- ID
- 5403331
- Banca
- UFMT
- Órgão
- UFMT
- Ano
- 2021
- Provas
-
- UFMT - 2021 - UFMT - Assistente Social
- UFMT - 2021 - UFMT - Bibliotecário Documentalista
- UFMT - 2021 - UFMT - Contador
- UFMT - 2021 - UFMT - Farmacêutico Bioquímico
- UFMT - 2021 - UFMT - Historiador
- UFMT - 2021 - UFMT - Jornalista
- UFMT - 2021 - UFMT - Médico Psiquiatra
- UFMT - 2021 - UFMT - Músico Contralto
- UFMT - 2021 - UFMT - Músico Soprano
- UFMT - 2021 - UFMT - Nutricionista
- UFMT - 2021 - UFMT - Pedagogo
- UFMT - 2021 - UFMT - Químico
- UFMT - 2021 - UFMT - Tecnólogo em Gestão Pública
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Os últimos anos já deixaram uma coisa muito clara para todo o mundo que está prestando atenção
nas notícias, nas atitudes e na produção cultural de nosso tempo: nada mais será “estável”, a transformação
será constante. Os mais variados aspectos do comportamento humano – da forma como você viaja às
escolhas que faz com relação ao trabalho, à alimentação ou uso do próprio tempo – passarão por mudanças
nem sempre fáceis de antecipar ou de compreender no primeiro momento. Mas há algumas evidências que já
aparecem com contornos claros no horizonte.
Uma delas é o envelhecimento da população mundial, e da brasileira em especial. Até 2031, teremos
43 milhões de pessoas com mais de 60 anos no Brasil. Pela primeira vez na história, haverá, em nosso país,
mais avós do que netos. Mais idosos do que crianças e adolescentes. Diante desse cenário, é fundamental
olhar para esse público com respeito e entender que o envelhecimento precisa ser melhor compreendido e,
principalmente, tratado de forma mais digna e inteligente no Brasil. Infelizmente, num sinal claro de que
temos muito que evoluir, a velhice ainda é vista em grande medida como uma fase de “descarte”. Por mais
que continuem reinando no universo midiático expressões como “melhor idade” e imagens de casais de
idosos sorridentes usando uniformes de paraquedismo para disfarçar e tentar produzir uma ideia infantil de
uma “adolescência eterna”, o fato é que o último trecho das vidas de quem tem a benção de existir por mais
tempo costuma ser bastante sofrido por aqui. Administra-se permanentemente um misto de ignorância,
sofrimento, esquecimento e desatenção por parte de uma sociedade que, num inominável equívoco, se julga
eterna, onisciente e dona da capacidade sobre-humana de se manter jovem e poderosa para sempre. [...]
(KAKINOFF, P. Revista Gol, agosto de 2019.)
Sobre recursos linguísticos empregados, assinale a afirmativa INCORRETA.