo. Tanto é que quando retiramos o verbo o termo fica sem sentido. 

     

    Logo, temos adjunto adverbial (termo que modifica verbo, adjetivo ou adverbio)

     

  • Em 07/05/2019, às 19:57:47, você respondeu a opção B.Certa!

    Em 30/03/2019, às 13:43:50, você respondeu a opção A.Errada!

  • NUNCA é um adverbio logo ele só pode exercer uma função sintatica.

    b) Adjunto adverbial

  • INDO DIRETO AO PONTO.... TRATA-SE DE ADJ. ADV DE NEGAÇÃO.

  • É inacreditável que o Qconcursos disponibiliza comentário do professor para uma questão desse nível e se cala diante de questões mais rebuscadas !!

  • Adjunto adverbial modifica o verbo. Ex: Dorme / Nunca dorme

    O adjunto adverbial acabou com o sono do cara.

    Adjunto adnominal não modifica nada, só acompanha.

  • GABARITO: LETRA B

    Pessoal, percebam que o termo em destaque não se flexiona:

    As cidades nunca dormem

    Aquelas cidades nunca dormem

    Todas as cidades nunca dormem

    A cidade nunca dorme

    Portanto, se trata de um advérbio e sabemos que o advérbio se refere ou a um verbo ou a um advérbio ou a um adjetivo e nunca a um substantivo.

    Até!

  • Errei a questão por falta de atenção, mas basta analisar de forma morfológica, se for adverbio será adjunto.

  • Colaboração:

    O advérbio NÃO varia e, segundo maioria dos gramáticos, exercem função sintática de ADJUNTO ADVERBIAL.

    Gabarito: Letra D

  • Gabarito: B