SóProvas



Questões de Pronomes demonstrativos


ID
2392
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Pronto para outra?
Ricardo Freire

          Para muita gente, esta é a semana mais difícil do ano.
Você volta das férias, tenta se adaptar de novo à rotina e
já pressente as surpresas que vai ter ao receber a conta do
cartão de crédito. Quando se dá conta, é mais uma vítima
da depressão pós-viagem. Eu só conheço uma maneira de
sair dessa: começar a pensar já na próxima. Não, não é
cedo demais. Nem sintoma de descaso pelo trabalho.
Acalentar uma viagem é uma maneira segura de manter
aceso o interesse pelo fato gerador de suas férias: seu
emprego.
          Além do que, planejar uma viagem com antecedência
é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que
se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa
longe de casa, quando dá para começar a viajar muito
antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?
          Eu gosto de comparar o planejamento de uma grande
viagem ao preparo de um desfile de escola de samba no
Carnaval. Assim como as férias, o Carnaval em si dura
pouco - mas é o grand finale de um ano inteiro de
divertida preparação.
          É fácil trazer o know how do samba para suas férias.
Use os três primeiros meses depois da volta para definir o
"enredo" de sua próxima viagem.
          Tire os meses seguintes para encomendar guias e
colecionar as informações que caírem em sua mão -
revistas, jornais, dicas de quem já foi. Vá montando o
itinerário mais consistente, descobrindo os meios de
transporte mais adequados, decidindo quais são os hotéis
imperdíveis. Quando faltarem quatro meses para a
partida, tome coragem e reserve a passagem e os hotéis.
          Passe os últimos três meses fazendo a sintonia fina:
escolhendo restaurantes, decidindo o que merece e o que
não merece ser visto.
          Depois de tudo isso não tem erro: é partir direto para
a apoteose.

Revista Época, 29/01/2007, p. 112 (fragmento).

 "... e sem pagar mais por isso?" (l. 15). O trecho contém um pronome demonstrativo cuja função textual é referir-se a:

Alternativas
Comentários
  • começar a viagem bem antes

  • O pronome demonstrativo "isso" retoma o que foi dito anteriormente " viajar muito antes de embarcar".
  • Planejar a viagem com antecedência possibilita uma rentabilidade maior no investimento.

    " planejar uma viagem com antecedência

    é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento."

    o pronome isso tem valor anafórico e no texto retoma:

    [...]

    se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa

    longe de casa, quando dá para começar a viajar muito

    antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso? [...]

    Sucesso, Bons estudos, Nãodesista!

  • A função do pronome demonstrativo é marcar a posição de um elemento no texto em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço, no tempo, ou no próprio discurso.

    Quando utilizamos "Esse(s)/Essa(s)/Isso" podemos indicar posse do interlocutor, indicar tempo passado ou futuro próximo e, também, retomar algo já citado no próprio texto, sendo esse último recurso (veja o uso do "esse" nessa frase) utilizado nessa questão.

    "Além do que, planejar uma viagem com antecedência é o melhor jeito de rentabilizar seu investimento. Por que se contentar em aproveitar apenas os dias que você passa longe de casa, quando dá para começar a viajar muito antes de embarcar - e sem pagar nada mais por isso?"

    ALTERNATIVA: D

  • GABARITO: D

    O pronome demonstrativo "isso" retoma o que foi dito anteriormente " viajar muito antes de embarcar".


ID
26746
Banca
FCC
Órgão
TRE-SE
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto
abaixo.

O futuro da humanidade

          Tudo indica que há um aquecimento progressivo do planeta
e que esse fenômeno é causado pelo homem. Nossos
filhos e netos já conhecerão seus efeitos devastadores: a
subida do nível do mar ameaçará nossas costas, e o desequilíbrio
climático comprometerá os recursos básicos - em
muitos lugares, faltará água e faltará comida.
          Os humanos (sobretudo na modernidade) prosperaram
num projeto de exploração e domínio da natureza cujo custo é
hoje cobrado. Para corrigir esse projeto, atenuar suas conseqüências
e sobreviver, deveríamos agir coletivamente. Ora,
acontece que nossa espécie parece incapaz de ações coletivas.
À primeira vista, isso é paradoxal.
          Progressivamente, ao longo dos séculos, chegamos a
perceber qualquer homem como semelhante, por diferente de
nós que ele seja. Infelizmente, reconhecer a espécie como
grupo ao qual pertencemos (sentir solidariedade com todos os
humanos) não implica que sejamos capazes de uma ação
coletiva. Na base de nossa cultura está a idéia de que nosso
destino individual é mais importante do que o destino dos
grupos dos quais fazemos parte. Nosso individualismo, aliás, é
a condição de nossa solidariedade: os outros são nossos
semelhantes porque conseguimos enxergá-los como indivíduos,
deixando de lado as diferenças entre os grupos aos quais cada
um pertence. Provavelmente, trata-se de uma conseqüência do
fundo cristão da cultura ocidental moderna: somos todos
irmãos, mas a salvação (que é o que importa) decide-se um por
um. Em suma: agir contra o interesse do indivíduo, mesmo que
para o interesse do grupo, não é do nosso feitio.
          Resumo: hoje, nossa espécie precisa agir coletivamente,
mas a própria cultura que, até agora, sustentou seu caminho
torna esse tipo de ação difícil ou impossível.
          Mas não sou totalmente pessimista. Talvez nosso
impasse atual seja a ocasião de uma renovação. Talvez
saibamos inventar uma cultura que permita a ação coletiva da
comunidade dos humanos que habitam o planeta Terra.

(Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 8/02/07)

Nossos recursos básicos já estão ameaçados, o desequilíbrio climático comprometerá os recursos básicos, tornará escassos os recursos básicos, entre eles a água e a comida - e quem pode prescindir de água e de comida? Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, respectivamente, por:

Alternativas
Comentários
  • Apesar de não ter essa alternativa, acredito que "dessas" é mais correto que "destas", pois já foram citadas.
  • (lhe, lhes) substitui um objeto indireto, e (o, a, os, as) substitui objeto direto...
  • Fernanda, está correta "DESTAS", pois está se referindo à "água" e à "comida" cataforicamente.
  • i) Usa-se esse, essa, isso para referência a elemento, frase ou oração anterior (anafórica) . Ex.:
    > O saneamento tem grande efeito sobre o bem-estar da população. Por isso, é inexplicável o fato de esse setor não se ter tornado prioridade do atual governo.
    > A crise de energia demonstrou que a introdução de um novo modelo nos setores de infra-estrutura envolve riscos. Isso não significa, porém, que o modelo privado seja inviável.
    ii) Usa-se este, esta, isto para referência a elemento, frase ou oração posterior (catafórica). Ex.:
    > Espero sinceramente isto: que seja muito feliz.
    > Nosso povo sofre com mutos problemas, dentre os quais estes: miséria, fome e ignorância.
    iii) O pronome este refere-se ao elemento imediatamente anterior, Ex.:
    > Admiração, respeito, amizade? Talvez, pensava ela, este (último) seja o mais importante e perene dos sentimentos.
    > Essas questões não são tão complexas quanto às de outros setores, como o de telecomunicações e o de energia, sendo este o mais importante de todos. 
        (O pronome este refere-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, a setor de 
    energia)

    > É preciso que o Executivo promova as reformas necessárias no saneamento básico, pois este é o problema mais grave de hoje.
        (O pronome este refere-se ao elemento imediatamente anterior, ou seja, a saneamento básico).
  • Também penso que se trata de uma anáfora... 

ID
173104
Banca
FCC
Órgão
AL-SP
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

"Nenhum homem é uma ilha", escreveu o inglês John
Donne em 1624, frase que atravessaria os séculos como um
dos lugares-comuns mais citados de todos os tempos. Todo lugar-
comum, porém, tem um alicerce na realidade ou nos sentimentos
humanos - e esse não é exceção. Durante toda a história
da espécie, a biologia e a cultura conspiraram juntas para
que a vida humana adquirisse exatamente esse contorno, o de
um continente, um relevo que se espraia, abraça e se interliga.
A vida moderna, porém, alterou-o de maneira drástica.
Em certos aspectos partiu o continente humano em um arquipélago
tão fragmentado que uma pessoa pode se sentir totalmente
separada das demais. Vencer tal distância e se reunir
aos outros, entretanto, é um dos nossos instintos básicos. E é a
ele que atende um setor do mercado editorial que cresce a
passos largos: o da autoajuda e, em particular, de uma
autoajuda que se pode descrever como espiritual. Não porque
tenha necessariamente tonalidades religiosas (embora elas, às
vezes, sejam nítidas), mas porque se dirige àquelas questões
de alma que sempre atormentam os homens. Como a perda de
uma pessoa querida, a rejeição ou o abandono, a dificuldade de
conviver com os próprios defeitos e os alheios, o medo da
velhice e da morte, conflitos com os pais e os filhos, a frustração
com as aspirações que não se realizaram, a perplexidade diante
do fim e a dúvida sobre o propósito da existência. Questões
que, como séculos de filosofia já explicitaram, nem sempre têm
solução clara - mas que são suportáveis quando se tem com
quem dividir seu peso, e esmagadoras quando se está só.
As mudanças que conduziram a isso não são poucas
nem sutis: na sua segunda metade, em particular, o século XX
foi pródigo em abalos de natureza social que reconfiguraram o
modo como vivemos. O campo, com suas relações próximas, foi
trocado em massa pelas cidades, onde vigora o anonimato. As
mulheres saíram de casa para o trabalho, e a instituição da
"comadre" virtualmente desapareceu. Desmanchou-se também
a ligação quase compulsória que se tinha com a religião, as
famílias encolheram drasticamente não só em número de filhos
mas também em sua extensão. A vida profissional se tornou
terrivelmente competitiva, o que acrescenta ansiedade e reduz as chances de fazer amizades verdadeiras no local de trabalho.
Também o celular e o computador fazem sua parte, aumentando
o número de contatos de que se desfruta, mas reduzindo
sua profundidade e qualidade.
Perdeu-se aquela vasta rede de segurança que, é certo,
originava fofoca e intromissão, mas também implicava conselhos
e experiência, valores sólidos e afeição desprendida, que
não aumenta nem diminui em função do sucesso ou da beleza.
Essa é a lacuna da vida moderna que a autoajuda vem se propondo
a preencher: esse sentido de desconexão que faz com
que em certas ocasiões cada um se sinta como uma ilha desgarrada
do continente e sem meios de se reunir novamente a
ele.

(Isabela Boscov e Silvia Rogar. Veja, 2 de dezembro de 2009,
pp. 141-143, com adaptações)

... que faz com que em certas ocasiões ... (último parágrafo)

A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está em:

Alternativas
Comentários
  • O mercado abrange  o

    Os leitores acreditam em

    Os leitores estão convictos de

    As pessoas sonham com, logo: Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo com que sonham.

    As pessoas recorrem a

  • Comentário objetivo:

    Deve-se atentar para a regência nominal e verbal das alternativas.

    a) O mercado editorial de autoajuda, QUE abrange várias categorias, cresce a olhos vistos em todo o mundo.

    b) O conteúdo dos livros de autoajuda, EM QUE os leitores acreditam, serve de inspiração para o sucesso na vida e na carreira profissional.

    c) Os leitores estão convictos DE QUE essas publicações serão a inspiração para uma vida mais harmônica e feliz.

    d) Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo COM QUE sonham.

    e) A literatura de autoajuda constitui, no momento, os meios A QUE as pessoas recorrem para viver melhor.

  • A) O MERCADO EDITORIAL DE AUTOAJUDA, QUE ABRAGE VÁRIAS CATEGORIAS, CRESCE A OLHOS VISTOS EM TODO O MUNDO.

    B) O CONTEÚDO DOS LIVROS DE AUTOAJUDA, EM QUE OS LEITORES ACREDITAM, SERVE DE INSPIRAÇÃO PARA O SUCESSO NA VIDA E NA CARREIRA PROFISSIONAL.

    C) OS LEITORES ESTÃO CONVICTOS DE QUE ESSAS PUBLICAÇÕES SERÃO A INSPIRAÇÃO PARA UMA VIDA MAIS HARMÔNICA E FELIZ.

    D) OS LIVROS DE AUTOAJUDA PROCURAM CONDUZIR AS PESSOAS A OBTEREM COM TENACIDADE TUDO AQUILO COM QUE SONHAM.

    E) A LITERATURA DE AUTOAJUDA CONSTITUI, NO MOMENTO, OS MEIOS A QUE AS PESSOAS RECORREM PARA VIVER MELHOR.

  • faça a pergunta:

    QUEM SONHA, SONHA com algo.

     

    GABARITO ''D''

  • C) OS LEITORES ESTÃO CONVICTOS DE QUE ESSAS PUBLICAÇÕES SERÃO A INSPIRAÇÃO PARA UMA VIDA MAIS HARMÔNICA E FELIZ.

    ESSAS PUBLICACOES SERÃO A INSPIRAÇÃO OS +DE = DOS ELEITORES

  • A questão quer saber quais das orações regem preposição "com"

    Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo com que sonham.

    Quem sonha ? sonha com algo ?

    "que " pronome relativo


ID
175729
Banca
FCC
Órgão
TRT - 9ª REGIÃO (PR)
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Pensando os clássicos

Os pensadores da antiguidade clássica deixaram-nos um
tesouro nem sempre avaliado em sua justa riqueza. O filósofo
Sêneca, por exemplo, mestre da corrente estoica, legou-nos
uma série preciosa de reflexões sobre a tranquilidade da alma
- este é o título da tradução para o português. É ler o livrinho
com calma e aprender muito. Reproduzo aqui três fragmentos,
para incitar o leitor a ir atrás de todo o restante.

I. Quem temer a morte nunca fará nada em prol dos
vivos; mas aquele que tomar consciência de que
sua sorte foi estabelecida já na sua concepção
viverá de acordo com a natureza, e saberá que
nada do que lhe suceda seja imprevisto. Pois,
prevendo tudo quanto possa de fato vir a suceder,
atenuará o impacto de todos males, que são fardos
somente para os que se creem seguros e vivem na
expectativa da felicidade absoluta.

II. Algumas pessoas vagam sem propósito, buscando
não as ocupações a que se propuseram, mas
entregando-se àquelas com que deparam ao acaso.
A caminhada lhes é irrefletida e vã, como a das
formigas que trepam nas árvores e, depois de subir
ao mais alto topo, descem vazias à terra.

III. Nossos desejos não devem ser levados muito
longe; permitamos-lhes apenas sair para as proximidades,
porque não podem ser totalmente reprimidos.
Abandonando aquilo que não pode acontecer
ou dificilmente pode, sigamos as coisas próximas
que favorecem nossa esperança (...). E não
invejemos os que estão mais alto: o que parece
altura é precipício.

São princípios do estoicismo: aprender a viver sabendo
da morte; não se curvar ao acaso, mas definir objetivos; viver
com a consciência dos próprios limites. Nenhum deles é fácil de
seguir, nem Sêneca jamais acreditou que seja fácil viver. Mas a
sabedoria dos estoicos, que sabem valorizar o que muitos só
sabem temer, continua viva, dois mil anos depois.

(Belarmino Serra, inédito)

Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

Alternativas
Comentários
  • Resposta : Letra e)

    a) de cujo - reconhecimento do valor

    b) de cujo - temor da morte

    c) aos quais

    d) em cujo - estamos assegurados no domínio ( em que domínio ?)

    e) Correta - de que - "...jamais descuram de um dos princípios ..."

  • a) "O pensamento clássico encerra uma riqueza em cujo valor poucos prestam o devido reconhecimento."  ERRADA. Quem presta reconhecimento presta reconhecimento A ALGUMA COISA. Portanto: A CUJO

    b) "A morte, cujo o temor nos faz querer esquecer dela, é uma questão permanente da filosofia estoica." ERRADA. Quem esquece esquece alguma coisa. Não tem preposição. Portanto: CUJO. Obs.: "CUJO O" NÃOOOOOO EXISTE!!!! É simplesmente "cujo".

    c) "Quase nunca atentamos para os limites a que devemos impor aos nossos desejos." ERRADA. Quem impõe impõe alguma coisa. Não tem preposição! Portanto: "QUE DEVEMOS IMPOR", simples assim!

    d) "Nossas esperanças não devem projetar-se para além do espaço cujo domínio estamos assegurados." ERRADA. Neste caso, quem está assegurado está assegurado DE alguma coisa. Portanto: "DE CUJO domínio estamos assegurados.

    e) CORRETA!!! Justificativa: quem se descura se descura DE alguma coisa.

  • Complementando a colega, o verbo descurar pode ser tanto transito, intransitivo, bitransitivo, quanto transitivo pronominal. Porém, no caso, a frase pede a preposição:

    Quem vagueia sem propósito pela vida fere um dos princípios de que os estóicos jamais descuram.

    Os Estóicos jamais descuram (sentido de "descuidar") de um dos princípios que quem vagueia sem propósitos pela vida fere.
  • QUEM ESTÁ ASSEGURADO ESTÁ ASSEGURADO EM

ID
352291
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Imagem 002.jpg

Indique a opção em que a palavra grifada é um pronome demonstrativo.

Alternativas
Comentários
  • "O" tem valor de demonstrativo (nesse exemplo), pois além de vir precedido pelo pronome relativo "que", pode ser substituído por "isso" (pronome demonstrativo) sem alterar o sentido da oração.

    "...exatamente isso que eles aprendem a fazer..."


ID
370576
Banca
FCC
Órgão
TCE-GO
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   O Brasil deu um passo importante ao estabelecer um Plano Nacional de Mudanças Climáticas com metas para a redução do desmatamento da Amazônia e, por consequência, das emissões de gases do efeito estufa. O documento, porém, deixa uma lacuna em relação às adaptações aos danos que devem ser provocados pelo aquecimento global, mesmo se as emissões fossem zeradas hoje. A opinião é de ambientalistas e cientistas envolvidos com a questão.

    Isso é reflexo de um problema fundamental: o Brasil pouco conhece sua vulnerabilidade às alterações do clima. Com base em uma série de estudos sabe-se, por exemplo, quanto a temperatura deve subir em cada região, que a Amazônia pode sofrer um processo de savanização e que a elevação do nível do mar pode pôr em risco a cidade do Recife. Pesquisas mostram também que várias culturas agrícolas devem ser
afetadas no país, em especial a de soja, e que a região Nordeste será a mais afetada, com intensificação do processo de desertificação e perdas significativas no PIB.

       Mas ainda faltam dados regionalizados que possam servir de instrumento para a criação de políticas de adaptação. Item pouco estudado é o da precipitação de chuvas, necessário para identificar a vulnerabilidade das cidades. Só com esses dados será possível prever enchentes e seu impacto na infraestrutura dos municípios, em sua economia e na saúde da população. A secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente admite a falha. “A verdade é que, por muito tempo, houve uma resistência em todo o mundo: discutir adaptação era como jogar a toalha. Como se, ao admitir que vai esquentar mesmo, estaríamos desistindo de atuar em mitigação. Hoje não se pensa mais assim. Mitigação e adaptação são complementares, mas isso é muito complexo quando não se sabe direito o que vai ocorrer e onde. É um item mais fraco no plano, porque o conhecimento das vulnerabilidades é menor.”

 (Adaptado de Marcio Silva. O Estado de S. Paulo, Especial H4, 5 de dezembro de 2008)

Isso é reflexo de um problema fundamental ... (2º parágrafo)

O pronome grifado substitui corretamente, considerando- se o contexto,

Alternativas
Comentários
  • ... deixa uma lacuna em relação às adaptações aos danos que devem ser provocados pelo aquecimento global, ... 

  • Referência anafórica.

  • top!

  • Amei <3

  • Genial!!

  • Muito bom, Marcos! Ajudou demaisssssss!!!! Obrigada.

  • Excelente


ID
392077
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2009
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa em que o elemento a é pronome demonstrativo.

Alternativas
Comentários
  • Na letra A, o "a" sublinhado por de ser substituido por "aquela".

  • “Psicólogos ligados a universidades americanas respeitadas como a Harvard e a (universidade) da Pensilvânia...”

    pronome demonstrativo é anafórico, ou seja, substitui um substantivo anterior a ele

  • A = AQUELA

  • Normalmente, o pronome demonstrativo(a/o) vem antes de (de/que e variações)


ID
581020
Banca
Aeronáutica
Órgão
CIAAR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas abaixo.

I. No começo deste ano, a alta no preço das passagens aéreas deu uma pausa, com as passagens chegando______ cair 17%. (a/ à).
II. Há uma maior competição entre as companhias aéreas, o que provoca _______ oscilações de preços, principalmente por causa das promoções. (estas/ essas)
III. “As empresas estão visando ________ classe média emergente e querem conquistar passageiros", conta Alípio Camanzano, presidente da Decolar no Brasil. (a/ à)
IV. Geralmente as companhias aéreas lançam promoções ______ sextas-feiras e sábados, diz Camanzano. (as/ às)

Alternativas
Comentários
  • Letra B.


    É proibida a crase antes de verbo.

  • iv) Difícil reconhecer que antes de SEXTAS-FEIRAS possui crase, porque é um caso muito particular de DETERMINAÇÃO DE DIAS (específicos). Do contrário, não há crase antes de dias da semana!

  • a/ essas/ à/ às

    GABARITO - B

  • Antes do verbo a crase é proibida

  • Fiquei em dúvida entre essas e estas? Alguém pode explicar?

ID
607726
Banca
FUNCAB
Órgão
SES-GO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cura e entretém

Duas vezes por dia, pela manhã e pela tarde, o
aparelho de videogame era instalado no quarto de Lucas
Savaris Morcelli, 14 anos, na unidade de terapia intensiva do
Hospital Vita, em Curitiba. Durante as sessões de meia hora
cada uma, o garoto jogava beisebol ao mesmo tempo em que
fazia exercícios sob orientação do fisioterapeuta. Ele
precisava sincronizar a respiração com o movimento de
rebater a bola virtual. A gameterapia se estendeu pelas duas
semanas que Lucas permaneceu na UTI. O adolescente sofre
de fibrose cística, doença genética crônica que causa
excesso de secreção nos pulmões. O jogo ajudou Lucas a
ampliar sua capacidade pulmonar e também lhe fortaleceu os
músculos e a autoestima. “Melhorei muito no beisebol.Agora,
faço mais de 10 pontos.Meu pai não joga comigo porque sabe
que vai perder”, diz.
Hoje, uma dezena de pacientes da UTI do hospital
paranaense frequenta sessões de gameterapia. Quando
surgiram, nos anos 80, os videogames eram acusados de
incentivar o sedentarismo. Essa visão sofreu uma reviravolta
nos últimos três anos, com o lançamento de jogos equipados
com sensores de movimento, que transformam o corpo do
jogador em joystick. Como eles transferem os movimentos do
jogador para a ação do game na tela, é preciso deixar o sofá
para dar raquetadas em bolas de tênis ou chutar bolas
virtuais. Por isso o console Wii, da Nintendo, e o jogo Eye Toy
do PlayStation 2, da Sony, são bons exercícios físicos. A
utilização terapêutica desses games começou dois anos atrás
no Canadá. Hoje ocorre em pelo menos cinco outros países
como complemento na reabilitação de pacientes com
sequelas de derrames cerebrais ou vítimas de doenças
degenerativas, como Parkinson.
O pioneiro no Brasil foi o Hospital Vita, em março. A
reação dos pacientes foi entusiástica. “Nunca tinha visto
pacientes tão afoitos para fazer exercícios”, diz Esperidião
Elias Aquim, chefe do serviço de fisioterapia do hospital. As
primeiras experiências, por sinal, foram realizadas com o
console de Wii que o fisioterapeuta trouxe de casa. Depois de
dez meses de uso,Aquim não tem dúvida sobre os benefícios
da gameterapia para pacientes internados na UTI. Ele
descobriu igualmente alguns riscos. “O esforço físico,
somado à empolgação dos pacientes, pode fazer a pressão
sanguínea subir perigosamente”, diz Aquim. Um dos jogos
mais usados nos hospitais de todo omundo é o Wii Fit. Ele tem
48 exercícios, orientados por um treinador virtual, para a
tonificação de músculos, atividades aeróbicas, ioga e treinos
de equilíbrio.O jogador fica numa pequena plataforma e dirige
seu personagem virtual com movimentos do corpo.
No início de dezembro, o Instituto de Reabilitação
Lucy Montoro, em São Paulo, começou a testar o Wii na
terapia com hemiplégicos, pessoas com os movimentos de
um lado do corpo limitados por um derrame. Muitas vezes os
problemas para andar decorrem da dificuldade enfrentada
pelos pacientes quando é preciso transferir o peso de uma
perna para a outra – exatamente o que eles aprendema fazer
sobre a pequena plataforma do jogo. Os resultados no Lucy
Montoro têm sido animadores, sobretudo pela capacidade do
game de estimular a determinação do paciente. Na
fisioterapia tradicional, os hemiplégicos realizam movimentos
repetitivos e monótonos com pesos e aparelhos especiais. O
videogame não substitui essas técnicas, mas faz com que os
exercícios fiquem mais divertidos. Em Israel, o Eye Toy do
Playstation 2 está sendo usado como uma espécie de
analgésico para vítimas de queimaduras extensas. “Os
pacientes ficam de tal forma hipnotizados pelo jogo que a
sensação de dor diminui”, disse a VEJA o cirurgião plástico
Josef Haik, do Sheba Medical Center, próximo a Tel-Aviv.
“Como o videogame é um passatempo divertido, os
fisioterapeutas conseguem exercitar os pacientes por mais
tempo e atingir melhores resultados”, completa. Uma
vantagem adicional do videogame é que a terapia pode
continuar em casa, com a assistência de um fisioterapeuta,
depois do paciente ter alta do hospital.

(Juliana Cavaçana, in Revista Veja, 13 de jan. de 2010)

Indique a opção em que a palavra grifada é um pronome demonstrativo.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

  • pronomes demostrativos:o os a as

  • Para ficar mais fácil, basta substituir o termo destacado por "aquilo" ou "aquele(a)


ID
627658
Banca
FCC
Órgão
TCE-SE
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: A questão refere-se ao texto seguinte.


Da política ao espetáculo 

          A rebeldia voltou. E nos lugares mais inesperados. O rastilho foi aceso em Túnis, seguiu para o Cairo e depois para Sanaa, Manama, Damasco − cidades onde ação política não é um direito. Onde as praças tiveram de ser ocupadas com o risco de prisão, tortura e morte. Mesmo assim, as manifestações só ficaram violentas porque as autoridades as atacaram.
          A centelha da revolta atravessou o Mediterrâneo e acendeu outras centenas de milhares de pessoas na Grécia e na Espanha, países subitamente forçados ao empobrecimento. Na África, no Levante, no Oriente Médio e na Europa, o que se quer é liberdade, trabalho e justiça.
          Nenhuma mobilização foi tão inesperada quanto a que explodiu, no mês passado, do outro lado do Atlântico Norte, numa das cidades mais ricas do mundo: Vancouver, no Canadá. Sua motivação foi frívola. Por 4 a 0, o time local de hóquei no gelo perdeu a final do campeonato. Não houve reivindicação social ou política: chateada, a gente saiu à rua e botou fogo em carros, quebrou vitrines, invadiu lojas. 
         Fizeram tudo isso com a leveza da futilidade, posando para câmeras de celulares, autorregistrando-se em instantâneos ambivalentes de prazer e agressão. O impulso de se preservarem em fotos e filmes era tão premente quanto o de destruir.
        Alguns intelectuais poderiam explicar assim o fenômeno: se o espetáculo do jogo não satisfez, o do simulacro da revolta o compensará; o narcisismo frustrado vira exibicionismo compartilhado.
        Em meio ao quebra-quebra, um casal de namorados tentava fugir quando a moça foi atingida pelo escudo de um policial e caiu. O namorado deitou-se ao lado e, para acalmá-la, deu-lhe um beijo.
        Um fotógrafo viu apenas dois corpos que pareciam feridos no chão e, sem perceber direito o que fotografava, captou o beijo. Pronto: os jovens viraram celebridades. Namorando há apenas seis meses, o casal cancelou uma viagem à Califórnia para cumprir uma agenda extensa de entrevistas em Nova York. A sociedade do espetáculo não pode parar.


                                                                                (Adaptado da Revista Piauí, n. 58, julho 2001, p. 55) 

Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

Alternativas
Comentários
  • a) Há países aonde as praças, supostamente públicas, estão longe de constituírem um lugar em cujo se garanta a expressão do povo. CUJO é usado somente entre substantivos

    b) Os jovens aos quais se deparou o fotógrafo estavam dando um beijo, em cujo registro haveria por torná-los celebridades. O verbo haver não exige a preposição EM

    c) Países grandes, cuja economia foi sempre saudável, são hoje palcos de manifestações a que acorrem os cidadãos empobrecidos. CORRETA

    d) Cabe aos intelectuais a explicação de um fenômeno social onde a marca peculiar é a busca de imagens em cujas todos se espelham. o pronome CUJO representa uma relação de posse entre dois substantivo, portanto não  cabe neste caso. 

    e) Com um beijo, o namorado visava à tranquilizar a moça, não imaginando que aquela demonstração de afeto adviesse tanta fama. Não há crase, pois antes de verbo no infinitivo o uso da crase é vedado

  • a) Há países aonde as praças, supostamente públicas, estão longe de constituírem um lugar em cujo se garanta a expressão do povo. CUJO é usado somente entre substantivos

    Qual palavra que está exigindo o a do AONDE ?
  • Complementando os comentários das outras questões:
    D- Onde é utilizado somente para indicar lugar
    E- Não se utiliza crase antes de verbo
  • VISAR

    Pode ser transitivo direto (sem preposição) ou transitivo indireto (com preposição).
    Quando significa “dar visto” e “mirar” é transitivo direto.

    - O funcionário já visou todos os cheques. (dar visto)
    - O arqueiro visou o alvo e atirou. (mirar)

    Quando significa “desejar”, “almejar”, “pretender”, “ter em vista” é transitivo indireto e exige a preposição “a”.

    - Muitos visavam ao cargo.
    - Ele visa ao poder.

    Nesse caso não admite o pronome lhe(s) e deverá ser substituído por a ele(s), a ela(s). Ou seja, não se diz: viso-lhe.

    Obs: Quando o verbo “visar” é seguido por um infinitivo, a preposição é geralmente omitida.

    - Ele visava atingir o posto de comando.

  • Complementando a resposta do Marcelo:

    b) Os jovens aos quais se deparou o fotógrafo estavam dando um beijo, em cujo registro haveria por torná-los celebridades.

    O verbo Estar é de ligação, portanto, não exige preposição "a" em "aos quais". O correto seria: "os quais [...]".
  • “CUJO” - O pronome relativo “cujo” é a união do radical “cuj” mais um artigo. Desta união, teremos um resultado. Então:
    * “Cuj” + “o” = “cujo”
    * “Cuj” + “os” = “cujos”
    * “Cuj” + “a” = “cuja”
    * “Cuj” + “as” = “cujas”
    Obs. 1: Portanto, não existe “cujo o”, “cujo os”, “cujo a”, e, “cujo as” – justamente porque o artigo já existe /está contido no próprio “cujo”.
    Obs. 2: Também não existe “cujo seu” e “cujo sua”. Por quê? O “seu” / “sua” indicam posse – desta forma, não há necessidade do “seu” / “sua”, justamente porque o próprio “cujo” já estabelece, automaticamente, a ideia de posse.
                                                                                                                                
    Ainda quanto ao “cujo”:
    * Liga dois substantivos.
    A fórmula é esta: “substantivo + cujo(s) / cuja(s) + substantivo”
    Sempre concorda com o substantivo que vier depois.
    Ex.: “Mesa” – vou ter que colocar “cuja” porque o “a” concorda com “mesa” = “a mesa”. Se fosse “mesas” seria “cujas” – porque sempre concorda com o substantivo que vier depois
    ....
    * Estabelece ideia de posse.
    Na fórmula “substantivo + cujo(s) / cuja(s) + substantivo”, a ideia de posse é sempre do segundo substantivo em relação ao primeiro. Mas, para verificar se há ideia de posse ou não, usaremos a preposição que indica posse (“de”, “da” ou “do”)  

  • Continuação da explicação acima.
    Análise:
    1ª Frase: “A colega ___ cabelos são lindos chegou”.
    2ª Frase: “A colega ___ possui cabelos lindos chegou”.
    Posso usar o “cujo” nos dois casos?
    No caso da primeira frase: inicialmente, preciso verificar os dois requisitos do “cujo”. Primeiro pré-requisito – liga dois substantivos? Vejamos. “Colega” é um substantivo? Sim. “Cabelos” é um substantivo? Sim. Primeiro pré-requisito “ok”. Segundo requisito – estabelece ideia de posse do segundo substantivo em relação ao primeiro? Sim, porque posso falar “cabelos da colega”. Portanto, como os dois pré-requisitos estão presentes, posso usar o “cujo”. Como fica? “A colega cuja”? Não, porque o “cujo” sempre concorda com o substantivo que vier após ele. O correto é: “A colega cujos cabelos são lindos chegou”.
    No caso da segunda frase: aqui, também verifico os dois requisitos do “cujo”. No caso do primeiro pré-requisito – liga dois substantivos? Não, por que, embora “colega” seja um substantivo, o “possui” não o é, pois é verbo. Como os dois requisitos são cumulativos e já não tenho o primeiro, não poderei usar o “cujo”. O correto é: “A colega que possui cabelos lindos chegou”.
    BOA SORTE a todos nós! “Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao SENHOR; confia nele, e ele o fará”. Salmos 37:3-5.  
  • Curiosidades!
     CUJO é o único pronome relativo Anafórico e Catafórico, por isso sempre procure os dois substantivos  que ele faz referência Não tem Artigo a cuja//o cujo...e sim PREPOSIÇÃO!!

ID
664984
Banca
FUNCAB
Órgão
MPE-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um peixe 

            Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d'água?...

        Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a torneira: a água espalhou-se e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto – ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a.

– E agora? – disse para o peixe. – Quê que eu faço com você?...

Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa.

        – Você tá com fome?... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você; devagarzinho, sem a gente sentir... Agora está aí, né?... Tá vendo o resultado?...

    O peixe, quieto num canto, parecia escutar.

    Podia dar alguma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia – a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? – Dane-se – disse, e foi.

        Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing , bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ela já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d'água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. 

        Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o mais engraçado.

        Toda manhã – ia pensando, de volta para casa – ele desceria ao quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas, e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. 

A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. – Que peixada bonita você pegou...

– Você viu?

– Uma beleza... Tem até uma trairinha.

– Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada.

– Traíra é duro de morrer, hem?

– Duro de morrer?... Ele parou.

        – Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d'água... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. 

    – E aí?

    –Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu? Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? 

– Por nada.

– Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeitinho que eu deixei. Ele foi caminhando para dentro.

– Vou ficar aqui mais um pouco

– disse a empregada.

– depois vou arrumar os peixes, viu?

– Sei.

    Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cima da mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado.

 

(VILELA, Luiz. . O violino e outros contos 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007. p. 36-38.) 

VOCABULÁRIO:

Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo. 

Footing :passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado(a).

Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos.

Vozerio: som de muitas vozes juntas. 

“(...) E logo um peixe feio como traíra, ISSO é que era o mais engraçado.(...)” O emprego do demonstrativo ISSO se deve ao fato de:

Alternativas
Comentários
  • Letra A.
    Isso refere-se ao fato de a traira ser um peixe feio.
    Logo, possui valor anafórico ( refere-se a algo mencionado anteriormente)
  • E logo um peixe feio como traíra, ISSO é que era o mais engraçado.

    Referência ao que foi dito antes- anáfora.

    Alusão ao que virá - catáfora.
  • Os pronomes demonstrativos servem para, além de marcar  posição no tempo e no espaço,  fazer referência ao que já foi dito e ao que se vai dizer, no interior do discurso.

    - Este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito posteriormente.
    Ex: Espero sinceramente isto: que seja muito feliz.

    - Esse (e flexões) faz referência àquilo que já foi dito no discurso.
    Ex: Que seja muito feliz: é isso que espero.

    - Este / aquele (quando se quer fazer referência a elementos já mencionados): este se refere ao mais próximo, aquele, ao mais distante.
    Ex: Romance e Suspense são gêneros que me agradam, este me deixa ansioso, aquele, sensível.

      OBS: 
    O (a/s) são pronomes demonstrativos quando se referem a aquele (s), aquela (s), aquilo, isso.
    Ex: Recuso o que eles falam. (aquilo)


  • DICA:

    Em relação aos pronomes demonstrativos:

    ESTE, ESTA, ISTO, em relação ao texto  o "st" anuncia o assunto.

    ESSE, ESSA, ISSO,  em relação ao texto o "ss" retoma o assunto.

    Exemplo: Siga este conselho: Estude. Isso é importante.
  • Esse, essa, isso ( paSSado, função anafórica)
    Este, esta, isto (presenTe, função catafórica).

    Anáfora - termo Anterior
    Catáfora - Termo posterior (lembrar a ordem: A antes de C. Logo, anafóricos são para termos anteriores)
    .

    Persistência!!!!!
  • Isso = Elemento Coesivo Anafórico'  :)
  • Comentário perfeito Danzevedo!


ID
697948
Banca
FMP Concursos
Órgão
Prefeitura de Porto Alegre - RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Para cada segmento do texto que compõe as alternativas da questão há uma afirmação. Está incorreta a da alternativa:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO D

    O resultado foi uma multiplicação no número de candidatos a vagas nas repartições e empresas estatais que neste ano chega a seu ápice.

    ...candidatos a vagas... "Artigo no singular palavra no plural, crase nem a pau."

    ...chega a seu ápice.  "Diante de masculino, crase é pepino."


    Espero ter ajudado.

    Bons estudos, "Mó quiridux".




  • hahaha.. Nando Alexandre. 


ID
788596
Banca
CESGRANRIO
Órgão
Transpetro
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Science fiction
O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana. Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência?
Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como de um testemunho. Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas.
E fiquei só em mim, de mim ausente.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Science fiction. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331. 

A palavra a, na língua portuguesa, pode ser grafada de três formas distintas entre si, sem que a pronúncia se altere: a, à, há. No entanto, significado e classe gramatical dessas palavras variam.

A frase abaixo deverá sofrer algumas alterações nas palavras em destaque para adequar-se à norma-padrão.

A muito tempo não vejo a parte da minha família a qual foi deixada de herança a fazenda a que todos devotavam grande afeto.

De acordo com a norma-padrão, a correção implicaria, respectivamente, esta sequência de palavras:

Alternativas
Comentários
  • Professor, ou alguém, a regência de qual verbo fez ocorrer a crase? expliquem melhor, vlw, obrigado.
  • Amigo Alexandre, vamos trocar "minha família" para algo no masculono para ver se muda alguma coisa...
                A muito tempo não vejo a parte da minha família a qual foi deixada...
                HÁ muito tempo não vejo o meu irmão AO qual foi deixada...
    Lembra do macete? devemos mentalmente substituir a palavra feminina por outra masculina; se a partícula “a” se alterar em ao, usa-se o acento grave indicativo de crase; se não se alterar, trata-se da preposição a, que deve permanecer sem acento; se for substituída por o(s) trata-se de artigo definido, que também não comporta acento.
  • Como saber quando o A é artigo quando é preposição. Por exemplo, na frese do exercício: "... Não vejo A pare da minha família..." Como eu sei que esse A é artigo?
  • Note: Foi deixada de herança a fazenda para a família, ou, foi deixada de herança a fazenda à família. 
    É "foi deixada de herança" quem rege  "à qual" pois ele remete à família herdeira da fazenda.
    Aparentemente é complicado, pois os deslocamentos de termos muitas vezes dificultam entendermos a ordem direta dos períodos, principalmente, dificultam compreendermos as relações de regências nominais e verbais. É preciso muita atenção, e junto com a análise do que está certo, perceber o que está totalmente errado.
    Bons estudos!

  • Mandamentos da crase
    Os sete mandamentos da crase:

    1 - Usarás crase, sobretudo, na indicação de horas.
    2 - NÃO aplicarás crase antes de palavra masculina.
    3 - Usarás crase diante de expressões femininas.
    4 - NUNCA cometerás o erro de usar crase antes de verbo.
    5 - NUNCA aplicarás a crase antes de "um" e "uma".
    6 - Usarás a crase em "aquele (a/s)" e "aquilo" quando na construção da frase couber "a" antes desses pronomes.
    7 - NÃO usarás crase diante de pronomes pessoais (reto, oblíquo e de tratamento).
    *******************************************************************
    Dicas:
    Se couber "para a" antes da palavra feminina, GRANDE chance de haver crase.
    Bons estudos!  
  • Essa historia de mandamento nao da certo, é melhor aprender de verdade..
  • Vamos resolver passo a passo:

    " A muito tempo não vejo..." Vamos trocar o primeiro A conforme a regra. " FAZ muito tempo não vejo..." O verbo HAVER é impessoal quando significa existir, acontecer ou fazer ( nas orações que dão ideia de tempo). usa-se em substituição a FAZ.

    Portanto: "... muito tempo não vejo..."

    "... A parte da minha família..." Não se usa crase antes de substantivo feminino tomado em sentido genérico ou indeterminado.

    Portanto: "... a parte da minha família..."

    "... A qual foi deixada de herança..." Diante dos pronomes relativos a qual e as quais haverá crase quando o verbo que estiver imediatamente após eles exigir a preposição A.  Quem vai, vai a algum lugar....

    Portanto: "..à qual foi deixada de herança..."

    "... A que todos devotavam grande afeto." Diante do pronome relativo QUE somente ocorrerá a crase quando houver antes dele a preposição A ou AS que podem ser substituídos por outro pronome demonstrativo, como quele, aquela, este, esta, isto, esse, essa, isso. Se, portanto, puder substituir-se a que por a este, a esta, a isto, etc... haverá o acento indicador de crase. À.

    " A este todos devotavam grande afeto." 

    Portanto: "...a que todos devotavam grande afeto."

    ALTERNATIVA "C".

    Um abraço a todos, bons estudos!!!!!!!!! 

  • analisando esta questão tem algo que me deixou um pouco confuso, em relação ao pronome relativo feminino (a qual) pois: diante de pronome não se pode usar a crase de forma alguma, gostaria de saber se existe alguma exceção diante dessa regra ?  

  • Tô com o Elvis, (a qual) tem crase?

  • Jamyla, na frase "...não vejo a parte de minha família...", a letra "a" é apenas artigo pois o verbo anterior, no caso "ver", não exige preposição.Espero ter ajudado.


    Bons estudos.

  • Caros colegas!! Infelizmente não há milagres, nem facilidades para nós concurseiros!!

    Para saber onde existe crase, inicialmente devemos saber se há na frase a preposição "A".

     Para tanto, o primeiro passo é estudar REGÊNCIA VERBAL, onde iremos identificar os verbos que requerem preposição.

    O sentido de cada verbo determinará a exigência ou não da preposição "A". 

    Depois disso ficará muito mais fácil, pois será necessário identificar as palavras que requerem artigo A, ou seja, as palavras femininas, sendo que deveremos tomar o devido cuidado com as exceções.

    A crase se trata de uma indicação ( ` ) da junção de A + A, ou seja, Artigo + preposição.



  • O comentário dessa professora de nada adiantou. Os estudantes, ainda que concorrentes, têm mais boa vontade...

  • Elvis, Antes dos pronomes relativos qual e quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos quais.

    Ex.:Esta é a festa à qual me referi.

         Este é o filme ao qual me referi.

  • A professora disse em seu comentário que "a qual" fica com crase por causa da regência nominal, mas que nome exatamente está pedindo essa preposição? Ainda não consegui identificar.


  • Vamos dividir as orações pra ficar mais fácil de interpretar.

    Há muito tempo não vejo a parte da minha família.
      
    1) O verbo haver está no sentido de tempo decorrido, logo não pode usar o "A" nesse caso.
    2) O verbo ver é VTD, não exige preposição, logo não tem crase.

    à qual foi deixada de herança a fazenda a que todos devotavam grande afeto.

    3) verbo deixar é VTDI = o que foi deixada? a fazenda = OD sem crase ;  a quem? à minha família = OI (como o termo "a qual" retoma "a minha família", deveria ter crase, porém estamos diante  de um pronome possessivo feminino que está acompanhando um substantivo feminino e ambos estão no singular, sendo assim, a crase é facultativa, pode-se usar (a / à); 

    4) a que = "que" = pronome relativo, retoma "a fazenda" e não se usa crase antes de pronome relativo. 

  • Gilson, tu tirou onda com essa professora mano! Tu é o cara!!!! hehehe.

  • Letra C-  Há - a - à - a - a

    A muito tempo não vejo a parte da minha família a qual foi deixada de herança fazenda a que todos devotavam grande afeto. 

        Há=Faz                             o pedaço                             à                                                  o sítio        a
  • Pessoal, a letra "e" não pode ser correta, pois não existe crase nesse último "que". Nesse caso o "a" é apenas preposição exigida pelo verbo devotar.

  • não se usa crase diante de pronomes, exceto: pronome possessivo, demonstrativo e relativo. "à qual" recebeu crase pois é pronome relativo e "a que" não recebeu crase pois é pronome e não se encaixa nas exceções.

  • Ainda não consegui classificar estas regras... Simone tem como dar uma forcinha?
  • Usa-se há para indicar tempo passado: Há muito tempo/ Faz muito tempo.

    não vejo a parte/ Vejo é VTD: vejo alguém. Então esse a é somente artigo.

    A fazenda foi deixada a quem? a família à qual. Esse a é preposição + o artigo a que acompanha o pron. relativo qual. Usa-se crase.

    Foi deixada de herança a fazenda. Pergunte para o verbo: foi deixada o quê? a fazenda. Esse a é artigo, pois o verbo é VTD.

    Antes do pronome relativo que não se usa crase.

     

    Espero ter ajudado.

    Bom estudo!

     

  • É preciso saber que...

    Enquanto o pronome relativo "a qual" vem com artigo, o pronome "que" vem sem artigo; por isso, quando, na oração, o verbo exige a preposição "a", o pronome "a qual" ficará "a (prep.) + a ("artigo") qual = à qual", enquanto o pronome "que" ficará "a (prep.) que". 

  • Comentário fantástico do Professor Alexandre, assim fica fácil, pão pão, queijo queijo kkkk. 

  • Para saber se a qual nesta situação admite crase, basta trocar a palavra feminina por um equivalente masculino. Se na reescritura da frase couber "ao qual", então a qual admite crase.

     

    Vejamos:

     

    A muito tempo não vejo a parte da minha família a qual foi deixada de herança fazenda a que todos devotavam grande afeto.

     

    Há muito tempo não vejo o subrupo​ da minha família ao qual foi deixada a herança a que todos devotavam grande afeto.

     

    Neste caso, a qual admite crase.

     

  • GABARITO = C - EXPLICAÇÃO DO PROFESSOR ALEXANDRE SOARES

     

    A (SE É PASSADO, AQUI É O "HÁ" DO VERBO HAVER) muito tempo não vejo a (QUEM NÃO VÊ, NÃO VÊ ALGUMA COISA...VERBO "VER" É TRANSITIVO DIRETO = NÃO PEDE PREPOSIÇÃO. ENTÃO O "A" AQUI É SÓ PREPOSIÇÃO = A) parte da minha família a qual (A FAZENDA FOI DEIXADA DE HERANÇA À FAMÍLIA. ESSA "FAMÍLIA" ESTÁ SENDO REPRESENTADA PELO PRONOME RELATIVO "A QUAL". QUEM DEIXA, DEIXA ALGO A ALGUÉM + O ARTIGO REFERENTE A FAMÍLIA = À QUAL - QUE CONCORDA EM GÊNERO E NÚMERO COM A PALAVRA A QUAL SE REFERE = FAMÍLIA) foi deixada de herança a fazenda a que (QUE DEVOTA, DEVOTA ALGO A ALGUÉM. NO ENTANTO DEPOIS VEM O PRONOME RELATIVO "QUE" = NÃO TEM ARTIGO. ENTÃO AQUI É SÓ UMA PREPOSIÇÃO = A) todos devotavam grande afeto.

  • VIDE      Q398407    Q730778  Q629439

     

    ÀQUELE =           A ESTE

    ÀQUELA =          A ESTA

     

    ÀQUELES =       A ESTES 

    ÀQUELAS =     A ESTAS

     

     

                                   À   QUAL    =   AO QUAL

    Ex.:   A obra À QUAL fiz referência.

     

    ATENÇÃO

    Esta flor é semelhante   À  QUE   me deste.

    Nos referimos À que me deste

    A obra À QUAL fiz referência

     

     

     

    ÀQUILO =  A ISTO

    À QUAL = AO QUAL

    A obra      À QUAL     =     AO QUAL fiz referência.

    Ex.:    Àquela Senhora =       A    ESTA

    O livro está sobre AQUELA (sem indicativo) =  ESTA mesa, NÃO É “A ESTE” mesa (sic)

  • GABARITO: LETRA C

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
807802
Banca
FAURGS
Órgão
TJ-RS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho abaixo.
Machado de Assis e Antônio Carlos Jobim são eminentes cariocas. ____________ compôs melodias conhecidas internacionalmente, e _________ escreveu romances inesquecíveis.

Alternativas
Comentários
  • porque não um-este ??? 

     

  • Aldo, espero ser feliz no que tentarei explicar.

    Como temos dois sujeitos, o "este" faz referência a Jobim, que é o segundo termo, e no contexto é quem compôs melodias.

    "Aquele" se refere ao Machado, já que retoma o primeiro sujeito. 

     

    Portanto a frase estaria correta inclusive se estivesse escrita dessa forma: 

    Machado de Assis e Antônio Carlos Jobim são eminentes cariocas. AQUELE escreveu romances inesquecíveis, e ESTE compôs melodias conhecidas internacionalmente.

     

    A forma, como você sugeriu, não nos permite saber quem é que fez o quê. E utilizando "este escreveu romances inesquecíveis", você estaria afirmando que quem escreveu foi Jobim, e não Machado. 

  • Esse - vai ser dito ou mencionado

    Este - Já foi dito ou mencionado no texto

  • Esse - vai ser dito ou mencionado ou foi mencionado, mas está mais longe da pontuação (ou pausa) da oração anterior.

    Este - Já foi dito ou mencionado no texto ou se foi mencionado, mas está mais perto da pontuação (ou pausa) da oração anterior.

    Machado de Assis e Antônio Carlos Jobim são eminentes cariocas. ___ compôs melodias conhecidas internacionalmente, e __ escreveu romances inesquecíveis.

    Análise:

    Temos duas orações, onde, na primeira, Machado de Assis (que foi um escritor) está mais distante de Antônio Carlos Jobim (que foi um compositor) em relação a pontuação nesta oração. A segunda oração tem vínculo com a primeira, e como se inicia com "compôs melodias), logo vimos que Jobim está mais próximo da pontuação da 1ª oração e assim recebe "este". Logo, a segunda lacuna poderia ser "esse ou aquele" e como há apenas as alternativa "este - aquele", esta será a resposta.

    Alternativa "A"

  • Gab. A

    Aquele, aquela, aquilo

    No texto - Com dois antecedentes:

    Este - Para o mais próximo

    Aquele - Para o mais distante..


ID
820132
Banca
FUNCAB
Órgão
PC-RO
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                                Pelo ralo

Este conto foi inspirado nos atentados de 11 de setembro de 2001 às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York.

Os pratos estão empilhados de um dos lados da pia numa torre irregular, equilibrando-se uns sobre os outros de forma precária, como os destroços de um prédio bombardeado ameaçando cair. Estão sujos. Muito sujos. Foram deixados ali já faz algum tempo, e os pedaços de detritos sobre eles se cristalizaram, tomando formas absurdas, surreais. Há grãos e lascas, restos de folhas amontoados de uma indefinida massa de cor acinzentada. Copos e tigelas de vidro, também empilhados num desenho caótico, exibem a superfície maculada, cheia de nódoas, e o metal das panelas, chamuscado e sujo em vários pontos, lembra a fuselagem de um avião incendiado. Mas há mais do que isso. Há talheres por toda parte, lâminas, cabos, extremidades pontiagudas que surgem por entre os pratos, em sugestões inquietantes. E há ainda a cratera da pia, onde outros tantos pratos e travessas, igualmente sujos, estão quase submersos numa água escura, como se, num campo de batalha, a chuva tivesse caído sobre as cinzas. O cenário é desolador. A mulher se aproxima, os olhos fixos na pia. Suas mãos, cujos dedos exibem dobras ressecadas, resultado de muitos anos de contato com água e detergente, movem-se em torno da cintura e caminham até as costas, levando as tiras do avental vermelho e branco. Com gestos rápidos, ágeis, faz-se a laçada, que ajusta o avental em seu lugar. E a mulher abre a torneira. Encostada à pia, espera, tocando a água de vez em quando com a ponta dos dedos. Ligou o aquecedor no máximo, pois sabe que precisará dela fumegante, para derreter as crostas formadas depois de tantas horas. Logo o vapor começa a subir. Emana da pia, primeiro lentamente, depois numa nuvem mais encorpada, quase apocalíptica, enquanto o jato d'água chia contra a superfície da louça suja. A mulher despeja algumas gotas de detergente na esponja e começa a lavar. Esfrega com vigor, começando pelas travessas que estavam imersas na água parada, pegando em seguida os copos e, por fim, a pilha de pratos. Vai acumulando-os, já envoltos em espuma, de um dos lados da pia, num trabalho longo, árduo. E só depois se põe a enxaguá-los, deixando que a água escoe, levando consigo o que resta dos detritos. De repente, a mulher sorri. As pessoas não acreditam, mas ela gosta de lavar louça. Sempre gostou. A sensação da água quente nas mãos, seu jato carregando as impurezas, são para ela um bálsamo. “É bom assistir a essa passagem, à transformação do sujo em limpo", ouviu dizer um dia um poeta que também gostava de lavar louça. Ficara feliz ao ouvir aquilo. Só então se dera conta do quanto havia de beleza e poesia nesses gestos tão simples. Mas agora a mulher suspira. Queria poder também lavar os erros do mundo, desfazer seus escombros, apagar-lhe as nódoas, envolver em sabão todos os ódios e horrores, as misérias e mentiras. Porque, afinal, do jeito que as coisas andam, é o próprio mundo que vai acabar – ele inteiro – descendo pelo ralo. (SEIXAS, Heloísa. , Rio de Janeiro, 23 de set. 2001. Revista de Domingo, Seção Contos Mínimos. Disponível em: ).

Sobre o segmento “Mas há mais do que isso.", analise os itens a seguir.
I. O verbo da oração é impessoal.
II. MAS é uma conjunção subordinativa e MAIS é advérbio.
III. O pronome demonstrativo ISSO tem, no contexto, valor anafórico.

Assinale a alternativa que aponta o(s) item(ns) correto(s).

Alternativas
Comentários
  • MAS é conjunção coordenativa adversativa.

  • GABARITO LETRA A.

  • O MAS pode ter sentido adversativo, retórico e retificativo.

    No caso, é adversativo, como se fosse porém.

  •  I. O verbo da oração é impessoal. - Correto - verbo have no sentido de existir é um verbo impessoal.

    II. MAS é uma conjunção subordinativa e MAIS é advérbio. Errado - trata-se de um Conj. Coordenada, que pode se substituído por "entretanto"

    III. O pronome demonstrativo ISSO tem, no contexto, valor anafórico. Correto - Isso refere-se ao que já foi dito, Isto refere-se ao que ainda vai ser dito.

  • Pra lembrar de anáfora e catáfora: KATANA (a lâmina japonesa) cat aparece primeiro, ou seja, introduz um termo, e ana vem depois, ou seja, retoma um termo.


ID
875233
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UNEAL
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é referência para as questões.

          O texto a seguir é referência para as questões de 7 a 9.
[...]
Os outros admiravam-se da serenidade de Rodrigo, que
encarava Bento a sorrir. E quando falou, dirigiu-se aos que o
cercavam:
  – Vosmecês estão vendo. Esse moço está me
provocando...
Insolente, Bento Amaral botou as mãos na cintura e disse:
  – Pois ainda não tinha compreendido?
  Bibiana sentiu que alguém lhe pegava do braço e arrastava
para longe dos dois rivais, abrindo caminho por entre os
convivas. Não ergueu os olhos, mas sentiu que esse alguém era
seu pai.
        – Vamos lá pra dentro resolver isso como cavalheiros... –
sugeriu Joca Rodrigues, batendo timidamente no ombro de
Bento.
        – Não vejo nenhum cavalheiro na minha frente – retrucou
este, mais moderado do que pronunciando as palavras. – Vejo é
um patife!
        O sangue subiu à cabeça de Rodrigo, que teve de fazer um
esforço desesperado para não saltar sobre o outro.
[...]

VERÍSSIMO, Érico. Um certo capitão Rodrigo.
São Paulo: Globo, 1991. p. 93 (Fragmento)
.

Considerando as frases abaixo, retiradas da narrativa, identifique a opção em que há um pronome demonstrativo que funciona como antecedente de um pronome relativo.

Alternativas
Comentários
  • Resposta C

    ---------------------------------

    “...dirigiu-se ao(àquelesque o cercavam...”

     

    Se errei, me gentielza corrigir...


ID
877912
Banca
FEPESE
Órgão
CASAN
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

É importante que os pais estabeleçam limites para os jovens. Se não acham correto que a garotada beba, devem dizer abertamente, ainda que isso cause divergências. Esse conflito é importante para o amadurecimento do adolescente. Diante de uma negativa, o jovem é obrigado a tomar uma decisão. Ou ele vai contra os pais e segue por sua conta e risco, arcando com as consequências, ou acata a determinação.
Adaptado de: http://veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p_038.html)

Esse tipo de ponderação é o que leva à maturidade.

Observe as afirmativas abaixo.

1. Em “Se não acham correto” o termo sublinhado indica uma causa.

2. Em “ainda que isso cause divergências” a expressão sublinhada indica uma concessão, no que se refere ao enunciado anterior.

3. Na frase do texto “Ou ele vai contra… ou acata a determinação”, a palavra sublinhada corresponde a uma alternativa.

4.O pronome Esse, em “Esse conflito é importante” e “Esse tipo de ponderação”, é demonstrativo e funciona como elemento de coesão.

5. Em “o que leva” o termo sublinhado é artigo definido, com valor de pronome oblíquo.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.

Alternativas
Comentários
  • Opção CORRETA, letra "E".

    Vejamos, conforme minha opinião, o porquê.

    1. Em “Se não acham correto” o termo sublinhado indica uma causa. ERRADO, pois o termo "SE" subordida um trecho ao outro, criando uma  "condição". No trecho completo fica claro que cria ideia de hipótese ou condição (Valor igual a "no caso de"). Para comprovar, basta substituir o "se" por "no caso de".

    2. Em “ainda que isso cause divergências” a expressão sublinhada indica uma concessão, no que se refere ao enunciado anterior. CERTO, pois o trecho completo estabelece uma condição (ver item 1, acima), com possivel excessão, mas busca elimina-la claramente ao afirmar "ainda que". Note que o "(...), ainda que isso cause divergências", possui valor similar a "mesmo que", "por mais que".

    3. Na frase do texto “Ou ele vai contra… ou acata a determinação”, a palavra sublinhada corresponde a uma alternativa. CERTO, pois aqui temos presença de termo comum para expressar alternãncia, o "ou... ou". Possui valor similar a "ora... ora".

    4.O pronome Esse, em “Esse conflito é importante” e “Esse tipo de ponderação”, é demonstrativo e funciona como elemento de coesão. CERTO, pois firma a coesao com o que foi "dito" anteriormente a cada um deles. No primeiro caso, "Esse conflito é importante” retoma um determinado conflito já citado, tornando "coeso" o sentido do trecho. No segundo caso, da mesmo forma, o Esse tipo de ponderação” faz referência a uma determinada ponderação anteriormente citada, generalizando o argumento para todas as outras deste mesmo tipo.

    5. Em “o que leva” o termo sublinhado é artigo definido, com valor de pronome oblíquo. ERRADO, pois o oblíquo "o" teria que atuar retomando sentido de algo ou fazendo referência a algo e, normalmente, vem junto ao verbo. Seria obliquo caso estivesse na forma de "que leva -o”, mas NÃO foi o caso aqui. Além disso, o trecho “o que leva” permite deduzir conclusão, pois algo "levou" as esta consequência. Assim seria o mesmo que dizer "a consequencia" ou "o resultado" onde "a' e "o" são artigos.
  • No número 5 o "o" não seria pronome demonstrativo?
    Obrigada
  • Complementando o 1º comentário:

    1. Em “Se não acham correto” o termo sublinhado indica uma causa.- Errada

    Oração subordinada Adverbial Condicional.


    2. Em “ainda que isso cause divergências” a expressão sublinhada indica uma concessão, no que se refere ao enunciado anterior.- Certo

    Oração subordinada Adverbial Concessiva.

    3. Na frase do texto “Ou ele vai contra… ou acata a determinação”, a palavra sublinhada corresponde a uma alternativa.-Certo

    Oração Coordenada Sindética Alternativa


  • o que leva:  pronome demonstrativo e não artigo , como foi comentado anteriormente.

    Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou invariáveis, observe:

    Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).

    Invariáveis: isto,  isso, aquilo.

    - Também aparecem como pronomes demonstrativos:

    o (s), a (s)quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.

    Por exemplo:

    Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)

    Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.)

     fonte:http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf48.php



ID
910132
Banca
FCC
Órgão
DPE-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a vila de São Paulo como centro de amplo sistema de estradas expandindo-se rumo ao sertão e à costa. Os toscos desenhos e os nomes estropiados desorientam, não raro, quem pretenda servir-se desses documentos para a elucidação de algum ponto obscuro de nossa geografia histórica. Recordam-nos, entretanto, a singular importância dessas estradas para a região de Piratininga, cujos destinos aparecem assim representados em um panorama simbólico. 
      Neste caso, como em quase tudo, os adventícios deveram habituar-se às soluções e muitas vezes aos recursos materiais dos primitivos moradores da terra. Às estreitas veredas e atalhos que estes tinham aberto para uso próprio, nada acrescentariam aqueles de considerável, ao menos durante os primeiros tempos. Para o sertanista branco ou mamaluco, o incipiente sistema de viação que aqui encontrou foi um auxiliar tão prestimoso e necessário quanto o fora para o indígena. Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens, em que tão bem se revelam suas afinidades com o gentio, mestre e colaborador inigualável nas entradas, sabiam os paulistas como transpor pelas passagens mais convenientes as matas espessas ou as montanhas aprumadas, e como escolher sítio para fazer pouso e plantar mantimentos. 
      Eram de vária espécie esses tênues e rudimentares caminhos de índios. Quando em terreno fragoso e bem vestido, distinguiam- se graças aos galhos cortados a mão de espaço a espaço. Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia significar uma pista. Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores para a volta. Era o processo chamado ibapaá, segundo Montoya, caapeno, segundo o padre João Daniel, cuapaba, segundo Martius, ou ainda caapepena, segundo Stradelli: talvez o mais generalizado, não só no Brasil como em quase todo o continente americano. Onde houvesse arvoredo grosso, os caminhos eram comumente assinalados a golpes de machado nos troncos mais robustos. Em campos extensos, chegavam em alguns casos a extremos de sutileza. Koch-Grünberg viu uma dessas marcas de caminho na serra de Tunuí: constava simplesmente de uma vareta quebrada em partes desiguais, a maior metida na terra, e a outra, em ângulo reto com a primeira, mostrando o rio. Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal. 

      (Sérgio Buarque de Holanda. Caminhos e fronteiras. 3.ed. S. Paulo: Cia. das Letras, 1994. p.19-20)

A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - LETRA C

    *OBJETO DIRETO NÃO PODE SER REPRESENTADO PELO PRONOME "LHE"
    *OBJETO INDIRETO NÃO PODE SER REPRESENTADO PELO PRONOME "O" E "A"
  • O – A – OS – AS Sempre funcionam como objetos diretos de verbos terminados em vogal. Quanto ao relatório, enviei-o por e-mail. (enviei o relatório) LO – LA – LOS – LAS Sempre funcionam como objetos diretos de verbos terminados em consoantes -r, -s ou -z. Quanto à festa, vai realizá-la em julho de 2011. (realizar a festa) Quanto aos exercícios, propô-los aos alunos ontem. (propôs os exercícios) Quanto às provas, fê-las no mês passado. (fez as provas) NO – NA – NOS – NAS Sempre funcionam como objetos diretos de verbos que apresentam som nasal: “m” ou “til”. TATO TANTO Quanto ao cadáver, encontraram-no no fundo do lago. (encontraram o cadáver) Quanto às bebidas, põe-nas na geladeira. (põe as bebidas). LHE – LHES Podem ser objetos indiretos ou apresentar valor possessivo (= adjunto adnominal) Entregou o relatório ao superior. Entregou-o ao superior. Entregou-lhe o relatório. Tirou a caneta das mãos dele. Tirou a caneta das suas mãos. Tirou-lhe a caneta das mãos. Lhe – corresponde a “a ele(a)” ou “a alguém”. Lhe – valor possessivo: corresponde a “dele(a); “seu/sua”)
  • a) mostrando o rio = mostrando-o.
           o quê?       OD
    correto! mostrando-o
    b) como escolher sítio = como escolhê-lo.
                       
    OD
    correto! como escolhê-lo.
    c) transpor [...] as matas espessas = transpor-lhes.
                                   
    OD
    Errado! transpô-las 
    d) Às estreitas veredas [...] nada acrescentariam = nada lhes acrescentariam.
    Correto; nada acrescentariam às estreitas veredas.
                                    a quem                OI
    nada lhes acrescentariam
    partícula atrativa
    e) viu uma dessas marcas = viu uma delas.
    Correto!
  • ALGUÉM PODE ME EXPLICAR PORQUE NÃO SERIA A LETRA E , POIS O VERBO VER PEDE OBJETO DIRETO.
  • Palavaras terminadas em R/S/Z  deve ser substituio por lo/la/los/las

    exemplo:

    Comprar a casa.

    ficaria: Comprá-la.
  • Oi Patrícia,

    na letra E, o pronome "elas" está substituindo apenas "dessas marcas" e não todo o objeto direto do verbo "ver" (uma dessas marcas).

    viu-as = viu uma dessas marcas (que foi tua ideia, e estaria certo, se a questão trouxesse assim)

    viu uma de + elas = viu uma dessas marcas (sendo "essas marcas"=elas)

    Como a resposta trouxe "uma", a questão não está buscando um substituto para TODO objeto direto, apenas para o termo ocultado!!!

    Bons estudos
  • GABARITO: C

    O verbo transpor é VTD, logo não exige objeto indireto, representado pelo pronome “lhes”. O certo seria “transpô-las”, pois o pronome “las” exerce função de objeto direto.
  • TRANSPÔ-LAS.

  • VEJO UM ERRO

    Como escolhê-lo.

    Como advérbio de modo (palavra atrativa), logo a frase deveria ser reescrita da seguinte forma:

    Como o escolher.

    COMO A QUESTÃO PEDE A ALTERNATIVA INCORRETA, ESSA TAMBÉM SERIA INCORRETA.

  • as matas espessas = objeto direto

    o correto seria transpô-las

    Gab C


ID
937228
Banca
FCC
Órgão
ANS
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Atenção: As questões de números 10 a 15 baseiam-se no texto apresentado abaixo.

Sempre que o verão começa, o Mar Báltico fica com a aparência de lama malcheirosa em partes do litoral da Suécia. Os peixes morrem e bóiam na superfície. Quem chega muito perto fica com os olhos ardendo e algumas pessoas têm dificuldade para respirar. Esses são alguns dos efeitos das marés vermelhas, como são chamadas as concentrações de algas tóxicas em águas próximas ao litoral. Até uma década atrás, no Golfo do México, esse fenômeno acontecia em média a cada dez anos – hoje, ele ocorre todo ano e chega a durar meses. Marés vermelhas são sinal de oceanos doentes. Elas se devem a uma conjunção de fatores, entre eles a destruição dos pântanos e manguezais próximos à costa e a poluição causada pelo assentamento humano, cada vez mais intenso nas regiões litorâneas. Esse cenário diminui a quantidade de peixes e outras espécies marinhas que vivem junto à costa, abrindo caminho para a multiplicação das algas. Algumas algas produzem toxinas que, além de matar os peixes, são levadas pela brisa marinha até a costa. Em seres humanos, as toxinas provocam incômodo pelo mau cheiro e causam desde reações alérgicas na pele até problemas respirató- rios, como bronquite e crises de asma. Durante as marés vermelhas, as toxinas produzidas pelas algas podem chegar à mesa do almoço, absorvidas por mexilhões, ostras e outros frutos do mar. A intoxicação por esses alimentos contaminados provoca infecções intestinais e até convulsões e desmaios. As marés vermelhas também causam perdas financeiras às áreas afetadas. Em diversas regiões da China, onde o fenômeno vem acontecendo com maior freqüência, a pesca comercial fica suspensa enquanto duram as marés. Em regiões turísticas, como a Flórida e a Califórnia, as reservas dos hotéis são canceladas assim que são divulgados alertas de maré vermelha. (Adaptado de Leoleli Camargo. Veja, 27 de setembro de 2006, p.102-103)

Esses são alguns dos efeitos das marés vermelhas ... (1o parágrafo)
Ao introduzir a frase transcrita acima, o pronome demonstrativo grifado

Alternativas
Comentários
  • O termo ESSES retomou os fenômenos antes relacionados, fez uma referência

     

  • Gabarito D

    Elemento anafórico

  • Gab. D

    Retoma uma informação que já apareceu no texto

    Quem chega muito perto fica com os olhos ardendo e algumas pessoas têm dificuldade para respirar. Esses são alguns dos efeitos das marés vermelhas...

    Anáfora - O referente do pronome o antecede

    Catáfora - o pronome antecede o seu referente


ID
974101
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
MPE-AL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Observe o uso dos pronomes demonstrativos em: • Há, portanto, muitas e diversas morais. Isto significa dizer que uma moral é um fenômeno social particular que não tem compromisso com a universalidade. • A ética se move, historicamente, se amplia e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada natural. Dados os itens seguintes, em relação a esse uso I. O uso de “isto” está errado, pois não se pode empregá para referir-se ao que foi dito. II. Esses pronomes, como formas anafóricas, retomam o que foi dito. III. O uso de “isso” está correto, pois se refere ao que foi dito. verifica-se que :

Alternativas
Comentários
  • Alguém poderia explicar esta questão? Obrigado.

  • Tambrém não entendi. Por que a I está errada? Para mim, parece correta, já que o o pronome isto é aplicado ao que vai ser dito. Alguém pode me explicar?

  • O emprego dos pronomes demonstrativos não faz apenas referência anafória (esse, essa, isso) ou catafórica (este, esta, isto).  Também usamos da seguinte forma:


    - Este (s), esta (s), isto (s): em referência a um termo imediatamente anterior

    - Aquele(s), aquela (s), aquilo (s): em relação ao que foi nomeado em primeiro lugar, diferenciado os elementos anteriormente citados na superfície textual.

    Exemplo: José de Alencar e Machado de Assis são importantes escritores brasileiros; este (Machado de Assis) escreveu Dom Casmurro; Aquele (José de Alencar), Iracema.

  • Os pronomes demonstrativos servem para, além de marcar  posição no tempo e no espaço,  fazer referência ao que já foi dito e ao que se vai dizer, no interior do discurso.

    Este (e flexões) faz referência àquilo que vai ser dito posteriormente.
    Ex: Espero sinceramente isto: que seja muito feliz.- Esse (e flexões) faz referência àquilo que já foi dito no discurso.
    Ex: Que seja muito feliz: é isso que espero.- Este / aquele (quando se quer fazer referência a elementos já mencionados)estese refere ao mais próximo, aquele, ao mais distante.
    Ex: Romance e Suspense são gêneros que me agradam, este me deixa ansioso, aquele, sensível.

  • Gostaria de uma explicação a respeito, pois entendo que o uso do pronome isto está incorreto.

  • Nao tem  "isto"  na questao

  • Tem sim. Isto significa dizer que a moral é um fenômeno social....

  • Questão extremamente complicada e confusa. Aprendi que o pronome "ISTO" é usado com relação a um termo catafórico. Quando estivermos diante de um termo anafórico, usamos o pronome "ISSO". Desconhecia totalmente essa informação de que o pronome "ISTO" está sendo usado em ambos os casos.

  • Gab: letra A.

    II e III estão corretos.

    I- ERRADO. o isto pode ser usado para retomar algo que foi dito.

    II e III Certos

  • Galera a "pegadinha" da questão está em falar que "isto" só pode ser utilizado quando anuncia um termo que está vindo. O incorreto é que ele pode indicar um termo que já foi expresso, exemplo:

    A) Gosto de Ana e Luíza. Esta (a mais próxima, no caso Luíza) é minha amiga e essa (a mais distante, no caso Ana) é minha namorada.
    -> Também errei a questão mas aprendi! Foco na missão!
  • Os pronomes demonstrativos da 1ª pessoa (este, esta e isto) podem ser utilizados anaforicamente quando estiverem se referindo a um termo IMEDIATAMENTE anterior.

  • Questão polêmica.
    Fernando Pestana, Bechara, e outros grandes gramaticistas aceitam "Isto" retomando termo anterior. Para questões de concurso acredito que devemos aceitar também, pois teremos grandes bases para entrar com recurso depois...
    Porém, em uma redação, penso que o mais interessante seria colocarmos "isso" para retomar termos anteriores, pois há divergência entre os gramaticistas.
    Inclusive, enviei um e-mail à ABL, que me respondeu o seguinte:

    ABL RESPONDE 
    Pergunta (eu): Boa tarde. Gostaria de saber se posso utilizar os termos "esse/isso" e "este/isto" para me referir a ideias ou termos de um parágrafo anterior ou após ponto final. Por exemplo:
    1) Júlia estava caminhando no parque, como faz todos os dias. Este parque...
    2) Júlia estava caminhando no parque, como faz todos os dias. Esse parque...
    As frases estão corretas? Há preferência por alguma das duas? Obrigado! 

    Resposta (ABL) : Prezado Lucas, uma das regras de uso de pronome demonstrativo é empregar "esse, isso" com referência ao que se acabou de dizer e "este, isto" para o que se vai dizer imediatamente adiante. Em seu exemplo, use /esse/.


     


ID
997171
Banca
FCC
Órgão
PGE-BA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere: Os passageiros do ônibus ...... as muitas pessoas viajavam, tinham ...... celulares que ficavam ligados. Usavam ...... aparelhos para falar em voz alta com os amigos, perturbando os que desejavam viajar em paz; ...... perdiam o sossego e ...... os ignoravam.

Preenchem, adequadamente, as respectivas lacunas do texto, os seguintes pronomes:

Alternativas
Comentários
  • Trata-se de uma questão que faz, continuamente, uso de pronomes anafóricos. 
    Anafórico = Refere-se a algo que já foi dito. ex: isto, esse, essa.. 

    Frase: 

    Os passageiros do onibus .... as muitas pessoas viajavam, tinham .... celulares que ficavam ligados. Usavam .... aparelhos para falar em voz alta 
    com os amigos,  perturbando os que desejavam viajar em paz; .... perdiam sossego e .... os ignoravam.
     

    Primeiro espaço: Muitas pessoas viajavam, viajavam EM QUE?
    Segundo espaço: Os celulares eram das pessoas logo eram SEUS, e é a unica opção coerente também.
    Terceiro espaço: Percebam que está se referindo, claramente, a algo que já foi dito, ou melhor, que acabou de ser dito ligando-se então ao pronome anafórico ESSES. 
    Quarto espaço: Quando existem duas coisas a se referir em sentido oposto (uns perturbavam e uns queriam ficar em paz) o pronome anafórico primeiro refere-se ao mais próximo, ao se refirir a coisas mais próximas o correto é usar "este" e a coisas mais distantes "aqueles".

    É importante ressaltar que "este" geralmente é usado como pronome catafórico, mas nesses casos em que se faz referencia a duas coisas opostas ele é ultilizado como anafórico, veja outro exemplo: 

    Amor e ódio se opõem. Este (ódio) é maléfico, aquele (amor), benéfico. 
  • Gabarito: D

    Bons estudos!
  • Em que- utilizado exclusivamente para fazer referencia a lugar;

    Seus- pronome da 3ª pessoa do singular (os celulares deles- seus celulares);

    Esses- pronome que faz referência ao que está perto da pessoa com quem se fala;

    Estes - pronome que faz referência ao que está perto da pessoa que fala;

    Aqueles -  pronome que faz referência ao que está longe dos falantes.

  • Tt Santos, permita-me fazer uma correção em seu comentário. O em que pode referir-se tanto a lugar, quanto a situação. 

    Inclusive, é comumente usado no lugar do onde quando o contexto não se refere a lugar, porem podendo substituí-lo também neste caso.

  • EM QUE / NO QUAL -  VIAJAVAM EM ALGUM LUGAR, OU SEJA, NO ÔNIBUS

    SEUS - APARELHOS CELULARES

    ESSES / ESTES - REFERÊNCIA A APARELHOS

    ESTES - QUE QUERIAM SOSSEGO  (termo mais próximo)

    AQUELES - QUE IGNORAVAM   (termo mais distante) 


    GABARITO ''D''


ID
1083424
Banca
FCC
Órgão
TRT - 19ª Região (AL)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China.

     O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás.

     Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma.

     A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an - cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota - era a capital da China.

     As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.

     Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da costa.

     Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país.

     O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai - e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez - é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável.

     Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos.



(Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473)

Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. (último parágrafo)

Sem que se faça nenhuma outra alteração no segmento acima, mantêm-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, substituindo-se

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra E - isso por tanto.

    A letra C estaria correta se fosse a fim de proteger - separados, sendo locução prepositiva-, visto que afim, juntos, pode ser tanto adjetivo como substantivo. Sendo adjetivo, é sinônimo de semelhante, parecido, similar, análogo, próximo... Como substantivo é sinônimo de parente por afinidade, aliado, adepto, entre outras.

    E, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, para tanto tem o seguinte significado: para tal coisa acontecer. Para tal e para isso serão sinônimos adequados, nesse sentido.

    Espero ter auxiliado!

  • Por que a letra "a" está errada? Alguém pode ajudar?

  • Charles acredito que é porque o verbo cair é intransitivo e não exige preposição.

  • Alguém sabe onde posso encontrar os sinônimos dos indefinidos das variáveis e invariáveis?

    assim dá para ter um pouco mais de noção..

    acertei a questão por eliminação,mas quero ter segurança.

    Obrigada!

  • 40 ºC negativos é uma expressão masculina no plural, por isso não cabe o artigo "a"

  • GABARITO E

    Letra A está errada porque diante de palavras masculinas não é possível uso do acento grave (crase).

  • Gabarito E

     

    Pessoal, o texto quer tanto manter a correção quanto o sentido original.

     

    A- (INCORRETA) - atingir (alcançar) e cair (levar uma queda)  - não manteria o sentido.

     

    B- (INCORRETA)  - o verbo adotar no texto é (VTD) quem adota, adota alguma coisa (VTD) e quem recorre, recorre A (VTI) - não manteria a correção.

     

    C - ( INCORRETA) - ver comentário do Luis Bruno.

     

    D- (INCORRETA) - Complexas (difícil) e amplas (espaçoso) - não manteria o sentido.

     

    E - (CORRETA) 

     

     

    Tudo posso naquele que me fortalece!

  • Nem vi que afim tava tudo junto kkkkk :(

  • Resposta letra E - isso por tanto.

    A letra C estaria correta se fosse a fim de proteger - separados, sendo locução prepositiva-, visto que afim, juntos, pode ser tanto adjetivo como substantivo. Sendo adjetivo, é sinônimo de semelhante, parecido, similar, análogo, próximo... Como substantivo é sinônimo de parente por afinidade, aliado, adepto, entre outras.

    E, segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, para tanto tem o seguinte significado: para tal coisa acontecer. Para tal e para issoserão sinônimos adequados, nesse sentido.


ID
1098967
Banca
FUMARC
Órgão
Prefeitura de Belo Horizonte - MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

ESCOLA IDEAL PARA ALUNOS NÃO IDEAIS

Cláudio de Moura Castro

Na segunda metade do século XIX, dom Pedro II transformou a primeira escola pública secundária do Brasil em um modelo inspirado no colégio Louis Le Grand, reputado como o melhor da França. Mantiveram-se na sua réplica brasileira as exigências acadêmicas do modelo original. O próprio dom Pedro selecionava os professores, costumava assistir a aulas e arguir os alunos. Sendo assim, o colégio que, mais adiante, ganhou o seu nome constituiu-se em um primoroso modelo para a educação das elites brasileiras. Dele descendem algumas excelentes escolas privadas.

Mais tarde do que seria desejável, o ensino brasileiro se expande, sobretudo no último meio século. Como é inevitável, passa a receber alunos de origem mais modesta e sem o ambiente educacional familiar que facilita o bom desempenho. Sendo mais tosca a matéria-prima que chega, em qualquer lugar do mundo não se podem esperar resultados equivalentes com o mesmo modelo elitista.

Os países de Primeiro Mundo perceberam isso e criaram alternativas, sobretudo no ensino médio. A melhor escola é aquela que toma alunos reais - e não imaginários - e faz com que atinjam o máximo do seu potencial. Se os alunos chegam a determinado nível escolar com pouco preparo, o pior cenário é tentar ensinar o que não conseguirão aprender. O conhecimento empaca e a frustração dispara.

Voltemos a 1917, às conferências de Whitehead em Harvard. Para ele, o que quer que seja ensinado, que o seja em profundidade. Segue daí que é preciso ensinar bem o que esteja ao alcance dos alunos, e não inundá-los com uma enxurrada de informações e conhecimentos. Ouvir falar de teorias não serve para nada. O que se aprende na escola tem de ser útil na vida real.

Se mesmo os melhores alunos das nossas melhores escolas são entulhados com mais do que conseguem digerir, e os demais, os alunos médios? Como suas escolas mimetizam as escolas de elite, a situação é grotesca. Ensina-se demais e eles aprendem de menos. Pelos números da Prova Brasil, pouco mais de 10% dos jovens que terminam o nível médio têm o conhecimento esperado em matemática! A escola está descalibrada do aluno real.

Aquela velha escola de elite deve permanecer, pois há quem possa se beneficiar dela. Mas, como fizeram os países educacionalmente maduros, respondendo a uma época de matrícula quase universal, é preciso criar escolas voltadas para o leque variado de alunos.

Nessa nova escola, os currículos e ementas precisam ser ajustados aos alunos, pois o contrário é uma quimera nociva. Na prática, devem-se podar conteúdos, sem dó nem piedade. É preciso mostrar para que serve o que está sendo aprendido. Ainda mais importante, é preciso aplicar o que foi aprendido, pois só aprendemos quando aplicamos. A escola deve confrontar seus alunos com problemas intrigantes e inspiradores. E deve apoiá-los e desafiá-los para que os enfrentem. No entanto, sem encolher a quantidade de matérias, não há tempo para mergulhar em profundidade no que quer que seja.

Atenção! Não se trata de uma escola aguada em que se exige menos e todos se esforçam menos. Sabemos que bons resultados estão associados a escolas que esperam muito de seus alunos, que acreditam neles. A diferença é que se vai exigir o que tem sentido na vida do estudante e está dentro do que realisticamente ele pode dominar. Precisamos redesenhar uma escola voltada para os nossos alunos, e não para miragens e sonhos. Quem fará essa escola? [...]

Revista Veja, 05 fev. 2014 (adaptado).

Em “Quem fará essa escola?”, o pronome demonstrativo essa foi usado para indicar

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode me auxiliar, porque não entendi a resolução desta questão

  • Esse(a/s): passado recente ou futuro.

    Ninguém se esquecerá desse carnaval.

    Depois da reunião, sei que esses dias serão diferentes. 

  • Emprego dos pronomes demonstrativos em relação à fala ou à escrita: 


    Os pronomes esse(s), essa(s) e isso indicam o que já foi falado ou escrito:

    Exemplo: 

    Indisciplina e evasão de alunos: esses foram os assuntos da última reunião.

  • Essse, essa, isso. (Passado ou Futuro Próximo)

    Este Esta isto (Presente)

    Aquele, Aquela, Aquilo, (Passado, vago, Remoto)


  • Gab: LETRA A.

    Gente, por favor quando colocarem os comentários digam o gabarito tb.

    Obg. :-)

  • Este/Isto - Referem-se normalmente a algo que será dito ou apresentado (valor catafórico)

    Esse/Isso - Referem-se sempre a algo já dito ou apresentado (valor anafórico) 

    A Gramática para Concursos Públicos (Fernando Pestana 2º ed. ) 

  • Fará. É passado???

  • Carlos, "fará" é futuro do presente do indicativo.

  • “ Essa escola” - qual? Voltada para nossos alunos e não para miragens e sonhos. Essa - termo anáforo

ID
1103281
Banca
UFCG
Órgão
TJ-PB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I: Conversando com o inimigo
Operações policiais expõem os métodos dos pedófilos para atrair crianças via computador


Uma dezena de ações policiais nos últimos tempos tem chamado atenção para o crime monstruoso do abuso sexual de crianças, classificado genericamente como pedofilia. Na Polícia Federal, foram seis grandes operações nos últimos três anos, sendo a mais recente a Arcanjo, realizada em Roraima no começo de junho, na qual entre os oito presos havia dois empresários, um major da PM e o procurador-geral do estado, Luciano Alves de Queiroz, exonerado após a detenção. A Polícia Federal também prendeu em plena biblioteca do Ministério do Planejamento, em Brasília, o corretor de imóveis Gusmar Lages Júnior, 45 anos, que usava os computadores à disposição do público para enviar e-mails com imagens de pornografia infantil. Na Polícia Civil de São Paulo, um pavoroso acervo de imagens de computador foi apreendido com Márcio Aurélio Toledo, 36 anos, operador de telemarketing e pai-de-santo em um terreiro de candomblé, para onde atraiu boa parte de suas vítimas.
Dono do site Orkut, um caminho pelo qual pedófilos têm circulado impunemente, o Google já abriu 3261 álbuns e páginas privadas do site e concordou em liberar outros 18330 à Comissão Parlamentar de Inquérito instalada em março para tratar do assunto. De janeiro a junho deste ano, a SaferNet Brasil, organização não-governamental que combate a pedofilia e a pornografia infantil, registrou 26626 denúncias de ação de pedófilos, quase o dobro do total do mesmo período em 2007. Na Polícia Federal, o número de inquéritos relacionados a esse tipo de crime saltou de 28, em 2000, para 165, no ano passado. Aumentou a pedofilia ou aumentou a ação da polícia? Ambas aumentaram, e o denominador comum é a internet - a rede tanto abriu um campo novo e prolífico para os pedófilos quanto expôs mais o tipo de violência que estes perpetuam, possibilitando punições mais freqüentes. “Só neste último mês recebemos 3000 denúncias, e a maior parte delas envolve a internet”, informa Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI do Senado.
A pedofilia é um transtorno sexual - a atração por crianças - que há sessenta anos, sob o número F65.4, faz parte da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. Quando praticada, transforma-se em crime que assombra as famílias: todos sabem que são parentes ou conhecidos próximos os responsáveis pelos abusos mais freqüentes. O papel da internet nesse mundo foi, basicamente, o de facilitar o acesso a crianças e reunir em uma espécie de comunidade pessoas que, pela repugnância universal que seus atos despertam, só muito raramente tinham contato mútuo. “Na internet, o pedófilo tem a ilusão do anonimato e a sensação da impunidade.”, diz o presidente da SaferNet Brasil, Thiago Tavares. Ele atrai suas vítimas em salas de bate-papo e sistemas de comunicação popularíssimos entre crianças, como o MSN e o Orkut. Usando apelidos infantis como “vanessinha10” e “thiago8”, passa-se por criança. O terreno é fértil: em maio, pesquisa do Ibope/NetRatings constatou que, de 23 milhões de pessoas que acessaram 43 bilhões de páginas na internet, 2 milhões tinham entre 6 e 11 anos. Freqüentemente, o pedófilo se integra a sites fechados para troca de pornografia - cenas mais explícitas chegam a custar o equivalente a 150 reais, pagos com cartão de crédito internacional - e até de justificativas distorcidas para seu transtorno. “A internet estimula a ação do pedófilo porque é lá que ele encontra seus semelhantes”, avalia Sérgio Suiama, coordenador do grupo de combate aos crimes de internet do Ministério Público de São Paulo.
Em casos de pedofilia fora da esfera familiar, é comum que os pais sejam os últimos a saber. “Os pais têm dificuldade de entender os sinais que os filhos passam. Se a criança tenta contar, eles duvidam dela. Não fazem isso por maldade, mas porque é difícil acreditar que uma pessoa tão próxima esteja fazendo algo tão cruel com alguém tão indefeso, diz a psicóloga Daniela Pedroso, 34 anos, que há dez anos atende crianças vítimas de violência sexual no Hospital Pérola Byington, em São Paulo. Em 2007, 805 meninas e meninos de até 12 anos foram encaminhados ao serviço, que recebe, em média, setenta novas crianças por mês e utiliza brincadeiras e desenhos no diagnóstico e no tratamento das pequenas vítimas. Apesar do estigma, ainda existe certa tolerância cultural em determinados meios, em especial quando as pequenas vítimas são muito pobres e os criminosos dispõem de algum tipo de poder. “No Brasil, a pedofilia anda nas colunas sociais, tem mandato, veste toga, tem patente, anda com a Bíblia e reza o terço. É um monstro pior do que o narcotráfico”, alerta, o senador Malta. Cadeia e execração social parecem pouco para os perpetuadores desse tipo de crime, mas são os instrumentos de que a sociedade dispõe para puni-los. Sempre.

Sandra Brasil - Revista Veja, 16 de julho de 2008. p. 148-150 (Adaptação)

Considerando o uso de pronomes, marque a(s) afirmação(ões) correta(s):

I) “todos” (3º§) deveria ser substituído por “todas” para se referir a “famílias” (3º§), dando sentido ao trecho.
II) “nesse” (3º§) refere-se ao mundo da internet, recuperado na compreensão do texto.
III) “todos” e “nesse” (3º§) estão sendo usados inadequadamente, pois não possuem referentes anteriores ou posteriores
IV) “nesse” (3º§) refere-se ao mundo das “famílias” (3º§) e, portanto, tem o seu referente recuperado no texto.

Está(ão) correta(s):

Alternativas
Comentários
  • Marquei a letra "C", estava com dúvida quando o item I que perguntou se deveria ser substituído por todas, mas ao ler a frase dá pra entender que isso não deve ser substituído e sim que pode ser, pois todos e todas não se encontram errados, assim foi o que concluí.

  • A questão I fala que deve-se trocar o todo (pronome indefinido) por toda, o que torna a questão errada, caso falasse que poderia ser trocado estaria correta, porque faria referência a família.Já no caso da questão II, o "nesse" não refere-se ao "mundo da internet", o que deixa a alternativa incorreta, porque refere-se apenas ao "mundo".
    A questão três fala que a palavra "nesse" não tem referente( o que já sabemos se referir a "mundo"), ou seja já deixando a questão errada, mas ainda temos outro erro, fala que "todos" também pronome indefinido e variável( todo,todos, toda,todas) não tem referente, o que não é verdade, pois refere-se a todos "nós sabemos", isso não deixa o uso do pronome incorreto. Lembrando que quando um pronome refere-se a algum termo anterior, chamamos de referente anafórico e quando refere-se a termo posterior, elemento catafórico, algumas bancas questionam tal nomenclatura. gabarito letra D

  • ao meu ver o "nesse" se refere ao mundo dos pedófilos e não das famílias

     

  • Pra mim o termo "nesse" está se referindo ao mundo da pedofilia, e não ao da família.

    "A pedofilia é um transtorno sexual - a atração por crianças - que há sessenta anos, sob o número F65.4, faz parte da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde. Quando praticada, transforma-se em crime que assombra as famílias: todos sabem que são parentes ou conhecidos próximos os responsáveis pelos abusos mais freqüentes. O papel da internet nesse mundo..."

     

  • Também entendi que o termo "nesse" está se referindo ao mundo da pedofilia, porém neste caso fui pela menos errada!

     

  • "nesse mundo" está relacionado a "que assombra a família" (mundo)

  • Também achei que se referia ao mundo da pedofilia


ID
1104205
Banca
UFCG
Órgão
TJ-PB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ética no trabalho


O comportamento qualificado como bom ou mal está ligado a maneira de ver e agir de cada pessoa. A ética está ligada a verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto. No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais exigida, provavelmente porque a humanidade evoluiu em tecnologia, mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à elevação de espírito.
Na verdade não há fórmula matemática que nos responda, com toda certeza, qual deve ser a atitude ética diante das circunstâncias que a vida profissional nos impõe, mas na dúvida, decida-se pelo correto. Segundo o filósofo alemão Kant, a única coisa certa em qualquer situação é a “boa vontade”, que podemos entender também como boa intenção.
Traduzindo em linguagem mais simples, ética é a ciência da moral. E por sua vez, moral é a parte da Filosofia que trata dos costumes e deveres do homem. A missão da ética é explicar a moral efetiva e nesse sentido pode influir na própria moral. A moral é constituída por atos humanos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.
A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos, entre outros membros da comunidade em geral. A conduta do profissional inevitavelmente repercutirá na maneira como ele mesmo será tratado pelos demais, e isso formará uma boa ou má imagem profissional.
As falhas éticas no ambiente de trabalho muitas vezes ocorrem por desconhecimento, por ingenuidade, por alienação e por descuido. Ou seja, nem sempre essas falhas estão associadas ao mau caráter do profissional. Na maioria dos esquemas de corrupção, pessoas desavisadas são usadas como vítimas. Além disso, em muitas situações a pessoa pode se envolver em problemas éticos sem dimensionar o resultado futuro de sua conduta inapropriada. A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.


(http://www.revistasalute.com.br. Acessado em 24 de julho de 2008)

O pronome “este” (1º§) retoma

Alternativas
Comentários
  • Letra C.

  • O pronome "este" retoma a expressão "ética está ligada a verdade".


ID
1104208
Banca
UFCG
Órgão
TJ-PB
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ética no trabalho


O comportamento qualificado como bom ou mal está ligado a maneira de ver e agir de cada pessoa. A ética está ligada a verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto. No campo do trabalho, a ética tem sido cada vez mais exigida, provavelmente porque a humanidade evoluiu em tecnologia, mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à elevação de espírito.
Na verdade não há fórmula matemática que nos responda, com toda certeza, qual deve ser a atitude ética diante das circunstâncias que a vida profissional nos impõe, mas na dúvida, decida-se pelo correto. Segundo o filósofo alemão Kant, a única coisa certa em qualquer situação é a “boa vontade”, que podemos entender também como boa intenção.
Traduzindo em linguagem mais simples, ética é a ciência da moral. E por sua vez, moral é a parte da Filosofia que trata dos costumes e deveres do homem. A missão da ética é explicar a moral efetiva e nesse sentido pode influir na própria moral. A moral é constituída por atos humanos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.
A atitude ética vai determinar como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho, os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos, entre outros membros da comunidade em geral. A conduta do profissional inevitavelmente repercutirá na maneira como ele mesmo será tratado pelos demais, e isso formará uma boa ou má imagem profissional.
As falhas éticas no ambiente de trabalho muitas vezes ocorrem por desconhecimento, por ingenuidade, por alienação e por descuido. Ou seja, nem sempre essas falhas estão associadas ao mau caráter do profissional. Na maioria dos esquemas de corrupção, pessoas desavisadas são usadas como vítimas. Além disso, em muitas situações a pessoa pode se envolver em problemas éticos sem dimensionar o resultado futuro de sua conduta inapropriada. A ética é indispensável ao profissional, porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.


(http://www.revistasalute.com.br. Acessado em 24 de julho de 2008)

O pronome “isso”( 4º §) faz referência a(à)

Alternativas
Comentários
  • Letra B.


ID
1106596
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
ALGÁS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A primeira característica a ser ressaltada na poesia de João Cabral é sua linguagem poética: bastante concisa e econômica, é completamente isenta de sentimentalismos. Os substantivos prevalecem sobre os adjetivos, surgindo assim poemas despidos de qualquer acessório sentimental, com predominância, portanto, da objetividade. É o que se vê no seguinte texto, no qual o poeta fala de poesia: 

Lição de poesia 

A luta branca sobre o papel 
que o poeta evita. 
Luta branca onde corre o sangue 
de suas veias de água salgada. 
A física do susto percebida 
entre os gestos diários; 
susto das coisas jamais pousadas 
porém imóveis — natureza. 
E as vinte palavras recolhidas 
nas águas salgadas do poeta 
de que se servirá o poeta 
em sua máquina útil. 
Vinte palavras sempre as mesmas, 
de que conhece o funcionamento, 
a evaporação, a densidade 
menos que a do ar. 


          A esta preocupação com uma linguagem precisa e econômica, que se atenha ao essencial, a poesia de João Cabral soma uma outra grande preocupação com o corte do poema, que volta a ser construído com formas rígidas e regulares. Este cuidado formal que se manifesta na obra do poeta pernambucano já se patenteia em alguns títulos de suas obras: O Engenheiro, Psicologia da Composição. A menção a “engenheiro" e “composição" reflete o ato poético de João Cabral, que está muito mais próximo da matemática e geometria do que da oratória e da retórica 

                                                                                                                                        (Lajolo & Clara)  


Dadas as proposições a seguir sobre o texto,

I. A respeito da tipologia textual, o excerto anterior pode ser caracterizado como predominantemente expositivo, pois nele o objetivo fundamental é a explicação do estilo poético de João Cabral.

II. Como parte de um texto predominantemente expositivo, a citação da poesia de João Cabral ilustra informações constantes no primeiro parágrafo, podendo ser desconsiderada para efeito de um resumo do texto de Lajolo e Clara.

III. Infere-se da leitura do texto que a prevalência de substantivos sobre adjetivos em um texto a este confere objetividade e racionalidade.

IV. O emprego do pronome demonstrativo no último parágrafo do texto mostra-se incorreto para referir-se às características da poesia de João Cabral apontadas no primeiro parágrafo.

verifica-se que

Alternativas
Comentários
  • Todas são verdadeiras, inclusive a última proposição, pois onde se lê "A esta preocupação..." deveria ser "A essa preocupação..." tendo em vista que se refere a algo que antecede o parágrafo.

  • O ITEM  III  EU DISCORDO.

     

     


ID
1142929
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       A GRATIDÃO


     Desta vez, trago-vos algumas histórias e fico grato pelo
tempo que possa ser dispensado à sua leitura. Falam-nos de
gratidão e poderão fazer-nos pensar no quanto a gratidão fará,
ou não, parte das nossas vidas. Estou certo de que sabereis
extrair a moral da história.
    Uma brasileira, sobrevivente de um campo de extermínio
nazista, contou que, por duas vezes, esteve numa fila que a
encaminhava para a câmara de gás. E que, nas duas vezes, o
mesmo soldado alemão a retirou da fila.
  Aristides de Sousa Mendes foi cônsul de Portugal na França.
Quando as tropas de Hitler invadiram o país, Salazar ordenou que
não se concedesse visto para quem tentasse fugir do nazismo. 
Contrariando o ditador,  Aristides salvou dez mil judeus de uma
morte certa. Pagou bem caro pela sua atitude humanitária. 
Salazar destituiu-o do cargo e o fez viver na miséria até o fim da
vida. Diz um provérbio judeu que “quem salva uma vida salva a
humanidade". Em sinal de gratidão, há vinte árvores plantadas
em sua memória no Memorial do Holocausto, em Jerusalém. E
Aristides recebeu dos israelenses o título de “Justo entre as
Nações", o que equivale a uma canonização católica.
      Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a
câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro
dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido
para suas casas. Já estava muito debilitado pela baixa
temperatura, quando a porta se abriu e o vigia o resgatou com
vida. Perguntaram ao vigia-salvador: Por que foi abrir a porta da
câmara, se isso não fazia parte de sua rotina de trabalho? Ele
explicou: Trabalho nesta empresa há 35 anos, vejo centenas de
empregados que entram e saem, todos os dias, e esse é o único
funcionário que me cumprimenta ao chegar e se despede ao sair.
Hoje ele me disse “bom dia" ao chegar. E não percebi que se
despedisse de mim. Imaginei que poderia lhe ter acontecido algo. 
Por isso o procurei e o encontrei.
     Talvez a gratidão devesse ser uma rotina nas nossas vidas,
algo indissociável da relação humana, mas talvez ande arredada
dos nossos cotidianos, dos nossos gestos. E se começássemos
cada dia dando gracias a la vida, como faria a Violeta?           
                                                                           (José Pacheco, Dicionário de valores)


A primeira frase do texto emprega a expressão “Desta vez”; a forma “esta” do pronome demonstrativo se justifica porque:

Alternativas
Comentários
  • Nao entendi muito bem a pergunta, mas acho que a banca queria substituir "desta" por "esta". Assim sendo, não existe termo anterior a ser retomado, nem indica lugar e nem se prende a nada.
  • Os pronomes este, esta, deste, desta (demonstrativos), referem-se à ações presentes, que ocorrem no momento. Gabarito letra D.

  • Em relação ao tempo

    - Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala.

    Ex: Esta tarde irei ao supermercado fazer as compras do mês.

    - Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado próximo ao momento da fala.

    Ex: Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.

    - Aquele(s), aquela(s) e aquilo indicam um afastamento no tempo, tempo remoto:

    Ex: Naquele tempo, os jovens de famílias ricas iam estudar na França.

  • Marquei a alternativa E, pois associei com  Catáfora, que antecipa informação....

  • Marquei a alternativa E pelo mesmo motiva da colega Lúbian Flores.

  • tambem marquei letra e :L por msm motivo

    que pegadinha ;; DE +este  antecipaçao. algo ser dito no futuro, aponta algo que acontecera

  • Tanta ENROLAÇÃO pra dizerem GABARITO D.

  • Anáfora ==> palavra que já foi escrita

    Catáfora ==> palavra que ainda vai ser escrita 

     

     

    Res. ''Desta vez'' tem a ver com o tempo presente.

     d) alude a um momento presente; 

  • Gabarito D

    For non-subscribers


ID
1150963
Banca
FUMARC
Órgão
AL-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE, na ordem em que ocorrem, as lacunas do resumo de artigo científico a seguir.

Resumo:________. artigo traça considerações sobre parte da obra poética de Cecília Meireles, a qual é dirigida às crianças. Com o estudo específico de seu livro, Ou isto ou aquilo (1993), pretende-se observar as características de um livro de poemas infantis. Ao analisar ________ livro quanto ao seu nível estético-literário, tem-se por objetivo destacar sua relevância na literatura infantil e as contribuições da poetisa para ________ gênero literário. Ao final será considerado o estudo da literatura infantil na escola, evidenciando o caráter pedagógico da poesia infantil.

(Disponível em: http://www.olhodagua.ibilce.unesp.br/index.php/Olhodagua/article/view/3>. Acesso em: 20 out. 2013).

Alternativas
Comentários
  • "Esse" é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionados. "Este", por sua vez, introduz uma ideia nova, ainda não mencionada. Gab. C

  • bonita essa camila.

  • "A mim só interessa isto: realizar os meus ideais."

    "Realizar os meus ideais: isso é o que me interessa"

    Isto, este ou esta

    Indica uma ideia que ainda não foi expressa

    Isso, esse ou essa

    Indica uma ideia que já foi expressa


    Apostila do curso Alfacon - Professor Pablo Jamilk


ID
1151593
Banca
FUMARC
Órgão
AL-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE, na ordem em que ocorrem, as lacunas do resumo de artigo científico a seguir.

Resumo:________. artigo traça considerações sobre parte da obra poética de Cecília Meireles, a qual é dirigida às crianças. Com o estudo específico de seu livro, Ou isto ou aquilo (1993), pretende-se observar as características de um livro de poemas infantis. Ao analisar ________ livro quanto ao seu nível estético-literário, tem-se por objetivo destacar sua relevância na literatura infantil e as contribuições da poetisa para ________ gênero literário. Ao final será considerado o estudo da literatura infantil na escola, evidenciando o caráter pedagógico da poesia infantil.

(Disponível em: http://www.olhodagua.ibilce.unesp.br/index.php/Olhodagua/article/view/3>. Acesso em: 20 out. 2013).

Alternativas
Comentários
  • Respondi errado, e só depois compreendi.

    O artigo aina não havia sido mencionado, portanto, o referencial é posterior, elemento catafórico: ESTE.

    O livro e o gênero já haviam sido mencionados, portanto, o referencial é anterior, elemento anafórico: ESSE.

    Resposta: C.


  • MEU ANAFORA , FAMILIA DO S-> RETOMA UM TERMO JA CITADO (ESSE)

    CATÁFORA, FAMÍLIA DO T -> INTRODUZ UM TERNO AINDA NÃO CITADO (ESTE)


ID
1152244
Banca
FUMARC
Órgão
AL-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE, na ordem em que ocorrem, as lacunas do resumo de artigo científico a seguir.

Resumo:________. artigo traça considerações sobre parte da obra poética de Cecília Meireles, a qual é dirigida às crianças. Com o estudo específico de seu livro, Ou isto ou aquilo (1993), pretende-se observar as características de um livro de poemas infantis. Ao analisar ________ livro quanto ao seu nível estético-literário, tem-se por objetivo destacar sua relevância na literatura infantil e as contribuições da poetisa para ________ gênero literário. Ao final será considerado o estudo da literatura infantil na escola, evidenciando o caráter pedagógico da poesia infantil.


(Disponível em: http://www.olhodagua.ibilce.unesp.br/index.php/Olhodagua/article/view/3>. Acesso em: 20 out.2013).

Alternativas
Comentários
  • Resposta letra C. Este, pois trata-se de catáfora ainda não havia dito nada sobre o tema. Esse o referente é o livro infantil dito anteriormente, tem-se aí uma anáfora.  Esse o referente é  poema infantil também dito anteriormente tem-se anáfora.

  • ESTE, ESTA, ESTES, ESTAS, ISTO: Valor CATAFÓRICO [ é utilizado para termos que ainda NÃO foram mecionados]                                                                                                                                                                                                                                         ESSE, ESSA, ESSES, ESSAS, ISSO: Valor ANAFÓRICO [ uso depois do termo citado]

  • Para responder esta questão, exige-se conhecimento em uso do pronome demonstrativo no discurso. O candidato deve indicar a assertiva que possui a sequência correta dos pronomes para cada lacuna. Vejamos:

    Resumo: este artigo traça considerações sobre parte da obra poética de Cecília Meireles, a qual é dirigida às crianças. com o estudo específico de seu livro, Ou isto ou aquilo (1993), pretende-se observar as características de um livro de poemas infantis

    O pronome "este" possui função de catáfora, porque é usado para indicar algo que ainda será falado. Percebam que no caso em tela está se referindo ao artigo.

    Ao analisar esse livro quanto ao seu nível estético-literário, tem-se por objetivo destacar sua relevância na literatura infantil e as contribuições da poetisa para esse gênero literário.

    A primeira lacuna deste período se preenche com "esse" pois possui função anafórica , pois é usado para se referir a algo que já foi dito anteriormente "livro".

    A segunda lacuna desse período se preenche com "esse", porque possui função anafórica, ou seja, retoma algo já dito "literatura infantil”.

    Portanto a sequência ficou assim: Este, esse e esse.

    Gabarito do monitor: C


ID
1153516
Banca
FUVEST
Órgão
USP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na crença de que os conflitos e problemas humanos n econômicos, políticos, ou sociais n são solucionáveis pela educação, isto é, pela cooperação voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

                                    Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.


Dos seguintes comentários linguísticos sobre diferentes trechos do texto, o único correto é:

Alternativas
Comentários
  • Reescrevendo a passagem sem a vírgula:

    e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos deverá se fazer a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

    Elipse significa "omissão". Para evitar a repetição de um verbo - no caso do texto, a da locução verbal "deverá fazer"- , um recurso à mão é omiti-lo (o termo fica subentendido pelo contexto). Nessa situação, recorre-se a uma vírgula para marcar a elipse . Repare:

    e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem acessíveis a todos.

    Gabarito, letra D.


ID
1154290
Banca
IBFC
Órgão
SEPLAG-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                                  O que faz bem pra saúde?

      Cada semana, uma novidade. A última foi que pizza previne câncer do esôfago. Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas peraí, não exagere...

      Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos. Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde. Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km. Ler um bom livro faz eu me sentir novo em folha. Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois eu rejuvenesço uns cinco anos. Viagens aéreas não me incham as pernas, me incham o cérebro, volto cheio de idéias. Brigar me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago. Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano. E telejornais os médicos deveriam proibir - como doem!
     
      [...]Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde. E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda. Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou muzzarela que previna. Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, UAU!

      Cinema é melhor pra saúde do que pipoca. Beijar é melhor do que fumar. Exercício é melhor do que cirurgia. Humor é melhor do que rancor. Amigos são melhores do que gente influente.

      Pergunta é melhor do que dúvida. Tomo pouca água, bebo mais que um cálice de vinho por dia, faz dois meses que não piso na academia, mas tenho dormido bem, trabalhado bastante, encontrado meus amigos, ido ao cinema e confiado que tudo isso pode me levar a uma idade avançada.

      Sonhar é melhor do que nada.

                                                                                                                      (Luis Fernando Veríssimo)

No trecho “Tomate previne isso, cebola previne aquilo,”, os pronomes demonstrativos fazem referência:

Alternativas
Comentários
  • Ao ler o primeiro parágrafo do texto percebe-se que se trata de algo impreciso, algo que beira ao senso comum. Percebe-se também que os termos ISSO e AQUILO, mesmo sendo anafóricos, não remetem a termo ou ideia anterior.

    Alternativa C)

  • "Tomate previne isso, cebola previne aquilo,”, os pronomes demonstrativos isso e aquilo  dão a ideia de algo genérico, porém que não foram citados anteriormente como fala as questões A e D .

  • Sabem qual é o maior erro dos concurseiros, em se tratando de pronomes demonstrativos? DECOREBA!!! pois é, esquecem de ler e VER QUAL A FUNÇÃO SEMÂNTICA (SENTIDO) QUE O PRONOME ESTÁ TENDO NO TEXTO... "Tomate previne isso, cebola previne aquilo" os pronomes ISSO e AQUILO estão se referindo a quê? estão retomando algo, mas o quê? notem que estão se referindo NO TEXTO a algo VAGO, GENÉRICO... Não estão retomando algo que foi dito. 

  • valor semântico  de indefinido 


  • Gab C

    Questão de interpretação de texto, não de pronomes.
  • Isso ou aquilo... genérico, algo impreciso, não determinado.


ID
1157551
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


No segundo parágrafo, para referir-se às colunas da brasilidade, anunciadas no parágrafo anterior, o cronista empregou, respectivamente, as palavras “a primeira” e “a segunda”. Caso fossem empregados pronomes demonstrativos em substituição a esses numerais ordinais, as formas adequadas seriam, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    A palavra "primeira" pode ser substituída por aquela - pois tem o significado de lá 

    A palavra "segunda" pode ser substituída por esta - pois tem significado de aqui.

  • ESTE(A) - refere-se à pessoa mencionada em último lugar, 

    e AQUELE (A) - à mencionada em primeiro lugar.

  •  (...) [Aquela] capacidade de dar um jeito; [Esta] capacidade de adiar. 
     "Aquela" é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior;  "Esta", no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, (...)


    Gabarito: C
  • Aff....essa matéria me confunde!


    Quanto a segunda opção, OK, consigo entender que é ESTA, pois se tratou por último, mas a primeira então por que não pode ser ESSA, se falamos de algo que foi mencionando antes!?


    Alguém poderia me ajudar?!

  • Quando se tem dois termos só se usa esta e aquela...

    Se fosse 3 termos, aí seria utilizado aquela, essa e estas.


  • É bom ficar atento quanto a diferente do uso de Este (s), esse (s), esta (s) e essa(s). Como vocês sabem a FGV adora os pormenores.

    Em relação ao espaço

    - Este(s), esta(s) e isto indicam o que está perto da pessoa que fala:

    Ex: Este relógio de bolso que eu estou usando pertenceu ao meu avô.

    - Esse(s), essa(s) e isso indicam o que está perto da pessoa com quem se fala:

    Ex: Mamãe, passe-me essa revista que está perto de você.

    Em relação ao tempo

    - Este(s), esta(s) e isto indicam o tempo presente em relação à pessoa que fala:

    Ex: Esta tarde irei ao supermercado fazer as compras do mês.

    - Esse(s), essa(s) e isso indicam o tempo passado próximo ao momento da fala:

    Ex: Essa noite dormi mal, tive pesadelos horríveis.

    Quando são usados como referente

    - Este(s), esta(s) e isto fazem referência a algo sobre o qual ainda se vai falar:

    Ex: São estes os assuntos que temos a tratar: o aumento dos salários, as férias dos funcionários e as horas extras.

    - Esse(s), essa(s) e isso fazem referência a algo que já foi citado anteriormente:

    Ex: Sua participação nas Olimpíadas de Matemática, isso é o que mais desejamos agora.

    - Este e aquele são empregados quando se faz referência a termos já mencionados, como se exemplifica a seguir:

    Ex: Pedro e Paulo são alunos que se destacam na classe: este pela rapidez com que resolve os exercícios de Matemática, aquele pela criatividade na produção de textos.


  • Gab: letra C.

    Vou citar uma frase como exemplo para explicar melhor:

    A LAPISEIRA E A BORRACHA ESTÃO GUARDADAS NO ESTOJO. A PRIMEIRA (AQUELA - SE REFERE AO TERMO DISTANTE) É AZUL E A SEGUNDA (ESTA - SE REFERE AO TERMO MAIS PRÓXIMO) É BRANCA.

  • Apenas os pronomes demonstrativos de 1ª [este(s), esta(s), isto] e de 3ª [aquele(s), aquela(s), aquilo] podem exercer funções endofóricas [funções de retomada de termos anteriores dentro do texto]. O de 1ª retomará o termo mais próximo - ou, no caso, citado por último - e o de 3ª retomará o termo mais distante - ou, pela mesma lógica, citado primeiro.

  • Letra C.

     

    Comentário:

     

    Sabemos que, quando há retomada de elementos por contraste, o primeiro deve ser retomado pelo pronome demonstrativo

    “aquela” e o último é retomado pelo pronome demonstrativo “esta”.

     

     

     

    Assim, a alternativa correta é a (C).

     

     

    Gabarito: C

     

     

    Prof. Décio Terror

  • LETRA C.

    c) Certo. A primeira é a mais distante (aquela), a segunda é a mais próxima (esta).

    Questão comentada pela Profª. Tereza Cavalcanti

  • GABARITO - C

    Aquele/ aquela / aquilo - Retoma o mais distante

    Este / Esta / Isto - Retoma o mais próximo

    Ex: Aviões do Forró e Metallica esta gosto aquela não curto.

    Bons estudos!


ID
1157557
Banca
FGV
Órgão
FUNARTE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    Brasileiro, Homem do Amanhã

(Paulo Mendes Campos)


          Há em nosso povo duas constantes que nos induzem a sustentar que o Brasil é o único país brasileiro de todo o mundo. Brasileiro até demais. Colunas da brasilidade, as duas colunas são: a capacidade de dar um jeito; a capacidade de adiar.
          A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso.
          Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é no Brasil uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental. Não, é mais, é bem mais forte do que qualquer princípio da vontade: é um instinto inelutável, uma força espontânea da estranha e surpreendente raça brasileira.
          Para o brasileiro, os atos fundamentais da existência são: nascimento, reprodução, procrastinação e morte (esta última, se possível, também adiada).
          Adiamos em virtude dum verdadeiro e inevitável estímulo inibitório, do mesmo modo que protegemos os olhos com a mão ao surgir na nossa frente um foco luminoso intenso. A coisa deu em reflexo condicionado: proposto qualquer problema a um brasileiro, ele reage de pronto com as palavras: logo à tarde, só à noite; amanhã; segunda-feira; depois do Carnaval; no ano que vem.
          Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham. Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo. Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós. Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil.
          Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá. Já Álvares de Azevedo tem aquele famoso poema cujo refrão é sintomaticamente brasileiro: “Se eu morresse amanhã!”. Como se vê, nem os românticos aceitavam morrer hoje, postulando a Deus prazos mais confortáveis.
          Sim, adiamos por força dum incoercível destino nacional, do mesmo modo que, por obra do fado, o francês poupa dinheiro, o inglês confia no Times, o português adora bacalhau, o alemão trabalha com um furor disciplinado, o espanhol se excita com a morte, o japonês esconde o pensamento, o americano escolhe sempre a gravata mais colorida.
          O brasileiro adia, logo existe.
          A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico. A verdade é que já está nos manuais. Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra. Entre poucos endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico:

                    Palavras

          Hier: ontem
          Aujourd’hui: hoje
          Demain: amanhã
          A única palavra importante é “amanhã”.
          Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem.


Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no Brasil, uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental”.

As formas sublinhadas do demonstrativo se justificam porque:

Alternativas
Comentários
  • LETRA E

    O pronome demonstrativo aquilo ( aquele a/s), é empregado para indica uma localização temporal de um passado remoto ou bastante vago. 

  • O "isso. isto e o aquilo" são pronomes demonstrativos neutros e, a título de informação, são palavras atrativas que obrigatoriamente requerem a próclise.

  • Não compreendi a resposta.


    Assinalei a alternativa D como correta.


    Comentário solicitado.

  • "Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam..." Aquilo o quê? uma frase? um verso? está vago ou pouco definido, mesmo que a frase fosse reproduzida após essa informação. "...(nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã) ..." Aquilo o quê? Não se sabe, está vago...

  • Eu coloquei "D" e errei! Depois percebi que em relação ao texto precisa ser necessariamente o Gab. "E", pois esta se referindo a um passado distante, vago...

  • O pronome "aquilo" também pode ser utilizado para demonstrar  que o "ser" está distante dos dois interlocutores. A questão induz o concurseiro a marcar letra D.

  • Questão trash.

    Comentário solicitado.


  • Tb fiquei na dúvida... Fui na alternativa A!

  • Galera acho que consegui entender o porquê da alternativa E ser a correta. De fato, tanto a alternativa A quanto a D(foi a que eu marquei, rsrs) estão corretas e indicam, respectivamente, situação de tempo e espaço. Contudo, temos que analisar o trecho pedido pelo examinador e se formos olhar realmente nesse trecho não há ideia de tempo nem de espaço, mas sim algo meio que indefinido. Poderíamos nos perguntar: Aquilo o quê? ninguém sabe. kkkkk Acho que é por ai.

  • Com todo respeito, discordo tanto do gabarito, quanto da explicação do professor. As funções são diferentes. Na primeira ocorrência o pronome se refere ao que foi dito por Oscar Wilde e Mark Twain, o que? que (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), a primeira ocorrência se refere a algo que está dentro do texto. Na segunda ocorrência o pronome se refere a algo indefinido, ai sim. Na minha opinião, nenhuma das alternativas está correta. CORRIJAM-ME SE EU ESTIVER ERRADO.

  • Marcos, se ele fosse se referir o texto próximo, como na sua dúvida, usaria isto. o pronome "aquilo", no caso do texto, expressa o sentido de vago...

  • essa pega o cara viu, questão muitoo booa

  • Nosso problema nessas questões é esquecermos do enunciado ou do texto. Todos nós, concurseiros, fazedores de questões, estudiosos dessa matéria presente em todas as provas sabemos que uma outra palavra tem vários significados.


    Acontece que todos os possíveis significados não estão errados nas nossas cabeças. Nosso problema é esquecermos, e esquecemos mesmo, lembramos, ficamos em dúvida e esquecemos, que o enunciado pede o significado de uma palavra no texto todo.
    Como lutamos contra o tempo, mesmo em nossos estudos, principalmente nos estudos, não gostamos de remeter ao texto. Lemos o trecho e atribuímos um significado à palavra. 
    Mas, nesse caso, a noção de distância do leitor e emissor não se confere, pois o texto fala de algo que nós, brasileiros, fazemos. Um brasileiro procrastinador escrevendo para brasileiros procrastinadores. Por isso C está errada, e pelo mesmo motivo não é algo distante no tempo, pois a procrastinação ocorre HOJE, o que também nos traz o erro à letra A. 
    Elas estão certas fora do contexto? Sim. São o motivo pelo qual o autor usou "Aquilo"? Não.
    Eu também errei.
    Gabarito: Letra E.
  • Não achei tão difícil creio que todos nós estamos acostumados a decorar que "aquele" se refere a algo distante do receptor e do transmissor aí ficamos presos nesse paradigma, se vc's repararem no CONTEXTO do texto realmente a palavra aquele faz alusão à algo material algo pouco detalhado, como na frase  " não fazer aquilo ..." sei lá o "aquilo" poderia ser estudar, correr, enfim não se detalha muito.

  • Desculpa, mas não vi nada de vago no primeiro "aquilo".

  • Questão nivel "hard" e a porcetagem dos que responderam letra E é a maior. 

  • FGV é tão nojenta quanto CESPE.

    Duvida? Faça um concurso e comprove.

  • Letra E.

     

    Comentário:

     

    As duas ocorrências do pronome demonstrativo “aquilo” não fazem referência a termo anterior. Tais pronomes indicam

    algo de modo vago que é caracterizado adiante com as orações subordinadas adjetivas restritivas “que Oscar Wilde e

    Mark Twain diziam apenas por humorismo” e “que se pode fazer depois de amanhã”.

     

     

     

    Assim, a alternativa (E) é a correta.

     

     

    Gabarito: E

     

    Prof. Décio Terror

  • As duas ocorrências do pronome demonstrativo “aquilo” não fazem referência a termo anterior. Tais pronomes indicam

    algo de modo vago que é caracterizado adiante com as orações subordinadas adjetivas restritivas “que Oscar Wilde e

    Mark Twain diziam apenas por humorismo” e “que se pode fazer depois de amanhã”.

     

    Gabarito: E

     

    Prof. Décio Terror

  • “Aquilo que Oscar Wilde e Mark Twain diziam apenas por humorismo (nunca se fazer amanhã aquilo que se pode fazer depois de amanhã), não é, no Brasil, uma deliberada norma de conduta, uma diretriz fundamental”. 

     

    a) se referem a algo bastante distante no tempo

    Realmente, esse é um dos papéis exercidos pelo pronome indefinido "aquilo", mas no trecho em análise não há ideia temporal

     

    b) se ligam a termos afetivamente próximos

    Hããã??? Espero que todo mundo tenha descartado essa ;)

     

    c) se prendem a elementos textuais próximos do leitor

    Elementos próximos do leitor, ou seja, próximos de quem lê, com quem se "fala", o interlocutor - no caso você -, devem ser retomados pelos pronomes demonstrativos esse, essa, isso

     

    d) denotam algo que está afastado do emissor e do receptor

    Realmente, esse é um dos papéis exercidos pelo pronome indefinido "aquilo", mas no trecho em análise não há qualquer referência a alguma coisa que esteja distante, tanto no espaço quanto no tempo

     

    e) indicam algo referido de modo vago, pouco definido

     

    O pronome demonstrativo, tanto em sua forma desenvolvida "aquilo", quanto em sua forma reduzida "o", podem ser empregados como elementos que trazem um dado novo ao texto, algo que não foi mencionado antes e de tom generalizante.

     

    Com isso, a introdução de uma estrutura restritiva - no caso, orações subordinadas adjetivas - logo após os mesmos, podem definí-los, caracterizá-los de uma certa maneira, "deixando-os menos vagos".

     

    Os pronomes demonstratitvos podem sim retomar alguma informação anterior, isto é, serem empregados como elementos anafóricos. Contudo, nessa questão, eles introduzem informação nova e vaga trazida para dentro do texto → há uma referenciação extratextual.


ID
1158502
Banca
FAFIPA
Órgão
Câmara Municipal de Guairáça - PR
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  Da timidez

                                                                      Luís Fernando Veríssimo


          Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. E como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.
          Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração.
Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!", só para chamar a atenção.
          O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele.           Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo, mas o próprio destino não pensa em outra coisa, a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
          O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa nos membros da plateia como indivíduos.           Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a plateia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.

Disponível em: http://ainagaki.sites.uol.com.br/textos/timidez.htm



Assinale a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • Por que a alternativa C encontra-se errada?


    Desde já agradeço pela colaboração!

  • A - ERRADA - Isto é pronome demonstrativo, não relativo. Além disso, se o pronome está recuperando a frase que o precede, ele é elemento anafórico, portanto deveria ser isso.
    B - ERRADA - O pronome se refere-se ao tímido.
    C - CORRETA
    D - ERRADA - Suas é pronome possessivo.


  • Ressalva na Letra A, conseguimos resolver já eliminando isto como pronome relativo, sendo que NÃO É. É um pronome demonstrativo.

  • Aula muito boa! 

  • GABARITO- C 

    Quando não consegue escapar e se vê diante de uma plateia, o tímido não pensa nos membros da plateia como indivíduos.  Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Pode ser observado na frase acima que continua falando da PLATEIA, Pronomes pessoais do caso oblíquo São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida). Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: osátonos, que não são antecedidos por preposição, e ostônicos, precedidos por preposição. Pronomes oblíquos átonos- Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes:me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes


  • Carlos, o problema não está do fato da frase usar ISTO ao invés de ISSO, pois é assim que está escrito no texto original. O problema é a questão dizer que ISTO é um pronome RELATIVO quando ele é DEMONSTRATIVO

  • A - ERRADA

    Dica.: Usam-se as formas com "ss / Isso" para remeter àquilo que já foi dito. "Que nunca a decepcionasse. Foi isso o que ela lhe pediu".

    E as formas com "st / Isto" para apontar para o que será dito posteriormente. "Ouça isto: nunca me decepcione!"

    Fonte.: http://www1.folha.uol.com.br/folha/colunas/noutraspalavras/ult2675u20.shtml

  • letra A errada-  ISTO-pronome demostrativo -Não Relativo como afirma a questão.

  • Sabiam que esta é a única questão da FAFIFA que trata de pronomes em todas as provas de nível superior já aplicadas? Difícil crer né, mas é o resultado do filtro.

     

    Ow Qcon, vamos dar uma melhoradinha nas classificações?


ID
1186960
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

        As projeções sobre qual impacto o aquecimento global terá em relação à saúde das pessoas ainda são pouco precisas, principalmente quanto à incidência de doenças. Mas uma coisa é certa: a maior freqüência de eventos climáticos extremos, como secas e inundações, vai deixar populações, cujo destino será incerto, em situação de fragilidade ainda maior. O problema é que os estudos são pouco específicos sobre os países onde ocorrerão as maiores alterações climáticas. Sabe-se apenas que esses lugares sofrerão com o aumento das ondas de calor e das doenças respiratórias.
        Previsões sobre desnutrição, aumento de moléstias ligadas à água, como diarréias, são genéricas. Não há dúvidas de que haverá esse impacto na população, mas exatamente quando, onde e como não se sabe.

(O Estado de S.Paulo, 07.04.2007. Adaptado)


Assinale a alternativa em que está correto, de acordo com a norma culta, o uso do pronome, em destaque.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C

     

    (A)  Errado – As duas orações num só período, tem-se: os conflitos pelo uso da água tendem a se multiplicar e isso trará mais problemas às pessoas. Isso: pronome demonstrativo anafórico – retoma a ideia citada no período anterior.

     

    (B) Errado - O setor doméstico é responsável por 30% do consumo da água, quanto à indústria cabem 18%.

     

    (C)  CorretaEste se refere ao tempo presente (ano em que o texto foi publicado: 07/04/2007). Classifica-se como pronome adjetivo demonstrativo.

     

    (D) Errado – O Brasil, cujos recursos hídricos são imensos = Os recursos são imensos.

     

    (E) Errado – O país dispõe de 48,3 mil metros cúbicos anuais de água por habitante, segundo as estatísticas, e essas são confiáveis.

     

    Tudo posso naquele que me fortalece!

  • A) "Isso". Refere-se à determinada informação antecedente no texto.

    B) "Quanto" -> pronome demonstrativo indicando ideia de quantidade.

    C) "Este". Refere-se a tempo presente. [GABARITO]

    D) "Cujos" Recursos hídricos do Brasil (ideia de posse)

    E) "Essas". Refere-se à determinada informação antecedente no texto

  • Na letra e) ao contrário dos colegas, acredito que o correta seja o pronome demonstrativo ESTA e não essas como foi falado! ESTE, ESTA, ISTO são usados para fazer referência a um termo imediatamente anterior. Então o certo seria:

    O país dispõe de 48,3 mil metros cúbicos anuais de água por habitante, segundo as estatísticas, e ESTAS são confiáveis.

    Bons estudos!

  • Assertiva C

    Este ano de 2007 será decisivo para aumentar a conscientização quanto ao meio ambiente.

  • Correta, C

    Esteesta isto são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, são usados no presente.

    Esseessaisso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala. Em relação ao tempo, é usado no passado ou futuro.

    Pertenceremos!!!

  • Assinale a alternativa em que está correto, de acordo com a norma culta, o uso do pronome, em destaque.

    A) Os conflitos pelo uso da água tendem a se multiplicar. Aquilo trará mais problemas às pessoas.

    Os conflitos pelo uso da água tendem a se multiplicar. isso trará mais problemas às pessoas.

    -----------------------------------------

    B) O setor doméstico é responsável por 30% do consumo da água, onde à indústria cabem 18%.

    O setor doméstico é responsável por 30% do consumo da água, quanto à indústria cabem 18%.

    -----------------------------------------

    C) Este ano de 2007 será decisivo para aumentar a conscientização quanto ao meio ambiente. [Gabarito]

    -----------------------------------------

    D) O Brasil, que os recursos hídricos são imensos, terá de economizar água.

    O Brasil, cujos os recursos hídricos são imensos, terá de economizar água.

    -----------------------------------------

    E) O país dispõe de 48,3 mil metros cúbicos anuais de água por habitante, segundo as estatísticas, e aquelas são confiáveis.

    O país dispõe de 48,3 mil metros cúbicos anuais de água por habitante, segundo as estatísticas, e essas são confiáveis.

  • ESTE:

    - Presente

    - Menciona termos subsequentes

    - Objeto perto de quem fala

     

    ESSE:

    - Passado

    - Menciona termos antecedentes

    - Objeto perto de quem ouve


ID
1201918
Banca
OBJETIVA
Órgão
CBM-SC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          A cultura da desobediência

     Pesquisa divulgada nesta semana pela Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas evidencia, com percentuais, o que já se sabia pela prática: a maioria dos brasileiros considera fácil desobedecer às leis e vê com naturalidade o chamado “jeitinho", que permite burlar normas, enganar autoridades e levar vantagem individual mesmo quando isso causa prejuízos ____ coletividade. A percepção das pessoas em relação ____ esses temas é preocupante: dos 3,3 mil entrevistados em oito Estados, 82% reconhecem facilidade em descumprir ____ leis no Brasil, 79% acreditam que todos usam algum tipo de subterfúgio para desobedecer a regras legais, e 54% veem poucas razões para essa obediência.

    Uma das curiosidades do levantamento relaciona-se ____ impunidade. É elevado o percentual de brasileiros que temem ser punidos por delitos, como pequenos roubos e infrações de trânsito, mas essas mesmas pessoas consideram tolerável fazer barulho capaz de incomodar os vizinhos, fumar em local não permitido, jogar lixo na rua ou comprar produtos piratas. No entanto, grandes crimes e tragédias invariavelmente têm na sua origem descasos e omissões com coisas que aparentam ter pouca importância.

    Vale lembrar, por exemplo, que o incêndio da boate Kiss, em Santa Maria, foi o resultado de um conjunto de inépcias e de descuidos com recomendações técnicas. Existe no país uma cultura da irresponsabilidade, pela qual as pessoas, das autoridades aos cidadãos, costumam adiar decisões, transferir atribuições, fingir que não é com elas.

    Precisamos, decididamente, de uma revolução cultural para que cada cidadão assuma a sua parcela de obrigações. A população habituou-se a tolerar o desleixo, a conformar-se com pequenos desvios, a considerar normal o descumprimento de normas e de convenções. Essa tolerância, além de se transformar em salvo-conduto para a impunidade, acaba também estimulando comportamentos pouco civilizados e até mesmo delituosos; os brasileiros reconhecem-se como protagonistas das pequenas infrações, mas acreditam que a corrupção é praticada apenas pelos ocupantes do poder. Aí está o grande equívoco: o padrão ético de um país é sempre resultado do comportamento de cada indivíduo. E, quando a maioria dos cidadãos convive pacificamente com a irresponsabilidade, não há jeitinho que resolva.

Segundo a gramática normativa, analisar os itens abaixo:

I - Em “... o que já se sabia pela prática...”, o vocábulo sublinhado é um pronome demonstrativo.
II - Em “... não há jeitinho que resolva.”, o verbo “haver” é pessoal e transitivo.
III - Em “É mister para mim manter o padrão ético.”, o pronome oblíquo está corretamente empregado.
IV - Em “... os brasileiros reconhecem-se...”, o pronome poderia estar proclítico sem prejuízo semântico.
V - Em “... o percentual de brasileiros que temem ser punidos...”, o verbo auxiliar e o adjetivo poderiam concordar com o núcleo do sujeito e estar no singular também.

Estão CORRETOS:

Alternativas
Comentários
  • Para mim manter? Isso está correto?

  • Eu parei no enunciado da afirmativa "II" quando disse que o verbo "há" é "pessoal" e "intransitivo" e fui por eliminatória, so restando a alternativa "A", a qual, inclusive, foi apontada como correta. Entretanto, realmente não consigo afirmar se "para mim manter" está de acordo com a normal padrão da língua.

  • Manter o padrão ético é mister para mim? Essa seria a ordem correta?

  • O pronome oblíquio não é sujeito do verbo manter, e sim, o padrão ético

  • “para mim” deve ser usado quando assume a função de complemento em uma oração. Nesse caso, ele será .

    Exemplos:

    Ele trouxe os brigadeiros para mim.

    Para mim, estudar para o vestibular é muito divertido.

    Aquelas canetas coloridas são para mim, não para você.

  • Matava a questão só pela II

    II - Em “... não há jeitinho que resolva.”, o verbo “haver” é pessoal e transitivo

    O verbo é impessoal, pois está no sentido de “existir”.


ID
1215526
Banca
FGV
Órgão
BNB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                SEM SOLUÇÃO
                Carlos Heitor Cony - Folha de São Paulo

        Foi melancólico o 1º de Maio deste ano. Não tivemos a tragédia do Rio centro, que até hoje não foi bem explicada e, para todos os efeitos, marcou o início do fim da ditadura militar.
         Tampouco ressuscitamos o entusiasmo das festividades, os desfiles e a tradicional arenga de um ditador que, durante anos, começava seus discursos com o famoso mantra: "Trabalhadores do Brasil".
         De qualquer forma, era um pretexto para os governos de plantão forçarem um clima de conciliação nacional, o salário mínimo era aumentado e, nos teatros da praça Tiradentes, havia sempre uma apoteose patriótica com os grandes nomes do rebolado agitando bandeirinhas nacionais. Nos rádios, a trilha musical era dos brados e hinos militares, na base do "avante camaradas".
         Este ano, a tônica foram as vaias que os camaradas deram às autoridades federais, estaduais e municipais. Com os suculentos escândalos (mensalão, Petrobrás e outros menos votados), as manifestações contra os 12 anos de PT, que começaram no ano passado, só não tiveram maior destaque porque a mídia deu preferência mais que merecida aos 20 anos da morte do nosso maior ídolo esportivo.
         Depois de Ayrton Senna, o prestígio de nossas cores está em baixa, a menos que Paulo Coelho ganhe antecipadamente o Nobel de Literatura e Roberto Carlos dê um show no Teatro alla Scala, em Milão, ou no Covent Garden, em Londres.
        Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia, na Copa de 1950, mas há presságios sinistros de grandes manifestações contra o governo e a FIFA, que de repente tornou-se a besta negra da nossa soberania.
         A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube a favor da Argentina.



Na frase “Foi melancólico o 1º de Maio deste ano”, o emprego do demonstrativo “este” se justifica pela mesma razão que na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • Se analizarmos  na questao o pronome '' deste'' indica um  situacao de tempo. Logo na letra c se prestarmos a atencao o este, indica uma situacao de tepo tambem.

  • Pronome relativo quanto ao tempo:

    Este mês está sendo horrível! (Refere-se ao mês atual, algo ainda ocorrendo)

    Esse mês que passou... (Refere-se a um passado próximo)

    Aquele mês foi... (passado distante) 

  • Resposta Letra C)


    Para responder essa questão devemos ter conhecimento dos pronomes demonstrativos.

    1. Este, esta, isto;

    2. Esse, essa, Isso;

    3. Aquele, Aquila, Aquilo;

    Uso dos pronomes:

    Quanto ao tempo:

    1. Tempo presente: É o caso do texto - "Foi melancólico o 1º de Maio deste ano";

    2. Tempo passado ou futuro próximo - "Esse ano que passou; ou Esse próximo ano"

    3. Tempo muito distante - "Aquele ano"

    Posição espacial;

    1. Próximo de quem fala: letra d) Este é o meu e esse é o seu!

    2. Próximo de quem escuta: letra d) Este é o meu e esse é o seu! e e) Este livro não me pertence

    3. Distante de quem fala e quem escuta: Exemplo: Aquele livro 

    Retomada de texto:

    1. Retoma o ultimo termo: Letra a) João e Mário partiram, mas só este foi de ônibus (refere-se ao ultimo - Mário);

        Anuncia o que vem: Letra b) Não me venha com este pedido de novo (refere-se a pedido)

    2. Retoma o Todo o texto - tudo que foi dito

    3. Retoma o primeiro termo: Exemplo a-modificado) João e Mário partiram, mas só aquele foi de ônibus (refere-se ao primeiro - João);

    Resposta: 

    O único que se justifica pela mesma razão é a letra C, ele ainda ta uma dica quando diz passo por esse MOMENTO.

  • deste ano

    este momento


    os dois indicam tempo presente

  • Desculpe Carluccio... mas... sandalinha da humildade para vc!!

    A intenção do nosso amigo Marcelo foi ajudar, se para vc não serviu, não o desanime! Inverossímil mesmo, na minha opinião, foi o seu comentário. Desculpe, mas vc não contribuiu em nada em meus estudos, se é que esta é a sua intenção... Acredito que o bom nível do site se faz com pessoas que realmente querem colaborar e acrescentar com o pouco que sabem e não aqueles que querem aparecer...  
  • oque é inverossímil ? kkk

  • Inverossímil = Aquilo que tende a ser mentiroso; o que não parece ser verdadeiro. 

  • Débora, eu estava sendo sarcástico. Leia os comentários abaixo.

  • Acho que alguém está querendo ganhar uma vaga na Academia Brasileira de Letras e este alguém é: Carluccio Tondini (kkkk). Evanildo Bechara que se cuide!!! (rsrsrsrs).

  • voltando a questão, trata-se do elemento Dêitico, referência exofórica, pois está fora do texto, que pode ser temporal ou espacial.

    todas as alternativas, exceto a  letra C, se referem a elementos dentro do texto (referência endofórica).

  • ESTE => presente

  • Carluccio, continue com seus comentários rebuscados ! são bem interessantes! kkkkkkk Meio pedante, mas está valendo!

  • O Pronome Demonstrativo ESTE indica o tempo Presente, o Agora, como no trecho “... 1º Maio DESTE ano” (de + este), assim como na alternativa c “PASSO por ESTE momento ...”
     

    Alternativa C

  • Letra C, pois em "Foi melancólico o 1º de Maio deste ano" o DESTE se refere a 1º DE MAIO (TEMPO) e na letra c em "Passo por este momento com muita revolta" o ESTE se refere a MOMENTO (TEMPO).

  • Mal sabia o Cony que realmente a Argentina ia para a final da Copa e que o que era ruim virou 7x1, vamos estudar rsrs

  • Gabarito C

    For non-subscribers

  • A) texto

    B) espaço

    C) tempo (gabarito)

    D) espaço

    E) espalo

  • ESTE - tempo


ID
1228840
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questões de números 24 a 28 referem-se ao texto.

O empobrecimento da nossa sociedade provocou uma diminuição crônica dos investimentos em educação em nosso país e, por causa disso, houve nítida piora da qualidade do ensino público. Essa queda se acentuou nos últimos 30 anos, e a educação pré- universitária foi, com certeza, a mais prejudicada.
É consenso que o acesso ao conhecimento é fator fundamental para inclusão e transformação social. Assim, mais do que nunca, todos os brasileiros devem ter acesso à educação, desde a mais tenra idade até a profissionalização, seja esta de que nível for.
No caso brasileiro, contudo, é preciso ir além desse consenso. Tendo em vista os graves problemas sociais que vivenciamos atualmente, não basta apenas educar até o estágio profissionalizante. É necessário discutir que tipo de profissionalização devemos promover. São tantas as carências, que a formação profissionalizante deve ir além da capacitação técnica.

(Marcos Boulos, Folha de S.Paulo, 21.08.2006)

Em – ... seja esta de que nível for. – o pronome esta refere-se a

Alternativas
Comentários
  • Gabarito Letra E

    Analisando a frase, ficaríamos com dúvida entre "educação" e "profissionalização", mas o pronome demonstrativo "esta" remete ao termo mais próximo na frase, portanto a resposta correta é "profissionalização"
    Para remeter a um termo mais longe, seria adequado o uso do pronome "Aquele/Aquela"

    Bons Estudos

  • Achei estranho esse gabarito, pois tirando o aposto verifica-se que a intenção foi se referir a educação e não profissionalização

  • Aquela ,seria educação

    Essa  , seria tenra idade

    Esta,  profissionalizaçåo!

    gabaritando em 3..2..1!

  • Pra ser "educação" o pronome utilizado deveria ter sido "aquela".

  • Esta = aqui -> Profissionalização
    Essa = ai -> tenra idade
    aquela = lá -> Educação

  • Assertiva E

    desde a mais tenra idade até a profissionalização

  • Esta = aqui -> Profissionalização

    Essa = ai -> tenra idade

    aquela = lá -> Educação


ID
1255720
Banca
FUNCEFET
Órgão
CBM-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Assinale o item em que a frase deve ser completada com o pronome "este” ou "esta” .

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode me ajudar com relação ao uso do este e esta??
  • b)______e a única verdade: você errou ao criticar sua colega de serviço.


    Pronomes demonstrativos: são os que indicam o lugar, a posição ou a identidade dos seres, relativamente às pessoas do discurso. Exemplos:

    * Compro este carro. (aqui). (O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.)

    * Compro esse carro. (aí). (O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo ou afastado da pessoa que fala.)

    * Compro aquele carro. (lá). (O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.)



    Este, esta, isto: (Tempo: presente.) (Discurso: refere- se ao que vai ser dito.)

    Esse, essa, isso:  (Tempo: passado ou futuro próximos.) (Discurso: refere- se ao que já foi dito.)

    Aquele, aquela, aquilo: (Tempo: passado vago, remoto.) (Discurso: refere- se ao que foi dito primeiro.)

  • Por que não letra E ? 

  • Eduardo, não pode ser a letra E devido ao uso de "caneta que esta em SUA mão" se referindo a 2ª pessoa, não da noção de proximidade do objeto.

    Portanto gabarito letra B. "esta é a única verdade[..]" se refere a algo "proximo" do interlocutor

  • Gabarito : B  

    Este/Esta -> para refirir ao que ainda será mencionado no texto. (Catáfora)

    Esse/Essa -> para refirir ao que já foi mencionado no texto (Anáfora)


ID
1256257
Banca
Quadrix
Órgão
SERPRO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     Homens são maioria em financiamento coletivo pela internet

        Pesquisa mostra que os projetos de crowdfunding que fomentam atividades artísticas e culturais são os que despertam mais interesse dos financiadores


             Um homem, morador do Sudeste, entre 25 e 30 anos, com renda de R$ 3 mil a R$6 mil mensais, funcionário de uma empresa privada da área de comunicação, administração ou tecnologia. Esse é o perfil da maioria dos que participam de financiamentos coletivos de projetos pela internet, os chamados crowdfundings, de acordo com pesquisa realizada em parceria entre o Catarse, comunidade de financiamento coletivo do País, e a Chorus, empresa de pesquisa com foco em projetos de cultura e sociedade.
             O crowdfunding é usado para obtenção de capital, principalmente de pessoas físicas e através da internet, com o objetivo de colaborar com uma gama de setores, que vai de pequenos negócios e startups a demandas de regiões afetadas por desastres naturais, mas também com forte participação de projetos culturais.
             Segundo a pesquisa, os homens são maioria (59%) e o grupo com formação superior completa é o que mais tem participantes na plataforma de financiamento (39%). Os participantes de crowdfunding classificam como "freqüente" o hábito de fazer compras pela internet. A esmagadora maioria busca informações em sites e portais de notícias (81%) e nas mídias sociais (80%). Jornais aparecem na seqüência como fonte de informação (55%), antes de televisão (46%), revistas (43%) e rádio (43%).
             Apesar de o usuário padrão, de acordo com a pesquisa, ter renda entre RS 3 mil e R$ 6 mil (29%), o grupo que forma a maioria das pessoas (64%) nessa rede coletiva de financiadores de projetos tem salário mais baixo, de até R$ 6 mil por mês. Entre os mais ricos, a participação é menor. Os que ganham entre R$ 6 mil e R$ 10 mil, por exemplo, respondem por 14% do total de participantes do crowdfunding.
             O Sudeste, que concentra 42% da população brasileira, engloba 63% dos participantes de financiamento coletivo. No Nordeste, o total de participantes é de 9% da população. A menor proporção dos participantes de crowdfunding é concentrada na região Norte - apenas 1%.
             O Retrato do Financiamento Coletivo no Brasil tenta traçar o cenário do crowdfunding brasileiro e, para isso, colocou questões para a base de usuários, assinantes de newsletter e seguidores do Catarse em redes sociais. No total, foram consultadas 3.336 pessoas, que responderam a um questionário entre 29 de agosto e 17 de setembro do ano passado. A margem de erro é de 1,7%.


                                                   (www. estadao. com. br)

Sobre a palavra "esse", que aparece em destaque no primeiro parágrafo, analise as afirmações.

I. Morfologicamente, trata-se de um pronome demonstrativo.
II. Participa de um processo de coesão referencial endofórica anafórica.
III. Retoma ideias presentes no período antecedente.

Está correto o que se afirma em:

Alternativas
Comentários
  • Coesão por Referência Endofórica: é aquela que faz referência a algo dentro do texto. A referência endofórica pode ser feita a algo mencionado anteriormente no texto – anáfora – ou a algo mencionado posteriormente – catáfora.

  • I - Morfologicamente os pronomes demonstrativos são: este, esse, aquele... e suas derivações.

    II - Coesão referencial pode ser do tipo endofórica ou exofórica. A endofórica é dividida em:

    a - anafórica: Passado. Termos ditos anteriormente, representados pelos pronomes esse, essa, isso.

    b - catafórica: Futuro. Termos que ainda serão ditos no texto, mas representados pelos pronomes este, esta, isto.

    III - Por se tratar de um termo anafórico ele remota ideias no período anterior.

  • Anafórica=retoma algo que já foi dito.

    Cataforica=aponta para algo que será dito.

  • e-

     

    referencias:

    Endofórica – dentro do texto. pode ser anafórica e catafórica.

    Exofórica – fora do texto. depende de contexto e/ou conhecimento de mundo para fazer sentido

  • Perfeito. A fim de complementar, os autores utilizam como arcabouço normativo da tese o art. 146, CTN, segundo o qual apenas os fatos geradores supervenientes podem ser afetados pela modificação nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa.

  • Ademais, a tese do erro de direito - o qual não justifica a revisão do lançamento - é adotada pelo STJ (ALEXANDRE, 2020, p. 468), por isso deve ser seguida para fins de concursos públicos.


ID
1258537
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
IBC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                Os legisladores e o Verbo Divino

                                          Cláudio de Moura e Castro

    1.§ Pensemos na seguinte situação. Três pessoas 
estão em uma sala, prontas para devorar uma travessa de 
comida. E eis que chegam mais três. Será preciso deitar 
água no feijão, para dividi-lo entre os comensais. Todos 
comem feijão aguado. Os mesmos três estão ouvindo um 
cantor, quando irrompem mais três na sala. Mas agora é 
diferente, ninguém ouve ou vê menos pela presença dos 
outros. Não há do que privar-se, pois ninguém “come” 
o som e a imagem dos outros. Se continuar a chegar 
gente, acabarão todos se acotovelando e cochichos 
atrapalharão o deleite da música. Mas quantos serão, a 
ponto de reduzir o prazer da cantoria? Obviamente, isso 
dependerá do tamanho da sala, do formato, da acústica, 
do volume da voz e se há amplificação, entre outros 
fatores. Não há um número mágico.
    2.§ Esse experimento abstrato pode ser comparado 
a uma sala de aula. Quando chegam mais alunos, não 
é como o caso do feijão aguado. Pelo contrário, é 
semelhante ao do cantor. Mais gente na sala não prejudica 
o aprendizado. E não é preciso muita imaginação para 
concluir que aulas maiores custam menos, economizando 
recursos, vantagem nada trivial. No primeiro ano de 
Harvard, muitas aulas são em anfiteatros, com todos os 
400 alunos iniciantes. O curso de introdução à economia, 
em Berkeley, tinha 1200. Se essa fórmula fosse tão ruim, 
Harvard não seria a melhor universidade do mundo e 
Berkeley, a melhor pública. As salas do ensino médio 
coreano tinham mais de sessenta alunos. Mesmo assim, 
a Coreia já possuía um excelente sistema educativo. No 
Brasil, temos o exemplo dos cursinhos, operando com 
salas enormes. Para a maioria dos alunos, é o melhor 
ensino que jamais experimentarão.
    3.§ A realidade é ainda mais turva. Pergunte-se 
ao público se prefere ouvir Caetano Veloso em uma 
sala com 100 espectadores ou um cantor menor, em 
uma sala com 35. Pergunte-se aos alunos se preferem 
um grande professor, em uma sala enorme, ou um 
medíocre, em uma salinha de 35 lugares. Em ambos os 
casos, a resposta é a mesma e óbvia. Para os puristas, 
se há muitos alunos, dilui-se a interação deles com o 
professor. É um argumento sério, sempre e quando tal 
interação for praticada. Mas isso é raríssimo, qualquer 
que seja o tamanho da sala. Tais perplexidades atraíram 
muitos estudos, na tentativa de determinar o impacto do 
tamanho da sala de aula sobre o aprendizado. De fato, 
esse é um dos temas mais pesquisados, com medidas 
cuidadosas e grupos de controle. São centenas de 
pesquisas, tantas que não mais se justifica fazer outras. 
E o que nos dizem? Simplesmente, com a única exceção 
constituída pelos alunos pobres dos anos iniciais, não há 
nenhuma associação entre o tamanho da sala e o nível de 
aprendizado. Infere-se que os casos de interação aluno-
professor são raríssimos. Desde que se possa ver e ouvir 
o mestre, pôr ou tirar alunos não afeta o rendimento. 
É leviano negar o que diz a avalanche de pesquisas. 
Entendamos, os resultados descrevem o coletivo das 
escolas.

4.§ Tais análises não avaliam métodos eficazes que requerem poucos alunos. Isso porque sua superioridade não pode ser medida se quem os adota está perdido em um mundão de escolas tradicionais. A própria definição de tamanho de sala vai se esfarelando. Imaginemos um colégio com professores excelentes dando aulas em salas com sessenta estudantes. Depois, grupos de dez alunos se reúnem com professores mais jovens para discutir os assuntos da aula. Além disso, os alunos fazem duas disciplinas a distância, uma delas com um tutor por 500 alunos e outra, totalmente informatizada (relação aluno/professor = infinito). Quantos professores por aluno há nessa escola? Desde que temos Ideb e Enem, o tema é irrelevante. Se o estudante aprendeu, pouco importa como funciona a sala de aula. Pois não é que o nosso Legislativo, com uma pauta atolada de problemas angustiantes, se mete a legislar sobre o número de alunos na sala de aula? Pela proposta em discussão, no ensino médio, não será possível ultrapassar o número mágico de 35. Deve ser uma cifra que, em sua infinita magnificência, Deus revelou aos legisladores, pois de nenhuma pesquisa saiu. 

    
                                  Revista Veja, edição 2.299, p. 28.


Assinale a alternativa correta quanto ao que se afrma a seguir.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    mesmo assim a Coreia já possuía um excelente sistema...

    mas isso é muito raríssimo, qualquer que seja o tamanho da sala.

     

  • Honrado de ter acertado esta questão, ainda que tenha gasto uns 6 minutos no processo... 

  • REVISANDO OS GRAUS SUPERLATIVOS DOS ADJETIVOS


    SUPERLATIVO RELATIVO -> Artigo definido + Preposição ( ex: mais...de / dentre, menos...de - esses superlativos são de superioridade ou de inferioridade)


    SUPERLATIVO ABSOLUTO

    ANALÍTICO -> Palavra intensiva ANTES ou Repetição do adjetivo ou do adverbio ( ex: muito cuidadosa / ela é linda linda / ela é muito muito linda) SINTÉTICO -> Sufixo "ÍSSIMO" + Adjetivo na forma positiva + Supressão da vogal temática (ex: cuidadosíssimo)
  • ANALÍTICO

    LINGÜÍSTICA

    m.q. ISOLANTE.

    sintético

    SÍNTESE

    LINGÜÍSTICA

    fusão de unidades lexicais independentes numa única unidade

  • Tipo de questão para te cansar na prova

  • Tipo de questão para te cansar na prova

  • C está errada pois, eis é advérbio e mesmos partícula de realce .

  • ô banca desgraçada

  • Grau:

    Comparativo: igualdade, superioridade e inferioridade.

    Superlativo: subdivide-se em relativo e absoluto.

    Relativo: esse foi o episódio mais legal da temporada.

    Absoluto ( analítico e sintetico) sendo:

    Analítico : o filme é muito interessante.

    Sintético : o filme é interessantíssimo.


ID
1259140
Banca
FUNCEFET
Órgão
CBM-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Somos apenas uma raça avançada de macacos em um planeta menor que uma estrela média. Mas podemos compreender o universo. Isso nos faz muito especiais.”

(Stephen Hawking. Revista Veja, de 26 de março de 2014. p. 118)

Marque a alternativa correta: o termo “isso” refere-se:

Alternativas
Comentários
  • Letra C

    Repare que nos períodos apresentados "Mas podemos compreender o universo. Isso nos faz muito especiais" existe uma ação a qual o termo ISSO se refere e que pode ser identificada respondendo à seguinte pergunta: O que nos faz especiais? Compreender o Universo.

  • A amiga aí contextualizou corretamente mas deu o gabarito errado. A resposta é B


ID
1265587
Banca
FUMARC
Órgão
PC-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O uso do Pronome Demonstrativo “esse” na frase: “Bagagem cultural nunca é demais. E, nesse caso, você nem paga o excesso.” se justifca por

Alternativas
Comentários
  • a) referir-se a algo já citado no texto.

  • Esse é usado quando o que está a ser demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala ou no tempo passado ou futuro em relação à pessoa que fala. Usa-se ainda para referir o que foi mencionado no discurso.

  • O pronome demonstrativo ESSE refere-se a algo que já foi dito no texto.

    Resposta letra A

  • Esse(a)(s) é Anafórico.

  • Vamos lá!

    Pronomes demonstrativos

    Masculino: Esse (utilizado para indicar algo que já foi dito no texto - anáfora) / este (algo que está por vir - catáfora) / aquele (tanto faz ser usado como anáfora ou catáfora, e exerce ideia de distância).

  • Este > futuro > está por vir > cataforico |||||||||||||||||||||||~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Esse > passado > já foi dito > anafórico.
  • eSSe sempre anáforico, eSTe pode ser catáforico ou anáforico

  • ESSE-ESSA-ISSO= para o que já se disse

  • ESTE/ESTA/ISTO para o que vai ser DITO


    ESSE/ESSA/ISSO para o que já se DISSE


    Curso Professora Flávia Rita

  • a) referir-se a algo já citado no texto.

    Esse (s), essa (s), isso - Funcionam como termos Anafóricos (retomam o que foi dito anteriormente).

     Exemplos:

    Antes de entrar no elevador verifique se esse se encontra no andar. (elevador).

     O país passa por mudanças, esse recebeu um novo presidente em 2018. (país).


ID
1266982
Banca
IESES
Órgão
GasBrasiliano
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

             A PRECISÃO DOS CLICHÊS

                                                                                                 Por: Chico Viana. Disponível em: http://hom.gerenciadordeconteudo.com.br/produtos/ESLP/textos/blog-ponta/a-precisao-dos- cliches-301498-1.asp Acesso em 17 de dezembro de 2013

       Os manuais de redação dizem que escrever bem é evitar lugares comuns. Nada compromete mais o estilo do que o uso de expressões batidas, do feijão com arroz linguístico, que nada acrescenta à expressão. Mas não é fácil fugir ao clichê (acabei de usar um no período anterior: "feijão com arroz").
       Por que é tão difícil escapar dessas fórmulas? Em parte, porque a língua tem um estoque limitado de imagens; não se pode a todo momento criar uma metáfora e, menos ainda, fazê-la atraente ao leitor. O público às vezes leva tempo para se afeiçoar tanto à semântica quanto à sonoridade de uma imagem nova.
      Nelson Rodrigues dizia que seu maior achado era a repetição. Fiel a isso, recheava seus textos com expressões que os leitores já sabiam de cor. Tanto nas crônicas quanto nos romances, deparamo-nos a todo momento com referências à "ricaça das narinas de cadáver", ao Narciso às avessas, que cospe na própria imagem", ao sol de rachar catedrais". São imagens criadas pelo próprio Nelson, é certo, mas que perderam a novidade de tanto ser repetidas.
      Nem por isto a sua prosa é menos sedutora. Pelo contrário, lemos o autor de "Vestido de noiva" com um prazer oposto ao que nos propicia, por exemplo, um Guimarães Rosa. Lemos para nos deparar com o mesmo, o conhecido, o quase-igual. Para gozar daquele "prazer de reencontro", de que nos fala Freud.
      Uma boa explicação para o sucesso dos clichês encontro na página 199 de "O caçador de pipas", de Khaled Hosseini. Vale a pena transcrever a passagem:
      "Um professor de redação que tive na San Jose State sempre dizia, referindo-se aos clichês: 'Tratem de evitá-lo como se evita uma praga.' E ria da própria piada. A turma toda ria junto com ele, mas sempre achei que aquilo era uma tremenda injustiça. Porque, muitas vezes, eles são de uma precisão impressionante. O problema é que a adequação das expressões-clichês é ofuscada pela natureza da expressão enquanto clichê."
      Não deixa de ser irônico: ao orientar os alunos a rejeitar os clichês, o professor não escapa de produzir um deles ("como se evita uma praga"). Isso mostra que o clichê parece mesmo inevitável; funciona porque é preciso, exato. A precisão faz com que muitas vezes o escolhamos a despeito da sua natureza de lugar-comum. Servimo-nos dele não por preguiça mental, ou carência vocabular, mas por em dado momento não nos ocorrer nada mais expressivo.
      Chico Viana é professor de português e redação.
                                                       www.chicoviana.com


Releia este trecho extraído do 1º parágrafo:

Nada compromete mais o estilo do que o uso de expressões batidas”.

Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços no período a seguir:
A palavra “nada”, destacada no trecho, pertence à classe gramatical dos ______________ e, na oração citada, exerce a função sintática de _______________.

Alternativas
Comentários
  • que é que compromete (bla bla bla bla bla)?

    resposta: Nada (sujeito simples)

    exemplo de pronomes demonstrativos: este e esta ("nada" não tem nada a ver c/ isso)

    bons estudos!

  • LETRA C

     

  • sujeito indeterminado => Vem na 3ª Pessoa do Plural ou na 3ª Pessoa do Singular + Se

  • C

     

  • GABARITO LETRA C

    Pronomes indefinidos: São palavras que referem-se à terceira pessoa do discurso, dando lhe sentido impreciso. Ou expressam quantidade indeterminada.

     

    NADA - pronome indefinido invariável (refere-se a coisas)

     

    Nada compromete mais o estilo do que o uso de expressões batidas”.  = Quem compromete?O que é que compromete? Nada. Logo, nada é o sujeito determinado simples da frase.

     

     

     

     

     

  • Empregado na 3ª pessoa do discurso, o próprio nome já indica que os pronomes indefinidos substituem ou acompanham o substantivo de maneira vaga ou imprecisa.

    Letra c.


ID
1282183
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Osasco - SP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Dificuldades no combate à dengue

A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura.

As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece.

(Saúde Uol)

O texto emprega a forma do demonstrativo “este” em “Só este ano...” para referir-se a um período atual de tempo.

Esse emprego se repete em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

    Pronomes Demonstrativos

     Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

    No espaço:

    Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.

    Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.

    Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.

    Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro localiza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade.


    http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf48.php
  • tbm fui na letra B samara, mas o gaba é letra E, alguem sabe o porquê? obg!

  • "este" fazendo referencia ao momento.

  • Adriana,


    Também marquei letra B, mas, analisando melhor, a letra B tem a ideia de "espaço": este casaco (aqui). Já a letra E fala em momento temporal: este momento em um espaço de tempo. Assim, está da mesma forma do texto que também indica tempo: este ano... durante esse ano

    Não sei se ficou claro. Espero ter ajudado ;-)

  • Adriane, faz sentido seu pensamento. Também marquei a letra B.

  • A alternativa (E) é a resposta.

  • A FVG adora questões sobre  a função endofórica (dentro do texto - anáfora e catáfora) e exofórica/dêiticos (fora do texto - temporal e espacial) dos pronomes. Na questão, é citado um caso de dêitico temporal - ESTE -: "...este ano...". A mesma função será observada na letra E: "Este momento..."

    Já na letra B, o pronome "Este" tem função endofórica catafórica, ou seja, o elemento a que ele se refere identifica-se no próprio texto, porém, depois do pronome: "Este casaco..."


  • Na B o emprego da palavra é para atuar como pronome demonstrativo, enquanto que na E e no exemplo da questão atua como parte da locução adverbial de tempo atual.
    Gabarito: E

  • e) “Este momento me traz preocupações.”

  • Notem que quando ele fala "Só este ano..." o pronome "Este" está se referindo ao presente ano, não ao ano PASSADO ou ano FUTURO, logo temos que achar dentre as assertivas um pronome que tenha a mesma função sintática(que nesse caso é o do TEMPO).

    e) “Este momento me traz preocupações.” (não é  foi oque trouxe preocupações a ele -passado- ou oque vai trazer - futuro- e sim oque TRAZ -presente.


  • Anafórico – (ESSE, AQUELE, QUE) faz referência a um termo anterior.


    Farei duas provas em agosto, a do ICMS-RJ e a do ICMS-SP. Prefiro passar naquela a nesta, pois moro no Rio de Janeiro.

    Ainda não li o texto que ele escreveu


    Catafórico – (ISTO, CUJO) se refere a um termo que ainda será explicitado.


    Nosso objetivo é este: passar em um bom concurso.


    Dêitico – (exofórica) se refere a algo fora do texto.


    Responsável por localizar algo no tempo ou no espaço.

    Exemplo: 

    - Aqui está muito frio. (Onde eu estou? Não sei! Só sei que estava frio no lugar em que você escreveu o texto)

    - Na semana que vem, comprarei alguns livros.

    Vocês terão uma semana para ler a frase com seu sentido original. A partir da próxima semana, a frase correta será: 

    - Diego escreveu que compraria alguns livros na semana seguinte.

    Essa é a minha irmã: minha irmã está ao seu lado.

    Esta é a minha irmã: minha irmã está ao meu lado.

    Aquela é a minha irmã: minha irmã não está ao meu lado, muito menos ao seu. Ela está longe de mim e longe de você.

  • Segundo minha análise: 

    a) Espaço 

    b) Espaço

    c) Texto

    d) Espaço

    e) Tempo


  • Fui pela lógica do tempo


ID
1299211
Banca
FGV
Órgão
TJ-AM
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                Muito além do ridículo (fragmento)

     "Certa vez, ante o espanto da opinião pública com a violência de uma rebelião de presos, o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu-se com esta: espantoso, mesmo, é que os detentos enjaulados em condições subumanas não estejam realizando mais motins pelo país afora.

     Lins era um humanista por excelência e sempre achou equivocada a política penitenciária. Não havia ironia no que disse. Com mais de 500 mil presos, o sistema atual tem capacidade para receber pouco mais de 300 mil. O que sobra fica amontoado em celas fétidas, sujeito à disseminação de doenças e, o que é pior, a mais violência. Como é possível imaginar que um ser humano se adapte a tais condições?

     Do outro lado dos muros das prisões, uma sociedade acuada pela escalada da violência urbana prefere imaginar que lugar de bandido é na cadeia, deixando o Estado à vontade para varrer a sujeira tapete abaixo. Construir presídios e dar tratamento digno ao preso não rendem votos. Punir, sim.

     Daí porque se discute tanto um novo Código Penal, como se fossem frouxas as 117 leis penais especiais e os 1.170 crimes tipificados de que dispomos. Inclusive trazendo de volta a ideia da maioridade penal, que na prática significa transformar menino em delinquente e sujeitá-lo à crueldade das prisões. Nada mais autoritário. O que a juventude precisa é de amparo, de oportunidade, de educação, e não de medidas que visem a puni-la.

     A sociedade não pode virar as costas ao drama dos presídios".

                                                                                                      (Marcus Vinicius Furtado)

"...o memorável jurista Evandro Lins e Silva saiu-se com esta: ..."; o emprego da forma do demonstrativo sublinhada

Alternativas
Comentários
  • Esse é um dos temas que a FGV adora. Pronomes anafóricos e catafóricos:

    - Pronomes anafóricos: São aqueles que estabelecem uma referência dependente com um termo antecedente. É um termo que retoma outro anteriormente dito, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente. 

    Ex: "Maria é uma moça tão bonita que assusta. Essa sua beleza tem um quê de mistério". O pronome essa retoma a "beleza" de Maria. 

    DICA: Anafórico --> anterior, antes.

    - Pronomes catafóricos: Fazem referência a um termo subsequente, posterior. É o caso da questão: Evandro Lins e Silva saiu com esta: espantoso mesmo é que os detentos (...)". O pronome "esta" faz um prenuncio do que que foi dito pelo jurista. 

    Gabarito, letra B.

  • "Muito além do ridículo" é esse texto, de um autor banal. E é isso que temos que aturar em concursos.

  • Não precisa nem ler o texto


ID
1314838
Banca
IESES
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     A PERSISTIR O PEDANTISMO, O LINGUISTA DEVERÁ SER CONSULTADO


Por Aldo Bizzocchi Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/a-persistir-o-pedantismo-o-linguista-devera-ser-consultado-313578-1.asp Acesso em 24 ago 2014.

   Onde há excesso de leis,em geral há falta de educação. Por exemplo, a lei que reserva um dos assentos do transporte público a idosos e deficientes só existe porque o brasileiro, via de regra, não cede espontaneamente seu lugar a uma pessoa necessitada. Em países com maior espírito de civilidade, esse tipo de regulamentação é desnecessário.
   É por termos o mau hábito da automedicação que o governo instituiu a obrigatoriedade de os anúncios de medicamentos trazerem o alerta “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. O problema é que essa lei, nascida da cabeça de algum parlamentar com formação bacharelesca (como grande parte de nossos políticos) e nenhuma sintonia com o povo (como a quase totalidade deles) obriga a propaganda a trazer uma mensagem que, embora destinada sobretudo às pessoas mais humildes (justamente as que, pela precariedade do serviço público de saúde, mais se automedicam), utiliza um linguajar incompreensível pelo vulgo.
   “A persistirem” é construção infinitiva pessoal equivalente ao gerúndio “persistindo”, forma esta um pouco mais corrente nos dias de hoje. Mesmo assim, “persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado” ainda é bastante rebuscado, já que o gerúndio, no caso, oculta uma oração condicional: “se os sintomas persistirem...” (é a chamada oração subordinada reduzida de gerúndio). Alguns comerciais até empregam, provavelmente à revelia da lei, “se persistirem os sintomas”, formulação que, embora mais transparente, ainda peca pela inversão entre sujeito e predicado.
   E quanto à oração principal? Em lugar da voz passiva de “o médico deverá ser consultado”, iria muito melhor aí a voz ativa (“deve-se consultar o médico”) ou - a mais feliz das soluções em se tratando de comunicação com o público – o uso do imperativo: “consulte o médico”.
   Em resumo, não fosse o pedantismo com que os nossos legisladores empregam a língua, como se erudição fosse índice de competência ou honestidade, eríamos um aviso muito mais simples, direto e acessível à massa: “Se os sintomas persistirem, (ou “continuarem”, ou “não passarem”), consulte o médico”.
   O mesmo vício se encontra naquele famoso aviso presente em todos os elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Se era para ser pedante, por que não redigiram logo algo como “Antes de adentrar o elevador, certifique-se de que o mesmo encontra-se parado no presente andar”?
   Tivesse esse aviso sido escrito por um publicitário ou marqueteiro, certamente teríamos algo simples e sucinto como “Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar”. E também teríamos nos livrado da péssima colocação pronominal “encontra-se” no lugar de “se encontra” (em orações subordinadas, só se usa próclise). Isto é, além de pedante, esse aviso peca pela hipercorreção.

   Também nos elevadores, há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas por raça, cor, credo, condição social, doença não contagiosa, etc. Só que o aviso, uma mera transcrição do texto legal, não diz “é proibido”, diz “é vedado”. Ora, a maioria das pessoas sujeitas a sofrer os tipos de discriminação elencados nessa lei certamente não sabe o que significa “vedado” (talvez os pintores de paredes pensem na vedação contra umidade). Tampouco saberiam o que é “porte e presença de doença não contagiosa por convívio social”. E assim vamos levando a vida neste país em que falta educação, civilidade e urbanidade, mas abundam leis e sobram (ou melhor, sobejam) políticos bem-falantes e mal-intencionados.

Aldo Bizzocchi
é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br

A palavra “esse” destacada no penúltimo parágrafo retoma qual aviso? Assinale a correta.

Alternativas
Comentários
  • Resposta bem simples, basta localizar a primeira vez que o aviso a que se refere o enunciado da questão aparece no texto, que é exatamente no 6º parágrafo, senão vejamos:


    'O mesmo vício se encontra naquele famoso aviso presente em todos os elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Se era para ser pedante, por que não redigiram logo algo como “Antes de adentrar o elevador, certifique-se de que o mesmo encontra-se parado no presente andar”? (...)'


    Logo, a primeira frase atribuída ao aviso a que se refere a questão é a frase da Letra C, que é a resposta da questão (as outras seriam apenas situações hipotéticas de como poderia a mesma ter sido redigida de uma forma mais correta).


    Espero ter ajudado. Bons estudos! :)

  • Gab: C.

    Só um complemento...

    Esse= alguém ou algo sobre quem se fala está longe.

    Este= alguém ou algo sobre quem se fala está perto.



    Treine com exaustão até a perfeição.




  • Nessa questão fiquei meio na dúvida, mas acabei optando pela alternativa C.


ID
1330057
Banca
FMP Concursos
Órgão
PROCEMPA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                 Cair do cavalo 


    Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado. 

    Se as tijoladas do destino são mais a regra do que a exceção, deveríamos estar mais preparados para lidar com doenças, separações, mortes, problemas de dinheiro, frustrações em geral – mas o fato é que nunca estamos. Somos comovedoramente ingênuos e distraídos, pelo menos até o primeiro grande tombo.

    De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.) 

    O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo – concreta e metaforicamente – e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito – o “como viver” do título. 

    Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena. 


                                                                                   LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 

                                                                                                                              7 de abril de 2012, p. 2.

Considere as afirmativas abaixo. 

 
I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.
II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.
III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.
IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático. 
 
Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • tudo correto.

    No item 2, é considerado preciso dizer que uma oração tem função de adjunto adverbial quando for subordinada adverbial. No caso especficado, é adverbial temporal


ID
1330567
Banca
IESES
Órgão
TRT - 14ª Região (RO e AC)
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A PERSISTIR O PEDANTISMO, O LINGUISTA DEVERÁ SER CONSULTADO

Por Aldo Bizzocchi

Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/a- persistir-o-pedantismo-o-linguista-devera-ser-consultado-313578-1.asp Acesso em 24 ago 2014.


Onde há excesso de leis, em geral há falta de educação. Por exemplo, a lei que reserva um dos assentos do transporte público a idosos e deficientes só existe porque o brasileiro, via de regra, não cede espontaneamente seu lugar a uma pessoa necessitada. Em países com maior espírito de civilidade, esse tipo de regulamentação é desnecessário.

É por termos o mau hábito da automedicação que o governo instituiu a obrigatoriedade de os anúncios de medicamentos trazerem o alerta “A persistirem os sintomas, o médico deverá ser consultado”. O problema é que essa lei, nascida da cabeça de algum parlamentar com formação bacharelesca (como grande parte de nossos políticos) e nenhuma sintonia com o povo (como a quase totalidade deles) obriga a propaganda a trazer uma mensagem que, embora destinada sobretudo às pessoas mais humildes (justamente as que, pela precariedade do serviço público de saúde, mais se automedicam), utiliza um linguajar incompreensível pelo vulgo.

A persistirem” é construção infinitiva pessoal equivalente ao gerúndio “persistindo”, forma esta um pouco mais corrente nos dias de hoje. Mesmo assim, “persistindo os sintomas, o médico deverá ser consultado” ainda é bastante rebuscado, já que o gerúndio, no caso, oculta uma oração condicional: “se os sintomas persistirem...” (é a chamada oração subordinada reduzida de gerúndio). Alguns comerciais até empregam, provavelmente à revelia da lei, “se persistirem os sintomas”, formulação que, embora mais transparente, ainda peca pela inversão entre sujeito e predicado.

E quanto à oração principal? Em lugar da voz passiva de “o médico deverá ser consultado”, iria muito melhor aí a voz ativa (“deve-se consultar o médico”) ou - a mais feliz das soluções em se tratando de comunicação com o público - o uso do imperativo: “consulte o médico”.

Em resumo, não fosse o pedantismo com que os nossos legisladores empregam a língua, como se erudição fosse índice de competência ou honestidade, teríamos um aviso muito mais simples, direto e acessível à massa: “Se os sintomas persistirem, (ou “continuarem”, ou “não passarem”), consulte o médico”.

O mesmo vício se encontra naquele famoso aviso presente em todos os elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. Se era para ser pedante, por que não redigiram logo algo como “Antes de adentrar o elevador, certifique-se de que o mesmo encontra-se parado no presente andar”?

Tivesse esse aviso sido escrito por um publicitário ou marqueteiro, certamente teríamos algo simples e sucinto como “Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar”. E também teríamos nos livrado da péssima colocação pronominal “encontra-se” no lugar de “se encontra” (em orações subordinadas, só se usa próclise). Isto é, além de pedante, esse aviso peca pela hipercorreção.

Também nos elevadores, há o aviso de que é proibida a discriminação de pessoas por raça, cor, credo, condição social, doença não contagiosa, etc. Só que o aviso, uma mera transcrição do texto legal, não diz “é proibido”, diz “é vedado”. Ora, a maioria das pessoas sujeitas a sofrer os tipos de discriminação elencados nessa lei certamente não sabe o que significa “vedado” (talvez os pintores de paredes pensem na vedação contra umidade). Tampouco saberiam o que é “porte e presença de doença não contagiosa por convívio social”. E assim vamos levando a vida neste país em que falta educação, civilidade e urbanidade, mas abundam leis e sobram (ou melhor, sobejam) políticos bem-falantes e mal-intencionados.

Aldo Bizzocchi é doutor em Linguística pela USP, com pós-doutorado pela UERJ, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena). www.aldobizzocchi.com.br.

A palavra “esse” destacada no penúltimo parágrafo retoma qual aviso? Assinale a correta.

Alternativas
Comentários
  • O pronome demonstrativo esse em relação ao texto refere-se à : "Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”.

  • Gabarito: Letra B

    " O mesmo vício se encontra naquele famoso aviso presente em todos os elevadores: “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo encontra-se parado neste andar”. [...]" 


    " Tivesse esse aviso sido escrito por um publicitário ou marqueteiro [...] Isto é, além de pedante, esse aviso peca pela hipercorreção. "


  • Deve-se levar em conta também, além do contexto a proximidade do termo, no caso o "esse" estabelece relação com o aviso mais distante.


ID
1332580
Banca
FMP Concursos
Órgão
PROCEMPA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Considere as afirmativas abaixo.

I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.

II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.

III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.

IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático. Quais estão corretas?

Alternativas
Comentários
  • GABARITO (D) I, II, III, IV

    ----------------------

    CERTO (I) "(...) já não há dúvida de que ", a palavra "que" é uma conjunção integrante, portanto o que se segue é um complemento nominal da palavra "dúvida" (que é objeto direto do verbo "ver");

    CERTO (II) "(...)que acontece quando estamos (...)". De fato é um advérbio de tempo, até porque está modificando o verbo "acontecer".

    CERTO (III) "(...) determinante para tudo o que ele viria a produzir (...)". Veja que podemos substituir a expressão "o que" por "aquilo", um pronome demonstrativo natural.

    CERTO (IV)

    • 1) "No segmento Muitos sentem a necessidade de ¹extrair sentido do sofrimento, (...)"
    • 2) "(...) ²atribuindo algum propósito à experiência (...)"; e
    • 3) "(...) ²propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente(...)".

    Nas orações reduzidas não apresentam conjunção nem pronome relativo, estando em três formas nominais: no infinitivo (¹extrair); no gerúndio (²atribuindo e ²propoondo); ou no particípio (-ado ou -ido).

    E sim, as duas últimas exemplificam uma situação de paralelismo sintático, pois apresentam igual valor sintático, de continuidade.

    -------------------

    Boa sorte e bons estudos.


ID
1333702
Banca
FMP Concursos
Órgão
PROCEMPA
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cair do cavalo

Todo mundo um dia cai do cavalo, alguns literalmente inclusive. Cair do cavalo é perder o equilíbrio e o movimento ao mesmo tempo. É bater com toda a força no chão e em seguida ficar prostrado, incapaz de planejar o próximo movimento. Cair do cavalo dói não apenas pelo impacto em si, mas porque nos arranca do conforto da rotina. Paranoicos, hipocondríacos, precavidos, todo mundo cai do cavalo do mesmo jeito, ou seja, sem aviso prévio. E ninguém consegue evitar a perplexidade e a indignação ao verificar, na própria pele, um dos fatos mais banais da existência: coisas dão errado.

De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. Alguns naufragam na autopiedade, outros veem suas forças exauridas pelo próprio esforço de enfrentar a tormenta. Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: sofri, mas aprendi. (Foi o caso, por exemplo, de Reynaldo Gianecchini, que em todas as entrevistas depois do fim do tratamento do câncer fez questão de falar sobre o lado transcendente da doença.) Há aqueles, porém, em que o sofrimento apenas acentua traços de personalidade que já existiam: o egoísta torna-se intratável, o tímido recolhe-se ainda mais, o extrovertido abusa da grandiloquência. (Lula, na primeira grande entrevista depois do fim do tratamento, falou da doença com a mesma ênfase barroca que usa para florear todos os assuntos, da economia internacional às derrotas do Corinthians: “Se eu perdesse a voz, estaria morto” ou “Estava recebendo uma Hiroshima dentro de mim”.)

O ensaísta francês Michel de Montaigne (1533-1592) também caiu do cavalo - concreta e metaforicamente - e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois. A tese é apresentada na deliciosa biografia do filósofo lançada há pouco no Brasil: Como Viver - Uma biografia em uma pergunta e vinte tentativas de respostas, da escritora inglesa Sarah Bakewell. O acidente quase fatal, sustenta a autora, ajudou Montaigne a desencanar das preocupações com o futuro e prestar mais atenção no presente e nele mesmo. Seus magníficos Ensaios, escritos nos 20 anos seguintes ao acidente, nada mais são do que a tentativa de ficar alerta às próprias sensações e experiências e buscar a paz de espírito - o “como viver” do título.

Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos, e nossa atenção tem que estar o tempo todo sendo reorientada para onde ela deveria estar: aqui e agora. Cair do cavalo pode ser inevitável, mas prestar atenção na paisagem é o que faz o passeio valer a pena.

LAITANO, Claudia. In: Zero Hora, Porto Alegre, 7 de abril de 2012, p. 2

Considere as afirmativas abaixo.

I) No período De volta à terra firme, quando já não há dúvida de que, enfim, sobrevivemos, cada pessoa elabora o sofrimento da forma que pode e sabe. há uma oração que está na função de complemento nominal.

II) No segmento Para Montaigne, a vida é aquilo que acontece quando estamos fazendo outros planos há uma oração que está na função de adjunto adverbial de tempo.

III) No segmento e essa experiência foi determinante para tudo o que ele viria a produzir depois a última oração tem como termo antecedente um pronome demonstrativo.

IV) No segmento Muitos sentem a necessidade de extrair sentido do sofrimento, atribuindo algum propósito à experiência e propondo a si mesmos uma espécie de jogo do (des)contente: há três orações reduzidas, e duas delas exemplificam uma situação de paralelismo sintático.

Alternativas

ID
1334956
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - NAUFRÁGIO IMINENTE

Luís Garcia, O Globo, 20/03/2012

É da natureza dos partidos políticos divergirem uns dos outros. O que não indica má índole ou alguma espécie de incompatibilidade congênita, simplesmente, isso acontece porque todos eles buscam o poder - e também acontece que o poder não dá para todos.

Nada é mais natural e até saudável, portanto, que cada um defenda seus interesses e suas ambições baixando o porrete, verbalmente, é claro, nas costas dos demais.

Às vezes, no entanto, eles se juntam na busca de algum objetivo comum. É o que está acontecendo agora. Todas as legendas que compõem o cenário político estão unidas na perseguição de um objetivo comum: derrubar uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

O TSE decidiu, por quatro votos contra três, que, nas eleições deste ano, o registro das candidaturas dependerá da aprovação das contas da campanha de 2010. Não parece ser exigência descabida. Contas não aprovadas são prova óbvia de malandragem ou incompetência - com óbvia tendência, dirão cidadãos mais espertos ou de melhor memória, de mais casos da primeira hipótese.

É preciso registrar que a exigência de ficha limpa está limitada às eleições de dois anos atrás. Provavelmente, os ministros, por bondade de seus corações ou simplesmente por bom-senso, consideraram que poucas legendas - ou, quem sabe, nenhuma delas - sobreviveria a uma inquirição mais ampla.

Note-se, com alguma tristeza - mas talvez sem surpresa -, que estamos diante de uma atitude rara, se não for absolutamente inédita: qual foi mesmo a última vez que todos os partidos políticos brasileiros uniram-se na defesa de uma causa?

É também curioso e lamentável que a iniciativa dos partidos entre em choque com uma exigência que nasceu de um raríssimo - se não tiver sido inédito - movimento de origem popular (ou seja, sem qualquer ligação com políticos e seus partidos), a campanha da Ficha Limpa. E também não há demérito para o TSE numa associação de sua exigência de contas limpas com aquela recente, mas já histórica, campanha popular.

No fim das contas, os partidos, unidos como talvez jamais tenha acontecido antes - pelo menos na discussão de questão intrinsecamente política -, estão remando contra a correnteza duplamente: enfrentam tanto a vontade expressa da opinião pública como uma decisão explícita da Justiça Eleitoral. Um naufrágio parece tão iminente quanto indispensável.

No primeiro parágrafo do texto, o pronome demons- trativo isso se refere a:

Alternativas
Comentários
  • gab. B


    É da natureza dos partidos políticos divergirem uns dos outros. O que não indica má índole ou alguma espécie de incompatibilidade congênita,(...), isso acontece porque todos eles buscam o poder 
  • Não entendi.

  • Isso, em geral,  é um pronome demonstrativo que retoma algum termo. No texto ele retoma "divergirem uns dos outros".  

    Vamos tentar fazer com as  possibilidades:
    --> É da natureza dos partidos políticos... isso acontece porque... (deu para conseguir dar lógica na retomada? Não!)
    --> divergirem uns dos outros. ... isso acontece porque... (deu para conseguir dar lógica na retomada? Sim!)
    --> O que não indica má índole ou alguma espécie de incompatibilidade congênita. (Essas alternativas não podem ser pq no texto diz que não há e nas alternativas dizem que há!!) Isso é uma contradição!!!!
    --> isso acontece porque todos eles buscam o poder (não há retomada!!)


  • O pronome "Isso" refere-se a um passado próximo. E "isso" demonstra que os "políticos divergirem uns dos outros..." explicitando a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto.


ID
1334977
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO - NAUFRÁGIO IMINENTE

Luís Garcia, O Globo, 20/03/2012

É da natureza dos partidos políticos divergirem uns dos outros. O que não indica má índole ou alguma espécie de incompatibilidade congênita, simplesmente, isso acontece porque todos eles buscam o poder - e também acontece que o poder não dá para todos.

Nada é mais natural e até saudável, portanto, que cada um defenda seus interesses e suas ambições baixando o porrete, verbalmente, é claro, nas costas dos demais.

Às vezes, no entanto, eles se juntam na busca de algum objetivo comum. É o que está acontecendo agora. Todas as legendas que compõem o cenário político estão unidas na perseguição de um objetivo comum: derrubar uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral.

O TSE decidiu, por quatro votos contra três, que, nas eleições deste ano, o registro das candidaturas dependerá da aprovação das contas da campanha de 2010. Não parece ser exigência descabida. Contas não aprovadas são prova óbvia de malandragem ou incompetência - com óbvia tendência, dirão cidadãos mais espertos ou de melhor memória, de mais casos da primeira hipótese.

É preciso registrar que a exigência de ficha limpa está limitada às eleições de dois anos atrás. Provavelmente, os ministros, por bondade de seus corações ou simplesmente por bom-senso, consideraram que poucas legendas - ou, quem sabe, nenhuma delas - sobreviveria a uma inquirição mais ampla.

Note-se, com alguma tristeza - mas talvez sem surpresa -, que estamos diante de uma atitude rara, se não for absolutamente inédita: qual foi mesmo a última vez que todos os partidos políticos brasileiros uniram-se na defesa de uma causa?

É também curioso e lamentável que a iniciativa dos partidos entre em choque com uma exigência que nasceu de um raríssimo - se não tiver sido inédito - movimento de origem popular (ou seja, sem qualquer ligação com políticos e seus partidos), a campanha da Ficha Limpa. E também não há demérito para o TSE numa associação de sua exigência de contas limpas com aquela recente, mas já histórica, campanha popular.

No fim das contas, os partidos, unidos como talvez jamais tenha acontecido antes - pelo menos na discussão de questão intrinsecamente política -, estão remando contra a correnteza duplamente: enfrentam tanto a vontade expressa da opinião pública como uma decisão explícita da Justiça Eleitoral. Um naufrágio parece tão iminente quanto indispensável.

“Contas não aprovadas são prova óbvia de malandragem ou incompetência – com óbvia tendência, dirão cidadãos mais espertos ou de melhor memória, de mais casos da primeira hipótese”. Se fosse empregado um pronome demonstrativo em lugar do termo sublinhado, sua forma adequada seria:

Alternativas
Comentários
  • Faltou o termo sublinhado...banca 10 !!!


ID
1339708
Banca
FUNCAB
Órgão
MDA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco” . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo” , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
      Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbell’s. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: “Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí?” Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
     Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de "selfies" . O casal Luciano Huck-Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco apropriou-se do gesto genial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo” e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
      ''Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados” , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas”
     Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadai em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies” , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida” . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem”.

AQUINO, Ruth de. Rev. Época: 05 maio 2014


No enunciado seguinte, observa-se a repetição dos antropônimos "Daniel" e "Neymar"

      “A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: ‘[...] #somostodosmacacos e daí?’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel.” (§ 2)

      Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários):

Alternativas
Comentários
  • “A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Este escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: ‘[...] #somostodosmacacos e daí?’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade daquele."

  • Item correto, letra D

    No caso apresentado no texto, foi utilizada a função distributiva

     dos pronomes demonstrativos "este e aquele".

    Emprego em relação ao discurso entre dois ou três fatos citados:

    o primeiro que foi citado: aquele
    o do meio: esse
    o último citado: este

    Função distributiva:
    este = 3° citado
    esse =  2° citado
    aquele = 1° citado


  • ESTE quando está próximo, ESSE quando está no meio, AQUELE quando está muito longe.


  • Letra D.

     

    Comentário:

     

    Como há referência a duas palavras em contraste, retomamos a última com “este” e a primeira com “aquele”.

     

    Assim, a repetição da palavra “Neymar” é desfeita com o pronome “Este” e a repetição da palavra “Daniel” pode ser desfeita

    com o pronome “aquele”. Veja:

     

    “A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Este

    escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio ‘[...] #somostodosmacacos e daí?’ Uma reação legítima, mas sem

    a maturidade daquele.” (§ 2)

     

     

    Assim, a alternativa correta é a (D).
    Gabarito: D

     

     

    Prof. Décio Terror


ID
1341163
Banca
IDECAN
Órgão
DETRAN-RO
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto  

                                        Retrato falado

    Uma das coisas que não entendo é retrato falado. Em filme policial americano, no retrato falado sai sempre a cara do criminoso, até o último cravo. Mas na vida real, que nada tem de filme americano, o retrato falado nunca tem o menor parentesco com a cara do cara que acaba sendo preso.

- Atenção. Aqui está um retrato falado do homem que estamos procurando. Foi feito de acordo com a descrição de dezessete testemunhas do crime. Decorem bem a sua fisionomia. Está decorada?
- Sim, senhor.
- Então, procurem exatamente o contrário deste retrato. Não podem errar.
 Imagino os problemas que não deve ter o artista encarregado dos retratos falados na polícia. Um homem sensível obrigado a conviver com a imprecisão de testemunhas e as rudezas da lei.
- O senhor mandou me chamar, delegado? 
- Mandei, Lúcio. É sobre o seu trabalho. Os seus últimos retratos falados...
- Eu sei, eu sei. É que estou numa fase de transição, entende? Deixei o hiper-realismo e estou experimentando com uma volta as formas orgânicas e...
- Eu compreendo, Lúcio. Mas da última vez que usamos um retrato falado seu, a turma prendeu um orelhão. 
O pior deve ser as testemunhas que não sabem descrever o que viram.
- O nariz era assim, um pouco, mais ou menos como seu, inspetor.
- E as sobrancelhas? As sobrancelhas são importantes.
- Sobrancelhas? Não sei... como as suas, inspetor.
- E os olhos? 
- Os olhos claros, como os...
- Já sei. Os meus. O queixo?
- Parecido com o seu.
- Inspetor, onde é que o senhor estava na noite do crime?
- Cala a boca e desenha, Lúcio. 
E há os indecisos.
- Era chinês.
- Ou era chinês ou tinha dormido mal.
E deve haver a testemunha literária!
- Nariz adunco, como de uma ave de rapina. A testa escondida pelos cabelos em desalinho. Pelos seus olhos, vez que outra, passava uma sombra como uma má lembrança. A boca de uma sensualidade agressiva mas ao mesmo tempo tímida, algo reticente nos cantos, com uma certa arrogância no lábio superior que o lábio inferior refutava e o queixo desmentia. Narinas vívidas, como as de um velho cavalo. Mais não posso dizer porque só o vi por dois segundos.
Os sucintos:
- Era o Charles Bronson com o nariz da Maria Alcina.
- Tipo Austregésilo de Athayde, mas com bigodes mexicanos.
- Uma miniatura de cachorro boxer, comandante da Varig e beque do Madureira.
- Bota aí: a testa do Jaguar, o nariz do Mitterrand, a boca do porteiro do antigo Fred's e o queixo da Virgínia Woolf. Uma orelha da Jaqueline Kennedy e a outra, estranhamente, do neto do Getty.
- A Emilinha Borba de barba depois de um mal voo na ponte aérea com o Nélson Ned. E há as surpresas.
- Bom, era um cara comum. Sei lá. Nariz reto, boca do tamanho médio, sem bigode. Ah, e um olho só, bem no meio da testa.
O ciclope ataca outra vez! 
Experimente você dar as características para o retrato falado de alguém.
- Os olhos de Sandra Brea. Um pouco menos sobrancelha. O nariz de Claire Bloom de 15 anos atrás. A boca de Cláudia Cardinale. O queixo da Elizabeth Savala. Um seio de Laura Antonelli e outro da Sydne Rome. As pernas da Jane Fonda.
- Feito. Mas quem é essa?
- Não sei, mas se encontrarem, tragam-na para mim depressa. E vival

(Luis Fernando Veríssimo. Retrato falado. In: PINTO, Manuel da Costa. Crônica brasileira contemporânea. São Paulo: Salamandra, 2008.)

Releia os seguintes trechos da crônica.

I. "Aqui está um retrato falado do homem que estamos procurando." (29°§ )

II. "[...] procurem exatamente o contrário deste retrato." (49°§ )

Sobre as palavras destacadas, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  • Que - pronome relativo que retoma o substantivo homem.

    Deste - pronome demonstrativo

  • E qual seria a função sintática?

  • Mesma classe gramatical: pronome

    Funções sintáticas diferentes: 

    que = conjunção explicativa, introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa  /    deste = adjunto adnominal 

  • QUE (pronome relativo), pois está relacionado a homem. EX. O home que...., o QUE pode ser substituído pelo O QUAL.


    DESTE ( pronome demonstrativo)

  • Denise, na verdade é uma conjunção reastritiva, introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva . Note que não há vírgulas .

  • QUE: PRONOME RELATIVO

    DESTE: PRONOME DEMONSTRATIVO

    OBS: mesma classe gramatical, mas funções sintaticas diferentes .

  • A função sintática é a de objeto direto no primeiro caso e complemento nominal no segundo. Veja: "Aqui está um retrato falado do homem que estamos procurando." ; O ''que'' liga a primeira oração à segunda oração e retoma ''Homem''. Substituindo o ''que'' por ''homem''e colocando a segunda oração na forma direta fica :'' Estamos procurando o homem'' repare que há um sujeito elíptico ''nós'' . Quem procura, procura algo ( o homem). Então, o ''Que'' nessa oração é objeto direto. Partindo pra segunda oração temos :'' procurem exatamente o contrário deste retrato'' ; o termo ''deste'', tem a função de complemento nominal,pois complementa o sentido do termo '' o contrário'' ( o contrário de algo) , ou seja, o contrário disso ( de + isso) . Concluindo : ambos os termos são pronomes, porém têm funções sintaticas diferentes ! gabarito letra C !

  • QUE- pronome relativo que se refere a termo anterior (anafórico). DESTE- pronome demostrativo que se refere a termo posterior (catafórico).
  • As duas pertencem à mesma classe gramatical (pronome), mas desempenham funções sintáticas diferentes (O “que” assume a classe de pronome relativo tem a função de ligar duas orações subordinadas e o “deste” é um pronome demonstrativo que se refere ao termo seguinte “retrato”).


ID
1342057
Banca
FUNCAB
Órgão
MDA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco”. O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo”, disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva,Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
      Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seríamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbell’s. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: “Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí?” Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
      Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “selfies”. O casal Luciano Huck-Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco apropriou-se do gesto genial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo” e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
     “Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados”, disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas”.
      Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadal em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies”, a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida”. Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal como bem”. 


......................................................................

AQUINO, Ruth de. Rev. Época : 05 maio 2014.



No enunciado seguinte, observa-se a repetição dos antropônimos “Daniel” e “Neymar”:

“ A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio ‘[...] #somostodosmacacos e daí?’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel.” (§ 2)

Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários):

Alternativas
Comentários
  • Emprego em relação ao discurso entre dois ou três fatos citados:

    o que foi citado primeiro: aquele;
    o do meio: esse;
    o que foi citado por último: este.

  • Item correto, letra "E"

    Complementando:

    Emprego de esteesse e aquele em relação a três termos:

    Este: indica o que se referiu por último.
    Esse: se refere ao penúltimo.
    Aquele: indica o que se mencionou em primeiro lugar.

    Ex: O velho, o índio e o negro são discriminados por motivos diversos: aquele, por ser improdutivo para a sociedade de consumo; esse, por ser considerado atrasado e preguiçoso;este, por não se ter libertado, ainda, do estigma da escravidão.


  • É só ver que, quanto à posição textual. "Este" retoma o último termo citado e "aquele" retoma o primeiro termo citado. Ambos, nesta perspectiva, são elementos anafóricos.

  • Este se referiu a Daniel  e aquele se referiu a Neymar, que foi citado primeiro.

  • Para fazer referência a dois elementos já citados na frase , usa-se ESTE para indicar o último elemento e usa-se AQUELE para indicar o primeiro elemento.

    Exemplo: Paulo e João são bons alunos, mas este é mais inteligente que aquele. ESTE= João      AQUELE= Paulo.

  • Mas porque não é a letra B, uma vez que Daniel foi citado primeiro (Aquele) e Neymar por último (Este). Nessa sequência, teríamos Aquele e Este não o contrário. (B - Aquele-este / E- Este-aquele)

  • José Chagas, a B está errada devido ao uso dos pronomes demonstrativos ser em função da proximidade dos nomes na frase. Usa-se "este" para indicar o nome mais próximo a que se refere (que no caso seria "neymar"), e "aquele" para o nome mais distante ("daniel"), e não em ordem de ocorrência.


    Espero ter ajudado :)

  • GABARITO E

    Os pronomes este e aquele referem-se a elementos já mencionados na fala ou na escrita. Este indica o mais próximo; aquele, o mais distante.

    Este = indica como mais próximo o "Neymar".

    Aquele = indica como mais distante "Daniel".


ID
1342213
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O emprego do pronome “esse”, nos períodos abaixo, indica, respectivamente,

• Por gentileza, dê-me esse relógio que está aí em cima da mesa.
• Iremos ao salão de automóveis no próximo fim de semana, pois esse evento será especial.

Alternativas
Comentários
  • No primeiro momento, esse foi utilizado para referir-se a algo que estava próximo de quem ouve e longe de quem fala. No segundo momento, esse foi utilizado para referir-se a um tempo futuro próximo daquele em que a conversa ocorreu. 

    Este = Perto de que fala

    Esse = Perto de quem ouve e distante de quem fala

    Aquele = Distante de ambos

  • Questão questionável! Há duas duas respostas corretas, "b" e "e", senão vejamos:

    Por gentileza, dê-me esse relógio que está em cima da mesa. (Distanciamento espacial em relação à primeira pessoa do discurso, que é quem está falando, portanto "e" está correta!)

    Note: o termo "" já indica que o objeto está próximo de quem ouve, qual seja a segunda pessoa do discurso. Portanto, "b" também está correta.

    Isso é COPEVE, né?! Sempre com suas pérolas!

  • Clever, na frase ''dê-me esse relógio que está aí em cima da mesa.'', não deve-se subentender que o relógio está próximo de alguém. Apenas o objeto está em cima da mesa. Então, de acordo com a acertiva E, dizer que há um distanciamento espacial entre a primeira pessoa e o objeto, torna-se mais óbvio.

  • A segunda frase tem outra explicação, analisando o pronome no tempo e no texto, e não é a dada pela banca. 

    Isso, esse (s) e essa (s) [no espaço] - apontam para o que está perto do ouvinte. Ex: Esse material aí é meu.

    Isso, esse (s) e essa (s) [no tempo] - apontam passado não distante. Ex: Nesse domingo fui ao Maracanã.

    Isso, esse (s) e essa (s) [no texto] - Indicam uma informação que já apareceu no texto (retoma). Ex: "Dois" - Esse número é a dica do teste. 

    Fonte: Apostila da Prof Adriana Figueiredo. 

  • Quando se refere a tempo, o pronome "esse" indica um momento passado não distante. Ex.: Nesse domingo fui ao Maracanã (domingo passado). Já o pronome "este" aponta um momento presente ou futuro próximo. Ex: Estes dias têm sido agradáveis. / Esta viagem será maravilhosa.

     

    Há um erro na questão.

  • Acredito que nesta situação o pronome esse, foi utilizado apenas para demonstrar qual relógio, desconsiderando sua posição.

  • Questão mal elaborada. Acertei por ter sido levado a raciocinar que o pronome "aquele" indicaria distanciamento de todos e que não caberia dizer que o pronome "esse" exerceria essa função.

    Use os pronomes:

    ESSE - para indicar algo que esteja próximo do receptor da mensagem;

    ESTE - para indicar que o emissor da mensagem está próximo ao objeto. Exemplo: Esta caneta é bonita (emissor está segurando a caneta)

    AQUELE - todos estão distante do objeto.


ID
1343323
Banca
FUNCAB
Órgão
SEPLAG-MG
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O recente interesse na regulamentação da astrologia como profissão oferece a oportunidade de refletir sobre questões que vão desde as raízes históricas da ciência até a percepção, infelizmente muito popular, de seu dogmatismo. Preocupa-me, e imagino que a muitos dos colegas cientistas, a rotulação do cientista como um sujeito inflexível, bitolado, que só sabe pensar dentro dos preceitos da ciência. Ela vem justamente do desconhecimento sobre como funciona a ciência. Talvez esteja aqui a raiz de tanta confusão e desentendimento.

Longe dos cientistas achar que a ciência é o único modo de conhecer o mundo e as pessoas, ou que a ciência está sempre certa. Muito ao contrário, seria absurdo não dar lugar às artes, aos mitos e às religiões como instrumentos complementares de conhecimento, expressões de como o mundo é visto por pessoas e culturas muito diversas entre si.

Um mundo sem esse tipo de conhecimento não científico seria um mundo menor e, na minha opinião, insuportável. O que existe é uma distinção entre as várias formas de conhecimento, distinção baseada no método pertinente a cada uma delas. A confusão começa quando uma tenta entrar no território da outra, e os métodos passam a ser usados fora de seus contexto.

Essa caracterização da astrologia como não ciência não é devida ao dogmatismo dos cientistas. É importante lembrar que, para a ciência progredir, dúvida e erro são fundamentais. Teorias não nascem prontas, mas são refinadas com o passar do tempo, a partir da comparação constante com dados. Erros são consertados, e, aos poucos, chega-se a um resultado aceito pela comunidade científica.

A ciência pode ser apresentada como um modelo de democracia: não existe o dono da verdade, ao menos a longo prazo. (Modismos, claro, existem sempre.) Todos podem ter uma opinião, que será sujeita ao escrutínio dos colegas e provada ou não. E isso tudo ocorre independentemente de raça, religião ou ideologia. Portanto, se cientistas vão contra alguma coisa, eles não vão como donos da verdade, mas com o mesmo ceticismo que caracteriza a sua atitude com relação aos próprios colegas. Por outro lado, eles devem ir dispostos a mudar de opinião, caso as provas sejam irrefutáveis.

Será necessário definir a astrologia? Afinal, qualquer definição necessariame nte limita. Se popularidade é medida de importância, existem muito mais astrólogos do que astrônomos. Isso porque a astrologia lida com questões de relevância imediata na vida de cada um, tendo um papel emocional que a astronomia jamais poderia (ou deveria) suprir.

A astrologia está conosco há 4.000 anos e não irá embora. E nem acho que deveria. Ela faz parte da história das ideias, foi fundamental no desenvolvimento da astronomia e é testemunha da necessidade coletiva de conhecer melhor a nós mesmos e os que nos cercam. De minha parte, acho que viver com a dúvida pode ser muito mais difícil, mas é muito mais gratificante. Se erramos por não saber, ao menos aprendemos com os nossos erros e, com isso, crescemos como indivíduos. Afinal, nós somos produtos de nossas escolhas, inspiradas ou não pelos astros.

(GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 22 set. 2002)

A instrução de reescrita que, uma vez seguida, compromete o padrão culto da língua observado em:

“Portanto, é (ou deveria ser) inútil criticar a astrologia por ela não ser ciência, pois ela não é.”(§ 4)


encontra-se  na alternativa:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: B

    Aonde: A Que.

    Onde: Em Que.

    Iniciar com 'Aonde', na referida frase citada, COMPROMETERA O PADRÃO DA NORMA CULTA.


ID
1348564
Banca
FGV
Órgão
SUDENE-PE
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                     Por que é tão difícil entender?
      A  crise  que  o  país  atravessa  desde  a  eclosão  dos  primeiros protestos  contra  o  aumento  das passagens  de  ônibus  têm  três componentes articulados: 
      1  –  A  sociedade  quer  transporte,  saúde  e  educação de qualidade, pois ela paga caro por isso, por meio de impostos, e não recebe em troca serviços públicos à altura. Simples assim. A sociedade não pediu nas ruas reforma política, nem plebiscito para eliminar suplente de senador. 
      2 – A sociedade quer o fim da impunidade,pois está cansada de ver corruptos soltos debochando de quem é honesto, mesmo depois de condenados. Acrescentar o adjetivo hediondo à corrupção de pouco adianta se deputados e ministros continuam usando aviões da FAB para passear e se criminosos estão soltos, alguns até ocupando cargos de liderança ou participando de comissões no Congresso. 
      3  –  A  sociedade  quer  estabilidade  econômica:  para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal.
      Esses  problemas  não  são  de  agora,  nem responsabilidade exclusiva dos últimos governos. Mas o que se espera de quem está no poder é que compreenda que a melhor maneira de reconquistar o apoio perdido é dar respostas concretas e rápidas às demandas feitas nas ruas ( e não às questões que ninguém fez). 
(Adaptado. Luciano Trigo, O Globo, 11-7-2013) 

“A sociedade quer transporte, saúde  e  educação  de  qualidade, pois ela  paga  caro  por  isso...”; “em  última  análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo...”.   

Observando o emprego dos  demonstrativos sublinhados, podemos constatar, segundo o emprego no texto ,que 

Alternativas
Comentários
  • Tudo bem, a resposta é a letra "b", mas o FDP do autor do texto empregou o "este" de maneira errada. Corrijam-me, caso o errado seja eu.

  • Deveria ser "esse" Gustavo Matos?

  • Certíssimo, Gustavo! E a banca se aproveitou desse erro para fazer pegadinha na questão. Acabei errando, justamente por conhecer a regra de emprego desses pronomes.

  • letra b

    A sociedade quer transporte, saúde  e  educação  de  qualidade, pois ela  paga  caro  por isso...”; 

    A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo,

  • questão boa pra quem não conhece o emprego dos demonstrativos... :/

  •  A  sociedade  quer  estabilidade  econômica:  para a percepção do cidadão comum, os 20 centavos pesaram como mais um sinal de que a economia está saindo do controle. A percepção do aumento da inflação é crescente em todas as classes sociais; em última análise, este (INFLAÇÃO)  será o fator determinante dos rumos da crise a médio prazo, já que não há discurso ou propaganda que camufle a corrosão do poder de compra das pessoas, sobretudo daquelas recentemente incorporadas à economia formal. LETRA B. 

  • O pronome demonstrativo "isso" é empregado como elemento de coesão textual anafórico livre, retoma os referentes: transporte, saúde e educação. Até aí tranquilo.

     A grande pegadinha da questão está no uso do "ESTE" que tradicionalmente entendemos com valor catafórico (projeta); contudo o "este" sozinho, ou seja, desacompanhado de substantivo possui valor ANAFÓRICO. Trata-se de um exemplo  de uso do mecanismo linguístico FIXO . Assim você pode dizer:

    João saiu. Este é meu primo. 

    Marcos e João saíram. Este  (João - Anafórico fixo IMEDIATO)  é meu primo, aquele  ( Marcos - anafórico fixo MEDIATO)  meu amigo.

    Atenção: Se o ESTE vier acompanhado de substantivo, ele será elemento de coesão textual CATAFÓRICO adjunto (elemento de função adjetiva acompanhando núcleo substantivo).  Assim:

    João saiu. Este homem é meu primo. (está em desacordo com a norma culta)

    O correto seria:

    João saiu. Esse homem é meu primo. (ESSE + substantivo = valor anafórico)

     

    Vou falar deste assunto: coesão textual. (ESTE + substantivo = valor catafórico)

  • O certo seria esse no lugar de este?

  • Alternativa B

    "Este" e "isto" e seus derivados podem ser catafóricos e anafóricos; no contexto desse texto ela retoma termo anterior. 

    "isso" e seus derivados refere-se apenas a termos anteriores.

  • O correto seria esse, o este pode ate ser catafórico se acompanhado do aquele. Mas a FGV entende que tanto o Esse como Este podem ser catafóricos.

  • Gab B

    Creio que seja:

    esse se refere a termo anterior/último

    este se refere a termo penúltimo

    aquele se refere a termo antepenúltimo

    isso/este = anteriores

  • questão que PREJUDICA quem ESTUDA E CONHECE AS REGRAS!!!!

    o comentario do Enersto explica, mas que excessão mais fdp.....

  • PMCE, ESTOU CHEGANDO!!!

  • Mesmo sabendo que via de regra "este,esta,isto" não fazem referência à anáfora, fui pela assertiva mais coerente entre as outras.


ID
1352458
Banca
FUNCAB
Órgão
MDA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

     No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco” . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo” , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
     Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbells. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: "Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí? ’’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
     Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “ selfies " . O casal Luciano Huck -Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado o de macaco apropriou -se do gesto genial , por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo" e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
     “Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados” , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas” .
     Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadal em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies” , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida” . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem” .

AQUINO, Ruth de. Rev. Época: 05 maio 2014.

No enunciado seguinte, observa-se a repetição dos anatropônimos " Daniel" e " Neymar":

“A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: '[...] #somostodosmacacos e daí?' Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel.” (§ 2)

Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários):

Alternativas
Comentários
  • b-

    quando houver enumeracao de 2 nomes, 'este' corresponde ao citado por ultimo, enquanto que 'aquele' é o primeiro.


ID
1352599
Banca
FUNCAB
Órgão
MDA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco” . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo” , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
      Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbells. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: "Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí?’’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
      Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “ selfies". O casal Luciano Huck-Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco apropriou -se do gesto gen ial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo" e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
      “Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados” , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas”
      Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadai em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies” , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida” . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem”

 AQUINO, Ruth de. Rev. Êpoca: 05 maio 2014.



No enunciado seguinte, observa-se a repetição dos anatropônimos " Daniel" e " Neymar":

“A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: '[...] #somostodosmacacos e daí?' Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel.” (§ 2)

Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários):

Alternativas

ID
1355764
Banca
CONSULPLAN
Órgão
MAPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Gerador de frases machistas

Campanha da ONU tenta mudar estereótipos femininos que se propagam em sistemas de buscas na internet.

Dessa os internautas de língua portuguesa escaparam por pouco. O órgão das Nações Unidas para a igualdade de gênero lançou campanha mundial em novembro deste 2013 contra o machismo entranhado nos sistemas de busca da internet. O preenchimento automático do Google sugere ao usuário uma lista dos termos mais procurados ligados aos termos digitados.

Ao digitar “women shouldn’t” (mulheres não devem) no campo de pesquisa, o publicitário Christopher Hunt (diretor de arte da agência Ogilvy & Mather, em Dubai, nos Emirados Árabes) percebeu que a ferramenta autocompletar frases sugeria construções como “mulheres não devem trabalhar”, “ter direitos”, “votar”, “falar na igreja”, “serem dignas de confiança” ou como “mulheres precisam ser disciplinadas”. A busca pela mesma expressão, com a palavra “homem” como sujeito, traz resultados bem diferentes: “homem não deve chorar”, “ser bonzinho” etc. 


 Em português, a expressão “mulheres não devem” não enumera sugestões sexistas ao Google, ao menos nas buscas mais populares no Brasil. Os estereótipos emergem, na verdade, quando o termo pesquisado é “mulherada”.

(Língua Portuguesa, Dez/2013.)

Os elementos de coesão são responsáveis pela clareza do texto. Ao iniciar o texto usando o pronome demonstrativo, é feita uma referência à

Alternativas
Comentários
  • Alternativa correta:

    d) situação tratada quanto ao “gerador de frases machistas”.

  • ótimo comentário ajudou muito


  • Se alguem puder ajudar... 

  • A letra c errada - A campanha não é para igualdade de gênero, e sim "contra o machismo entranhado nos sistemas de busca da internet."

  • o termo "DESSA" serve para referir-se a IDEIA anterior. No caso acima, os internautas escaparam do sistema de buscas de frases machistas, referido no título do texto.

  • Dessa os internautas de língua portuguesa escaparam por pouco:  d) situação tratada quanto ao  Gerador de frases machistas

     

     

  • "dessa" quem nao escapou fui eu!!!!

    não entendi até agora! 

    tô agarrado na letra C...

    quem puder complementar aí...

     

  • Dessa os internautas de língua portuguesa escaparam por pouco: ( de que os internaltas escaparam? )

    Resposta:

    "campanha mundial  contra o machismo entranhado nos sistemas de busca da internet"

     

    A letra mais provavel é a D

     

  • Até o final do segundo parágrafo é possível compreender que a resposta certa seria a c) porém ao ler o último parágrafo

    "Em português, a expressão “mulheres não devem” não enumera sugestões sexistas ao Google, ao menos nas buscas mais populares no Brasil. Os estereótipos emergem, na verdade, quando o termo pesquisado é “mulherada”. "

    fica claro que o sistema de busca em português não apresenta tal problema abordado pela Campanha, logo ele está livre da situação tratada em relação ao "gerador de frases machistas". 

    Portanto, não escapamos da campanha e sim da situaçao que a Campanha trata.

     

  • Respondi com a comprensão de texto e não com gramática.

  • Bom comentário Fernanda Villa, a conclusão ajuda muito em certas questões. 

  • Dessa vez, eu escapei das questões mal feitas, mal escritas da consuplan. haha

  • "A portugues desta banca é DESONESTO"

  • Só observando a tentativa de justificar o injustificável. Quero ver na prova!

  • Achei que eu fosse errar. Mas percebi que o texto diz que o google acaba se tornando um gerador de frases machistas. Porém, na língua portuguesa, essa mensagem específica "Women shouldn't" ou "Mulheres não devem" não tinha frases machistas. Segue:

     

    "O preenchimento automático do Google sugere ao usuário uma lista dos termos mais procurados ligados aos termos digitados."

    "Em português, a expressão “mulheres não devem” não enumera sugestões sexistas ao Google, ao menos nas buscas mais populares no Brasil. Os estereótipos emergem, na verdade, quando o termo pesquisado é “mulherada”. "

     

    Por isso, O Brasil escapou por pouco.

  • Essa deve ser a 18493ª questão dessa banca com texto falando de machismo... só hoje


ID
1358914
Banca
FGV
Órgão
MPE-MS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                  A Nova Praga

    Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim "arena". E, se qualquer pessoa sabe disso até por um instinto primário, é curioso, para usar um termo educado, como nossos locutores e comentaristas de futebol, debruçados sobre um gramado verde-verdinho, chamam-no de "arena", numa impropriedade gritante.

    Nero dava boas gargalhadas, num comportamento que já trazia latente a sua loucura final, quando via os cristãos lutando contra os leões na arena. Nesse caso, se havia rictus de loucura na face do imperador, pelo menos o termo era totalmente apropriado: o chão da luta dramática entre homem e fera era de areia. Está aí para prová-lo até hoje o Coliseu.

    (....) Mas - ora bolas! - , se o chão é de relva verdejante, é rigorosamente impróprio chamar de "arena" nossos campos de futebol, como fazem hoje. O diabo é que erros infelizmente costumam se espalhar como uma peste, e nem será exagero dizer que, neste caso, o equívoco vem sendo tão contagioso como a peste negra que, em números redondos, matou 50 milhões de pessoas na Europa e na Índia no século XIV. E os nossos pobres ouvidos têm sido obrigados a aturar os nossos profissionais que transmitem espetáculos esportivos se referirem à arena daqui, à arena de lá, à arena não sei de onde. Assim, já são dezenas de arenas por esse Brasilzão. O velho linguista e filólogo mineiro Aires da Mata Machado Filho (1909-1985), a cujo livro mais conhecido peço emprestado O título deste pequeno artigo, deve estar se revirando no túmulo diante da violência de tal impropriedade. O bom Aires era cego, ou quase isso, mas via como ninguém os crimes cometidos contra o idioma.

                                                                      (Marcos de Castro. www.observatoriodaimprensa.com.br)

"Não é preciso ter assistido nem à primeira aula de Latim - no tempo em que existia em nossas escolas essa disciplina, cuja ausência foi um desastre para o aprendizado da Língua Portuguesa - para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim 'arena'".

O comentário correto sobre um dos componentes desse segmento do texto é

Alternativas
Comentários
  • a) Que se refere a tempo

    b)  Essa se refere a algo no passado, para indicar o momento presente o certo seria "esta"

    c) Tem por antecedente "disciplina"

    d) Não indica algo repentino

    e) Gabarito

  • "arena"  faz parte de outro idioma?

  • Arena faz parte de outro idioma?? B está errada ??

  • De acordo com o Prof. Zambelli da casa do concurseiro, os pronomes demonstrativos - Esse, Essa, Isso, fazem referência a um PASSADO BREVE. Por isso, considero a B errada.

  • A palavra "arena", na acepção em que está empregada no texto, é estrangeira.

  • Pessoal,

    O pronome "essa" está sendo usado para retomar um termo antecedente: Latim. Não tem a ver, portanto, com o tempo em que a frase ocorre.


    Vejamos a seguinte explicação:

    Pelo nome parecem ser complicados, mas usar os pronomes anafóricos e catafóricos é mais fácil do que se imagina.

    O pronome anafórico se refere a algo que já foi dito.

    Passar em um concurso e comprar um carro. Esses são os meus objetivos de 2010.

    Viu? “Esses” se refere ao que está no período anterior.

    O pronome catafórico indica algo que será mencionado.

    Estes são os meus objetivos de 2010: passar em um concurso e comprar um carro.

    Percebeu a diferença? “Estes” se refere ao que está no final do período.


    Fonte: http://www.alo.com.br/blogs/?IdBlog=24&IdPost=3292


    Bons Estudos! ^^

  • a) o pronome relativo "que" - sublinhado no segmento - tem por antecedente o substantivo "Latim".

    Não.  O pronome relativo "que" faz referência ao termo "tempo".

    b) a forma do demonstrativo "essa" se justifica porque o autor se refere a algo que ocorre no momento presente.

    Item incorreto. O demonstrativo "essa", quanto à posição temporal, ou faz referência  ao tempo futuro ou ao passado relativamente próximo ao falante.

    c) o pronome relativo "cuja" tem por antecedente o substantivo "escolas".

    Item errado, pois cuja, no frase, refere-se ao termo "disciplina". Porque a ausência é da disciplina e não das escolas. 

    d) o substantivo "desastre" indica que o fato citado ocorreu repentinamente.

    Não. 

    Resposta correta é a letra "e".

  • Olha galera vou ver a explicação de vcs aqui pq o professor explica de uma maneira muito sucinta 


  • Excelente explicação a do Gabriel Monteiro.

  • Na letra "B" essa tem carater anafórico. Por isso, "essa disciplina"se refere a um termo anterior que é LATIM

  • esse professor não explica pora nenhuma!!!!!!!!!!

  • Esse professor expliocou oq mesmo.

  • Ele dá a resposta no texto, praticamente.  "...para saber que o étimo de nosso substantivo areia é o latim 'arena'".

  • Qconcursos, por favor, contratem o Jean Aquino, professor de português do Cejuris, o cara é muittttoooo bom no que ele faz. Fica essa dica ai!!

  • Questão muito tranquila para ser da banca FGV. gabarito letra E
  • Nem precisa ler o texto para responder!
  • E✓,pois se refere a uma palavra em latim.


ID
1371940
Banca
FGV
Órgão
TJ-RJ
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1 – BEM TRATADA, FAZ BEM

Sérgio Magalhães, O Globo

O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco?

Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. Este jornal, em uma série de reportagens, nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Surpreendentemente, houve entrevistado que opinou favoravelmente, valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa.

Ainda nestes dias, a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito.)

O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia, o emprego, o lazer. Como se vê, não faltam razões para o debate do tema.

Observe o emprego do demonstrativo “este” nos segmentos a seguir:

I – “O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória”;

II – “Este jornal, em uma série de reportagens,...”;

III – “... nestes dias, mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo”;

IV – “a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade”.

As frases acima que apresentam exatamente o mesmo motivo da utilização desse demonstrativo são:

Alternativas
Comentários
  • Alguém pode explicar essa questão?

  • Tb não fui capaz!

  • tambem naum entendi!

  • III e IV = referência anafórica próximo do receptor, tempo presente.

  • Usos do Esse

    O uso do pronome esse, em geral, é feito em três casos: quando um elemento está próximo a quem ouve, quando retomamos algo que já foi mencionado ou quando marcamos um tempo anterior ou posterior, mas que está próximo a nós.

    Exemplos de usos do esse

    Essa revista é minha. (indicando elemento próximo a quem ouve) Li todos os livros de Machado de Assis. Ainda hoje esses livros me surpreendem. ( pronome esse retoma os livros de Machado de Assis) Esse fim de semana foi bom. (indicando tempo anterior próximo)

    Usos do Este

    O pronome este, por sua vez, é usado nos seguintes casos: quando um elemento está próximo a quem fala, quando indicamos algo no tempo presente, quando indicamos algo que ainda será dito ou escrito, quando indicamos o local em que alguém está ou quando vamos indicar o termo mais próximo em uma oração.

    Exemplos de usos do este

    Peguei este livro. (indicando elemento próximo a quem fala) Este ano viajaremos. (indicando o ano presente) Meu sonho sempre foi este: conhecer a Europa. (indicando o que será dito sobre conhecer a Europa)
    EXEMPLO DA QUESTÃO  arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.”
    Este país não tem mais jeito. (indicando o local em que se vive)
    Tenho duas irmãs, Mariana e Julia. Esta é morena e aquela é loira. (indicando o termo mais próximo, o nome Júlia)


  • Catáfora: antecipa uma informação;

    Anáfora: retomada da ideia;

    Dêixis: informação que depende de algo fora do texto.

    Exemplo: o Bruxo do Cosme velho foi homenageado em nossa cidade. Machado de Assis merece essa homenagem (Agnaldo Martino).

    - O Bruxo do Cosme Velho -  antecipa a informação - Machado de Assis (Catáfora);

    - essa homenagem - retoma - foi homenageado (Anáfora);

    - nossa cidade - referência fora do texto (Dêixis).


    Alternativa 'd'.

  • A explicação é a seguinte:

    O uso dos pronomes demonstrativos, no caso "este" e suas derivações, podem indicar MARCAÇÃO TEMPORAL. Utilizamos da seguinte forma:

    1) Tempo presente em relação ao falante: este, esta e isto. Exemplo: ESTE ano pretendo mudar de residência. (é NESTE ano que quero me mudar).

    2) Tempo passado ou futuro próximo: essa, essa e isso. Exemplo: ESSES anos vindouros serão magníficos.

    3) Tempo muito distante em relação ao falante: aquela, aquele e aquilo. Exemplo: Naquela época eu praticava esporte.

    Vamos a aplicação:

    Resposta correta, como já dito nos comentários anteriores e confirmado pelo gabarito é a letra D. Por que?

    Item III: "nestes dias"... - são os dias atuais em relação ao autor do texto. Regra 1.

    Item IV: "desta geração..." - Veja primeiro o significado de geração: "Grupo de pessoas que convivem em determinada época" (http://www.dicionarioinformal.com.br/gera%C3%A7%C3%A3o/). Logo, o autor está se referindo à ATUAL geração; ESTA geração que ele, autor, presencia. Mesma regra do item III (regra 1).

    Justificativa das demais:

    Item I: "esta frase premonitória" - uso catafórico.

    Item II: "Este jornal" - Uso espacial (noção de espaço) ou referencial. Pode haver dois pontos de vista: o de que o jornal está próximo do autor ou o de que o jornal é a referência do assunto.

    Assim, somente a letra D encaixa-se, por ambas empregarem o pronome relativo pela mesma regra. 


  • I- ESTA frase-catáfora:( referência posterior): “O carro é o cigarro do futuro.”

    II- ESTE jornal - anáfora: (referência anterior) : O Globo

    III- nestes dias - referência  exofórica (dêitica): no momento em que o artigo foi escrito

    IV- desta geração - referência exofórica (dêitica): de uma geração fora do texto, que não tem referência anterior nem posterior.

    Tentei simplificar, não sei se ajudou! Bons estudos!

  • Emprego do pronome demonstrativo 
    a) Posição no espaço 
    I - este, esta, isto - o ser a que se refere esta próximo de quem fala (1ª pessoa) 
    II - esse , essa isso - o ser a que se refere esta próximo da pessoa com que se fala (2ª pessoa) 
    III - aquele, aquela, aquilo - a ser a que se refere está próximo da pessoa de que se fala (3ª pessoa) ou distante de todos. 
    b) Posição no tempo 
    I - este, esta, isto - tempo presente em relação ao falante 
    II - esse , essa isso - tempo passado relativamente próximo em relação ao falante 
    III - aquele, aquela, aquilo - tempo distante em relação ao falante 
    c) Posição no texto 
    I - este, esta, isto (catafórico) - anunciam algo que será dito 
    II - esse , essa isso (anafórico) - remetem a algo que já foi expresso no texto 
    III - este, esta , isto, aquele, aquela, aquilo - se o texto cita duas realidades, o pronome de 1ª pessoa remete àquela que se encontra mais próxima no texto; o pronome de 3ª pessoa remete àquela que está mais distante no texto.

    A explicação é a seguinte: 
    1) Posição no texto 
    2) Posição no espaço 
    3) Posição no tempo 
    4) Posição no tempo

  • Como sempre a FGV não consegue fazer uma questão que não seja polêmica. É uma questão de paranormalismo entender o que essa banca quer saber. Acho que ela tenta se diferenciar das outras e acaba se atrapalhando.

  • Gabarito Letra D ----------------Comentários grandes, incluam o gabarito da questão, pelo menos.

  • "Este" utilizado para determinar uma posição no tempo! esta geração, estes dias. Porém usaria essa se a frase fosse assim: Na geração passada a ONU afirmou compromisso, essa geração garante o futuro da humanidade. No sentido de retomar um termo anterior.

  • Interpretação da interpretação! 

  • Não consegui compreender porque a resposta correta não é a letra "e", pois os pronomes das frases II, III e IV, no meu entendimento, foram utilizados pelo mesmo motivo: fazer referência exofórica, localizando algo no tempo ou no espaço (função dêitica). Alguém consegue me explicar porque a frase II foi excluída da resposta correta? 

  • Parece- me que a banca exige mais que interpretação,  quer que o candidato saiba decifrar, ou tenha uma bola de cristal para saber o que o examinador realmente quer.

  • Função endofórica (remete a algo dentro do texto) e exofórica (remete a algo fora do texto).

  • Nessa questão é só para entender que se resolve tranquila.

  • tentei, mas não consegui entender! 


  • "nestes dias" e "desta geração" as duas expressões se referem ao período e geração de hoje!!!

  • Sabia da regra e errei.......interpretaçao da interpretaçao.

    Valeu galera pelas explicaçoes, entendi depois!

  • Os dois textos, 3 e 4, se referem a termos anteriores dando uma idéia anafórica, retomando algo que ja foi mencionado. acertei pensando assim.

  • O correto é a letra d. Haja vista que nas frases III e IV os pronomes demostrativos são usados em uma posição temporal. Isto é, eles estão se referindo ao tempo presente: "nestes dias e desta geração".

  • O professor Alexandre Soares , explicou esta matéria. 

    Ficou fácil de entender a lógica.

  • Daniele Lourenço, parabéns pelo comentário!

  • Não entendo a FGV, eles preocupam - se mais em ser uma banca temida do que realizar uma prova satisfatória.

  • Clareza nos enunciados nunca foi o forte da FGV!

  • GABARITO: "D"

    A explicação já foi dada satisfatoriamente por muitos aqui, mas alguns ainda estão em dúvida. Então vamos retomar (até porque comentar uma explicação aqui também me ajuda a aprender ;D )


    Muitos estão pensando em Anáfora e Catáfora... mas a explicação correta é a relativa a tempo:

    Os pronomes demonstrativos podem, ainda, indicar marcação temporal:

    Tempo presente em relação ao falante: Este, esta, isto.

    "Este ano pretendo mudar para Fortaleza" (presente)

    Tempo passado ou o futuro próximos em relação ao falante: Esse, essa, isso.

    "Esses anos passados foram nulos em termos de concursos públicos".


    Tempos muito distantes em relação ao falante: Aquele (s), aquela (s), aquilo.

    Naquela época eu praticava esporte.

    Obs: Tempo muito distante (passado arcaico) ou indefinido.


    Espero ter ajudado!

    Esmoreça não!

  • Galerinha que comenta com boas explicações e coloca o gabarito sempre merece uma curtida. :-)

  • Gabarito D

    I)...cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro.” Em relação à fala ou à escrita, antecipou o que ainda não foi falado, termo catafórico) - Refere-se à fala ou à escrita.

    II) Este jornal ... (Retoma o jornal O Globo) -  Refere-se à fala ou à escrita (termo anafórico)

    O correto para termos anafóricos é usar "Esse, Essa ou Isso", porém, ao que me parece na questão, o pronome "Este" retoma o jornal "O Globo".
    Obs.: Existem bancas que adotam como correto usar "Este, Esta ou Isto" para retomar um termo (valendo-se de anáfora). Fica a dica!

    Obs.: Também é correto emprego dos pronomes "Este" ou "aquele" para indicar o ser mais próximo ou mais distante.
    Ex.: Renato não pratica esporte e Rodrigo joga bola: "este" é atleta; "aquele" é sedentário. 

    III) Nestes dias... (Em relação ao tempo: indicam o "tempo presente" em relação ao emissor = este, esta e isto) - Refere-se a tempo.

    IV) ...o compromisso desta geração (Em relação ao tempo: indicam  o "tempo presente" em relação ao emissor = este, esta e isto) - Refere-se a tempo.

  • Nestes e desta são elementos deíticos, ou seja, fora do texto apresentado.

  • Questão péssima, assim como todas da FGV.

  • Ótima explicação do Adriano Oliveira.

  • Questão que tinha tudo pra ser excelente, não fosse a incapacidade - característica do examinador fgv - de expressar o que quer.

  • I - esta frase – função de referenciação (catafora)

    II - este jornal - função espacial

    III - nestes dias (função temporal = dias atuais)

    IV - desta geração (função temporal = geração atual)

    Gabarito D

  • Ótima explicação do professor Alexandre Soares, só entendi a questão após a explicação hehehe!

  • Depois de alguns tropeços tentando entender a FGV, a gente acaba entendendo as loucuras de seus examinadores com o passar do tempo.

  • I - esta frase – apontando para um elemento posterior  (que vem depois)

    II - este jornal - ideia locativa (lugar)

    III - nestes dias (ideia temporal = dias atuais)

    IV - desta geração (ideia temporal = geração atual)

  • Quando leio enunciado e não entendo já sei que se trata da FGV aff

  • Questão tá incompleta aqui pra mim.


ID
1383319
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto

Contraste entre discurso e realidade


    No contexto político em que vivemos, sentimos saudade de alguns conceitos de verdade que estão na raiz da filosofia e da teologia. Se para Sócrates a verdade está ligada à sabedoria humana, o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são. Na profundidade do pensamento de Santo Agostinho, a verdade não é minha e nem tua para que seja nossa, ou, como muito bem conceituou Santo Tomás de Aquino, a verdade é a adequação entre a inteligência e a coisa, ou seja, a realidade das coisas. Parece que nenhum deles se ajusta ao contexto das atuais propagandas políticas.
    O que chama atenção de todos nós neste momento é que nos debates políticos não aparece com relevância a riqueza do conceito de verdade, pois os mesmos não demonstram sabedoria humana, não se diz com transparência como as coisas são, não aparece a adequação entre a inteligência e a realidade das coisas, e carece de humildade para dizer que a verdade não está apenas naquilo que eu afirmo, ou que outros do meu partido estão afirmando, subestimando o todo, e, portanto, nunca poderá ser nossa no sentido mais amplo. Esquecemo-nos muitas vezes de sublinhar que a verdade tem uma dimensão ética de compromisso com aquilo que é anunciado publicamente no discurso.
    A maquiagem marqueteira que conduz os atores políticos esconde o significado profundo da verdade, resultando em debates carentes em profundidade de argumentos, e não imbuídos de verdade sobre a realidade, limitando-se a discussões acusativas, ofensivas e contraditórias. Os contrastes entre o discurso e a realidade, a riqueza de experiências humanas dos candidatos e a superficialidade de suas propostas, a carência de discussões e debates de temas de relevância para o país, entre outros, estiveram distantes de nossas propagandas políticas nestas eleições.
    Como a verdade é o que nos liberta, segundo os ensinamentos de Jesus Cristo, temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições possamos ter a verdade como princípio inspirador dos debates políticos, não subestimando a inteligência de nosso povo, pois o mesmo conhece bem a realidade das coisas, estando ávido para ouvir as propostas e assumir-las como verdadeiras, subsidiando as suas escolhas e pensando melhor no futuro de nosso Brasil.

                                                                (Adaptado. Josafá Carlos de Siqueira, O Globo, 22/10/2014)

Em todas as frases a seguir são empregadas formas de demonstrativos. Assinale aquela forma cuja justificativa de emprego está correta.

Alternativas
Comentários
  • Afsss alguém poderia explicar essa daí?

  • Quem sabe esclarece.
    http://revisaoparaque.com/blog/wp-content/uploads/2012/11/pronomes-demonstrativos.png

  • LETRA E:“...temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições...”; / referência a algo cronologicamente próximo.


    Retrata um período relacionado ao tempo presente ou que ainda não terminou. Ex: Este ano será de muitas realizações.

  • Questão bastante delicada, quiçá, difícil.
  • Nesta não seria tempo presente?

  • Letra E.

     

     a) “... o discurso verdadeiro, segundo Platão, é aquele que diz como as coisas são”; / referência a um termo distante no tempo. - Não está distante no tempo, está distante no discurso, pois o "aquele" se refere a "conceitos de verdade", no período anterior.

     b) “O que chama atenção de todos nós neste momento...”; / referência a um termo mais próximo que outro. - A referência é de um termo mais próximo no "tempo atual".

     c) “...a verdade não está apenas naquilo que eu afirmo,...”; / referência a algo desconhecido. - A referência é de algo conhecido que ele citou no início do parágrafo "debates políticos não aparece com relevância a riqueza do conceito de verdade".

     d) “...a verdade tem uma dimensão ética de compromisso com aquilo que é anunciado...”; / referência a algo distante no espaço. - A referência é distante no discurso, no início do parágrafo "não demonstram sabedoria humana, não se diz com transparência como as coisas são, não aparece a adequação entre a inteligência e a realidade das coisas".

     e) “...temos a esperança que nesta segunda etapa das eleições...”; / referência a algo cronologicamente próximo. - Certo, pois a referência é no "tempo atual".

     

    Referências:

    Espaço - Este = perto do falante | Esse = perto do ouvinte | Aquele = longe de ambos

    Tempo - Este = presente ou futuro | Esse = passado recente | Aquele = passado distante

    Discurso - Este = anuncia termo que será dito | Esse = retoma termo que foi dito

    Textual/Retomada - Este = o que foi citado por último na trecho anterior | Esse = o penúltimo citado no trecho anterior | Aquele = o primeiro citado no trecho anterior


ID
1385890
Banca
IMA
Órgão
Prefeitura de Paraibano - MA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO I

Gerenciamento de estresse em professores

1 A sociedade contemporânea tem sido classificada como a sociedade do estresse. O incessante ritmo da globalização, as constantes alterações tecnológicas, as rotineiras mudanças e “imposições” sociais ditadas pela mídia e pela moda, assim como a progressiva requisição de qualidade nos produtos e serviços exigidos pelo nosso atual modelo social têm impelido boa parte das pessoas a um estado de perplexidade e impotência frente a tais circunstâncias da vida. Para alguns indivíduos, a aquisição de um corpo que se enquadre dentro dos modelos eleitos pela sociedade passa a ser uma obrigação; para outros, a conquista de status profissional é um pré-requisito para a felicidade. Dependendo da intensidade de nossa cobrança, tais desejos podem produzir emoções desastrosas. Ninguém está a salvo das possíveis garras do estresse, e entre suas potenciais vítimas encontram-se os professores, quer sejam do ensino básico, fundamental, médio ou universitário. Todavia, antes de versar sobre esta população em especial, é prudente definir melhor o que vem a ser estresse.

2 O estresse é um fenômeno biológico comum e conhecido por todos nós através de nossas experiências. Em sua etimologia o verbete estresse tem como sinônimo o termo “strain” e remonta às origens das línguas indo-europeias. No grego antigo, era a raiz de “strangale” e do verbo “strangaleuin” que significa estrangular. Em latim, a raiz formou o verbo “stringere” que significa apertar. Logo, as raízes do estresse remetem à ideia do empenho de forças fundamentalmente contrárias.

3 A percepção do estresse é bem antiga. Para os homens primitivos, a perda de vigor e o sentimento de exaustão que sentiam após um trabalho intenso ou exposição prolongada ao frio, ao calor, perda de sangue, medo ou doença teriam alguma semelhança entre si.

4 Um dos primeiros passos em direção ao entendimento do estresse foi dado por Walter Cannon, fisiologista de homeostase americano que desenvolveu a noção ou de Homeostase ou homeostasia (harmonia ou estado estável) do qual depende a qualidade de vida do ser humano. Esses mecanismos são os responsáveis pela detecção e correção de variações em diversos parâmetros orgânicos. Tendo esses conceitos como base, o austríaco Hans Selye, em 1938 definiu o estresse como um estado de alteração da homeostase, onde o organismo apresenta diversos sintomas que demonstram sua capacidade em adaptar-se aos agentes físicos ou corpo puramente mentais. Sendo assim, o corpo pode ser preparado para lutar ou fugir mediante a visão de um predador real, ou mesmo mediante a imaginação deste.

5 Diferentes indivíduos possuem diferentes capacidades de resistir às influências adversas do meio ambiente.

6 Logo, o que pode ser percebido como um fator gerador de estresse para uma pessoa, para outra pode ser um fato corriqueiro. Um indivíduo estressado pode passar por três estágios: no primeiro momento a experiência parece ser muito dura - é a reação de alarme do organismo. Em seguida acostuma-se a ela - é o estado de resistência; e finalmente não pode mais suportá-la - é o estado de exaustão. É este estado de exaustão que caracteriza o estresse crônico, que produz desequilíbrios orgânicos e patologias diversas, também chamadas mais recentemente de distresse.

7 Entre os principais sintomas encontrados no estresse destacam-se a dificuldade de concentração, inquietação, dores de cabeça e musculares, tonturas, fadiga, ansiedade, e até mesmo depressão. Outro agravante tem sido documentado na literatura científica, os problemas associados ao sono. Durante o processo do dormir ocorrem modificações fisiológicas e comportamentais importantíssimas. Há também uma interferência direta nos processos cognitivos e de aprendizagem.

8 Os dados fornecidos pelas pesquisas científicas são alarmantes, uma vez que durante o estresse o organismo automaticamente utiliza suas reservas de energia para se reequilibrar, ou seja, ocorre uma ação reparadora do organismo tentando restabelecer o seu equilíbrio interno. Nesta fase, dois sintomas aparecem de modo bastante frequente: a sensação de desgaste generalizado sem causa aparente e dificuldades com a memória. No nível fisiológico, muitas mudanças ocorrem, principalmente em termos do funcionamento de algumas glândulas endócrinas, como as adrenais que produzem mais corticosteróides, hormônios que sabidamente minam o sistema imunológico, aumentando assim a probabilidade da pessoa adoecer.

de http://geografia.uol.com.br/geografia/mapas- demografia/35/artigo206897-1.asp

No trecho “Dependendo da intensidade de nossa cobrança, tais desejos podem produzir emoções desastrosas.” (1°parágrafo)

Podemos identificar corretamente no trecho acima:

Alternativas
Comentários
  • A função anafórica é em que um pronome demonstrativo é usado para lembrar ao leitor algum termo que já foi mencionado.

    A função anafórica é muito usada para não deixar um texto muito repetitivo.  

  • Gabarito: C.

     

    Acredito que esteja se referindo ao termo "tais".


ID
1393699
Banca
FGV
Órgão
PROCEMPA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Todos desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.

O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos deixamos extraviar. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas são um apelo eloquente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante, a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbirão e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. Sei que os homens morrem, mas a liberdade não perecerá jamais.

Charles Chaplin)

Analise os fragmentos a seguir.

I. Neste mundo há espaço para todos."
II. “Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido."
III. “A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem."
IV. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora."

Sobre os demonstrativos sublinhados, constata-se que obedecem à mesma situação de emprego

Alternativas
Comentários
  • Na minha interpretação neste (I) se refere a "lugar"; essas (II) retoma afeição e doçura - chamamos de "anáfora"; dessas (III) retoma avião e rádio; neste se refere a tempo. Logo II e III tem a mesma aplicação.

  • I - Sentido de localização; II - Anafórico; III - Anafórico; IV - Sentido temporal Gabarito C
  • Nunca devo esquecer esse lance de catáfora e anáfora.
  • Pensei assim, pessoal:

     

    I. “Neste mundo há espaço para todos.” (RETOMA TERMO POSTERIOR - MUNDO - PRONOME CATAFÓRICO [neste]- EXPRESSA LUGAR)
    II. “Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.” (RETOMA TERMO ANTERIOR - RECURSO ANAFÓRICO -  afeição e doçura) 
    III. “A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem.” (RETOMA TERMO ANTERIOR - RECURSO ANAFÓRICO - aviação e o rádio )
    IV. “Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora.” (RETOMA TERMO POSTERIOR - INSTANTE-  PRONOME CATAFÓRICO [neste] - EXPRESSA TEMPO)

     

    Se encontrarem algo errado, me enviem inbox.

     

    Força, foco e fé!

  • Alternativa C

     I. Neste mundo há espaço para todos."  lugar

    II. “Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido." anafora

    III. “A própria natureza dessas coisas é um apelo eloquente à bondade do homem." anafora

    IV. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora." tempo

  • I.   lugar
    II.  anafora
    III. anafora

    IV.  tempo

     

    Deus no comando!


ID
1404871
Banca
CEC
Órgão
Prefeitura de Piraquara - PR
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                   O MAPA DO CÉREBRO
                                                                                                                        Drauzio Varella

O cérebro humano é a estrutura mais complexa do Universo. Decifrar os mecanismos por meio dos quais ele consegue criar movimentos, percepções, pensamentos, memórias e a consciência é o maior desafio científico de todos os tempos.

Está prestes a ser criado o BAM - Brain Activity Map (Mapa da Atividade Cerebral) -, um megaprojeto organizado para desenvolver novas gerações de técnicas que permitam mapear a atividade de neurônio por neurônio, com precisão de milissegundos.

Parece pretensão paranoide, mas não é. A neuro-ciência tem feito enormes avanços na tecnologia que tornou possível estudar as funções de neurônios isolados.

Imagens do cérebro em ação podem ser obtidas através da ressonância magnética funcional, método que consiste em injetar na veia glicose marcada com isótopos radioativos, e analisar através da ressonância sua distribuição pelas diferentes áreas cerebrais, enquanto a pessoa realiza funções como andar, rir, olhar para figuras que despertam compaixão, raiva, atração sexual, solidariedade.

Apesar desses avanços, os mecanismos responsáveis pela percepção, cognição e ação permanecem misteriosos porque resultam de interações em tempo real de grande número de neurônios, conectados em redes que formam circuitos de altíssima complexidade.

O projeto BAM propõe construir pontes que permitam descrever e manipular as atividades desses circuitos e redes de neurônios e até de cérebros inteiros, com a precisão em microescala de neurônio por neurônio.

O programa tem três objetivos:

1) Construir ferramentas capazes de, a um só tempo, obter imagens da maioria ou de todos os neurônios que fazem parte de cada circuito envolvido nas funções cerebrais;

2) Desenvolver métodos para interferir com o funcionamento de cada neurônio, desses circuitos;

3) Entender as funções essenciais de circuito por circuito. Para atingir tais objetivos, é necessário criar programas de informática capazes de armazenar, manipular e compartilhar dados de imagens e propriedades fisiológicas, em larga escala, que serão compartilhados com todos os investigadores participantes. Será obrigatoriamente um esforço de colaboração internacional entre neurocientistas, físicos, engenheiros e teóricos que trabalham na academia ou na indústria.

Dentro de cinco anos, vai ser possível monitorar ou controlar dezenas de milhares de neurônios. Ao redor dos dez anos, esse número terá sido multiplicado por dez.

Aos 15 anos, já poderemos observar a ação simultânea de um milhão de neurônios. Nessa fase, estaremos aptos a avaliar a função do cérebro inteiro do minúsculo peixe-zebra - usado como modelo em laboratório - ou de determinadas áreas do córtex cerebral de camundongos e de primatas.

Quando essa metodologia estiver disponível, poderá ser utilizada para diagnosticar e tratar distúrbios neuropsiquiátricos, ajudar na recuperação de funções perdidas depois de derrames cerebrais e criar teorias a respeito da cognição e do comportamento humano, baseadas em evidências.

Transtornos cerebrais devastadores como demências, esquizofrenia, depressão, autismo, epilepsia têm suas origens na desorganização das interações entre circuitos de neurônios, no interior do cérebro. Da mesma forma, as perdas de movimentos voluntários provocadas por derrames, paralisia cerebral, esclerose múltipla ou traumatismos medulares que desconectam os centros cerebrais do restante do corpo, poderão ser tratadas e corrigidas por meio dessas novas tecnologias.

As atividades econômicas envolvidas no BAM serão comparáveis às do Projeto Genoma, que exigiu investimentos da ordem de U$ 3,8 bilhões, mas gerou U$ 800 bilhões de impacto econômico. O financiamento deverá vir de fontes governamentais e da iniciativa privada.

Lamento não estarmos vivos - você e eu, leitor - para assistirmos à descrição das bases neurais da consciência, o desafio maior.

A consciência seria uma característica especial e exclusiva de nossa espécie ou apenas um subproduto natural de cérebros mais complexos, que emergiria como simples consequência da integração da experiência individual com as informações sensoriais?

Haverá resposta para indagações como essas?

                                              VARELLA, Dráuzio. O mapa do cérebro. Folha de S. Paulo, 3 maio 2014.

Observe a frase a seguir, retirada do texto-base.

As atividades econômicas envolvidas no BAM serão comparáveis às do Projeto Genoma, que exigiu investimentos da ordem de U$ 3,8 bilhões, mas gerou U$ 800 bilhões de impacto econômico

Em qual das alternativas a seguir temos um uso de crase que tem a mesma justificativa que teria a da ocorrência de crase utilizada em “às" na frase acima?

Alternativas
Comentários
  • algu´ém explica pfv

     

  • Comparaveis às(aquela) do projetos Genoma.

    Ele se refere à(aquela) que saiu

  • Comparáveis às(aquelas) do projetos Genoma.

    Ele se refere à(aquela) que saiu

    Aquelas/aquela está em elispe. Mas mesmo assim força a junção e pede crase.

    Leia as frases com os termos em vermelho e depois leia sem os termos em vermelho. Vc verá que sentirá a falta de algum termo.


ID
1413574
Banca
VUNESP
Órgão
CREMESP
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                       Quanto veneno tem nossa comida?

      Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos. A partir do resultado desses testes e da análise de alimentos in natura (para determinar o grau de resíduos do pesticida na comida), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece os valores máximos de uso dos agrotóxicos para cada cultura. Esses valores têm sido desrespeitados, segundo as amostras da Anvisa. Alguns alimentos têm excesso de resíduos, outros têm resíduos de agrotóxicos que nem deveriam estar lá. Esses excessos, isoladamente, não são tão prejudiciais, porque em geral não ultrapassam os limites que o corpo humano aguenta. O maior problema é que eles se somam – ninguém come apenas um tipo de alimento.

                                                                                      (Francine Lima, Revista Época, 09.08.2010)

Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos.

A expressão em destaque refere-se aos

Alternativas
Comentários
  • A expressão "desses" se refere aos venenos: pesticidas sintéticos e agrotóxicos.
    Alternativa D

  •       Desde que os pesticidas sintéticos começaram a ser produzidos em larga escala, na década de 1940, há dúvidas sobre o perigo para a saúde humana. No campo, em contato direto com agrotóxicos, alguns trabalhadores rurais apresentaram intoxicações sérias. Para avaliar o risco de gente que apenas consome os alimentos, cientistas costumam fazer testes com ratos e cães, alimentados com doses altas desses venenos.

    GABARITO -> [D]

  • Assertiva D

    pesticidas sintéticos e agrotóxicos.

  • Assertiva D

    pesticidas sintéticos e agrotóxicos.


ID
1420744
Banca
FGV
Órgão
Câmara Municipal do Recife-PE
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 8 – A Comissão da Verdade

A Comissão da Verdade revelou nesta segunda-feira, 4, que o governo militar determinou a todos os agentes públicos no Brasil e no exterior, a partir de 1972, que não atendessem a nenhum pedido de esclarecimento de organizações nacionais e internacionais sobre mortos e desaparecidos em consequência da repressão.
O ato foi uma reação específica às ações da Anistia Internacional, que vinha denunciando e cobrando esclarecimentos sobre violações de direitos humanos, como torturas, desaparecimentos e assassinatos de opositores.

O Estado de São Paulo, 04 fev 2013

“revelou nesta segunda-feira”; de acordo com o texto 8, o emprego da forma do demonstrativo “nesta”, nessa frase do texto, se deve ao mesmo motivo que levou a seu emprego na seguinte frase:

Alternativas
Comentários
  • São locuções adverbiais de tempo.

    nesta Segunda-feira

    esta época.

    letra D é a correta.

  • Comando da questão : Nesta - (Tempo)

    a - esta - (texto)

    b- esta - (espaço)

    c - esta - (texto)

    d- esta (tempo)

    e-nesta (espaço)

    Alternativa D ESTÁ CORRETA 

  • Tem 4 formas de usar o ESTE/ESSE/AQUELE: Espaço, Tempo, Discurso e Retomada.

    A- "Esta" é por RETOMADA

    Tá retomando "Maria" que é o nome mais próximo.

    B- "Esta blusa que visto" é por ESPAÇO

    Ela veste a blusa então foi usado "esta" pois ela ta próxima da blusa e ela quem está falando.

    Usa-se "este" se quem fala está perto da coisa.

    C- "Esta é a verdade: todos deve

    m estudar mais" é por DISCURSO

    Usou "esta" pois ainda seria dito.

    Usa-se "esta" quando ainda vamos dizer algo, se já foi dito, usamos "essa".

    D- "Esta época.." pelo TEMPO assim como "Nesta segunda-feira"

    "Este" é usado pra indicar presente ou futuro próximo, enquanto que "Essa" e "Aquele" é pra indicar passado, a diferença é que "esse" é pra passado prévio e "aquele" é pra passado distante.

    No enunciado: "Nesta segunda-feira"-- Futuro Próximo

    Na alternativa: "Esta época" -- Presente

    E- Indica Espaço;

  • Dêitico, depende de informações fora do texto.

  • Tempo.


ID
1423762
Banca
FUNIVERSA
Órgão
SEGPLAN-GO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

São exemplos de pronomes demonstrativo, indefinido e relativo, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • b) este; todos; e cujo.


    Pronomes são palavras que substituem os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso. Pessoa do discurso é a que participa ou é objeto do ato da comunicação.

    1º Pronome demonstrativo: São os que indicam o lugar, a preposição ou a identidade dos seres, relativamente às pessoas do discurso.

    Exemplos:

    Compro este carro. (aqui).

    Compro esse carro. (aí).

    Compro aquele carro (lá).

    2º Pronome indefinido: Estes pronomes se referem à 3º pessoa do discurso, designando- a de modo vago, impreciso, indeterminado.

    Exemplos:

    Diz as coisas com tal jeito que todos o aprovaram.

    Algo o incomoda?

    Quem avisa amigo é.

    3º Pronome relativo: são palavras que representam substantivos já referidos, com os quais estão relacionadas. Daí denominarem- se relativos.

    Exemplos:

    "Tirei um colete velho, em cujo bolso trazia cinco moedas de ouro." (Machado de Assis)

    Armando comprou a casa que lhe convinha.


    Fonte:  CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48 ed. São Paulo: Nacional, 2008. páginas 179, 183, 184, 185, 186 e 187. 

  • Bem fácil essa

ID
1425280
Banca
IESES
Órgão
APSFS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    “NINGUÉM NUNCA SE AFOGOU NO PRÓPRIO SUOR"
Revista Veja, edição 2360, de 12 de fevereiro de 2014, pág.84-89

É esse um dos lemas de uma modalidade de exercícios, o crossfit, cujo objetivo é levar o organismo ao limite da exaustão, e que começa a se multiplicar no Brasil

     O gerente de marketing Gustavo Morcelli, de 35 anos, jamais experimentara algo igual. Fazia pelo menos uma década que ele estava habituado à prática regular de exercícios físicos. Puxava ferro nas salas de musculação, esfalfava-se no spinning e nos circuitos das academias tradicionais. Achou, portanto, que tiraria de letra a nova aula de ginástica. Morcelli deveria correr, fazer flexões e agachamentos repetidas vezes, o mais rápido possível.
Quinze minutos depois, rendido pela exaustão, ele desabou. Estava tonto e enjoado. [...] Desde então se passaram dois anos de treinos puxados. Tão pesados que há seis meses Morcelli chegou a vomitar - era sinal de que seu organismo chegara ao extremo.
     Bruna Capelli dos Anjos também conhece a sensação de levar o organismo à exaustão. Com 25 anos, professora de ginástica (e, portanto, bem preparada fisicamente), ela terminava as aulas estatelada no chão, sem conseguir se mover por alguns minutos. [...]
     Ultrapassar limites, vencer a exaustão, como Morcelli e Bruna fazem, são o combustível de uma modalidade esportiva que cresce vertiginosamente no Brasil, o crossfit. A técnica, desenvolvida pelo ginasta americano Greg Glassman, nos anos 90, e adotada pelo Exército americano, consiste na combinação de poucos exercícios, executados vigorosamente, em espaços curtíssimos de tempo, entre quatro e vinte minutos. O crossfit abrange uma centena de movimentos. [...] O objetivo é aperfeiçoar as principais habilidades físicas do ser humano - equilíbrio, agilidade, resistência, potência e força, por exemplo. Como uma aula de crossfit, em geral, está baseada em apenas três exercícios, a possibilidade de combinações de movimentos é enorme, o que não cansa os praticantes. Além disso, em uma sessão é possível queimar 800 calorias. Tem-se, assim, o cenário ideal para o sucesso da técnica. Até agora, são 20 000 praticantes no Brasil. O número de ginásios soma hoje 109 - em setembro de 2013 era a metade disso. No mundo já são 5000.
     O espaço onde se pratica o crossfit em nada lembra as academias coloridas, arejadas e festivas. Nas salas de crossfit o ambiente é rústico, dificultando o desempenho do aluno. Elas estão montadas sobretudo em galpões e garagens, com pé-direito alto, raras janelas, poucos ventiladores e sem nenhum espelho. [...] Numa das visitas de VEJA a um recinto de crossfit em São Paulo, a temperatura ao ar livre era de 34 graus, mas a sensação térmica no galpão beirava os 40 graus. [...] As paredes dos ginásios e as camisetas suadas dos alunos, que não chegam a compor uma seita, mas são evangelizadores de uma causa, estampam gritos de guerra orgulhosos: “É uma honra morrer ao teu lado"; “Lugar de moleza é na academia"; “Nosso aquecimento é seu treino"; “Ninguém nunca se afogou no próprio 'suor". Em todas as aulas o desempenho de cada pupilo é anotado em um quadro, à vista de todos os outros praticantes, estimulando a competição e servindo de combustível para chegar ao limite. [...] Alguns praticantes, sobretudo os americanos, vão muito além do limite. Radicais, só se contentam em parar quando o organismo dá sinais de falência. Eles se gabam das mãos em carne viva e vibram quando vomitam.
     Em uma sessão de crossfit, os índices de saúde sobem às alturas. O coração vai a 200 batimentos por minuto. O aluno usa até 80% da capacidade máxima de ventilação - em repouso, é de 20%. “Tais taxas dificilmente são atingidas em outros esportes", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. O limite da resistência física pode manifestar-se de várias formas - tremedeira nos braços e pernas e enjoo e vômito [...]. Nenhum parâmetro, no entanto, é tão preciso quanto o descrito pelo treinador Joel Fridman: “Se você conseguir ultrapassar o limite, é porque ainda não chegou a ele". Isso é o crossfit.

Observe o emprego da crase: “Fazia pelo menos uma década que ele estava habituado à prática regular de exercícios físicos”. Agora assinale a alternativa em que deveria, obrigatoriamente, haver crase:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra B

    a) Também fomos a Santa Catarina e a Alagoas.

    Não necessita de crase. Antes dos nomes de cidades, geralmente não se usa artigo (existem umas poucas exceções). 

    Para facilitar, vale a dica: substitua o verbo "ir" pelo "vir" e experimente a preposição "de", contraída ou não com os artigos, diante dos nomes de lugar. Assim: "Vir de Paris" (sem artigo), "vir da Itália" (com artigo). Havendo artigo feminino, ocorrerá a crase. Nos demais casos, não. No caso, falamos "Vir de Santa Catarina" e não "Vir da Santa Catarina", "Vir de Alagoas" e não "Vir da Alagoas"), logo, nesses dois casos não há crase.

    b) A partir de então, era preciso adaptar-se ÀQUELE ( adaptar-se A + aquele) lugar a qualquer custo.

    c) Esta é a pessoa a quem fiz referência.
     Não há necessidade de crase antes do pronome "quem"

    d) Apresentou-lhe a amiga e ficou a observar a festa a distância.

    Não necessita de crase, a frase está escrita corretamente. Diante da palavra distância, emprega-se crase se a mesma estiver especificada, em outras palavras, "a distância" só possui crase se houver a formação de locução prepositiva “à distância de”, caso contrário, não se usa crase.

    As caixas amplificadoras de som estavam à distância de 200m do público. 

    O detetive vigiava o suspeito a distância.

    No primeiro exemplo usa-se crase, pois a palavra distância está especificada (200 m). Já no segundo exemplo a expressão apresenta-se sem crase porque não há especificação da distância.

  • GABARITO LETRA B


    Casos de CRASE no uso do pronome demonstrativo AQUILO, AQUELE (s), AQUELA(s)


    Primeiro deve-se observar se o verbo pede preposição, ou seja, se ele é bitransitivo ou transitivo indireto.


    1. AQUILO, AQUELE(s), AQUELA (s)


    Com a regência verbal obrigando o uso da preposição "A" + a primeira sílaba do pronome AQUILO, AQUELE (s) ou, AQUELA (s) é a vogal "A" = Crase "À". A sonoridade ocorre com a primeira sílaba da palavra e não com seu final.


    ex: 1. Refiro-me àquilo que você disse sobre o João.

    regência do verbo: quem refere-se, refere-se "a" alguém ou "a" alguma coisa - temos aí a nossa preposição "a" + a primeira sílaba "a", vogal "a" do pronome aquilo = obriga a crase "à"



    2. Limite-se àqueles termos do contrato de locação.

    Regência do verbo: quem limita-se, limita-se "a" alguma coisa (preposição "a") + primeira sílaba com a vogal "a" do pronome aqueles.


    Eu agradeci àquele moço que me ajudou a finalizar o projeto.

    Regência do verbo: quem agradece, agradece "a" alguém + vogal "a" como primeira sílaba do pronome aquele.




    3. Responda àquelas questões de português no site, que você passará na prova.

    Regência do verbo: quem responde, responde "a" alguma coisa ou "a" alguém (preposição"a") + vogal "a" da primeira sílaba do pronome aquelas


    Obedeça àquelas regras do estatuto.

    Regência do verbo: quem obedece, obedece "a" alguém ou "a" alguma coisa (preposição "a") + vogal "a" da primeira sílaba do pronome aquelas.

    obs: algumas vezes o pronome demonstrativo aquela (s) pode está suprimido ou subentendido na frase. Peguemos esta mesma frase:

    ex: Obedeça às regras do estatuto.  - o "às" funcionando como pronome demonstrativo "àquelas"


    Dediquei àquela dedicatória a minha mãe.

    Regência do verbo: quem dedica-se, dedica-se "a" alguém ou "a" algo (preposição "a") + primeira sílaba do pronome sendo a vogal "a".


    Ganhei uma bolsa azul idêntica àquela sua.

    regência do verbo: quem ganha, ganha algo de alguém (verbo bitransitivo), mas a preposição é "de", então, não será por causa da regência verbal que ocorrerá a crase. Nesse caso, a exigência da crase é devida o substantivo IDÊNTICA + a vogal "A" da primeira sílaba do pronome aquela.

    Idêntica a alguma coisa (locução prepositiva = idêntica + "a" preposição) + vogal "a" da primeira sílaba do pronome aquela = crase ( à).




    Bom, espero ter ajudo. E caso tenha me equivocado em algo por favor me chamem a atenção. Aprender nunca é demais.



    Valeu galera



    Bons Estudos






  • GABARITO LETRA B 


    Pow, pessoal não falei da letra B. Mas se seguir a explicação é a mesma regra.

    Tentei editar o que já havia colocado para complementar isso mas tava dando erro, daí coloquei aqui, blz?


    b) A partir de então, era preciso adaptar-se aquele lugar a qualquer custo.

    regência do verbo: quem adapta-se, adapta-se "a" alguém ou "a" alguma coisa (preposição "a"). É um verbo trans. indireto que pede preposição "a" + (junção) a vogal "a" da primeira sílaba do pronome aquele = Crase (àquele).



    Bons estudos


  • Quem apresenta, apresenta algo A Alguém...

    Na letra D, A frase poderia ser interpretada de 2 sentidos...
    1) Apresentou-lhe a amiga... Essa é minha amiga!!! Apresentou a amiga

    2) Apresentou-lhe à amiga... Olá fulana de tal!!! Se apresentou a alguém
    Letra D possui duplo sentido!!!

  • d) Apresentou-lhe a amiga e ficou a observar a festa a distância.  

    Obs.: não pode ocorrer crase pois o verbo ja tem dois complementos, o pronome "lhe" indica objeto Indireto ou seja tem preposição, como um verdo nao pode ter dois complementos com preposição o outro complemento "a amiga" é sem a preposição o a de amiga é so artigo.

    Obs2.:  "a distância" distância só leva cras se tiver especificado, ex.: Ele ficou à distância de um metro.


ID
1425283
Banca
IESES
Órgão
APSFS
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                    “NINGUÉM NUNCA SE AFOGOU NO PRÓPRIO SUOR"
Revista Veja, edição 2360, de 12 de fevereiro de 2014, pág.84-89

É esse um dos lemas de uma modalidade de exercícios, o crossfit, cujo objetivo é levar o organismo ao limite da exaustão, e que começa a se multiplicar no Brasil

     O gerente de marketing Gustavo Morcelli, de 35 anos, jamais experimentara algo igual. Fazia pelo menos uma década que ele estava habituado à prática regular de exercícios físicos. Puxava ferro nas salas de musculação, esfalfava-se no spinning e nos circuitos das academias tradicionais. Achou, portanto, que tiraria de letra a nova aula de ginástica. Morcelli deveria correr, fazer flexões e agachamentos repetidas vezes, o mais rápido possível.
Quinze minutos depois, rendido pela exaustão, ele desabou. Estava tonto e enjoado. [...] Desde então se passaram dois anos de treinos puxados. Tão pesados que há seis meses Morcelli chegou a vomitar - era sinal de que seu organismo chegara ao extremo.
     Bruna Capelli dos Anjos também conhece a sensação de levar o organismo à exaustão. Com 25 anos, professora de ginástica (e, portanto, bem preparada fisicamente), ela terminava as aulas estatelada no chão, sem conseguir se mover por alguns minutos. [...]
     Ultrapassar limites, vencer a exaustão, como Morcelli e Bruna fazem, são o combustível de uma modalidade esportiva que cresce vertiginosamente no Brasil, o crossfit. A técnica, desenvolvida pelo ginasta americano Greg Glassman, nos anos 90, e adotada pelo Exército americano, consiste na combinação de poucos exercícios, executados vigorosamente, em espaços curtíssimos de tempo, entre quatro e vinte minutos. O crossfit abrange uma centena de movimentos. [...] O objetivo é aperfeiçoar as principais habilidades físicas do ser humano - equilíbrio, agilidade, resistência, potência e força, por exemplo. Como uma aula de crossfit, em geral, está baseada em apenas três exercícios, a possibilidade de combinações de movimentos é enorme, o que não cansa os praticantes. Além disso, em uma sessão é possível queimar 800 calorias. Tem-se, assim, o cenário ideal para o sucesso da técnica. Até agora, são 20 000 praticantes no Brasil. O número de ginásios soma hoje 109 - em setembro de 2013 era a metade disso. No mundo já são 5000.
     O espaço onde se pratica o crossfit em nada lembra as academias coloridas, arejadas e festivas. Nas salas de crossfit o ambiente é rústico, dificultando o desempenho do aluno. Elas estão montadas sobretudo em galpões e garagens, com pé-direito alto, raras janelas, poucos ventiladores e sem nenhum espelho. [...] Numa das visitas de VEJA a um recinto de crossfit em São Paulo, a temperatura ao ar livre era de 34 graus, mas a sensação térmica no galpão beirava os 40 graus. [...] As paredes dos ginásios e as camisetas suadas dos alunos, que não chegam a compor uma seita, mas são evangelizadores de uma causa, estampam gritos de guerra orgulhosos: “É uma honra morrer ao teu lado"; “Lugar de moleza é na academia"; “Nosso aquecimento é seu treino"; “Ninguém nunca se afogou no próprio 'suor". Em todas as aulas o desempenho de cada pupilo é anotado em um quadro, à vista de todos os outros praticantes, estimulando a competição e servindo de combustível para chegar ao limite. [...] Alguns praticantes, sobretudo os americanos, vão muito além do limite. Radicais, só se contentam em parar quando o organismo dá sinais de falência. Eles se gabam das mãos em carne viva e vibram quando vomitam.
     Em uma sessão de crossfit, os índices de saúde sobem às alturas. O coração vai a 200 batimentos por minuto. O aluno usa até 80% da capacidade máxima de ventilação - em repouso, é de 20%. “Tais taxas dificilmente são atingidas em outros esportes", diz o fisiologista Paulo Zogaib, da Universidade Federal de São Paulo. O limite da resistência física pode manifestar-se de várias formas - tremedeira nos braços e pernas e enjoo e vômito [...]. Nenhum parâmetro, no entanto, é tão preciso quanto o descrito pelo treinador Joel Fridman: “Se você conseguir ultrapassar o limite, é porque ainda não chegou a ele". Isso é o crossfit.

Assinale a alternativa correta.

É esse um dos lemas de uma modalidade de exercícios, o crossfit, cujo objetivo é levar o organismo ao limite da exaustão. As palavras destacadas nesse trecho pertencem, respectivamente, às seguintes classes gramaticais:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra C

    ESSE - Pronome demonstrativo e CUJO - pronome relativo.

  • Letra- C.

    ESSE é um pronome demonstrativo, e CUJO é um pronome relativo.


    ->O que é pronome demonstrativo?


    Pronome demonstrativo é aquele que é utilizado para indicar o lugar em que algo se encontra. Essa localização pode ser no espaço, no tempo ou no próprio discurso. O pronome demonstrativo pode ser também utilizado para citar algo que ainda não foi dito. Ex.: Esse é o aviso: a Vovó Mafalda retornará no próximo domingo.


    ->O que é pronome relativo?


    Pronome relativo é aquele utilizado para representar nomes já mencionados anteriormente. Ou seja, ele estabelece uma relação. O pronome "que" é o pronome mais usado de todos. Ex.: A maquiagem que eu comprei funciona perfeitamente. (= a qual)


  • PRONOMES RELATIVOS:

    - Variáveis: O qual, cujo, quanto (e suas flexões)

    - Invariáveis: Quem, que, onde.  

  • GABARITO C 

    COMPLEMENTO - CUJO, CUJA, CUJOS, CUJAS

    São relativos utilizados para substituir termos que expressam noção de posse ou de pertinência. Equivalem a "do qual, da qual, dos quais, das quais, seu, sua, seus, suas, dele, dela, deles, delas. " Eles retomam um termo antecendente, mas conconrdam em gênero e número com o substantivo consequente (ou proposto). Não admitem a posposição de artigo e sempre exercem a função sintática de adjunto adnominal. O reltativo "cujo" e suas flexões trazem implícita a preposição "de". 

    Exemplo: 

    Comprei um livro cujas páginas são verdes. 

    Equivale a: 

    as páginas do livro. 

    as páginas dele. 

    suas páginas. 

    as páginas do qual. 

     

    (Professor Rodrigo Bezerra)

  • Mudando o foco da questão, não seria correto "ESTE" no lugar de "ESSE", conforme as regras do pronome demonstrativo?


ID
1427545
Banca
FUNCAB
Órgão
SEE-AC
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                      Meter a língua onde não é chamado

    Azeite, não é meu parente! Nem todos entendem, mas a língua que se falava antigamente era tranchã, era não?

    As palavras pareciam todas usar galocha, e eu me lembro como ficava cabreiro quando aquela teteia da rua, sempre usando tank colegial, se aprochegava com a barra da anágua aparecendo, vendendo farinha, como se dizia. Só porque tinha me trocado pelo desgramado que charlava numa baratinha, ela sapecava expressões do tipo “conheceu, papudo?!", “Ora, vá lamber sabão", eu devolvia de chofre, com toda a agressividade da época, “deixa de trololó, sua sirigaita".

    A língua mexe, pra frente e pra trás, e assim como o bacana retornou guaribado para servir de elogio nos tempos modernos, pode ser que breve, na legenda de uma foto da Daniela Cicarelli, os jornais voltem a fazer como diante da Adalgisa Colombo outrora, e digam que ela tem it, que ela é linda, um chuchu. São coisas do arco da velha, vai entender?! Não é só o mistério da ossada da Dana de Teffé que nos une ao passado. Não saberemos nunca, também, quem matou o mequetrefe, a pinimba, o tomar tenência e o neca de pitibiribas, essas delícias vocabulares que enxotadas pelo bom gosto gramatical picaram a mula e foram dormitar, como ursos no inverno, numa página escondida do dicionário.

    Outro dia eu disse para as minhas filhas que o telefone estava escangalhado. Morreram de rir com esse maiô Catalina que botei na frase. Nada escangalha mais, no máximo não funciona. Me acharam, sem usar tamanho e tão cansativo polissílabo, um completo mocorongo. Como sempre, estavam certas. Eu tenho visto mulheres de botox, homens que escondem a idade, tenho visto todas as formas de burlar a passagemdo tempo,mas o que sai da boca tem data. Cuidado cinquentões com o ato falho de pedir um ferro de engomar, achar tudo chinfrim, reclamar do galalau que senta na sua frente no cinema e a mania de dizer que a fila do banco está morrinha. Esse papo, por mais que você curta música techno e endívias, denuncia de que década você veio.
    [...]
    Uma língua bem exercida é metida, jamais galinha morta. É feita de avanços e recuos, e se isso parece reclame de algum programa do canal a cabo Sexy Hot, digamos que, sim, pode ser. Língua, seja qual for, é erótica. Dá prazer brincar com ela. Uma lambida no passado envernizaria novamente palavras que estavam lá, macambúzias e abandonadas, como quizumba, alaúza e jururu, expressões da pá virada como “na maciota", “onde é que nós estamos!" e “ir para a cucuia". Certamente, por mais cara de emplastro Sabiá que tenham, elas dariam na verdade uma viagrada numa língua que tem sido sacudida apenas pelo que é acessado do cibercafé e o demorô dos manos e das minas.

    Meter a língua onde não é chamado pode ser divertido. Lembro de Oscarito passando a mão na barriga depois de botar pra dentro uma feijoada completa e dizer, todo preguiçoso e feliz, “tô comuma idiossincrasia!". Estava com o bucho cheio, empanturrado de palavras. Troque essa dieta de alface americana, de palavras transgênicas gordas, compridas e nonsenses como um paio de porco. É o banquete que eu sugiro, que anda na moda mas não vale um caracol. Caia de boca num sarrabulho com assistência na porta, umpifão de tirar uma pestana do caramba, uma car raspana batuta. Essa idiossincrasia vai fazer sentido. Se alguém, depois de receber todas essas palavras de lambuja, repetir a mamãe das antigas e, amuado, gritar “dobre a língua", não se faça de rogado-estique.

               SANTOS, Joaquim Ferreira dos.Meter a língua onde não é chamado . Jornal “O Globo", 08/09/2003, 2º Caderno. Disponível emwww.releituras.com.

Assinale a alternativa emque o elemento contextual a que se refere o pronome em destaque está indicado de forma equivocada.

Alternativas

ID
1429030
Banca
FUNCAB
Órgão
MDA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um  domingo. Ao se curvar no campo do estádio  espanhol  descascar a banana, comê-la de uma  abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves  assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol,  esse que chama juiz de “veado" e negro de “macaco" . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos  claros, assombrou o mundo inteiro extracampo.  Vimos  revimos a cena várias vezes. “Foi natural e  intuitivo" , disse Daniel, o lateral direito responsável  pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o  Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo,  simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi  pop, simbólico, político e eficaz.
    Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy  Warhol previa, na década de 1960, que no futuro  todos seriamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro  chegou e banalizou os atos geniais, transformando  tudo numa lata de sopa de tomate CampbeN's. A  banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de  Neymar, também vítima de episódios de racismo em  estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do  colega e dele próprio  “Tomaaaaa bando de racistas,  #somostodosmacacos e daí?" Uma reação legítima,  mas sem a  maturidade do Daniel. Natural. Há quase  dez anos de estrada de vida entre um e  outro. 
     Imediatamente a banana passou a ser  triturada por milhares de “se lf ie s " . O casal  Luciano Huck  Angélica lançou uma camiseta  #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais  correu o risco de ser chamado de macaco a propriou -se do gesto genial, por isso foi  bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em  seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto  de Daniel “contra o racismo" e chamou de “ousada" a  atitude dele. Depois de ler muitas manifestações,  acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem  sente na pele o peso do preconceito.
     “Estou há onze anos na Espanha, e há onze é  igual... Tem de rir desses atrasados" , disse Daniel ao  sair do gramado no domingo. Depois precisou  explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que  a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na  Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol)  diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima,  nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei  denunciando atitudes racistas" .
      Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com
a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadai em  intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como  se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies" , a camiseta do casal 1.000,  o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o  jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal,  dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do  estádio El Madrigal “para o resto da vida" . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o  ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer  o torcedor “pagar o mal com o bem" .

                                                                                        AQUINO, Ruth de. Rev. Época: 05 maio 2014.

No enunciado seguinte, observa-se a repetição dos antropônimos "Daniel" e "Neymar":

“A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: ‘[. .] #somostodosmacacos e daí?’ Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel.” (§ 2)

Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários):

Alternativas
Comentários
  • Letra C. pois "Este" e "Aquele", se referem ao pronome demonstrativo.

ID
1431034
Banca
VUNESP
Órgão
DETRAN-SP
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder a questão.

O uso da bicicleta no Brasil

A utilização da bicicleta como meio de locomoção no Brasil ainda conta com poucos adeptos, em comparação com países como Holanda e Inglaterra, por exemplo, nos quais a bicicleta é um dos principais veículos nas ruas. Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens.

A bicicleta já pode ser comparada a carros, motocicletas e a outros veículos que, por lei, devem andar na via e jamais na calçada. Bicicletas, triciclos e outras variações são todos considerados veículos, com direito de circulação pelas ruas e prioridade sobre os automotores.

Alguns dos motivos pelos quais as pessoas aderem à bicicleta no dia a dia são: a valorização da sustentabilidade, pois as bikes não emitem gases nocivos ao ambiente, não consomem petróleo e produzem muito menos sucata de metais, plásticos e borracha; a diminuição dos congestionamentos por excesso de veículos motorizados, que atingem principalmente as grandes cidades; o favorecimento da saúde, pois pedalar é um exercício físico muito bom; e a economia no combustível, na manutenção, no seguro e, claro, nos impostos.

No Brasil, está sendo implantado o sistema de compartilhamento de bicicletas. Em Porto Alegre, por exemplo, o BikePOA é um projeto de sustentabilidade da Prefeitura, em parceria com o sistema de Bicicletas SAMBA, com quase um ano de operação. Depois de Rio de Janeiro, São Paulo, Santos, Sorocaba e outras cidades espalhadas pelo país aderirem a esse sistema, mais duas capitais já estão com o projeto pronto em 2013: Recife e Goiânia. A ideia do compartilhamento é semelhante em todas as cidades. Em Porto Alegre, os usuários devem fazer um cadastro pelo site. O valor do passe mensal é R$ 10 e o do passe diário, R$ 5, podendo-se utilizar o sistema durante todo o dia, das 6h às 22h, nas duas modalidades. Em todas as cidades que já aderiram ao projeto, as bicicletas estão espalhadas em pontos estratégicos.

A cultura do uso da bicicleta como meio de locomoção não está consolidada em nossa sociedade. Muitos ainda não sabem que a bicicleta já é considerada um meio de transporte, ou desconhecem as leis que abrangem a bike. Na confusão de um trânsito caótico numa cidade grande, carros, motocicletas, ônibus e, agora, bicicletas, misturam-se, causando, muitas vezes, discussões e acidentes que poderiam ser evitados.

Ainda são comuns os acidentes que atingem ciclistas. A verdade é que, quando expostos nas vias públicas, eles estão totalmente vulneráveis em cima de suas bicicletas. Por isso é tão importante usar capacete e outros itens de segurança.

A maior parte dos motoristas de carros, ônibus, motocicletas e caminhões desconhece as leis que abrangem os direitos dos ciclistas. Mas muitos ciclistas também ignoram seus direitos e deveres.

Alguém que resolve integrar a bike ao seu estilo de vida e usá-la como meio de locomoção precisa compreender que deverá gastar com alguns apetrechos necessários para poder trafegar. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, as bicicletas devem, obrigatoriamente, ser equipadas com campainha, sinalização noturna dianteira, traseira, lateral e nos pedais, além de espelho retrovisor do lado esquerdo.

(Bárbara Moreira, http://www.eusoufamecos.net. Adaptado)

Considerando as regras de uso do acento indicativo de crase, assinale a alternativa que completa corretamente a frase.
Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens

Alternativas
Comentários
  • Quem oferece...oferece algo (mais vantagens) à alguém(àqueles que a utilizam).

  • a) CORRETA.

    b)Não se usa crase antes de pronome indefinido

    c)Não se usa crase antes de pronome indefinido.

    BIZU :  Muito (inflexível) = advérbio

                Muito ( variável) = pronome indefinido

    d)Não se usa crase antes depronome demonstrativo

    e)Não se usa crase antes de artigo indefinido

     

  • GABARITO A

     

    a) àqueles que a utilizam.

     

    Apesar disso, cada vez mais pessoas começam a acreditar que a bicicleta é, numa comparação entre todos os meios de transporte, um dos que oferecem mais vantagens àqueles que a utilizam.

  • A) Oferecer algo a alguém. Oferecer mais vantagens a + aqueles que a utilizam. [GABARITO]

    B) Não há crase antes de pronome indefinido.

    C) Não há crase antes de pronome indefinido.

    D) Não há crase antes de pronome demonstrativo.

    E) Não há crase antes de artigo indefinido.

  • Dizer ''não há crase antes de pronome demonstrativo'' é pouco acurado, visto que: 

    A crase também ocorre com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo. Isso acontece quando a expressão anterior é acompanhada da preposição a, que se aglutina ao a inicial desses pronomes. Pronuncia-se um A só. Na escrita, também fica um A só, mas com acento grave:


    Refiro-me a aquele homem. > Refiro-me àquele homem.

  • Gabarito A

     

    CUIDADO! Têm pessoas escrevendo que "não se usa crase antes de pronome demonstrativo",  mas isso está equivocado: 

    A crase TAMBÉM ocorre com os pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s) e aquilo. Isso acontece quando a expressão anterior é acompanhada da preposição a, que se aglutina ao a inicial desses pronomes. Pronuncia-se um A só. Na escrita, também fica um A só, mas com acento grave:

    Refiro-me a aquele homem. > Refiro-me àquele homem.

    Refiro-me a aquela mulher. > Refiro-me àquela mulher.

    Não me refiro a aquilo. > Não me refiro àquilo.

    Analisemos a mesma frase com o uso dos outros pronomes demonstrativos. Veremos que com eles a crase é impossível, pois não começam pela vogal a: “Não me refiro a isso, refiro-me a esta questão, não me refiro a esse tema”.

    Muitas pessoas estranham o acento numa palavra masculina como “aquele”. Vale lembrar que a crase implica duas vogais idênticas, portanto o que conta é a fusão do preposição com a letra a que dá início ao pronome. Vejamos alguns exemplos:

    Comprei um vaso semelhante àquele que recebi de presente o ano passado. > semelhante aquele

    Cumpre seu papel com respeito absoluto àquilo que de melhor lhe foi transmitido por seus pais. > respeito a + aquilo

     

    fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece-detail.php?id=46

     

    Tudo posso naquele que me fortalece!

  • DICA: AQUILO,AQUELE,AQUELES AQUELA,AQUELAS  SUBSTITUA POR (ISTO,ESTE(S),ESTA(S),ISSO,ESSE(S), ESSA(S). SE APARECER PREPORSIÇÃO USA A CRASE

     

    EX. EU ME REFERI AQUILO. ( EU ME REFERI A ISSO)

    LOGO USA-SE CRASE   EU ME REFERI ÀQUILO

  • ...oferecem mais vantagens a quêm? Aqueles que a utlizam.

     

                               a + aqueles = àqueles

  • essa eu fiz por exclusão; descartei as alternativas b,c,e !

    e sobrou letra A e D, eu tinha assinalado letra D, por que eu olhei as cidades no textos, mais segundo comentários dos colegas ai da comunidade o termo correto é: Letra A, POR CAUSA DA SOMA A+A !

    RUMO AO INSS E CONCURSOS DE TRANSITO !

  • GABARITO: LETRA  A

    ACRESCENTANDO:

    Tudo o que você precisa para acertar qualquer questão de CRASE:

    I - CASOS PROIBIDOS: (são 15)

    1→ Antes de palavra masculina

    2→ Antes artigo indefinido (Um(ns)/Uma(s))

    3→ Entre expressões c/ palavras repetidas

    4→ Antes de verbos

    5→ Prep. + Palavra plural

    6→ Antes de numeral cardinal (*horas)

    7→ Nome feminino completo

    8→ Antes de Prep. (*Até)

    9→ Em sujeito

    10→ Obj. Direito

    11→ Antes de Dona + Nome próprio (*posse/*figurado)

    12→ Antes pronome pessoal

    13→ Antes pronome de tratamento (*senhora/senhorita/própria/outra)

    14→ Antes pronome indefinido

    15→ Antes Pronome demonstrativo(*Aquele/aquela/aquilo)

    II - CASOS ESPECIAIS: (são7)

    1→ Casa/Terra/Distância – C/ especificador – Crase

    2→ Antes de QUE e DE → qnd “A” = Aquela ou Palavra Feminina

    3→ à qual/ às quais → Consequente → Prep. (a)

    4→ Topônimos (gosto de/da_____)

    a) Feminino – C/ crase

    b) Neutro – S/ Crase

    c) Neutro Especificado – C/ Crase

    5→ Paralelismo

    6→ Mudança de sentido (saiu a(`) francesa)

    7→ Loc. Adverbiais de Instrumento (em geral c/ crase)

    III – CASOS FACULTATIVOS (são 3):

    1→ Pron. Possessivo Feminino Sing. + Ñ subentender/substituir palavra feminina

    2→ Após Até

    3→ Antes de nome feminino s/ especificador

    IV – CASOS OBRIGATÓRIOS (são 5):

    1→ Prep. “A” + Artigo “a”

    2→ Prep. + Aquele/Aquela/Aquilo

    3→ Loc. Adverbiais Feminina

    4→ Antes de horas (pode está subentendida)

    5→ A moda de / A maneira de (pode está subentendida)

    FONTE: Português Descomplicado. Professora Flávia Rita

     


ID
1431721
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
ALGÁS
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

[...]
Vai e diz
Diz assim:
Como sou
Infeliz
No meu descaminho
Diz que estou sozinho
E sem saber de mim (Vinícius de Moraes)

O “que” em “que estou sozinho” classifica-se como

Alternativas
Comentários
  • Quando o "que" pode ser subtituido por:

    "isso" - Conjunção integrante 

    "o qual" - Pronome relativo

     

  • Gabarito: C

    Conjunção subordinativa integrante.

    Diz que estou sozinho

    Diz(oração principal) que(conjunção subordinativa integrante) estou sozinho(oração subordinada)

     

  • Quando o "QUE" poder ser substituído por: (e a frase continuar com sentido)

    ISSO, ISTO  --  ​Conjução Integrante

    o qual, a qual, os quais, as quais  --  Pronome Relativo


ID
1432288
Banca
COPEVE-UFAL
Órgão
UFAL
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade. Porque a vida é um espetáculo: para os que se comportam bem, o sistema promete uma boa poltrona (Eduardo Galeano).

No fragmento “para os que”, o termo sublinhado pode ser substituído por:

Alternativas
Comentários
  • O termo "o que", também é pronome demonstrativo, substituindo por aquele, aquela, aquilo.

    Ex: Para "os que" se comportam bem. - Para "aqueles" que se comportam bem.

  • Gabarito: A

    o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o que e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo, são pronomes demonstrativos.

    ...para os que se comportam bem...

    ...para aqueles que se comportam bem...

     

     


ID
1432453
Banca
CEPERJ
Órgão
FSC
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O REMÉDIO É BRINCAR

Quantas crianças de hoje, quando os pais lhes perguntam se querem brincar (em casa, na rua) ou ir até um shopping center, optam pela segunda alternativa? A julgar pelo número elevado de crianças em shoppings, principalmente nos ?ns de semana, inúmeras delas preferem circular por um lugar inteiramente pautado pelos valores da sociedade de consumo (todo fechado, com iluminação arti?cial) a se entregar a outro modo, menos previsível e mais inventivo, de gastar (investir?) o tempo. Sem contar aquelas cujos pais nem mesmo cogitaram a primeira opção...

Quem associa lazer e tempo livre ao verbo consumir talvez reveja algumas de suas crenças e posturas ao ver o documentário brasileiro Tarja Branca: a revolução que faltava, que faz uma defesa eloquente da brincadeira - lúdica, descompromissada, criativa - não apenas na infância, mas também na vida adulta. Dezenas de entrevistados (entre eles os músicos Antonio Nóbrega e Wandi Doratiotto, e os escritores Braulio Tavares, colunista de Carta Fundamental, e Marcelino Freire) lembram, em seus depoimentos ao ?lme, o que a vida cotidiana perde ao se esquecer do que todos sabíamos muito bem quando éramos crianças.

Uma das perguntas-chave do documentário: saberão disso também as crianças de hoje, boa parte delas vivendo em centros urbanos voltados para o trabalho e o consumo? Dirigido por Cacau Rhoden e produzido pela Maria Farinha Filmes (a mesma de Criança, a Alma do Negócio e Muito Além do Peso), Tarja Branca, cujo título refere-se a uma divertida “medicina psicolúdica”, proposta em um dos depoimentos - sugere, ao apresentar visões diversas sobre o tema, que a educação contemporânea se apropriou da brincadeira, sobretudo na escola, como um “conteúdo programático”. Tirou-lhe, portanto, o que havia de mais essencial, o improviso e a falta de regras, para cercá-la de planejamento e cuidados.

Como resultado dessa política, teríamos uma geração de crianças, especialmente das classes média e alta, que não foi devidamente apresentada ao universo brincante, ou à “linguagem do espontâneo, da alma”, como resume um dos entrevistados. Pais e professores tendem a extrair do ?lme re?exões sobre como se comportam em relação ao tema com seus ?lhos e alunos, mas a provocação de Rhoden pode despertar interesse também entre o público que não se encaixa em nenhum desses papéis, ao fazer um diagnóstico da sociedade de consumo, intolerante, em sua lógica perversa, com a cultura do ócio ou com o “?car sem fazer nada”.

(Adaptado de: cartafundamental.com.br)

Em “Como resultado dessa política”, o pronome “essa” retoma a seguinte ideia:

Alternativas
Comentários
  • Tirou-lhe, portanto, o que havia de mais essencial, o improviso e a falta de regras....

    c) regulação sistemática das brincadeiras



  • "... a educação contemporânea se apropriou da brincadeira, sobretudo na escola, como um 'conteúdo programático'.." (3º parágrafo)


ID
1434475
Banca
IBFC
Órgão
HEMOMINAS
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A pipoca
Rubem Alves


A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas

Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de "culinária literária". Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético- filosófico a uma meditação sobre o filme A Festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo
- porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento.
As comidas, para mim, são entidades oníricas.
Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca.
imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas ideias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.

A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem. Para os cristãos, religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida...). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas.

Lembrei-me, então, de lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé...

A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá- las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado.

Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa - voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo.

Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!!
- e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã, o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro.

"Morre e transforma-te!" - dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem.

Por exemplo: em Minas "piruá" é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: "Fiquei piruá!" Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.

Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem.

Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida perdê-la-á". A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo a panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...

"Nunca imaginei que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu".

Considere o período abaixo:

Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a ideia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

O pronome isso refere-se:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: B

    DEVIDO AO FATO DE O ENUNCIADO CITAR "MAS O FATO É QUE", DEIXOU DE SER NECESSÁRIO VOLTAR AO TEXTO, AFINAL,  ISSO ACONTECEU, ISSO O QUÊ? O FATO É... ASSIM, PARA QUEM TEM UMA BOA COMPREENSÃO, PODE IDENTIFICAR QUE A IDEIA EXPRESSA PELO AUTOR, TRATA-SE DE UMA INVENÇÃO.

    PORTANTO, A ALTERNATIVA D É A MAIS ÓBVIA.

    ESTUDAR É UM PRIVILÉGIO, PERSEVERE!

     

  • Olha o tamanho do texto....cara, já passou a hora de termos uma lei p regulamentar concursos; qual a necessidade de um texto desse tamanho?


ID
1435735
Banca
IBFC
Órgão
PM-PB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I
                                    Aí pelas três da tarde
                                                                              (Raduan Nassar)

Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom-senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo de repente sob os olhares à sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao" ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pelo, mas sem ferir o pudor (o seu pudor bem entendido), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assome depois com uma nudez no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado), e se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas la no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé ( já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo.




O texto começa com a expressão “Nesta sala”. Sobre o emprego do pronome demonstrativo “esta” que se encontra contraído em tal expressão, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O examinador da prova quis confundir o candidato quando se referiu ao leitor, na alternativa C.

    Afinal de contas, não estamos no espaco narrado, apenas aquele que conta a história, que nesse caso é o narrador ( enunciador )

    Alternativa B. Correta

  • Ele não quis cnfundi-los, tão somente pegar no pulo os desatentos. E olha que muitos caíram! Sempre muitos irão cair...

     

  • Esta é usado quando o que está sendo demonstrado está perto da pessoa que fala.
    Essa é usado quando o que está sendo demonstrado está longe da pessoa que fala e perto da pessoa a quem se fala.

  • Letra B.

    Foco PMSE E PMPB

  • Este puteiro. Eu estou dentro do puteiro mostrando a vocÊ.

    Esse puteiro. Eu estou em frente ao puteiro mostrando a você.

    Aquele puteiro. Eu estou um pouco distante do puteiro.

    #AVANTE TURMA

  • indica que o leitor encontra-se no espaço narrado. (Correto: Narrador)

  • Esta/Nesta sempre será usado quando o narrador estiver próximo ao objeto mencionado por ele . Bons estudos

  • Essa bixiguenta de questão!!! Toda vez erro por falta de atenção.

    NARRADOR!!! NARRADOR!!!

    LEITOR!!! LEITOR!!!


ID
1440145
Banca
FUNCAB
Órgão
SEDUC-RO
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                               A flor do Lácio *

    João Ubaldo Ribeiro, o imortal, me confessou certa feita que havia repetido uma palavra duas vezes ao longo de sua volumosa obra, Viva o Povo Brasileiro , e isso o incomodara imensamente. A confissão aconteceu por causa de uma apresentação de A Casa dos Budas Ditosos em que a memória me falhou e eu mandei um segundo “ensandecida" em vez de alternar com “enlouquecida". Foi uma pequena aula de português das tantas que tive por osmose com o Ubaldo, graças à nossa aproximação através do teatro. Não se deve repetir palavras impunemente.
     O começo de nossa amizade foi muito difícil para mim. Somos comparsas de e-mail, e cada vez que eu tinha de escrever para o venerado João minhas pernas bambeavam de insegurança gramática. Um singelo: “Caro Ubaldo, vamos jantar?" me exigia algumas horas de concentração para pôr a vírgula no lugar adequado. Aprendi imensamente com a impagável correspondência com o mestre e devo, e muito, a Ubaldo esta posição de colunista aqui em VEJARIO. Um ano e pouco atrás, trocamos uma série de mensagens mais pessoais e, pela primeira vez, escrevi para o poeta demaneira solta. Ele, que é atento aos detalhes, percebeu a melhora e me fez um dos elogios mais valorosos que já recebi na vida.
    Mas a evolução de um português medíocre como o meu não é garantia de coisa nenhuma. Relendo a crônica “Gula", da edição de 14 de outubro, dei de cara com a repetiçãomaciça da palavra “doce" e de outras que agora não lembro. É verdade que as últimas semanas têm sido tumultuadas aqui em casa, mas isso não justifica a cegueira. Sem falar na confusão enervante de “quês"... Minha mãe me alertou para outro vício: o uso exagerado do gerúndio. Esse eu ainda controlo. Minha imunidade ao gerúndio é mais alta do que a vulnerabilidade para a infestação de “quês".
    É o mal dos tempos. Fiz uma palestra outro dia na PUC sobre escolhas profissionais e a conversa recaiu sobre a questão da exigência do diploma de jornalista para exercer a profissão. É claro que eu gostaria que o cirurgião prestes ame abrir um talho na barriga fosse formado em medicina e especializado em fígado, intestino ou algo que o valha. Mas um economista pode ser de grande utilidade para um jornal, assim como um biólogo exerce respeito na seção de ciências. Uma professora do curso de comunicação se pronunciou no debate dizendo que a maior dificuldade, comum a todos os alunos, era o pífio desempenho na língua portuguesa. Por ela, as faculdades deveriam incluir cursos obrigatórios de letras para toda e qualquer profissão, já que o nível do ensino da língua de Camões no 2º grau era baixíssimo. Baseada na minha experiência, estou com ela e não abro.
    João Ubaldo sonhou em fazer filosofia, mas o pai severo o encaminhou para o direito. Ubaldo é formado em ciência política. Poderia estar na ONU, não sei, ou em qualquer grande escritório de advocacia, mas preferiu cuidar da flor do Lácio. Seu último livro,O Albatroz Azul , acaba de chegar às livrarias. Se você aguentou estes pobres parágrafos confessionais de uma atriz carioca até aqui, deixo um brinde na saída: a abertura d' O Albatroz Azul , para você perceber o que é realmente escrever.O resto é silêncio.
    “Sentado na quina da rampa do Largo da Quitanda, as mãos espalmadas nos joelhos, as abas do chapéu lhe rebuçando o rosto pregueado, Tertuliano Jaburu ouviu o primeiro canto de galo e mirou o céu sem alterar a expressão. Ignora-se o que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos como ele e ninguém lhe perguntaria nada, porque, mesmo que ele se dispusesse a responder, não entenderiam plenamente as respostas e dúvidas mais fundas sobreviriam de imediato, pois é sempre assim, quando se tenta conhecer o que o tempo ainda não autoriza."
    * A expressão “Última flor do Lácio, inculta e bela" é o primeiro verso de um famoso poema de Olavo Bilac, poeta brasileiro que viveu de 1865 a 1918. Essa flor é a língua portuguesa, considerada a última das filhas do latim.

                                                                                    (Fernanda Torres, in Veja Rio, 28 de out. de 2009)

Assinale a opção em que a palavra o é pronome demonstrativo.

Alternativas
Comentários
  • CORRETA > D



    d) “Ignora-se o(AQUILO) que, nessa calmaria antes do nascer do sol, pensam os grandes velhos...”

  • - O (a, os, as) são pronomes demonstrativos quando se referem à aquele (s), aquela (s), aquilo, isso. - Mesmo e próprio, pronomes demonstrativos, designam um termo igual a outro que já ocorreu no discurso. As reclamações ao síndico não se alteram: são sempre as mesmas. *são usados como reforço dos pronomes pessoais.


ID
1446550
Banca
CETRO
Órgão
AEB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto abaixo para responder à questão.


João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

Sivuca e Chico Buarque. Chico Buarque de Holanda. São Paulo, Abril Educação, 1980. (Literatura Comentada) 

Assinale a alternativa cujo termo destacado seja classificado como um pronome demonstrativo.

Alternativas
Comentários
  • A) Demonstrativo

    B) Indefinido

    C) Possessivo

    D) reflexo

    E) Possessivo

  • Corrigindo um pequeno deslize do nosso amigo Mario, na correção abaixo.

    Na letra D o "me" não é reflexivo, mas um pronome oblíquo átono.

    Exemplos de pronomes pessoais oblíquos tônicos: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.

    Exemplos de pronomes pessoais oblíquos átonos: me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.


ID
1451071
Banca
FGV
Órgão
TJ-SC
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Prestes   a   completar   80   anos, Renato   Aragão reclama da perseguição ao humor politicamente incorreto, visto hoje como preconceituoso. O humorista, que aniversaria na próxima terça (13) e também comemora 55 anos do personagem Didi em 2015, relembra que na época de Os Trapalhões (1966 -1995), negros e gays sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira. "Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear", desabafa.

"Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear", desabafa.

A justificativa das formas dos demonstrativos sublinhados é, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • RESPOSTA A 


    "Naquela época" =... relembra que na época de Os Trapalhões (1966-1995).

     ...essas classes...= negros e gays 

  • essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais; Essas não se refere a esses elementos? Dúvida! :o

  • "Essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais...", trata-se dos termos citados posteriormente e não anteriormente. Infelizmente a Catarina trata a fala do entrevistado como se fosse a do entrevistador, o termo negros e gays foi utilizado pelo repórter ao escrever a matéria e não trata-se de uma fala anterior do Didi. Como seria possível o entrevistado responder uma pergunta em referencia a um termo da matéria posteriormente escrita???

  • É anteriormente mesmo. O "essas" é utilizado para remeter termos já mencionados no discurso. O enunciado da questão pode não ter ajudado, mas voltando ao período anterior (no texto completo) você vê que "essas" refere-se a "negros e gays" que foi anteriormente anunciado e mais na frente repetido na fala introduzida apenas por realce. 

  • de qualquer forma a única alternativa que se adequaria seria a a) mesmo pois essas não faz referência a termos citados anteriormente; tempo distante e nem é pejorativo

  • A principio eu tinha ficado em dúvida entre a alternativa A e E, porém após verificar o significado da palavra pejorativa, fica claro que a alternativa A é o gabarito.

    pejorativo: que exprime sentido desagradável ou de desaprovação e depreciativo. 
    Logo no texto em momento algum infere-se nesse sentido. 
  • Porra, só pode ser sacanagem um gabarito desses! A fala do Didi está em aspas, é uma citação!
    Ele falou tal frase, pelo que tudo consta, sem ter lido o texto que resume sua entrevista(o que seria até impossível de se fazer). Logo, não tem como o pronome usado pelo Didi ter sido referente ao trecho "relembra que na época de Os Trapalhões (1966 -1995), negros e gays sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira", que, como já disse, resume parte de sua entrevista.
    Já conclui, para acertar as questões da FGV, o conhecimento é desnecessário, basta a malandragem. É lamentável!

  • Pensando como FGV imaginei que por ser uma entrevista poderiam estar falando sobre o assunto e portanto ao dizer esse discurso provavelmente já teria mencionado algo sobre as referidas classes.

  • Não faz sentido o pronome  fazer referência a termos citados anteriormente, a "classe dos feios" nem é citada anteriormente!

  • Só eu que vejo as questões da FGV como escrotas?

  • pra quem errou e ainda não sabe o porquê, procure estudar sobre o uso dos pronomes demonstrativos... essas se refere á " negros e gays " claramente

     

  • QUESTAO a qual chamo de PONTE

     

    TEM QUE fazer uma ponte com o texto pra acertar

     

    nao desisto

  • GENTE A PALAVRA" NAQUELA" ( FALA DE TEMPO DISTANTE E A PALAVRA "ESSA" ( É UM PRONOME ANAFÓRICO , SERVE PARA RECUPERAR O QUE JÁ FOI FALADO.

     

    GABARITO A

  • "O humorista, que aniversaria na próxima terça (13) e também comemora 55 anos do personagem Didi em 2015, relembra que na época de Os Trapalhões (1966 -1995), negros e gays sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira".

    O termo "esse" se refere a essa parte em que destaquei. Mesmo que ela não tenha sido citado pelo próprio Didi, é possível imaginar que antes de Didi dizer: "Naquela época, essas classes dos feios, dos negros e dos homossexuais, elas não se ofendiam. Elas sabiam que não era para atingir, para sacanear", provavelmente ele já devia ter comentando sobre feios, negros e gays na entrevista, pois ficaria meio estranho ele já começar a mesma soltando essa sentença. De qualquer forma, se tivesse um texto maior não haveria dúvidas sobre a questão. 

     Esse é o tipo de questão que você não deve pensar demais, senão perde tempo e, ou, acaba errando-a.

  • questão mamãe 

  • A questão acima trata-se dos pronomes demonstrativos aplicados ao espaço temporal, e tb a situação de referenciação.

    Naquela época - refere-se naquele tempo, tipo, um passado remoto.

    Essas classes dos feios dos negros e dos homossexuais...- estamos diante de uma anafora, retomando algo já citado no texto.

    negros e gays sabiam que as piadas eram apenas de brincadeira.., ou seja, o essas se refere-se a negros e gays.

    Assertiva correta, letra A.

     

  • Nenhuma está correta! Deveria ser anulada! ESSAS é CATAFÓRICO e não retoma a fala do entrevistador quando citou negros e gays, mas a do Didi que citou FEIO, negro e gay. Não me venham com esse negócio de que feio é palavra de realce, pois alegar isso é o mesmo que dizer que TODO NEGRO E GAY SÃO FEIOS. QUESTÃO DEVE SER A.N.U.L.A.D.A!!!!!!

  • Fui por eliminação. Como alguém pode retomar algo que não foi ele que disse (se a citação fosse indireta, vá lá, mas é direta!).

  • Como citaram, há controvérsias, sendo algo anafórico referente ao explicado anteriormente, e catafórico referente ao que é explicado posteriormente, esses é catafórico, não havendo no texto menção anterior dos termos "negros" e "gays" por parte do Didi.     
    Portanto assinalei a correta com reservas, acho que a resposta está errada.

  • É só ler o texto que não restam dúvidas da letra A

  • Ok! Acertei, mas não fico muito menos inquieto com a questão em razão disso! Como que retoma em um texto que utilizou citação direta? Só pensando como a FGV pensa mesmo! Espero que esse insight surja na hora da prova! -.-'

  • Na versão app não aparece o texto :c. Errei por isso.
  • Como é referência a texto anterior se os textos são de autores diferentes, escritos em momentos diferentes?

    Didi leu o texto antes de fazer o comentário para retomar o que foi dito? não.

     

  • Gabarito A

    For non-subscribers

  • Turma, fiquem atentos!!! Geralmente vocês podem ver que o Pron: Esse... e seus derivados, para a FGVIGARISTA, pode ser para dar inicio a termos que irão ser ainda citados, já vi questões acerca desse modelo...


ID
1455070
Banca
FGV
Órgão
DPE-MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca

O primeiro desses “erros" era “usar água da chuva para beber, tomar banho e cozinhar". Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da casa". 

O texto mostra três ocorrências do pronome demonstrativo.

I. “O primeiro desses 'erros'..."
II. “Essa água só é indicada para consumo..."
III. “Por isso é melhor usá-la..."

Sobre essas ocorrências, assinale a afirmativa inadequada.

Alternativas
Comentários
  • Letra E - Incorreta

    E) Os pronomes “desses, essa, isso” não são usados para referir-se a termos proximamente citados. Já o correto para essa

    situação seria o uso do pronome “este e flexões”.

    http://aprovandoonline.com.br/noticia/gabarito_comentado_-_dpe_mt_2015_(superior)_76

  • Letra E) Todas as ocorrências se referem a termos proximamente citados.

    Na segunda ocorrência, o demonstrativo "Essa" refere-se à "água da chuva armazenada em casa", termo que está longe dele no texto.

    Eu entendi que essa é a justificativa...



  • Acho que a alternativa "d" deveria mencionar a água da chuva. E não apenas água.

  • 07. E

    Os sete erros que devem ser evitados em tempos de seca

    O primeiro desseserros” era “usar água da chuva para beber, tomar banho e cozinhar”. Segundo o aviso, “A água da chuva armazenada em casa não pode ser usada para beber, tomar banho e cozinhar porque ela contém uma alta concentração de poluentes atmosféricos, que podem causar mal à saúde. Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico, feito somente por especialistas, não bastando ferver ou filtrar. Por isso, é melhor usá-la apenas na limpeza da casa.”

    Basta olhar para o texto transcrito para perceber que o pronome “Essa” não se refere a um termo proximamente citado – água da chuva armazenada.

    As demais afirmativas estão corretas:

    (A) Todas as ocorrências se referem a termos anteriormente citados:

    esses > os sete erros; Essa > ´água da chuva armazenada em casa; isso > Essa água só é indicada para consumo com tratamento químico.

    (B) A expressão “esses erros” faz referência aos sete erros.

    (C) Ver explicação dada para o item (E).

    (D) Ver explicação dada para o item (E)

  • Também fiquei na dúvida nesta questão, mas acredito que a primeira opção é a correta, veja:

    Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que ainda vai ser dito ou escrito (recurso catafórico), e “esse, essa, isso”
    (recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito.

  • Fiquei em dúvida na Questão A e E

    A- foi a única que fiquei na dúvida, justamente pq a princípio achei que o item I se tratava de expressão catafórica, onde vc explica depois de fazer a referência, mas analisando de novo a resposta está no título (o primeiro desses erros (dos sete erros)), ou seja todas as ocorrências já haviam sido citadas anteriormente, então eliminados, pois a afirmativa é adequada.

    Dessa forma só resta a E, pois o item II, tem sua referência logo no inicio do texto, então está distante da frase.


  • Indicada para comentário.

  • A letra A) não está errada, meus caros! A FGV usa sua subjetividade a favor do contra fluxo, não é possível. A letra E) está mais correta, isso é fato. Mas a A) também está correta, portanto, a questão possui 2 alternativas corretas.

  • Quero morrer quando erro por falta de atenção ao enunciado ;@@@@@@@@@@@@@@@@@@@@

     

    A FGV já é "única" em português e einda me dou ao luxo de errar por bobeira... é frustrante!

  • Que banca...

  • Em 14/09/21 às 06:43, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!Em 07/09/21 às 06:15, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!Em 30/08/21 às 06:00, você respondeu a opção D.

    !

    Você errou!

    Vou marcar a opção D para o resto da minha vida porque ela cita apenas "água" e pra mim isso é vago, visto que o texto fala sobre AGUA DA CHUVA

  • Aguinha da chuva mó boa, aqui no nordeste é a "coisa mais normal do mundo"


ID
1461613
Banca
IBFC
Órgão
SEE-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                        Ler devia ser proibido

      A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
      Afinal de contas, ler faz muito mal as pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que Ihe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu- se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
      Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
      Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: O conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
      Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que Ihe é devido.
      Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
      Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
      Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
      O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas leem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria urn livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversive do que a leitura?
      É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metros, ou no silêncio da alcova... Ler deve se coisa rara, não para qualquer um.
      Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
      Para obedecer não é preciso enxergar, o silencio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
      Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
      Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

                                                                                                                              (Guiomar de Grammon)


Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro. coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovarv. tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos." (2°§)

Os segmentos em destaque no trecho acima funcionam como elementos coesivos de função referencial. Se quiséssemos substituí-los por formas pronominais demonstrativas usaríamos, respectivamente:

Alternativas
Comentários
  • O primeiro...está longe das duas pessoas (lá) - aquele

    Quanto à pobre Emma Bovary....o objeto está perto da 2º pessoa (ai) - esta


  • no gabarito da prova está correta letra C

    https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/41656/ibfc-2015-see-mg-professor-de-educacao-basica-nivel-i-grau-a-lingua-portuguesa-prova.pdf

    https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_gabarito/41656/ibfc-2015-see-mg-professor-de-educacao-basica-nivel-i-grau-a-lingua-portuguesa-gabarito.pdf

  • Resposta correta é letra A

    Em relação à fala ou à escrita, o pronome este indica o mais próximo e aquele o mais distante.

    Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame BovaryO primeiro [Aquele (O mais distante)]. coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quitha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovarv[Esta(O mais próximo)]. tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.

  • O gabarito ta certíssimo, vocês estão equivocados. Vou dar outro exemplo:

    João e Maria são professores da escola. Este ensina matemática (João), Aquela ensina portugûes. (Maria)

    Se fosse 3 pessoas:

    João, José e Maria são professores da escola. Este ensina matemática (João), esse ensina física (José), aquela ensina português. (Maria)

    Foi a regra que aprendi, usei e deu certo. 

  • Acredito que o gabarito esteja incorreto.

    "Em um discurso, a posição ESTE X AQUELE é usada anaforicamente para retomar elementos citados, de forma ordenada. "Aquele" retoma o primeiro e "este" o último elemento da citação. Ex.: A realidade social evidencia um abismo entre ricos e pobres: aqueles repletos de oportunidades que são negadas a estes."

    Fonte: Professor Marcelo Bernardo

  • Weslley Batalha, amigão, é bom você revisar as aulas de colocação pronominal:

    De acordo com a relação textual, o pronome demonstrativo "aquele" se refere ao termo "mais longe"; refere-se ao primeiro termo ao qual se deseja fazer referência. 

    Já o pronome demonstrativo "este", é o termo "mais próximo"; o último termo citado.

    Se me permite, a sua frase estaria correta se assim a escrevesse:

    João Maria são professores da escola. Aquele ensina matemática (João), esta ensina portugûes. (Maria).

  • Laysa Martins diferentemente do que disse,  o gabarito da prova consta letra A (questão 5)

    Não há problema na questão nem no gabarito.

  • Tem que retornar ao texto para responder a questão.

     

  • por que não ELE e ELA? Aguém pode responder.

  • Ele e Ela são pronomes pessoais gente, lá pede pronome demonstrativo...

  • E, também, pronomes pessoais do caso reto não podem ser repetidos

  • Gab A

     

    Pronomes Demonstrativos:

     

    Este - Esta - Isto = Catafóricos - Para frente

     

    Esse - Essa - Isso = Anafóricos - Para trás

     

    Aquele - Aquela - Aquilo = Retoma algo que está distante. 

     

     

     

  • EsTe - EsTa - IsTo = CaTafóricos


ID
1463548
Banca
MS CONCURSOS
Órgão
Prefeitura de São Borja - RS
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Um gramático contra a gramática 

Língua e Liberdade: por uma nova concepção da língua materna e seu ensino (L&PM, 1995, 112 páginas) do gramático Celso Pedro Luft traz um conjunto de ideias que subverte a ordem estabelecida no ensino da língua materna, por combater, veemente, o ensino da gramática em sala de aula.

Nos 6 pequenos capítulos que integram a obra, o gramático bate, intencionalmente, sempre na mesma tecla ­ uma variação sobre o mesmo tema: a maneira tradicional e errada de ensinar a língua materna, as noções falsas de língua e gramática, a obsessão gramaticalista, inutilidade do ensino da teoria gramatical, a visão distorcida de que se ensinar a língua é se ensinar a escrever certo, o esquecimento a que se relega a prática linguística, a postura prescritiva, purista e alienada ­ tão comum nas "aulas de português".

O velho pesquisador apaixonado pelos problemas da língua, teórico de espírito lúcido e de larga formação linguística e professor de longa experiência leva o leitor a discernir com rigor gramática e comunicação: gramática natural e gramática artificial; gramática tradicional e linguística; o relativismo e o absolutismo gramatical; o saber dos falantes e o saber dos gramáticos, dos linguistas, dos professores; o ensino útil, do ensino inútil; o essencial, do irrelevante.

Essa fundamentação linguística de que lança mão - traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral - sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional. É, antes de tudo, um fato natural, imanente ao ser humano; um processo espontâneo, automático, natural, inevitável, como crescer. Consciente desse poder intrínseco, dessa propensão inata pela linguagem, liberto de preconceitos e do artificialismo do ensino definitório, nomenclaturista e alienante, o aluno poderá ter a palavra, para desenvolver seu espírito crítico e para falar por si.

Embora Língua e Liberdade do professor Celso Pedro Luft não seja tão original quanto pareça ser para o grande público (pois as mesmas concepções aparecem em muitos teóricos ao longo da história), tem o mérito de reunir, numa mesma obra, convincente fundamentação que lhe sustenta a tese e atenua o choque que os leitores ­ vítimas do ensino tradicional ­ e os professores de português ­ teóricos, gramatiqueiros, puristas ­ têm ao se depararem com uma obra de um autor de gramáticas que escreve contra a gramática na sala de aula.

Gilberto Scarton

Considere o excerto a seguir:

Essa fundamentação linguística de que lança mão ­ traduzida de forma simples com fim de difundir assunto tão especializado para o público em geral ­ sustenta a tese do Mestre, e o leitor facilmente se convence de que aprender uma língua não é tão complicado como faz ver o ensino gramaticalista tradicional.” A palavra destacada é:

Alternativas
Comentários
  • Anáfora - retoma por meio de referência um termo anterior.

    Catáfora - termo usado para fazer referência a um outro termo posterior.

  • ESSA= pronome demostrativo, muito facil manda outra!!!

     


ID
1464028
Banca
FCC
Órgão
TRT - 18ª Região (GO)
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Em nossos dias a imigração provoca um alarme exagerado em muitos países europeus, entre os quais a França, onde esse medo explica em boa parte o elevadíssimo número de votos que a Frente Nacional obteve no primeiro turno das eleições presidenciais passadas. Esses temores são absurdos e injustificados, pois a imigração é indispensável para que as economias dos países europeus, de demografia estancada ou decrescente, continuem crescendo, e os atuais níveis de vida da população se mantenham ou se elevem. A imigração, por isso, em vez do fantasma que habita os pesadelos de tantos europeus, deve ser entendida como uma injeção de energia e força laboral e criativa para a qual os países ocidentais devem abrir as portas, trabalhando pela integração do imigrante. Mas, claro, sem que a mais admirável conquista dos países europeus, que é a cultura democrática, seja prejudicada, e, sim, ao contrário, que se renove e enriqueça com a adoção desses novos cidadãos. São estes que têm de se adaptar às instituições da liberdade, e não estas acomodar-se a práticas ou tradições incompatíveis com elas. Todas as culturas, crenças e costumes devem ter lugar numa sociedade aberta, desde que não colidam com os direitos humanos e os princípios de tolerância e liberdade que constituem a essência da democracia.

                                                                              (Adaptado de Mário Vargas Lhosa. A civilização do espetáculo. Trad.
                                                                                          Ivone Benedetti. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012, formato ebook)


                        São estes que têm de se adaptar às instituições da liberdade...

Considerando-se o contexto, o elemento grifado na frase acima refere-se aos

Alternativas
Comentários
  • Novos cidadães - Imigrantes.

  • CidadÃOs

  • A FCC, como a exemplo da CESPE, podia especificar em suas questões, em qual linha do texto está o que se pede, e não essa palhaçada de parágrafo ou muitas vezes sem citar nada, nos fazendo perder cada vez mais nosso valioso tempo!

ID
1466494
Banca
FUNRIO
Órgão
UFRB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A  questão   tomou  por base o seguinte texto, de Ana Paula de Oliveira e Claudia Lima de Albuquerque:

                 UM PANORAMA DO RECÔNCAVO BAIANO: SOCIEDADE, ECONOMIA E CULTURA

      (...) A história do estado da Bahia é antiga. Salvador foi a primeira capital do Brasil e por muitos anos foi o centro administrativo de Portugal na Colônia. Essa importância dada à capital abrangia também o Recôncavo Baiano. Aqui se instituiu um expressivo comércio de açúcar, fumo e outros produtos oriundos de diversas localidades, que foram em direção a Portugal e outros países europeus. A população do Recôncavo em períodos coloniais sofreu muito com a ambição desenfreada dos portugueses, que tinham como único interesse a exploração das riquezas destas terras. Observa-se muito bem no trecho seguinte de Miguel Santos e outros a intenção portuguesa, assim que chegou a estas terras.

       Nos primeiros contatos que os portugueses mantiveram com o Recôncavo, perceberam a existência de uma diversidade de plantas, animais e uma sociedade nativa, denominada indígena. O colonizador europeu, quando partiu para África, América e Ásia, sabia que, se necessário, destruiria todas as culturas encontradas, a fim de atingir o seu objetivo: exploração das terras “descobertas". Daí a construção de ideologias para justificar as investidas políticas, socioeconômicas e culturais que lhe trariam grandes lucros a partir da comercialização de produtos que não se identificavam com a realidade dos nativos. (SANTOS, 1996)

      A  proximidade do Recôncavo com a primeira capital do Brasil facilitava o embarque dos produtos e desembarque dos escravos, tornando Salvador o principal ponto de comunicação, fazendo com que suas adjacências também sofressem inúmeras mudanças. Essa região já demonstrava sua importância desde os primórdios da colonização. Registros desse período ainda permanecem na paisagem de Salvador e de algumas cidades do Recôncavo: são os sobrados em estilo barroco, as igrejas, os pelourinhos.

      A paisagem mudou ao longo do tempo. Hoje, Cachoeira comporta uma intensa atividade turística, abriga um dos campi da UFRB, o que faz com que estudantes de variados locais do país se desloquem para esta pequena cidade para estudar, trazendo melhorias, mas também aumentando, e muito, o custo de vida da população cachoeirana. Cachoeira, felizmente, ainda preserva em sua arquitetura um longo período da história brasileira, em parte graças aos investimentos do governo, que através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) faz reformas em vários prédios, que já estavam prestes a sucumbir. Isto também ocorre em Salvador e São Félix. (...)

                                 FONTE: http://www.narradoresdoreconcavo.com.br/index/reconcavo [adaptado]

Releia o penúltimo parágrafo do texto e observe os trechos transcritos a seguir:

I) “(...) fazendo com que suas adjacências também sofressem inúmeras mudanças."

II) “Essa região já demonstrava sua importância desde os primórdios da colonização."

III) “Registros desse período ainda permanecem na paisagem de Salvador"

As quatro palavras sublinhadas mostram o emprego de pronomes que, evitando a repetição gratuita de palavras, atuam na coesão textual. Assinale a única alternativa que contém interpretação equivocada de um desses elementos.

Alternativas
Comentários
  • Letra "A", pois faz referência a Salvador e não ao Recôncavo Baiano.

    Bons estudos

  • Emprego do pronome e seus termos referente.

  • Alguém saberia pq a  letra b está certa?


ID
1467091
Banca
FUNRIO
Órgão
UFRB
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão tomou   por base o seguinte texto, de Ana Paula de Oliveira e Claudia Lima de Albuquerque:

                      UM PANORAMA DO RECÔNCAVO BAIANO: SOCIEDADE, ECONOMIA E CULTURA

       A região conhecida como Recôncavo Baiano, localizada no estado da Bahia, mais precisamente ao entorno da Baía de  Todos os Santos, é um dos primeiros pedaços de terra pisados pelos portugueses, logo que aportaram em solo americano. Deu-se aí a origem de uma das mais ricas regiões do nosso país, tanto em relação à natureza, como culturalmente, a qual  comporta em seu território uma ampla mistura de povos, que aqui se uniram deixando suas marcas na cultura, na culinária e  na arquitetura, contribuindo para a complexidade e singularidade cultural existente. Relata este artigo um pouco da história,  economia e sociedade, dando ênfase à população local.
        Apontar exatamente as cidades que compõem esse território não é uma tarefa fácil (...). Para tal, é preciso levar em conta diferentes classificações de Recôncavo, seja ela a do Território de    Identidades, que considera 33 cidades ou a do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), que identifica 20 municípios ocupando uma área de 5.250,51 km² do estado da Bahia. Porém, levando em consideração que muitas cidades da região estabelecem entre si importantes relações e  formam uma complexa rede urbana, consideraremos neste estudo alguns dos 89 municípios baianos localizados na área que  circunda a Baía de Todos os Santos e que mantêm relações econômicas, políticas, culturais, sociais e identitárias,  alavancadas principalmente pelos meios e veículos de comunicação e de tecnologia. Segundo CORRÊA (1997, p. 93)

         [...] a rede urbana constitui-se no conjunto de centros urbanos funcionalmente articulados entre si. É, portanto, um tipo particular de rede na qual os vértices ou nós são os diferentes núcleos de povoamento dotados de funções urbanas, e os caminhos ou ligações os diversos fluxos entre esses centros.

        Nesses municípios estão localizadas cidades de grande importância na região, como é o caso de Santo Antônio de  Jesus, que se destaca economicamente devido ao forte comércio e à geração de serviços. Conta hoje com mais de duas mil  empresas, sem considerar o comércio informal. Cruz das Almas e Cachoeira também têm grande relevância, ambas passam por mudanças econômicas e de organização territorial devido às influências causadas pela instalação da Universidade Federal  do Recôncavo da Bahia (UFRB).

                                           FONTE: http://www.narradoresdoreconcavo.com.br/index/reco... [adaptado]

Na frase final da citação colocada no artigo, lê-se: “É, portanto, um tipo particular de rede na qual os vértices ou nós são os diferentes núcleos de povoamento dotados de funções urbanas, e os caminhos ou ligações os diversos fluxos entre esses centros."

Observe as seguintes afirmações sobre ela:

I) A palavra “portanto" estabelece um elo lógico conclusivo em relação ao trecho precedente.
II) O pronome pessoal “nós" costuma ser empregado em textos acadêmicos.
III) A omissão da forma verbal “são" no segmento final da frase é um recurso estilístico.
IV) O demonstrativo “esses" retoma a palavra “povoamento".

Assinale a única alternativa que aponta quantas dessas afirmações estão corretas.

Alternativas
Comentários
  • Gab. B - Três delas estão corretas. 

    Acredito eu, que a única errada é quando se diz: II) O pronome pessoal “nós" costuma ser empregado em textos acadêmicos. 

  • GAB. B

    Já eu discordo da Gabrielli, Acredito que na assertiva IV o pronome "esse" refere-se aos "diferentes núcleos de povoamento dotados de funções urbanas" cujo núcleo da oração é a própria palavra 'NÚCLEO'

  • Discordo do gabarito. Apenas a I e a III estão corretas. A IV está errada porque não retoma povoamento e sim aponta (demonstra) centros. Gabarito C.

  • Rs ... aiai e eu que achava que o CESPE era o terror do mundo ... mas num é não 

  • Concordo com Você Adilson. O pronome demonstrativo "esses" no enunciado não retoma a palavra povoamento. Portanto, marcaria a letra C.

  • Eu nunca usei nos meus textos, sempre impessoal, além disso como comentado a IV está errada essa banca sei não.

  • O trabalho científico deve ter um caráter formal e impessoal. Por conta disso, deve-se evitar a construção da oração na primeira ou terceira pessoa do singular. Assim, por exemplo, deve-se utilizar as seguintes expressões: "conclui-se que", "percebe-se pela leitura do equipamento", "é válido supor", "ter-se-ia de dizer", "verificar-se-á" etc.

    Fonte: http://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/index.php/Dicas_para_escrita_de_texto_cient%C3%ADfico

  • até onde eu sei, devemos ser impessoais, mas tb temos que  evitar o uso de "nós" em textos academicos. 

  • Gabarito: B

    I, III e IV = Corretas

    II = Errada 

    Segundo Müller e Cornelsen (2003), [...] as qualidades exigidas da linguagem científica são: precisão, clareza, imparcialidade, coerência e impersonalidade. Assim, recomenda-se o uso de verbo na terceira pessoa, evitando-se pronomes da primeira pessoa tanto no plural como no singular [...]. (MÜLLER; CORNELSEN, 2003, 92, destaque nosso)

  • Discordo do gabarito. A meu ver, a II e a IV estão erradas.

  • Obs: "nós", na citação, é o plural da palavra nó, que está em conotação com núcleos de povoamento.

  • Também coloquei C como resposta, esse item IV não está certo nem aqui nem na China. MEO DEOS... CADA BANCA UMA PIOR QUE A OUTRA.

  • vamos pedir por favor comentários do PROFESSOR.

  • Endendi com Adilson Barbosa : " Discordo do gabarito. Apenas a I e a III estão corretas. A IV está errada porque não retoma povoamento e sim aponta (demonstra) centros. "

  • caralho... esses (no plural) retoma povoamento (no singular)...

    difícil hein, Funrio!!! VSF

  • Eu acertei o gabarito, pois considerei a assertiva IV como errada, e as demais como corretas. Eu estou errado? Se alguém puder esclarecer!!

  • Rapaz, essa banca bota pra lá no português, viu


ID
1469371
Banca
FGV
Órgão
DETRAN-MA
Ano
2013
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                              A EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO


      A comunicação é uma arma poderosa na batalha cotidiana pela queda dos números de acidentes, servindo ao mesmo tempo como instrumento de educação e conscientização. Campanhas de mobilização pelo uso de cinto de segurança, das práticas positivas na direção, da não utilização de bebidas alcoólicas ao dirigir, do uso da faixa de pedestres, entre outras, são comprovadamente eficientes. É crescente a preocupação com o ensino dos princípios básicos do trânsito desde a infância e ele pode acontecer no espaço escolar, com aulas específicas, ou também nos ambientes especialmente desenvolvidos para o público infantil nos departamentos de trânsito. Com a chegada do Código Brasileiro de Trânsito (CBT), em 1998, os condutores imprudentes passaram a frequentar aulas de reciclagem, com o propósito de reeducação.
      Como se vê, alguma coisa já vem sendo feita para reduzir o problema. Mas há muito mais a fazer. A experiência mundial mostra que as campanhas para alertar e convencer a população, de forma periódica, da necessidade de obedecer regras básicas de trânsito, não são suficientes para frear veículos em alta velocidade e evitar infrações nos semáforos. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha. A Capital Federal é um exemplo de casamento bem- sucedido entre comunicação de massa e fiscalização. Um conjunto de ações foi responsável por significativa queda no número de vítimas fatais do trânsito na cidade. O governo local, a partir da década de 1990, adotou uma série de medidas preventivas. Foram veiculadas campanhas de conscientização, foi adotado o controle eletrônico de velocidade e foi implementado o respeito às faixas de pedestres. Essas providências, associadas a promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasília - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002. Nesse período, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002.
      Foi um processo polêmico. O governo foi acusado de estar encabeçando uma indústria de multas, devido ao grande número de notificações aplicadas. Reclamações à parte, o saldo das ações se apresentou bastante positivo. Recentemente as estatísticas mostram que o problema voltou a se agravar. O número de vítimas fatais de acidentes no trânsito passou de 444 em 2002 para 512 em 2003. Pesquisas do DETRAN apontam que um dos principais motivos desse aumento e o uso de álcool por motoristas.

                                                                                                                        (Pedro Ivo Alcantara. www.ipea.gov.br)



Observe os segmentos a seguir quanto ao emprego do demonstrativo sublinhado.

I. O bolso, nessas horas, ajuda a persuadir condutores e transeuntes a andar na linha.
II. Essas providências, associadas à promulgação do novo Código de Trânsito, levaram a uma expressiva redução nos índices de mortalidade por 10 mil veículos em Brasilia - de 14,9 em 1995 para 6,4 em 2002.
III. Nesse período, apesar do crescimento da frota de 436 mil para 469 mil veículos, o número de mortes por ano caiu de 652 em 1995 para 444 em 2002.

Analisando o emprego das formas sublinhadas, e correto concluir que o emprego da forma "esse / essa / esses / essas" do demonstrativo

Alternativas
Comentários
  • C - se liga a termos ou circunstancias anteriores.

  • Uso dos demonstrativos :

    Espaço : Este , esta, isto ( perto do falante ) ; Esse , essa , isso ( ouvinte ) ; Aquela , aquela , aquilo ( longe de ambos )

    Tempo: Este, esta, isto ( presente/futuro ) Esse, essa, isso ( passado breve ) aquele , aquela , aquilo ( passado distante )

    DISCURSO : ESTE, ESTA, ISTO ( VAI SER DITO ) , ESSE , ESSA , ISSO ( JÁ FOI DITO )

    Retomada : Este ( introduz ) , Esse ( retoma )

    Espero ter ajudado um pouco. :)

    abraços

  • Gabarito C

    For non-subscribers


ID
1475284
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Cuiabá - MT
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto 1
                              É justo que as mulheres se aposentem mais cedo?


          A questão acerca da aposentadoria das mulheres em  condições mais benéficas que aquelas concedidas aos homens  suscita acalorados debates com posições não somente técnicas,  mas também com muito juízo de valor de cada lado.
         Um fato é certo: as mulheres intensificaram sua participação  no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20.
         Há várias razões para isso. Mudanças culturais e jurídicas  eliminaram restrições sem sentido no mundo contemporâneo:  um dos maiores e mais antigos bancos do Brasil contratou sua  primeira escriturária em 1969 e teve sua primeira gerente em 1984.
         Avanços no planejamento familiar e a disseminação de  métodos contraceptivos permitiram a redução do número de  filhos e liberaram tempo para a mulher se dedicar ao mercado de
trabalho.
         Filhos estudam por mais tempo e se mantêm fora do  mercado de trabalho até o início da vida adulta. Com isso, o custo  de manter a família cresce e cria a necessidade de a mulher ter  fonte de renda para o sustento da casa.
        A tecnologia também colaborou: máquinas de lavar roupa, fornos micro-ondas, casas menores e outras parafernálias da vida  moderna reduziram a necessidade de algumas horas nos afazeres  domésticos e liberaram tempo para o trabalho fora de casa.
        A inserção feminina no mercado de trabalho ocorreu, mas  com limitações. Em relação aos homens, mulheres têm menor  taxa de participação no mercado de trabalho, recebem salários
mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando  voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar.
        Essas dificuldades levam algumas pessoas a defender formas  de compensação para as mulheres por meio de tratamento  previdenciário diferenciado. Já que as mulheres enfrentam
dificuldades de inserção no mercado de trabalho, há de  compensá-las por meio de uma aposentadoria em idade mais jovem.
         A legislação brasileira incorpora essa ideia. Homens precisam  de 35 anos de contribuição para se aposentar no INSS; mulheres, de 30.
        No serviço público, que exige idade mínima, as mulheres  podem se aposentar com cinco anos a menos de idade e tempo  de contribuição que os homens.

                                                          (Marcelo Abi-Ramia Caetano, Folha de São Paulo, 21/12/2014.)

“Há várias razões para isso.” A forma do pronome demonstrativo sublinhado é justificada pelo fato de

Alternativas
Comentários
  • ISSO - menção ao que já foi dito (anáfora)

    ISTO - menção a algo que ainda será dito (catáfora)

  • d) se prender a uma afirmação feita anteriormente.


  • Letra D

    Este (s) esta (s), isto → indicam que o ser está próximo da pessoa que fala Ex: este livro que tenho aqui em minha mão

    Esse (s) essa (s) isso → indicam o ser que está próximo da pessoa com quem falamos Ex: Essa caneta com que escreves pertencem a mim.

    Aquele (s) Aquela (s) aquilo → indicam o ser que estiver longe de ambas as pessoas. Ex: aquele quadro que vemos na parede é antigo.

    Ex: isto, este, esta →indica uma ideia que ainda não foi expressa Ex: A mim só interessa isso / Isso é o que me interessa

    Esse, essa → indica uma ideia que já foi expressa.

  • nessa, essa,  nesse,esse, nisso, "isso"=são elementos anafóricos, ou seja fazem referência a algo já citado. 

  • gostei

  • É necessário renovar as forças:

    Há muitas razões para isso, isso o quê?  (Anáfora, refere-se a um termo antecedente)  as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20.

    (...) pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. (aos Hebreus 4:15)
  • Isso mesmo, valney...só complementando , é chamado  de catafora o termo que aponta pra frente e o anafora que aponta pra trás, como dizia minha professora de morfosintaxe, exemplo :

    " As alegrias de Joana era só (estas): as brincadeiras, a escola e os colegas." 


    E quanto a concordância, quando existe verbo ser entre pessoa e coisas, a pessoa precede sobre as coisas, por isso a concordância se faz no singular, concordando com o sujeito, no caso , a pessoa, Joana.

  • Outra dica que ajuda a responder é o verbo (haver) - Há - que indica tempo decorrido. "Há várias razões para isso."

  • Absolutamente a letra "D".

  • Isto - Algo que será dito futuramente ou que está próximo ao falante;


    Isso - Algo que foi dito no passado ou que está perto de quem se está falando.

    Aquilo - Algo dito em um momento mais distante.
  • "Termo Anafórico", faz alusão a algo dito anteriormente.

  • Lembrando que "desde a segunda metade do século 20. " não é passado recente para legitimar o uso do pronome "isso". ;)
    Gabarito D, sem crises. 

  •  "ISSO"

    Está empregado como pronome demonstrativo de valor anafórico.

  • Esse, isso - "Sempre" se refere a algo já apresentado (anafórico).

  • Esse, isso - Refere-se ao passado.

  • Esse, isso - fazem referência a algo que já foi citado anteriormente. É anafórico, pois faz retomada de termos e ideias.

    Este, isto - fazem referência a algo que ainda vai ser falado. É catafórico, pois remete a uma antecipação

  • Funçao endofórica...

  • Resposta Letra: D


    Bastava saber a regra:


    ISTO - Termo posterior


    ISSO - Termo anterior

  • a explicação do professor esclarece, mas acontece que a semântica do texto induz a pessoa a achar que o ISSO esta relacionado com uma ideia posterior. 

  • Isto/Este - se refere ao presente ou a um futuro próximo. (Função Catáfora)

    Isso/Esse - se refere a um passado ou a um futuro mais distante. (Função Anáfora)

  • Isso (aquilo que já foi dito)

    Isto (ainda será dito)

  • Alexandre Soares, melhor professor para comentar questões.

  • O pronome demonstrativo pode assumir várias funções e a FGV gosta de cobrar esse assunto, dentre as funções, as mais cobradas são:

    Função Espacial

    - Este/Isto: refere-se a um ser que está próximo do falante, exemplo: Esta camisa aqui é bonita. 
    - Esse/isso: está próximo com quem se fala, ou seja, próximo do ouvinte, exemplo: Saia do meio dessa rua garoto
    - Aquela/aquilo: está distante do ouvinte e do falante, exemplo: Aquele carro é muito bonito

    Função Distribuitiva (aparece demais nas questões) 

    Vou usar uma frase para melhor explicar, acho que fica melhor do que tentar decorar, fora que é "parecida" com a função espacial, só que ao invés do meio ser fisico, é em texto. Exemplo: 
    - Todos nós conhecemos José e Maria. A imagem desta tem como reflexo aquele.
    DESTA: refere-se a algo citado próximo no texto, no caso, Maria (por isso as vezes o pronome demonstrativo este ou esta pode ser usado como termo anafórico, ou seja, algo que já foi dito)
    AQUELE: refere-se a algo citado anteriormente e distante no texto.

    Função Referencial (mais importante) 

    Antes de começar a explicar, é importante saber que nem sempre o "esta/isto" vai assumir valor cataforico (sobre algo que será dito depois), pois como no caso apresentado anteriormente, ele está sendo usado como termo anafórico.

    Este/isto: refere-se normalmente a algo que ainda será dito, exceto os casos que já citei. Exemplo: Esta sentençã é verdadeira: A vida é efêmera. 
    Esse/isso: refere-se a algo já citado no texto, é um termo anafórico (AN de ANtes). Exemplo: Isso que você disse não está certo.
     

  • PRONOMES: Pronome e a palavra que está em função do nome (substantivo) podendo substitui-lo, retomar ou referir-se ao Substantivo.

    PRONOME DEMONSTRATIVOS: Relação de tempo

    Este, esta, isto: quando se tratar do presente ex: esta aula é divertida

    Esse, essa, isso: passado ou futuro próximo ex: essa semana que passou eu fiz mais um no de vida

    Aquele (s), aquela (s), aquilo passado ou futuro distante ex: naquela época, em que meu pai tinha 15 anos, as coisas eram diferentes

    PRONOME DEMONSTRATIVOS: Relação de Posicionamento espacial:

    Quando Objeto está em posse de quem está falando, deve ser usado ESTE, ESTA Ex. Esta caneta é minha

    Quando o Objeto está na Mão de Outra Pessoa, deve ser Usado Essa ex: essa caneta é sua.

    Quando objeto não está em posse de ninguém usa aquele, aquela

    PRONOME DEMONSTRATIVOS: Dentro da Frase

    Quando temos um termo que ainda não foi citado no texto, se o pronome vinher antes do Substantivo usamos está, Ex: está vida está cada vez mais divertida.

    Se vinher após usa-se essa ex: A vida que me deram é maravilhosa essa não perderei jamais.

    Quando se tratar do pronome aquele, aquela[...] usa-se este para se referir ao mais próximo, e o aquele retoma o termo mais longo

    Ex: João e Carlos são muito amigos; este é padeiro, aquele, mecânico.

     

     

     

     

    Gabarito Letra D

  • O pronome demonstrativo “isso” retoma a informação anterior: “as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século 20.”. Assim, a alternativa (D) é a correta.


ID
1478269
Banca
IDECAN
Órgão
INMETRO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Analise as afirmativas de acordo com os pronomes demonstrativos adequados.
• ____________ produto que tenho nas mãos está esgotado nas lojas.
• Quantas pessoas consomem produtos industrializados ____________ país de Europa?
• ____________ século, consumimos muitos produtos importados.
• Tudo ____________ que estou dizendo sobre o consumo já é ultrapassado. Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B


    -ESTE PRODUTO - ESTÁ NAS MÃOS, MUITO PRÓXIMO.

    -NESSE PAÍS DA EUROPA - UM PAÍS PRÓXIMO.

    -NESTE SÉCULO - USADO PARA TEMPO PRESENTE E FUTURO.

    - ISTO QUE ESTOU DIZENDO - O AGENTE ESTÁ DIZENDO AGORA( AÇÃO PRATICADA EM TEMPO PRESENTE).


    EX NUNC.

  • Este> tempo presente, elemento catafórico, perto de quem fala, retoma o elemento mais próximo

    Esse> tempo passado ou futuro "curto" perto da 2 pessoa, retoma, elemento anafórico

    Aquele> tempo passado ou futuro "longo", longe da primeira e segunda pessoa, retoma o termo mais distante

  • Posição no Espaço:

    Este - Próximo de quem fala

    este livro é muito bom.

    Esse - Próximo de com quem se fala

    esse livro que vc ganhou é bom?

    Aquele - Distante das pessoas do discurso

    Aquele livro é bom?

    _______________________________________

    Posição no Tempo:

    Este - Tempo presente

    Esta semana tive boas notícias.

    Esse - passado não muito distante

    Esse semana foi muito boa.

    Aquele - Passado remoto

    Naquela semana corri 30 km

  • besteira

    o último é facultativo


ID
1478311
Banca
IDECAN
Órgão
INMETRO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        O novo consumidor engajado

    Descrever o novo consumidor, sob a dimensão do marketing é relativamente fácil, basta buscar uma pesquisa bibliográfica mínima. São homens e mulheres de qualquer idade, com mentalidades independentes, individualistas, com maior grau de informação e que ambicionam obter, por meio de suas aquisições, a sensação de autenticidade, de exclusividade.
    Este conceito vai além da aquisição. Comprando produtos com a imagem de socialmente justos e ambientalmente responsáveis, os consumidores desejam ser percebidos desta forma dentro da sociedade em que vivem.
    Desejam fazer da sua atitude de consumo, um gesto que seja percebido como de engajamento nos princípios de eficiência econômica, preservação ambiental e equidade social que caracterizam os princípios da sustentabilidade.
    Essas mudanças vêm acontecendo desde o final da década de 60 e são o tema central de “A Alma do Novo Consumidor", um livro de David Lewis e Darren Bridges. Este novo consumidor valoriza aspectos mais subjetivos nos produtos e a informação subliminar que a aquisição do produto transmite aos demais membros da comunidade. Compreender os fatores que o motivam pode significar o futuro de uma empresa e do seu trabalho.
    No caso ambiental isto é bem claro. A nítida ênfase das propagandas das organizações financeiras, setor mais pujante e lucrativo da atual economia não deixam dúvidas. Todas as instituições, em maior ou menor grau, optam por uma estratégia de comunicação que valoriza a responsabilidade sócio-ambiental em suas mídias.
    Como se não bastasse a diversidade de produtos nas prateleiras, multiplica-se a isto a diversidade de conceitos que cada um deles transmite. Os bancos mostram claramente que a opção pela responsabilidade sócio-econômica veio para ficar. Algumas empresas de petróleo e fabricantes de automóveis mais ousados também aderiram a esta comunicação. [...] Assistir a estratégia de comunicação destes grupos, nos variados tipos de mídia não deixa dúvidas.
    Assistir a estratégia de comunicação destes grupos, nos variados tipos de mídia não deixa dúvidas.
    O livro de Lewis e Bridges (A Alma do Novo Consumidor) desvenda, ainda, as estratégias dos cool hunters, aqueles que “adivinham" as tendências de consumo, ou seja, os denominados conhecedores.
    Este grupo influencia o consumidor por estar “próximo" a ele, ainda que sejam celebridades. A tradicional propaganda boca a boca continua existindo e sendo imposta e, atualmente, versão high tech, se vale muito da internet para impulsionar ou jogar um produto na lama. São eles, muitas vezes, os responsáveis pela formação de um novo mercado consumidor.
    Dentro deste contexto, a adoção dos novos valores, que sejam eticamente comprometidos, socialmente justos e ambientalmente responsáveis, ganham uma dimensão nunca imaginada, pois além da influência pessoal, existe a poderosa ferramenta da internet, ainda não bem dimensionada, que faz uma grande diferença.
    A internet é particularmente relevante nas faixas de consumo mais elevadas e no público com acesso a rede, que cresce em proporção logarítmica dentro da sociedade.
    Portanto não esquecer ou negligenciar o novo consumidor, cujas características são bem conhecidas e no qual as influências éticas, sociais e ambientais são claras, já existe, não é só de alta renda como argumentam os simplórios e não pode ser manipulado pela primariedade de mídias descomprometidas.

Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do Corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

                                                          (Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/12/04/o-novo-consumidor-engajado-artigo-de roberto-naime/.)

O termo sublinhado que, ao contrário dos demais, NÃO se refere ou substitui qualquer termo anterior é:

Alternativas
Comentários
  • Errei a questão, pois marquei a letra "a", mas tenho dúvidas em relação à resposta ser a letra "e".

    No meu entendimento na letra "e", a palavra "sob" (sublinhada) referencia o novo consumidor, descrevendo uma relação entre os termos.

    Já na letra "a", a palavra "isto" não faz referência a nenhum termo anterior no referido trecho.

    Alguém tem um entendimento diferente do meu e sabe me explicar a resposta?

  • isto=usado para termo presente ou futuro.

    isso=usado par termo passado ou futuro próximo.


    MARQUEI LETRA A TAMBÉM!!!


    ESSA IDECAN É UMA BELEZA VIU...PUTZ!


    EX NUNC.

  • Posso estar errada, mas entendo que, na letra A, "ISTO" se refere a ideia contida no parágrafo anterior: "Compreender os fatores que o motivam...". Já na letra E, a palavra "SOB", segundo o dicionário Priberam ( http://www.priberam.pt/dlpo/sob ), significa:  Debaixo de; No tempo ou governo de. 

    No presente caso, "sob" pode ser substituído por "de acordo com" ou "segundo", ou seja, não está resgatando um termo ou ideia citada anteriormente mas compõe a oração que está entre vírgulas.



  • Lembrem-se sempre de unir a análise sintática com a interpretação. A interpretação sempre prevalece.

  • complicado adivinhar o que essa Banca quer

  • A questão é de morfologia e quer que identifiquemos o termo sublinhado que, ao contrário dos demais, NÃO se refere ou substitui qualquer termo anterior. Vejamos: 

     .

    A) “No caso ambiental isto é bem claro.” (5º§)

    Certo. "Isto" é pronome demonstrativo e se refere a um termo posterior. Trata-se de uma catáfora. O que "é bem claro"? R.:"A nítida ênfase das propagandas das organizações financeiras, setor mais pujante e lucrativo da atual economia não deixam dúvidas. Todas as instituições, em maior ou menor grau, optam por uma estratégia de comunicação que valoriza a responsabilidade sócio-ambiental em suas mídias.".

    Catáfora: apresenta algo que ainda não foi dito. Ex.: Eu pretendo fazer isto: resolver mais questões.

    Anáfora: retoma algo que já foi dito. Ex.: Português e Direito Constitucional: essas são as matérias mais cobradas em concurso.

     .

    B) “... a adoção dos novos valores, que sejam eticamente comprometidos,...” (10º§)

    Certo. "Que", nesse caso, é pronome relativo, retoma "novos valores" e equivale a "os quais".

     .

    C) “... estratégia de comunicação que valoriza a responsabilidade sócio-ambiental...” (5º§)

    Certo. "Que", nesse caso, é pronome relativo, retoma "estratégia de comunicação" e equivale a "a qual".

     .

    D) “… um gesto que seja percebido como de engajamento nos princípios de eficiência…” (3º§)

    Certo. "Que", nesse caso, é pronome relativo, retoma "um gesto" e equivale a "o qual".

     .

    E) “Descrever o novo consumidor, sob a dimensão do marketing é relativamente fácil,…” (1º§)

    Errado. "Sob" não se refere nem retoma nada. Trata-se apenas de uma preposição.

     .

    Gabarito: Letra E


ID
1494664
Banca
IBFC
Órgão
PM-MG
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I

                            A percepção que temos de nossa memória

[...] Você acha que tem má memória? Por quê? Espera que sua memória seja perfeita? Demora para se lembrar das coisas, mais do que costumava demorar em outros tempos? Esquece o nome de pessoas conhecidas com mais frequência do que no passado? Precisa escrever tudo para não se esquecer de nada? Se respondeu “sim" a essas perguntas, podemos afirmar com segurança que você acredita realmente que tem “má" memória".

Nesta nossa era tecnológica, em que tudo acontece depressa, talvez você veja sua memória como um tipo de dispositivo gravador que serve para guardar os dados históricos de sua vida. Talvez espere que sua memória seja perfeita, que armazene o nome de cada pessoa que você conheceu na vida, que não o deixe esquecer seus compromissos, ocasiões e acontecimentos especiais, que o lembre das exigências de um determinado trabalho e do prazo para entregá-lo, que saiba o que há na geladeira e quais são os ingredientes necessários para o preparo de um prato para o jantar, que memorize a agenda de seu cônjuge, de seus filhos e de outras pessoas queridas. [...] A lista de coisas que esperamos que nossa memória guarde é infinita. E quando esquecemos uma única coisa, reclamamos de nossa capacidade de lembrar. Dizemos que temos “má memória" ou, pior ainda, nos convencemos de que estamos nos primeiros estágios do mal de Alzheimer.

Esses pensamentos apresentam alguns problemas. Primeiro, são percepções subjetivas que temos de nossa própria memória, e não avaliações objetivas de nossa real capacidade mental. Assim, são imensuráveis, não podem ser testados e levam à negatividade. Mais ainda, essa negatividade cria ansiedade e diminui a autoestima, agravando os problemas de memória. Ansiedade e outras emoções negativas prejudicam a capacidade de lembrar [...] Esses pensamentos negativos também tornam impossível o desenvolvimento da necessária habilidade de melhorar a memória, porque eliminam a possibilidade de mudança. Quanto mais nos convencemos de que temos “má memória", mais cresce a probabilidade de simplesmente aceitarmos isso como um fato e deixarmos de trabalhar para melhorá-la.

(Douglas J. Mason e Spencer X. Smith. Cuide de sua memória. Trad. Vera Martins. São Paulo: Arx, 2006. p.33-5.)

O pronome demonstrativo empregado para introduzir o último parágrafo do texto tem seu uso melhor explicado na seguinte opção:

Alternativas
Comentários
  • Referência Anafórica: aponta para o que foi dito antes.

  • O trecho a ser avaliado sengundo o comando da questão: "Esses pensamentos apresentam alguns problemas."

    Respondendo por eliminação

    a) refere-se aos pensamentos do interlocutor, daí um pronome de segunda pessoa. Quem seria esta segunda pessoa, singular ou plural?

    b) aponta, em uma referência textual anafórica, elementos já citados anteriormente. CORRETA! ! ! Anafórica, quando o substantivo/ ou referência do "ESSES", citado anteriormente.

    c) indica tratar-se de questões relacionadas a um futuro próximo em uma referência temporal. O verbo "apresentam" está no presente, ou seja, refere-se há problemas de agora.

    d) poderia ser substituído pela forma “estes” sem qualquer prejuízo de sentido ou transgressão gramatical. Com certeza mudaria o sentido, pois "estes" é usado quando o objeto falado está próximo a ele.

     

    DICA: Pronomes demonstrativos situam alguém ou alguma coisa no tempo, no espaço e no discurso, em relação às próprias pessoas do discurso: quem fala, com quem se fala, de quem se fala. Podem ser invariáveis ou variáveis em gênero (masculino e feminino) e número (plural e singular). https://www.normaculta.com.br/pronomes-demonstrativos/ 

     

    Bons Estudos! ! !

     

  • GAB B
    #PMSE !!!

  • letra B #PMSE

    Memorizando

    Anafóra (começa com A (Anterior))

    Catafóra (começa com C, anterior)

  • Anáfora é um elemento que retoma termos anteriores no texto.

  • B

    O termo anafórico retoma um termo anterior, total ou parcialmente, de modo que, para compreendê-lo dependemos do termo antecedente.

  • *Função Endofórica: funções referentes dentro (endo) do texto [Anáfora e Catáfora] este, esse, aquele

    a) Anáfora: função de retomada (esse, essa, isso, aquele) – “Este” é usado juntamente com “Aquele”

    b) Catáfora: irá apresentar algo que não foi dito

    Na questão, o termo "ESSES" retoma a ideia "temos “má memória" ou, pior ainda, nos convencemos de que estamos nos primeiros estágios do mal de Alzheimer."


ID
1497745
Banca
FUNCAB
Órgão
MDA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

            No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estaáio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco” . O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo” , disse Daniel, o lateral direito responsável pelo ínicio da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva, Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
            Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol prévia, na década de 1960, que no futuro todos seríamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbell’s. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: “Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e dai?” Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
            Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “selfies ” . O casal Luciano Huck-Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco apropriou-se do gesto genial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo” e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quern sente na pele o peso do preconceito.
            “Estou há onze anos na Espanha, e há onze e igual... Tern de rir desses atrasados” , disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas” .
            Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadal em intervalo tècnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies” , a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida” . Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal com o bem” .

                                                                                                                        ;AQUINO, Ruth de. Rev. Epoca: 05 maio 2014

No enunciado seguinte, observa-se a repetição dos antropônimos "Daniel e Neymar":

“A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: '[...] #somostodosmacacos e daí?' Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel." (§ 2)

Para evitá-la, pode-se fazer remissão à primeira ocorrência de cada um desses nomes, empregando (com os ajustes porventura necessários):

Alternativas
Comentários
  • A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar (ESTE)  escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio. #somostodosmacacos e daí?' Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel (AQUELE).

     

    NA FUNÇÃO REFERENCIAL O P.D AQUELE APONTA PARA O ANTECEDENTE MAIS DISTANTE, ENQUANTO ESTE APONTA PARA O MAIS PRÓXIMO.

     

    GAB: A 


ID
1498288
Banca
IDECAN
Órgão
INMETRO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto I 

                              Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar
 
Não há como fugir do consumo. Ele representa nossa sobrevivência e não é possível passar um único dia sem praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo.

Associado ao termo consumo sempre surge a ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto parece. Muito mais do que pessoas que compram muito e adquirem bens que não precisam, o consumismo é um retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo de vida orientado por uma crescente busca pelo consumo de bens ou serviços e sua relação simbólica com prazer, sucesso, felicidade, que todos os seres humanos almejam, e frequentemente é observada nas mensagens comerciais dos meios de comunicação de massa.

Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema de produção e toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são impulsionados pelo consumo excessivo. Basta verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que tentem pintá-los de verde. Enquanto convivermos com o bombardeio publicitário incentivando o consumismo, com a obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...]

Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. E com isso cria-se, então, um consumo que não existia.

Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um entendimento de nossas necessidades e desejos e nos impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em meio a suas rotinas estressantes de trabalho, a uma corrida para ganhar dinheiro e pagar as contas no fim do mês, estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e estilo de vida e de consumo? Ocupamos nosso tempo, fazemos tarefas que não gostamos, nos afastamos de nossas famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade.

Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido amplo, não oferecemos proteção contra todo tipo de abuso, inclusive a exploração comercial, e a disseminação de comportamentos insustentáveis? Estamos garantindo as condições para que no futuro as pessoas possam viver com qualidade.

Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e pague 5, campanhas sedutoras e estratégias de venda com profundo conhecimento do comportamento humano. Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que induzem ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição acima de “sujeitos-mercadorias", como coloca o escritor Zygmunt Bauman. Será que conseguimos? Um desafio que engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida.

(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.)

Analise as afirmativas de acordo com os pronomes demonstrativos adequados.

· ____________ produto que tenho nas mãos está esgotado nas lojas.
· Quantas pessoas consomem produtos industrializados ____________ país de Europa? · ____________ século, consumimos muitos produtos importados.
· Tudo ____________ que estou dizendo sobre o consumo já é ultrapassado.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as afirmativas anteriores.

Alternativas
Comentários
  •  Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.

    No espaço:

    Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala.

    Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala.

    Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo.


    No tempo:

    Este ano está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente.

    Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo.

    Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante.


    Fonte: http://www.soportugues.com.br/
  • "Comparando esse e aquele , vemos que esse implica uma certa proximidade local e não grande afastamento temporal, ao contrário de aquele , que implica grande afastamento. "

    "Os pronomes demonstrativos invariáveis: isto, isso e aquilo também possuem uma finalidade expressiva reforçando algum termo anteriormente mencionado."


    Fontes:

    VILELA, Mario & KOCH, I.G.V. Gramática da Língua Portuguesa. Almedina. 2001.

    Site: http://www.normaculta.com.br/pronomes-demonstrativos/

  • 1º próximo de quem fala

    2º próximo a quem ouve

    3º tempo presente

    4º fato ainda não dito na oração

  • Resposta: Letra B.

    A questão é capciosa, visto que apresenta ambiguidade.
    Em resposta a recursos, a Banca Examinadora assevera: "O pronome demonstrativo “este” deve ser usado em referência a seres que se encontram perto do falante (Este produto que tenho nas mãos...). // “Nesse” é usado em referência ao que está na outra pessoa (Quantas pessoas consomem produtos industrializados nesse país da Europa). // “Neste” deve ser usado em referência a um momento presente ou que ainda não passou (Neste século, consumimos muitos produto importados). // “Isto” deve ser usado em referência àquilo de que estamos tratando (Tudo isto que estou dizendo sobre o consumo já é ultrapassado)".
    Não obstante, no último caso, o emprego do pronome demonstrativo pode ser interpretado como elemento de coesão textual, como modo de retomar as ideias anteriormente expressas em discurso. Nesse caso, recomenda-se usar os pronomes demonstrativos isso, esse ou essa. Evidentemente, a Banca Examinadora desprezou essa possibilidade, talvez por não haver orações prévias à apresentada. A meu ver, os corretores foram excessivamente rigorosos na avaliação desta questão.
    Espero ter contribuído...
    Abraços!
  • OS demonstrativos servem também para indicar a posição temporal, revelando proximidade ou afastamento no tempo, em relação a pessoa que fala. 

    Este, esta isto : tempo presente, tempo próximo do momneto em que se fala;

    Esse, essa, isso : tempo passado relativamnete próximo;

    Aquele, aquela, aquilo : tempo remoto ou bastante vago; 

  • ??????????

    "Tudo ____________ que estou dizendo sobre o consumo já é ultrapassado." 

  • Indicada para comentário. 

  • Vejamos: 1ª pessoa: este, esta, isto; 2ª pessoa: esse, essa, isso; e 3ª pessoa: aquele, aquela, aquilo.

    a) Esteesta isto são usados para objetos que estão próximos do falante. Em relação ao tempo, são usados no presente.

    Exemplos: Este brinco na minha orelha é meu.
    Este mês vou comprar um sapato novo.
    Isto aqui na minha mão é de comer?

    b) Esseessaisso são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala. Em relação ao tempo, é usado no passado ou futuro.

    Exemplos: Quando comprou esse brinco que está na sua orelha?
    Esse mês vai ser de muita prosperidade!
    Isso que você pegou na geladeira é de comer?

    Quando ficar com dúvida a respeito do uso de “esse” ou “este”, lembre-se: “este” (próximo a mim, presente) e “esse” (distante de mim, passado e futuro).

    Por Sabrina Vilarinho
    Graduada em Letras

    Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/esse-ou-este.htm

  •  

    Função Temporal

    Esse - Passado recente, Futuro

    Este - Presente, Passado recente, Futuro

     

    Função Espacial

    Este, Isto - Próximo ao falante

    Esse, Isso - Próximo ao ouvinte

     

    Função Referencial

    Este, Isto - Algo que será dito ou apresentado

    Esse, Isso - Algo que já foi dito ou apresentado

     

    PESTANA, A gramática para concursos. 


ID
1498687
Banca
IDECAN
Órgão
INMETRO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A partir da década de 70, tendo como marco histórico a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e diante dos problemas oriundos da degradação ambiental, iniciou-se no mundo uma crescente consciência de que seria necessária uma forma diferenciada do ser humano se relacionar com a natureza, e de gerar e distribuir riquezas.

Por outro lado, em paralelo a este movimento chamado “verde", a desigualdade social foi nas últimas décadas expandindo numa velocidade vertiginosa e com ela crescendo a exclusão social e a violência.

Em decorrência destes dois fatores deparamo-nos, na década de 90, com um novo fenômeno social, qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública não-estatal. Somado a isto, ganharam força os movimentos da qualidade empresarial e dos consumidores. De agente passivo de consumo, o consumidor passa a ser agente de transformação social, por meio do exercício do seu poder de compra, uso e descarte de produtos, de sua capacidade de poder privilegiar empresas que tinham valores outros que não somente o lucro na sua visão de negócios. Assim, sociedade civil e empresas passam a estabelecer parcerias na busca de soluções, diante da convicção de que o Estado sozinho não é capaz de solucionar a todos os problemas e a responder a tantas demandas

É diante desta conjuntura que nasce o movimento da responsabilidade social. Movimento este que vem crescendo e ganhando apoio em todo o mundo, e que propõe uma aliança estratégica entre 1º, 2º e 3º setores na busca da inclusão social, da promoção da cidadania, da preservação ambiental e da sustentabilidade planetária, na qual todos os setores têm responsabilidades compartilhadas e cada um é convidado a exercer aquilo que lhe é mais peculiar, mais característico. E, para que essa aliança seja possível, a ética e a transparência são princípios fundamentais no modo de fazer negócios e de relacionar-se com todas as partes interessadas.

À sociedade civil organizada cabe papel fundamental pelo seu poder ideológico - valores, conhecimento, inventividade e capacidades de mobilização e transformação.
A responsabilidade social conclama todos os setores da sociedade a assumirem a responsabilidade pelos impactos que suas decisões geram na sociedade e meio ambiente. Nesse sentido, os setores produtivos e empresariais ganham um papel particularmente importante,
pelo impacto que geram na sociedade e seu poder econômico e sua capacidade de formular estratégias e concretizar ações.

Essa nova postura, de compartilhamento de responsabilidades, não implica, entretanto, em menor responsabilidade dos governos, ao contrário, fortalece o papel inerente ao governo de grande formulador de políticas públicas de grande alcance, visando o bem comum e a equidade social, aumentando sua responsabilidade em bem gerenciar a sua máquina, os recursos públicos e naturais na sua prestação de contas à sociedade. Além disso, pode e deve ser o grande fomentador, articulador e facilitador desse novo modelo que se configura de fazer negócios.

                                                                                                                                       (Disponível em:                                     http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/contextualizacao.asp. Acesso em dezembro de 2014.)

Em “Somado a isto, ganharam força os movimentos da qualidade empresarial e dos consumidores.” (3º§), o termo em destaque é utilizado como um pronome anafórico. Tal emprego pode ser comprovado em sua relação estabelecida com o(s)

Alternativas
Comentários
  • Observar as palavras "proliferação" e "crescimento". Ajudam a responder a questão. 

  • Alguém aí pode ajudar na resolução desta questão ?


  • Ao meu ver, as alternativas a) e d) estão corretas. Nota-se que a banca segue a mesma linha da FGV (devemos indicar a mais correta/ coerente com o texto).

  • Quando se faz referência aos elementos do discurso, há dois tipos de uso para os pronomes demonstrativos. Um uso é anafórico. O outro uso é catafórico.

    Na anáfora retoma-se um termo anterior ao se fazer uma referência a ele.

    Como regra, o pronome demonstrativo usado em catáforas é o “este/isto”.

    Já em anáforas, tanto se pode usar “esse/isso” como “este/isto”. Essa ampla possibilidade é a grande responsável pelas controvérsias…

    O “este” anafórico só se usa, a rigor, em oposição a “aquele”, isto é, quando se deseja retomar dois termos já utilizados.

    Usei este raciocínio ao escolher a letra A: O 'isto' se referindo ao trecho: um novo fenômeno social (crescimento de um segmento social), qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública (crescimento de um segmento público) não-estatal. 

     

  • Gab: A -  crescimento de um segmento social(Não-estatal) e público(Pública). 

     

    "Em decorrência destes dois fatores deparamo-nos, na década de 90, com um novo fenômeno social, qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública não-estatal."