SóProvas


ID
5444344
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
PM-AL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

   A sociedade que não proporciona liberdade — direito do homem que reconhece a ele o poder de escolha nos diversos campos da vida social — aos seus membros, a rigor, não se justifica. A liberdade, ainda que não absoluta, é meta e essência da sociedade.
   São extremos: de um lado, a utópica sociedade perfeita, ou seja, essencialmente democrática, liberal e sem injustiças econômicas, educacionais, de saúde, culturais etc. Nela, a liberdade é absoluta. Do outro lado, a sociedade imperfeita, desigual, não democrática, injusta, repleta dos mais graves vícios econômicos, de educação, de saúde, culturais etc. Nesta, a liberdade é inexistente.
   Entre os extremos está a sociedade real, a de fato, a verdadeira ou efetiva, aquela na qual os problemas econômicos, educacionais, de saúde, culturais etc. existem em infinitos níveis intermediários.
   As três sociedades — perfeita, imperfeita e real — “existem”, cada qual com a sua estabilidade interna de convivência, de forma que os seus membros experimentam relações entre si com a liberdade possível. Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível. Na outra ponta, quanto mais a sociedade está próxima da perfeição, mais próximos da liberdade absoluta estão os indivíduos. Há a convivência ótima.
   A sociedade real, por seu turno, pode ter maior ou menor segurança pública. Numa sociedade real, a maior segurança pública possível é aquela compatível com o equilíbrio dinâmico social, ou seja, adequada à convivência social estável. Não mais e não menos que isso. Logo, para se ter segurança pública, há que se buscar constantemente alcançar e preservar o equilíbrio na sociedade real pela permanente perseguição à ordem pública.

  D’Aquino Filocre. Revisita à ordem pública. In: Revista de Informação Legislativa, Brasília, out.–
dez./2009. Internet: <senado.leg.br> (com adaptações).

A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


Mantendo-se a correção gramatical e o sentido original do texto, o trecho “Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível.” (quarto parágrafo) poderia ser reescrito da seguinte forma: Na medida que é mais imperfeita a sociedade, menos liberdade tem os indivíduos e maior é a tendência de convivência impossível.

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o erro dessa questão seja na escrita:

    – "À medida que" significa “à proporção que”, “conforme”. (que é a intenção da questão: exprimir a medida de proporcionalidade entre a imperfeição da sociedade, sua convivêcia (proporção direta) e sua liberdade (proporção indireta).

    – "Na medida em que corresponde" a “tendo em vista que”, “já que”, “uma vez que”.

    https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/duvidas-portugues/8220-a-medida-que-8221-ou-8220-na-medida-em-que-8221/

  • Na medida em que x À medida que

    À medida que é uma locução conjuntiva proporcional, logo expressa ideia de proporção. Assim sendo, ela pode ser substituída por “à proporção que”, "quanto mais".

    Na medida em que é uma locução conjuntiva causal, logo, haverá noções de causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Pode ser substituída pelas equivalentes “uma vez que”, “porque”, “visto que”, “já que” e “tendo em vista que”.

  • O "tem" deveria ser escrito com acento: têm. Pois está concordando com "indivíduos".

  • sempre confundia o '' na medida '' com '' a medida ''

    macete:

    Na medida = causal

    '' só jesus NA CAUSA ''

  • ERRADA

    1. proporcionais - À medida que, À proporção que
    2. causais - Na proporção em que, Na medida em que
    3. ATENÇÃO: "À medida em que" é não existe.
    4. QUANTO MAIS = IDEIA DE PROPORÇÃO.
  • ERRADA.

    Quanto mais imperfeita é a sociedade, menos liberdade os indivíduos possuem e maior é a tendência de convivência impossível.” [conjunção proporcional]

    • Quanto mais estudo, mais aprendo.

    Na medida que é mais imperfeita a sociedade, menos liberdade tem os indivíduos e maior é a tendência de convivência impossível. ,[Conjunção causal]

    • Na medida que estudava muito, acabou sendo aprovado.

    >>>>>>> a Cespe tentou fazer a pegadinha do [à medida que X Na medida que]

    À medida que = proporcional

    • À medida que o tempo passava, ele ficava mais sábio [quanto mais]

    Na medida que= causal

    • Na medida que fazia assaltos, acabou sendo morto. [Por causa]

    Se a banca perguntasse se poderia trocar o "quanto mais" por "à medida que" aí sim, estaria CORRETO.

    >>>>>>>>>>>><<<<<<<<>>>>>>>>>>

    Conjunções proporcionais iniciam uma oração subordinada em que mencionamos um fato realizado para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. À medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais... 

    Conjunções Causais

    São aquelas que indicam uma oração subordinada que denota causa: Porque, pois, porquanto, como (no sentido de porque), pois que, por isso que, á que, uma vez que, visto que, na medida que...

  • Tem está no singular, sendo que o correto seria têm

  • Assunto muito cobrado pelo cebraspe: na passagem original tem uma oração subordinada de proporcionalidade e na reescrita, uma oração subordinada causal. Diferença muito cobrada pela banca. Tem de ir para a prova com as 9 orações subordinadas na ponta da língua kkk

  • GAB: E

    #bizú copiado dos colegas do QC#

    -> Na medida em que é uma locução conjuntiva causal, logo, haverá noções de causa/consequência ou efeito nas orações que tiverem tal expressão. Dica best@ que talvez ajude a lembrar: "Só Jesus NA CAUSA" (quando começa com “na” é causal).  Pode ser substituída pelas equivalentes:

    • “uma vez que”; “porque”; “visto que”; “já que” e  “tendo em vista que”.

    -> À medida que é uma locução conjuntiva proporcional, logo expressa ideia de proporção.

    LEMBRANDO= não existe à medida "em" que.

     

    VEJA COMO É FREQUENTE NA CESPE:

    Ano: 2014 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SUFRAMA 

    Sem prejuízo do sentido original do texto, a expressão “na medida em que” (l.3) poderia ser substituída por à medida que. (ERRADO)

    Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB 

    Sem prejuízo à correção gramatical e ao sentido original do texto, a expressão “na medida em que" (l.16) poderia ser substituída por à medida que. (ERRADO)

    Ano: 2003 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Instituto Rio Branco 

    O conector "na medida em que" (l.2) apresenta uma forma variável também aceita na escrita padrão culta: a medida em que. (ERRADO)

    Ano: 2004 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Polícia Federal 

    A expressão “À medida que” tem valor equivalente e por isso pode ser substituída, sem que se altere a correção gramatical do período, por qualquer uma das seguintes expressões: À proporção que, Na proporção em que, , À medida que. (ERRADO)

  • na medida EM QUE

  • Gabarito : Errado.

  • Quanto mais, menos = proporção.

    Na medida que= causa.

    Já mudou o sentido.

    Gabarito: E.

  • vai alterar o sentido porque o'' na medida que ''denota uma causa e não uma proporção .

  • Pessoal, atenção!!!

    1. "Na medida que", não existe, o correto seria Na medida EM que, mas o sentido seria alterado já que é "causal".
    2. Para que tivesse sentido de proporção, o correto é "À MEDIDA QUE"
  • Outro erro que podemos observar na elaboração da frase é a concordância do tem com o sujeito.

    À medida que é mais imperfeita a sociedade, menos liberdade tem (têm) os indivíduos e maior é a tendência de convivência impossível.

    Quem tem menos liberdade? Os indivíduos.

    Logo, acentua-se o tem.

  • O ERRO ESTÁ NO EMPREGO DA CONJUNÇÃO.

    QUANTO MAIS/MENOS/MENOR/MAIOR/ PIOR/MELHOR = CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS PROPORCIONAIS.

    NA MEDIDA QUE, JÁ QUE, VISTO QUE, ETC = CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS CAUSAIS.

    Alguma coisa errada, corrijam-me.