SóProvas


ID
4169140
Banca
FACET Concursos
Órgão
Prefeitura de Sobrado - PB
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

Nessa sentença, há a demarcação assinalada pela vírgula, separando a primeira construção do restante da estrutura. Que papel sintático é operado pela conjunção inicial, SE, na construção introdução da sentença?

Alternativas
Comentários
  • Fui por eliminação (marcar a menos errada)

    Contudo, creio que não seja o sentido de condicionalidade, mas sim de causa..

    "Já que minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto."

    É tal que o verbo embaralhar está conjugado no presente do indicativo, e não no subjuntivo

  • interessante observar que uma banca mais renomada, como CESPE, FCC ou ESAF, jamais consideraria esse SE como uma conjunção condicional, pois , para essas bancas, o contexto frasal em que o SE figura permite encaixá-lo em outras categorias, CAUSA e TEMPO, por exemplo. No entanto, bancas menores, por mais que a ideia de condição não mereça ser considerada, sempre usará o SE como condicional, ou seja, elas usam essa anomalia semântica do SE como método para derrubar candidatos. Foi exatamente o que ocorreu nessa questão:

    “Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

    Perceba que é inconcebível , semanticamente, pensar na ideia de CONDIÇÃO, a condição para NÃO HAVER SOMBRAS (obscuridade) SOBRE OS MOMENTOS MARCANTES VIVIDOS NO HOLOCAUSTO é A MEMÓRIA EMBARALHAR A SEQUÊNCIA DE ACONTECIMENTOS?????? Raciocine um pouco e chegará à conclusão de que NÃO. Não há ideia - e sequer a intenção por parte do autor - de estabelecer condição entre os fatos. Então QUAL A REAL INTENÇÃO SEMÂNTICA DO AUTOR??? É de, PASMEM, concessão:

    "EMBORA minha memória embaralhe a sequência de acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no holocausto", perceba que o autor que dizer que PODE NÃO SE LEMBRAR DA SEQUÊNCIA EXATA EM QUE OS FATOS SUCEDERAM, PORÉM SE LEMBRA PERFEITAMENTE DELES. Podem ter certeza de que, se essa questão fosse de uma banca de mais prestígio, o gabarito NÃO seria condição, mas sim concessão.

  • A questão é sobre conjunções e quer saber qual o papel sintático da conjunção "se" em Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.”. Vejamos:

     . 

    Conjunções coordenativas são as que ligam orações sem fazer que uma dependa da outra, sem que a segunda complete o sentido da primeira. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

    Conjunções subordinativas são as que ligam duas orações que se completam uma à outra e faz que a segunda dependa da primeira. Com exceção das conjunções integrantes (que introduzem orações substantivas), essas conjunções introduzem orações adverbiais e exprimem circunstâncias (causa, comparação, concessão, condição, conformidade, consequência, fim, tempo e proporção).

     . 

    A) de finalidade

    Errado.

    Conjunções subordinativas finais: têm valor semântico de finalidade, objetivo, intenção, intuito...

    São elas: a fim de que, para que, que e porque (= para que)

    Ex.: Fazemos tudo, a fim de que você passe nas provas.

     . 

    B) temporal

    Errado.

    Conjunções subordinativas temporais: têm valor semântico de tempo, relação cronológica...

    São elas: logo que, quando, enquanto, até que, antes que, depois que, desde que, desde quando, assim que, sempre que...

    Ex.: Enquanto todos saíam, eu estudava.

     . 

    C) condicional

    Certo. "Se", nesse caso, é conjunção subordinativa condicional, já que traz uma circunstância necessária para que ocorra determinado fato ou situação: não haverá sombras (vestígios) sobre os momentos marcantes que essa pessoa viveu no Holocausto, desde que / a menos que sua memória embaralhe a sequência dos acontecimentos.

    Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...

    São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...

    Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.

     . 

    D) de negação

    Errado.

    Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...

    São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...

    Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.

     . 

    E) concessivo

    Errado.

    Conjunções subordinativas concessivas: têm valor semântico de concessão, contraste, consentimento, licença, quebra de expectativa...

    São elas: embora, ainda que, se bem que, mesmo que, nem que, mesmo quando, posto que, apesar de que, conquanto, malgrado, não obstante, inobstante...

    Ex.: Embora discordasse, aceitei sua explicação.

     . 

    Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.

     . 

    Gabarito: Letra C

  • o gabarito deveria ter sido anulado, está claro a ideia de CONCESSÃO!!!! Vc não consegue reescrever o trecho com conjunções condicionais que fique coerente com a oração e o tempo do verbo embaralhar em sequencia.

  • Oi, pessoal.

    Um resumo sobre o "SE":

    • "SE" como PIS, PIV ou PARTÍCULA DE REALCE:

    1º) Quando o verbo for VTI, VL ou VI + SE, será PIS (pronome indeterminador do sujeito) se for SUJEITO INDETERMINADO. Ex.: Discorda-se de tudo. -> o verbo é VTI +SE e não se sabe quem discorda de tudo. Então, o "se", neste caso, é PIS.

    2º) Quando o verbo for VTI, VL ou VI + SE e não for caso de PIS, veja se o "SE" pode ser PIV. Será PIV se NÃO DER PARA TIRAR O "SE" DA FRASE. Ex.: Ela se arrependeu de tudo. -> o verbo é VTI +SE, há sujeito e o "se" não dá pra tirar, pois ficaria estranha a frase. Então, é PIV.

    3º) Quando o verbo for VTI, VL ou VI +SE, não for o caso de PIS, veja se DÁ PARA TIRAR O "SE" DA FRASE E ELA AINDA FAZER SENTIDO. Se der para tirar, o "se" será PARTÍCULA DE REALCE. Ex.: Joana foi-se embora. -> caso falarmos "Joana foi embora", a frase tem sentido e tá tudo bem tirar o "se". Então, ele será PARTÍCULA DE REALCE.

    • "SE" como PA (partícula apassivadora):

    Quando o verbo for VTD/VTDI + SE, o "se" será PA e o OD (objeto direto) vira SUJEITO. Ex.: Enviou-se o ofício. -> o verbo é VTD, "o ofício" é OD e o "SE" é PA. Então, nesse caso, o OD ("o ofício") vira SUJEITO. No caso de PA, dá para passar para voz passiva. -> O ofício foi enviado.

    • "SE" como CONJUNÇÃO INTEGRANTE (CI):

    conjunção introduz orações subordinadas substantivas. Ex: Quero saber se ela virá à festa. TROQUE O "SE" POR "ISSO" -> Quero saber ISSO.

    • "SE" como conjunção CONDICIONAL e CAUSAL:

    SE (conjunção condicional) - troca por "caso". Traz uma ideia de HIPÓTESE. Ex.: Se vier, avise-me.

    SE (conjunção causal) - troca por "já que". Ex.: Se está com frio, deve colocar o casaco.

    • "SE" como PRONOME REFLEXIVO E RECÍPROCO:

    Ex.: Ela se criticou = a ideia do "se" é criticar a si mesmo. O "se" é reflexivo.

    Ex.: Eles se beijaram = a ideia do "se" é de beijar um ao outro. Reciprocidade.

    XOXO,

    Concurseira de Aquário (:

  • Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

    Nessa sentença, há a demarcação assinalada pela vírgula, separando a primeira construção do restante da estrutura. Que papel sintático é operado pela conjunção inicial, SE, na construção introdução da sentença?

    Alternativas

    A

    de finalidade

    B

    temporal

    C

    condicional

    interessante observar que uma banca mais renomada, como CESPE, FCC ou ESAF, jamais consideraria esse SE como uma conjunção condicional, pois , para essas bancas, o contexto frasal em que o SE figura permite encaixá-lo em outras categorias, CAUSA e TEMPO, por exemplo. No entanto, bancas menores, por mais que a ideia de condição não mereça ser considerada, sempre usará o SE como condicional, ou seja, elas usam essa anomalia semântica do SE como método para derrubar candidatos. Foi exatamente o que ocorreu nessa questão:

    D

    de negação

    E

    concessivo

    “Se minha memória embaralha a sequência dos acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no Holocausto.” 

    Perceba que é inconcebível , semanticamente, pensar na ideia de CONDIÇÃO, a condição para NÃO HAVER SOMBRAS (obscuridade) SOBRE OS MOMENTOS MARCANTES VIVIDOS NO HOLOCAUSTO é A MEMÓRIA EMBARALHAR A SEQUÊNCIA DE ACONTECIMENTOS?????? Raciocine um pouco e chegará à conclusão de que NÃO. Não há ideia - e sequer a intenção por parte do autor - de estabelecer condição entre os fatos. Então QUAL A REAL INTENÇÃO SEMÂNTICA DO AUTOR??? É de, PASMEM, concessão:

    "EMBORA minha memória embaralhe a sequência de acontecimentos, não há sombras sobre os momentos marcantes que vivi no holocausto", perceba que o autor que dizer que PODE NÃO SE LEMBRAR DA SEQUÊNCIA EXATA EM QUE OS FATOS SUCEDERAM, PORÉM SE LEMBRA PERFEITAMENTE DELES. Podem ter certeza de que, se essa questão fosse de uma banca de mais prestígio, o gabarito NÃO seria condição, mas sim concessão.