A questão refere-se ao texto abaixo.
Sou impaciente; agora compreendo que pretendia injetar feminismo
em minha mãe contra a vontade dela, sem levar em conta que ela
vinha de outra época. Pertenço à geração de transição entre nossas
mães e nossas filhas e netas, geração que imaginou e impulsionou a
revolução mais importante do século vinte. Seria possível alegar que a
Revolução Russa de 1917 foi a mais notável, mas a do feminismo foi
mais profunda e duradoura, afetou metade da humanidade, estendeu-se e tocou milhões de pessoas e é a esperança mais sólida de que
a civilização em que vivemos possa ser substituída por outra mais
evoluída. Isso fascinava minha mãe. Ela tinha sido criada com outro
axioma de vovô Agustín: mais vale o ruim que se conhece do que o
bom por conhecer.
ALLENDE, Isabel. Mulheres de minha alma. 3. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2021.
p. 27.
Quanto às formas verbais contidas nesse excerto, observa-se que:
I. Os verbos no presente “sou”, “compreendo” e “pertenço” expressam
situações de validade permanente.
II. O emprego de “pretendia” e “seria” denota ações passadas.
III. A locução verbal “tinha sido criada” pode ser substituída pela
forma composta “estava sendo criada”, sem alterações sintáticas e
semânticas.
IV. O ponto de referência que ordena a temporalidade dessa narrativa
é o presente nas formas verbais e no advérbio “agora”.
Está correto o que se afirma apenas em