SóProvas


ID
3043585
Banca
IBGP
Órgão
Prefeitura de Santa Luzia - MG
Ano
2018
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

A videorreportagem é um recurso cada vez mais presente na produção jornalística. Com o advento das redes sociais, trata-se de uma estratégia de comunicação disponível ao assessor de imprensa para veicular conteúdos.


Tomando-se por base tal princípio, analise as afirmativas a seguir:

I- A linguagem da videorreportagem faz com que o repórter acabe virando personagem, na medida em que contextualiza as imagens gravadas.

II- Quando não usados tripés, as panorâmicas tremidas nas videorreportagens são inevitáveis e os rostos podem parecer deformados até que o videorrepórter focalize corretamente, mas isso não tira a credibilidade da matéria, pelo contrário, reforça-a.

III- A ausência de cumplicidade se consubstancia quando a lente da câmera ou o olho do repórter se converte no olho do telespectador.


Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):

Alternativas
Comentários
  • Errei, mas foi pelo cansaço. Os caras colocam 'consubstanciar' para enrolar o candidato. A III é exatamente o contrário. Há uma unificação da cumplicidade.

    Consubstanciar: Unir-se numa única substância: 1 unir, unificar, fundir, reunir, compor-se, constituir-se.

  • Alguém sabe dizer de que modo que uma panorâmica tremida reforça a credibilidade de uma videorreportagem?

  • A câmera tremida e o desfoque tem o efeito de passar credibilidade e dar a sensação de que a situação contextual não foi forjada, não é artificial. É o caso do reportér cinematográfico que acabou de chegar a uma manifestação com conflitos. A câmera tremida, a movimentação, o desfoque não intencional dão a sensação de que o repórter está no meio do acontecimento, registrando pessoalmente os fatos e não protegido atrás das barricadas policiais, recebendo apenas informações oficiais.

    Este recurso também pode ser utilizado com um truque, conforme fez o filme A Bruxa de Blair que foi filmado com uma câmera de mão. Os produtores do filme, inclusive, chegaram a divulgar um boato às vésperas do lançamento de que as filmagens teriam sido encontradas na floresta e que os jovens retratados estariam desaparecidos. O golpe de marketing deu certo e o filme arrecadou milhões de dólares, um grande feito se considerarmos o baixíssimo custo da produção.

    "Quando foi lançado no final da década de 90, o “found footage” (falso documentário aparentemente feito com imagens encontradas e geralmente de uma simples filmadora) de terror ‘A Bruxa de Blair (The Blair Witch Project)’ de 1999, foi uma grande surpresa para o cinema da época, principalmente por seu espantoso sucesso comercial, apesar de seu baixíssimo orçamento. Com um custo de apenas 50 mil dólares, o filme arrecadou nas bilheterias mundias, cerca de US$ 249 milhões. Durante quase 20 anos foi o filme de baixo orçamento mais lucrativo da história, sendo superado somente por ‘Atividade Paranormal’ em 2007, curiosamente outro “pseudodocumentário” de terror...

    "...O sucesso de 'A Bruxa de Blair', também, pode ser explicado pela forma criativa como foi feita sua divulgação. Sem recursos financeiros para ações de marketing muito caras, os produtores se aproveitaram da popularização da internet para alcançar seu público. Entraram em contato com vários sites, para que os mesmos ajudassem a propagar a lenda da Bruxa de Blair e o boato de que o filme era uma história real, montada através de fitas de câmeras, encontradas em um local sinistro, e que os "protagonistas" ainda estavam misteriosamente desaparecidos. A “mentira” convenceu alguns internautas e logo se espalhou em outros sites e blogs pela internet, em uma época que não se consumia tanta informação, quanto hoje, sobre a pré-produção de filmes."

    Fonte: https://www.adorocinema.com/filmes/filme-241777/criticas/espectadores/recentes/?page=4