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ID
5586829
Banca
FAPEC
Órgão
PC-MS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A questão refere-se ao texto a seguir e avaliam conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto para a prova. 

Quando não há mais vida, resta à medicina estabelecer a verdade. A missão de desvendar as causas reais de uma morte pertence aos médicos legistas, profissionais que comemoram o seu dia em 7 de abril. Mas, apesar de a ideia recorrente sobre a área remeter ao trabalho com cadáveres, essa é a menor demanda na rotina de um Instituto Médico-Legal. No Paraná, por exemplo, foram 53.322 atendimentos a vítimas vivas e 9.052 casos de óbito em 2015.

“O trabalho realizado por todos os profissionais do Instituto Médico-Legal é muito difícil, sensível, técnico e vem ao encontro da população e demais profissionais da Segurança Pública em momentos críticos. Então, devemos todo respeito, toda consideração e o compromisso de melhorar a qualidade de trabalho, o ambiente de trabalho e o efetivo da Polícia Científica”, declarou o secretário estadual da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná, Wagner Mesquita.

“Fazer medicina legal é consagrar a cidadania. Quando pratico medicina legal, eu examino pessoas vivas e pessoas mortas e extraio delas as ofensas às quais foram acometidas. Ofensas físicas, que podem acarretar na morte, mas também ofensas psicológicas e emocionais”, explica o médico e diretor do IML, Carlos Alberto Peixoto Baptista, de origem portuguesa. Ele veio para o Brasil em 1976 e atua no IML em Curitiba desde 1984, onde foi responsável por mais de seis mil necropsias nesse período. [...].

 Mas e quando a vítima está morta? “O cadáver ‘conversa’ contigo e começa a mostrar o que efetivamente aconteceu com ele”, afirmou, usando, em sentido figurado, uma das máximas da medicina forense, o médico legista Alexandre Gebran Neto, com 41 anos de experiência. Ele explica que todas as lesões têm uma origem que “revelam” como aconteceram e até qual instrumento foi utilizado. [...].

O médico perito André Ribeiro Langowiski, 42 anos, se interessou pela Medicina Legal ainda na faculdade. “É uma especialidade que possui esse viés jurídico, então acho importante gostar de Direito”, disse. “É gratificante poder ser um dos partícipes de uma situação que muitas vezes é decisiva. Às vezes um laudo nosso elucida toda a questão jurídica e tem um papel preponderante tanto na absolvição como na condenação em um caso”, afirmou.[...]

Calor, dinheiro no bolso e fim de semana. Essa combinação é garantia de “movimento” no necrotério do IML. [...]

Fonte: Dia do médico legista: a sensível tarefa de “conversar” com os mortos. Agência de Notícias do Paraná. Paraná: Governo do Estado. Disponível em: https://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=88588. Acesso em: 2 nov.2021. (Fragmento com adaptações. Texto original publicado em 7/4/2016

Esta questão avalia conhecimentos sobre diferentes itens do conteúdo previsto para a prova. Assinale a alternativa que traz a informação correta sobre o respectivo item. 

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa B

    Solicita-se julgamento das assertivas:

    A) Os substantivos “encontro” (2º parágrafo), “absolvição” (5º parágrafo) e “necrotério” (6º parágrafo) são formados, respectivamente, por derivação imprópria, parassíntese e derivação sufixal. 

    Incorreta. Os termos indicados são formados respectivamente por meio de: derivação regressiva (do verbo encontrar); derivação sufixal (absolver + ição); composição (do grego Nekros, morte e Terion, lugar onde).

    B) O uso do vocábulo “nosso”, em “um laudo nosso” (5º parágrafo), produz um efeito de coletividade, coerente com o propósito global do texto. 

    Correta. O termo, pronome possesivo, serve de adjunto adnominal do termo "laudo", indicando que este é resultado de um trabalho coletivo.

    C) A palavra “necropsia” deveria estar graficamente acentuada (“necrópsia”), pois é paroxítona terminada em ditongo. 

    Incorreta. A pronúncia mais corrente para o termo "necropsia" é realizada com a vogal "i" tônica: "necropsía". Entretanto, a forma "necrópsia" é reconhecida pelo VOLP, caso de dupla pronúncia.

    Não há obrigatoriedade de acentuação.

    D) A forma verbal “têm” não poderia estar graficamente acentuada, pois não se usam mais os acentos diferenciais.

    Incorreta. Embora abolido de certos termos, o acento diferencial conserva-se na forma plural "têm".

    E) As palavras “efetivo” e “Penitenciária” (2º parágrafo) estão empregadas como substantivos.

    Incorreta. O termo "Penitenciária", em "Administração Penitenciária", é adjetivo.

  • Que produz um efeito de coletividade, ok, mas que demonstra o propósito GLOBAL do texto.....já tenho minhas dúvidas.

    Caso alguém possa explicar, agradeço!

  • eu deduzi das partes " o trabalho realizado por todos nós...." (...)devemos.... as falam se casam e não se anulam... por aí...