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ID
538690
Banca
TRT 8R
Órgão
TRT - 8ª Região (PA e AP)
Ano
2009
Provas
Disciplina
Direito Civil
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta, considerando a legislação civil:

Alternativas
Comentários
  • A alternativa incorreta é o item B

    Vejamos:

    Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.

    Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei. ( Até aqui ok a questão).

    Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.

    Assim, o erro da questão encontra-se em afirma que o juiz deve, de ofício, conhecer da decadência convencional ou quando estabelecida por lei.  Quando, na verdade, conforme estabelece o art. 210, apenas a decadência estabelecida por lei deve ser conhecida de ofício e não a decadência convencional.

    Bons estudos. =D
    Boi
     

  • Comentando as demais... 
    Letra A: CORRETA

    Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

    +

    Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. (TEORIA DA RESPONSABILIZAÇÃO PELO ABUSO DE DIREITO)

    +


    Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

    I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito reconhecido;

    II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo iminente.

    Abuso de direito é um direito subjetivo que é exercido de maneira exacerbada, ou seja, de modo desconforme aos limites estabelecidos pelos fundamentos axiológico-normativos inerentes adireito ou prerrogativa individual exercitada. Em outras palavras, o indivíduo tem o direito, mas exerce-o de maneira abusiva, excedendo os seus limites.

    Letra C: CORRETA


    Art. 168. As nulidades dos artigos antecedentes podem ser alegadas por qualquer interessado, ou pelo Ministério Público, quando lhe couber intervir.
    Parágrafo único. As nulidades devem ser pronunciadas pelo juiz, quando conhecer do negócio jurídico ou dos seus efeitos e as encontrar provadas, não lhe sendo permitido supri-las, ainda que a requerimento das partes.

    +

    Art. 169. O negócio jurídico nulo não é suscetível de confirmação, nem convalesce pelo decurso do tempo.


    Letra D: CORRETA



    Art. 360. Dá-se a novação:

    I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;

    II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;

    III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.

    Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.


    Letra E: CORRETA



    Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

    +

    Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei processual.

    +

    Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

    Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz conceder ao credor indenização suplementar.


    Bons estudos ;)

  • Complementando a fundamentação da letra B:

    CCB

    Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.

    Ou seja, se não pode o juiz suprir a alegação, não pode ele, ofício, conhecer da decadência convencional.
  • O Legal dessa questão é realizá-la de forma rápida, afinal, trata-se de um concurso onde o tempo é fundamental. E essa questão é um excelente exemplo de como matar o tempo de forma rápida em uma questão tão extensa. Se você, ao começar a resolução, partir com o seguinte pensamento ''vou ler a alternativa menorzinha, pra matá-la logo de cara''..... pronto, já mata a questão em tempo recorde! Pois, justamente a alternativa ''menorzinha'' é a INCORRETA, e num erro grosseiro, pois na decadencia convencional não há a possibildiade do reconhecimento de ofício pelo juiz
  • Somente a decadência estabelecida por Lei que deve ser conhecida de ofício, a convencional não.

  • Com 2 artigos você mata a alternativa B:

    Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.

    Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.