SóProvas


ID
3968488
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Itatiaiuçu - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A fantástica arte de ignorar os brinquedos

dos filhos espalhados pela casa


Se você é daqueles pais que conseguem fazer com que seus filhos guardem todos os brinquedos depois de usar e que não espalhem bonecas, playmobils, spiners e afins pela casa, pode parar de ler este texto agora. Você, ser evoluído, não precisa presenciar essa discussão mundana. Agora, se você é daqueles que passa mais tempo implorando para que seus filhos sejam organizados do que vendo eles organizarem de fato alguma coisa, dê cá um abraço!

Já pisou em pecinha de lego? Sonhou que estava dando a coleção de Hot Wheels para o carroceiro? Se deparou com uma legião de bonecas no box do banheiro? Tenho um segredo pra dividir com vocês. Se chama a arte de ignorar brinquedos. É preciso um tanto de meditação, bom humor, muita cabeça erguida — pra ver só o que está a mais de um metro do chão — e, às vezes, um drink. Mas superfunciona!

No começo é difícil, a gente perde a cabeça e acaba guardando tudo num ato desesperado. Respire e volte a contar, na mesma filosofia do AA, há quantos dias você está sem tocar em brinquedos. Repare que, depois de um tempo, você só verá as paradas quando não estiver muito bem (aqueles dias em que a comida fica ruim, ninguém responde suas mensagens e nenhuma roupa fica boa, sabe?). O que recomendo nestes momentos é: não coloque as mãos nos brinquedos. Afaste o que dá delicadamente com os pés, junte tudo num canto, mas não organize. E, de preferência, arrume um programa fora de casa para mudar o visual.

Em pouco tempo você não vai mais ter esse problema, porque não enxergará nem o Hulk gigante ou o pogobol trambolhosamente nostálgico. Quando esse dia chegar, estabeleça trilhas por onde você anda e avise as crianças que, como você não enxerga brinquedos, o que estiver no caminho corre sérios riscos de colisão. Eles têm medo disso. E assim, deixam a passagem livre para que a circulação aconteça sem grandes traumas.

Agora, cá entre nós: é no primeiro “creck” que a mágica acontece. Quando, totalmente sem querer, você quebra o espelhinho da penteadeira da Barbie (não por maldade, mas porque você não vê Barbies) que as crianças começam a guardar os brinquedos. Algumas lágrimas vão rolar e você vai ser chamado de pior mãe ou pai do mundo, mas quem nunca teve que lidar com agressão gratuita que atire o primeiro blog. A vida segue. Os brinquedos (e blogs) também.

BOCK, Lia. A fantástica arte de ignorar os brinquedos dos filhos espalhados pela casa. Blogsfera. UOL. Disponível em:<https://goo.gl/NMrkan> . Acesso em: 17 ago. 2017 (Fragmento adaptado)

Analise os trechos a seguir.


I. “Se deparou com uma legião de bonecas no box do banheiro?”

II. “Agora, se você é daqueles que passa mais tempo implorando para que seus filhos sejam organizados [...]”

III. “Se você é daqueles pais que conseguem fazer com que seus filhos guardem todos os brinquedos [...]”

IV. “Se chama a arte de ignorar brinquedos.”


Os trechos em que as palavras destacadas indicam uma situação condicional são:

Alternativas
Comentários
  • Gab : B

    bizu para saber se é condicional, geralmente ela inicia uma oração, sabendo que não podemos iniciar oração com pronome, ficamos de cara com o SE condicional, ou, você pode tentar substituir o SE por CASO, Se ficar coeso então é condicional.

  • Os outros casos são partes integrantes?

  • A temática presente na questão diz respeito à classificação da partícula "se", que pode desempenhar uma variedade generosa de papéis: partícula expletiva, pronome apassivador, pronome reflexivo, conjunção (integrante, condicional, causal, temporal ou integrante), etc. Deve-se aqui reconhecer se há algum item em que o "se" seja conjunção condicional.

    Inspecionemos os itens:

    I. “Se deparou com uma legião de bonecas no box do banheiro?”

    Incorreto. Para Celso Pedro Luft, a partícula "se" recebe o nome de pronome reflexivo, embora as bancas tenham se afeiçoado a denominá-la, em casos análogos ao de cima, de parte integrante do verbo;

    II. “Agora, se você é daqueles que passa mais tempo implorando para que seus filhos sejam organizados [...]”

    Correto. É conjunção condicional equivalente a caso, desde que, contanto que, etc.;

    III. “Se você é daqueles pais que conseguem fazer com que seus filhos guardem todos os brinquedos [...]”

    Correto. É conjunção condicional equivalente a caso, desde que, contanto que, etc.;

    IV. “Se chama a arte de ignorar brinquedos.”

    Incorreto. Para Celso Pedro Luft, a partícula "se" recebe o nome de pronome reflexivo, embora as bancas tenham se afeiçoado a denominá-la, em casos análogos ao de cima, de parte integrante do verbo.

    Letra B