SóProvas


ID
4962325
Banca
FCC
Órgão
BANESE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Podemos afirmar que existem duas unanimidades na teoria econômica, com resultados práticos inevitáveis. Salvo algumas poucas opiniões em contrário, a primeira delas diz respeito à neutralidade das atividades econômicas sobre a natureza e seus ecossistemas. Isto é, tudo que é feito neste mundo, em termos econômicos, seria incapaz de danificar a natureza, os elos biológicos e os ecossistemas. A maioria dos economistas acredita nisso, mas, olhando ao redor, nos perguntamos com base em que essa crença foi criada. A segunda unanimidade, derivada da primeira, é a obsessão pelo crescimento, como única forma de resolver os problemas humanos relacionados ao bem-estar e à felicidade. Por essa razão, a preocupação rotineira dos economistas em geral é a capacidade de as economias continuarem crescendo infinita e ininterruptamente. Vemos essa preocupação surgir nas justificativas de medidas governamentais, bem como nos textos de diversos autores no Brasil e fora dele. Um exemplo é o Consenso de Washington, cuja finalidade foi pavimentar nos países em desenvolvimento as condições necessárias para a expansão das atividades. No entanto, embora essa seja a preocupação mais corriqueira do mundo financeiro da atualidade, iniciamos o século XXI com enorme angústia em torno da nossa capacidade de crescer. Os riscos financeiros vêm se multiplicando, com ou sem as reformas do Consenso.

    A situação econômica atual é crítica e vários economistas parecem deter a solução do problema: voltar a crescer. Precisamos tomar cuidado porque nem sempre os fins justificam os meios. Em primeiro lugar, não existe uma relação direta entre crescimento econômico e maior empregabilidade, já que o avanço tecnológico produz um crescimento de empregos que não alcança o da população. Além disso, o crescimento gerado com base na exaustão e degradação dos recursos naturais já está se mostrando inviável. Essa fórmula pode ser alentadora no curto prazo, mas fornece grande preocupação quanto ao futuro. Uma passagem de um célebre economista francês, Fréderic Bastiat, ilustra essa situação: “na esfera econômica, um ato, um hábito, uma instituição, uma lei não engendram apenas um efeito, mas uma série de efeitos. Desses, só o primeiro é imediato porque se manifesta junto com sua causa (se vê); os outros se desenrolarão sucessivamente (não se veem). Somos felizes se pudermos prevê-los.”

(Adaptado de Hugo Penteado. Ecoeconomia: uma nova abordagem. São Paulo, Lazuli Editora, 2008, p. 89-92)

Leia atentamente as afirmações abaixo.


I. Somos felizes se pudermos prevê-los. (final do texto)

De acordo com o contexto, o pronome grifado acima se refere a efeitos.


II. ... tudo que é feito neste mundo, em termos econômicos, seria incapaz de danificar a natureza... (1° parágrafo)

... nem sempre os fins justificam os meios. (2° parágrafo)

Ambos os verbos grifados nas frases acima exigem o mesmo tipo de complemento.


III. Uma passagem de um célebre economista francês, Fréderic Bastiat, ilustra essa situação: "na esfera econômica..." (2° parágrafo)

O sinal de dois-pontos empregado na frase acima introduz uma citação.


Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    I e III.

    I. Somos felizes se pudermos prevê-los. (final do texto)

    De acordo com o contexto, o pronome grifado acima se refere a efeitos.

    III. Uma passagem de um célebre economista francês, Fréderic Bastiat, ilustra essa situação: "na esfera econômica..." (2° parágrafo)

    O sinal de dois-pontos empregado na frase acima introduz uma citação.

  • Alguém explica a II, por favor?

  • seria é verbo de ligação e liga o sujeito ao predicativo do sujeito.

    (sujeito) tudo que é feito neste mundo, em termos econômicos, seria incapaz de danificar a natureza.(predicativo). assim, o seu complemento é um predicativo.

    justificar é vtd e exige um complemento não preposicionado, ou seja, um (Objeto direto).

    se eu estiver errado me avisem por favor!

  • II (...) tudo que é feito neste mundo, em termos econômicos, seria incapaz de danificar a natureza (...)

    (...) nem sempre os fins justificam os meios.

    O primeiro é verbo de ligação, cujo complemento é um predicativo; já o segundo, é um verbo transitivo direto, cujo complemento é um objeto direto.

    GABARITO B

  • ( B )

    I. Somos felizes se pudermos prevê-los. (final do texto)

    De acordo com o contexto, o pronome grifado acima se refere a efeitos.

    Lo (s ) , La (s) Substituem objetos diretos.

    No caso, os verbos terminados em R, S, Z.

    -------------------------------------------------------------------------------------------

    II. ... tudo que é feito neste mundo, em termos econômicos, seria incapaz de danificar a natureza... (1° parágrafo)

    ... nem sempre os fins justificam os meios. (2° parágrafo)

    Ambos os verbos grifados nas frases acima exigem o mesmo tipo de complemento.

    O 1) Não transita

    O 2) É transitivo direto

    ---------------------------------------------------------------------

    III. Uma passagem de um célebre economista francês, Fréderic Bastiat, ilustra essa situação: "na esfera econômica..." (2° parágrafo)

    O sinal de dois-pontos empregado na frase acima introduz uma citação.

    São usos de dois pontos segundo a gramática:

    1) Introduzir uma citação (discurso direto). – Assim disse Voltaire: “Devemos julgar um homem mais pelas suas perguntas que pelas respostas.”

    2) Introduzir um aposto explicativo, enumerativo, distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. – Amanda tinha conseguido finalmente realizar seu maior propósito: seduzir Pedro.

    3) Introduzir uma explicação ou enumeração após as expressões por exemplo, isto é, ou seja, a saber, como etc. – Adquirimos vários saberes, como: Linguagens, Filosofia, Ciências

  • Seria (verbo ser um Verbo de ligação) Incapaz Verbo transitivo Direto. Justificando o ERRO em II.

  • II. Seria é verbo de ligação (complemento é um predicativo).

    justificam é verbo transitivo direto (complemento é um objeto direto).