SóProvas


ID
5164288
Banca
VUNESP
Órgão
TJM-SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Será uma boa ideia ter armas que definem seus alvos e disparam os gatilhos automaticamente? Um robô capaz de selecionar contratados em uma empresa seria confiável? Como garantir que a tecnologia faça bem ao ser humano? Essas são algumas perguntas presentes no debate ético em torno da IA (inteligência artificial). O crescimento da área é acelerado e muitas vezes incorre em aplicações questionáveis.

    Diversos países correm para dominar a tecnologia visando benefícios comerciais e militares. Para isso, criam políticas nacionais a fim de fomentar a pesquisa e a criação de empresas especializadas na área. EUA, China e União Europeia são destaques nesse mundo.

    O caso chinês é o mais emblemático, com startups sendo incentivadas a desenvolver sistemas sofisticados de reconhecimento facial. O governo usa a tecnologia para rastrear algumas minorias, como os uigures, população majoritariamente muçulmana. Câmeras nas ruas e aplicativos nos celulares monitoram os passos dos cidadãos. A justificativa chinesa é pautada na segurança nacional: o objetivo é coibir ataques extremistas. O sistema de vigilância já foi vendido a governos na África, como o do Zimbábue.

    A discussão sobre ética no ocidente tenta impor limites à inteligência artificial para tentar impedir que a coisa fuja do controle. Outras ferramentas poderosas já precisaram do mesmo tratamento. A bioética, que ajuda a estabelecer as regras para pesquisas em áreas como a genética, é frequentemente citada como exemplo a ser seguido. Uma boa forma de lidar com os riscos de grandes avanços sem impedir o progresso da ciência é por meio de consensos de especialistas, em congressos. Eles podem suspender alguma atividade no mundo todo por um período determinado – uma moratória – para retomar a discussão no futuro, com a tecnologia mais avançada.

    Essa ideia de pé no freio aparece na inteligência artificial. Um rascunho de documento da União Europeia obtido pelo site “Politico”, em janeiro, mostra que o grupo considera banir o reconhecimento facial em áreas públicas por um período de três a cinco anos. Nesse tempo, regras mais robustas devem ser criadas.

(Raphael Hernandes. Inteligência artificial enfrenta questões éticas para ter evolução responsável. Disponível em: https://temas.folha.uol.com.br. Acesso em: 25.02.2020. Adaptado)

Os termos “sobre”, “alguma” e “por”, destacados no 4° parágrafo, estabelecem, nos contextos em que se encontram, as noções, respectivamente, de

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    Vunesp " novas modalidades " rs"

    sobre  = sinônimo de “em cima de”, “por cima de” = faz referência a algo que esteja numa posição superior.

     alguma = indeterminação

     “por = duração. " Tbm é causa "

  • Vuvu malandrinha. Atualizando seu arsenal.

  • Discordo do comentário de Eduardo Henrique, uma vez que o advérbio "sobre" não se trata de advérbio de posição, mas sim de assunto, fazendo referência a tal assunto. Por isso esse termo não é substituível por "por cima de" ou por "acima de", mas sim por “acerca de”, “em relação à” e “a respeito de”.

  • referência, indeterminação e duração.

  • AVANTE PMPR!

  • Raciocinei a questão da seguinte forma:

    Somente pela palavra "sobre", já podemos eliminar todas as alternativas depois da B, pois, "sobre" remete à assunto. Feito isso, matamos a questão, pois, a alternativa A, de forma errônea, diz que a palavra "alguma" significa incerteza, quando na verdade, significa indeterminação. Basta lembrar das aulas de português onde sempre é dito que "um, uma, algum, alguma, alguns, algumas" etc., são pronomes indefinidos, não incertos.

    Incerteza: dúvida, hesitação. E no texto, o autor não tem dúvida de que alguma atividade poderá ser suspensa, pelo contrário, ele nos afirma isso, apenas não determina quais atividades serão suspensas e quais não.

    Espero ter ajudado! :)

  • A questão requer conhecimento acerca do valor semântico das palavras.

    A preposição “sobre" exprime uma noção (valor semântico) de assunto ou referência. A discussão é sobre o assunto/referência ética no ocidente.

    O pronome “alguma" exprime uma noção de indeterminação, até porque é um pronome indefinido. Não se determinou que atividade será suspensa no mundo todo.

    A preposição “por" exprime uma noção de duração, duração de um período determinado.

    Portanto, a única alternativa que condiz com as noções, respectivamente, das palavras destacadas no 4º parágrafo é a (B): referência, indeterminação e duração.

    Gabarito da Professora: Letra B.

  • ALGUMA - pronome indefinido (ideia de indefinição)

    CARGA SEMÂNTICA DE PREPOSIÇÃO (ou carga relacional):

    As proposições mudam de sentido em função do contexto.

    Ex.: Café com leite (adição)

    A mãe com a filha (companhia)

    Trabalho com dedicação (modo)

    Trabalho por seis horas (duração)

    Trabalho por dinheiro (causa/motivação)

    Veio de trem (meio/ meio de transporte)

    Veio de Londres (lugar)

    Anel de ouro (material/matéria)

    Anel de noivado (finalidade)

     

    (Correção da questão, pela prof. Flávia Rita)

  • que a Vuvu adote mais questões desse tipo hehe