SóProvas


ID
5302381
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para responder à questão desta prova, considere o texto abaixo.

Das vezes em que fomos embora
Ana Clara Dantas
Fui embora poucas vezes na vida. A mais dramática foi mesmo quando saí de casa. Não houve briga ou desentendimento. Eu apenas senti que não cabia mais numa cidade pequena. Vim de Caicó para Natal, onde ainda estou e não tenho vontade de sair. Geograficamente falando, minha maior partida. Pessoalmente, o encontro com o meu lugar no mundo.
Hoje estou mais sujeita a partidas alheias. Amigos que vão pro Rio, São Paulo, Santa Catarina, Japão. E, a cada ida, a cidade fica maior, pois o que é físico torna-se coisa de poeta: saudade. E, pra quem não sabe versar sobre ela, resta uma lágrima envergonhada.
Penso que ir embora é ter certeza de que pessoas, sentimentos e até objetos ocupam espaço. Porque até você sair de vez, seja de onde for, tudo é banal. Um almoço com os pais, uma saída com os amigos e a saudade besta do que se tem ao alcance. Depois, é saber que nada disso cabe na mala ou num feriadão.
Sorte que a gente se espalha e a vida cuida de preencher os espaços. Já nem sei o quanto de vida cabe em um dia, em um mês, e neste ano que tanto nos tirou. Nos arrancou convívio, saúde, dinheiro, sossego, gente. E nos devolveu tudo em espanto a cada reencontro encabulado. Vejo o que o tempo fez em cada um desde que fomos embora, saímos, deixamos alguém. Estamos mesmo correndo.
Meio quilo de palavras ditas aos que me fazem tanta falta é tudo o que preciso. Quem dera elas viessem assim, no peso. Ou sob encomenda. Talvez até por aplicativo. No entanto, as palavras fogem. Pior, se amontoam e nada falam a ninguém, apesar do barulho. Limito-me a dizer, então, que tenho saudades imensas.
E saudades precisam ser ditas. Mais, precisam ser ouvidas. E isso há de caber até na bagagem de mão.

Disponível em: https://www.saibamais.jor.br/das-vezes-em-que-fomos-embora/. Acesso em: 3 mar. 2021. [Adaptado] 

Para responder à questão 1, considere o parágrafo transcrito abaixo.

E saudades precisam ser ditas. Mais, precisam ser ouvidas. E isso há de caber até na bagagem de mão.

No parágrafo, há uma informação

Alternativas
Comentários
  • Não entendi.

  • Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto. ... Os pressupostos são de mais fácil identificação, estando sugeridos no texto. Os subentendidos são deduzidos pelo leitor, sendo da sua responsabilidade.

    Como advérbio, usa-se para exprimir inclusão ou enfatizar qualquer facto. É sinónimo de inclusivamente. Deste modo, quando se utiliza até está-se a usar o valor de inclusão.

    Colei do Google mesmo porque sou preguiçosa.

    Esse assunto, pedido dessa maneira, será recorrente em provas.

  • Fiquei sem entender ainda.

  • Acredito que seja o uso da vírgula, MAIS ATÉ..

    as palavras precisam ser ditas. MAIS ATÉ, precisam ser ouvidas....

  • Tem hora que da um surto no examinador, ai acontece isso.

  • Eu só acertei porque até é adverbio

  • Tem horas que sua mente divaga e te engana.

  • até hj ainda não entendi essa questão

  • pressuposta= suposição, aquilo que se supõe antecipadamente. A informação (saudade) já havia sido antecipada. só não sei pq foi o advérbio que sinalizou e não pronome.

  • eu eliminei as respostas certas na hora de ganhar o dez deu ruim.

  • MAIS com MAIS é MENOS

  • Se você, assim como eu, errou está questão não fique chateado, analise as estatísticas.

  • D não vi erro

  • É necessário saber o que é uma bagagem de mão para se entender a metáfora do período, o advérbio “até” demarca o termo bagagem de mão.

  • Nem o Pasquale acerta

  • Questão para derrubar o concurseiro.

  • https://www.youtube.com/watch?v=IRe1duamo0M

  • Funciona assim:

    O pressuposto ele se refere a algo que não foi dito explicitamente, mas ficou "Óbvio" do que significa, exemplo:

    "Até tu brutos?" - está claro sobre o que está falando, na história acreditava-se que muitas pessoas iriam trair Cesar, menos o Brutos.

    Já o subentendido é quando o texto fala uma coisa, porém fica entendido que a pessoa entenderá outra coisa, exemplo:

    Você tem fogo?

    Entendemos que a pessoa não está perguntando se estamos pegando fogo, mas se temos isqueiro. - ficou subentendido isso.

  • Assertiva C

    No parágrafo, há uma informação = pressuposta, sinalizada pelo advérbio “até

  • Esta questão requer conhecimento acerca das questões que envolvem textualidade e das classes gramaticais.


    Primeiramente, faz-se necessário entender o que vem a ser pressuposto e subentendido.

    Pressupostos e subentendidos são informações implícitas num texto, ou seja, são inferências, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas linguísticas ou pelo contexto.


    Pressupostos são sentidos não revelados no texto de maneira explícita, o seu entendimento se dará por conta do sentido de certas palavras ou expressões contidas no enunciado.


    Exemplo: “Charles deixou de fumar".


    A informação explícita é que Charles hoje não fuma, mas há uma informação que se depreende do significado do verbo “deixar": Charles fumava anteriormente.


    Subentendidos já são insinuações, linguisticamente não marcadas, contidas em um enunciado. Dependem da capacidade de interpretação por parte do interlocutor.

    Exemplo:

    Imaginemos um encontro de dois colegas em uma calçada de rua e um deles viu que o outro acabara de sair do banco e comenta:

    _ Poxa! Estou precisando muito de um dinheiro para pagar minha conta de luz.

    O enunciado pode ser interpretado como um pedido para que o outro lhe empreste o dinheiro ou apenas um simples comentário. Não há nenhum elemento linguístico que nos faça apreender tal insinuação.

    Agora, analisemos cada alternativa.


    Alternativa (A) incorreta - Primeiro, a palavra “até", nesse parágrafo, não é preposição. Para alguns gramáticos, é considerado advérbio de inclusão. Entretanto, a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enquadra esse vocábulo como sendo Palavra Denotativa de Inclusão, não sendo “agasalhada" como classe gramatical.

    Dica!!! Quando “até" puder ser substituído por “inclusive", será advérbio de inclusão ou palavra denotativa de inclusão.


    Como há a presença de um elemento linguístico - o vocábulo “até" -, a informação não é subentendida, conforme a explicação dada no início.

    Alternativa (B) incorreta - Primeiramente, a palavra “isso" é pronome substantivo demonstrativo e devido à sua presença, a informação deixa de ser subentendida.


    Alternativa (C) correta - A partir do advérbio de inclusão “até", a informação pressuposta é que, mesmo uma bagagem de mão - um acessório pequeno -, é capaz de guardar sentimentos grandiosos e intensos, como a saudade.

    Alternativa (D) incorreta - Há, realmente, uma informação pressuposta marcada por um elemento linguístico, mas esse elemento não é o pronome “isso". Tal pronome funciona como um elemento coesivo, referindo-se a toda a ação dita anteriormente.


    Gabarito da Professora: Letra C.
  • ok, pelo que entendi é assim:

    1- o `` até`` nesse contexto exerce a função de advérbio, pois pode ser substituído por outro advérbio.

    2- Vejamos :

    FRASE ORIGINAL: ``E saudades precisam ser ditas. Mais, precisam ser ouvidas. E isso há de caber até na bagagem de mão.``

    FRASE PROPOSTA: ``E saudades precisam ser ditas. Mais, precisam ser ouvidas. E isso há de caber INCLUSIVE  na bagagem de mão. ``

    3- Enfim, perceba que o `` até`` - `` inclusive``- está modificando o caber. É ADVÉRBIO

    4- Pronto, já matava a qc. Agora saber que é pressuposta, já que dá a entender que cabem outras coisas também.

    ==

    gab: C

    ==

    erros é so avisar no privado

  • Várias questões da Comperve com mais de 70% de erro, e tudo nível médio. E a galera ainda reclama da FCC...

  • Esta questão requer conhecimento acerca das

    questões que envolvem textualidade e das classes gramaticais.

    Primeiramente,

    faz-se necessário entender o que vem a ser pressuposto e subentendido.

    Pressupostos

    e subentendidos

    são informações implícitas num texto, ou seja, são

    inferências, não expressas formalmente, apenas sugeridas por marcas

    linguísticas ou pelo contexto.

    Pressupostos

    são sentidos não revelados no texto de maneira explícita,

    o seu entendimento se dará por conta do sentido de certas palavras ou

    expressões contidas no enunciado.

    Exemplo: “Charles

    deixou de fumar".

    A

    informação explícita é que Charles hoje não fuma, mas há uma informação que se

    depreende do significado do verbo “deixar": Charles fumava anteriormente.

    Subentendidos

    já são insinuações, linguisticamente não marcadas,

    contidas em um enunciado. Dependem da capacidade de interpretação por parte do

    interlocutor.

    Exemplo:

    Imaginemos

    um encontro de dois colegas em uma calçada de rua e um deles viu que o outro

    acabara de sair do banco e comenta:

    _

    Poxa! Estou precisando muito de um dinheiro para pagar minha conta de luz.

    O

    enunciado pode ser interpretado como um pedido para que o outro lhe empreste o

    dinheiro ou apenas um simples comentário. Não há nenhum elemento linguístico

    que nos faça apreender tal insinuação.

    Agora,

    analisemos cada alternativa.

    Alternativa (A) incorreta -

    Primeiro, a palavra “até", nesse parágrafo, não é preposição. Para

    alguns gramáticos, é considerado advérbio de inclusão. Entretanto, a

    Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) enquadra esse vocábulo como sendo Palavra Denotativa de Inclusão,

    não sendo “agasalhada" como classe gramatical.

    Dica!!! Quando

    “até" puder ser substituído por “inclusive", será advérbio de inclusão ou palavra

    denotativa de inclusão.

    Como

    há a presença de um elemento linguístico - o vocábulo “até" -, a

    informação não é subentendida, conforme a explicação dada no início.

    Alternativa (B) incorreta -

    Primeiramente, a palavra “isso" é pronome

    substantivo demonstrativo e devido à sua presença, a informação deixa de

    ser subentendida.

    Alternativa (C)

    correta -

    A partir do advérbio de inclusão “até", a informação pressuposta é que,

    mesmo uma bagagem de mão - um acessório pequeno -, é capaz de guardar

    sentimentos grandiosos e intensos, como a saudade.

    Alternativa (D) incorreta -

    Há, realmente, uma informação pressuposta marcada por um elemento linguístico,

    mas esse elemento não é o pronome “isso". Tal pronome funciona como um

    elemento coesivo, referindo-se a toda a ação dita anteriormente.

    Gabarito da Professora:

    Letra C.

    Créditos QCONCURSO

  • ATÉ  --> Preposição ou advérbios

     

    PREPOSIÇÃO:

    Ø Indica o FIM NO ESPAÇO ou NO TEMPO; que não se ultrapassa:

     

    Ex: a rua ia até ao portão;

    Ex: ficarei em São Paulo até dezembro.

    Ø Limita um tempo posterior: ele pretende trabalhar até 2016.Limita o espaço entre: siga até aqui; o terreno vai até o lago.

    ADVÉRBIOS:

    Ø De modo INCLUSIVO; TAMBÉM:

    Ex: vive até debaixo d'água.

    Ø NO LIMITE, no MÁXIMO:

    Ex: posso gastar até 600 reais com o presente.

    copiado de https://www.dicio.com.br/ate/#:~:text=preposi%C3%A7%C3%A3o%20Indica%20o%20fim%20no,vive%20at%C3%A9%20debaixo%20d'%C3%A1gua.