SóProvas


ID
850555
Banca
VUNESP
Órgão
SPTrans
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Na era da internet, com seus “rsrsrs" e as “longas" mensagens de 140 caracteres do Twitter, que lugar haveria para a retórica, a invenção dos gregos clássicos para permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem? Na semana passada, o julgamento do mensalão no STF pôs em evidência os advogados dos réus. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. Os defensores, com raras exceções, saíram-se muito mal no quesito da retórica – que não é blá-blá-blá. Quando assumiu o posto de presidente da Suprema Corte dos Estados Unidos, Earl Warren perguntou a um colega mais antigo em quem confiava plenamente o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. O colega de Warren, Hugo Black, respondeu: “Basta ler Retórica, de Aristóteles". Sábio conselho. Com a democracia, os gregos criaram esse mecanismo de sustentação oral baseado na lógica e na honestidade de pensamento a que chamaram de retórica. Os cidadãos eram frequentemente obrigados a defender em público não apenas ideias, mas sua propriedade e até a própria liberdade. Aristóteles ensinou que persuadir uma audiência nada tem a ver com eloquência. Isso é sofisma. O que separa um cidadão grego dotado da retórica de um mero sofista? A retórica vencedora não depende do dom da oratória, mas do valor moral do orador. (Otávio Cabral e Carolina Melo. A retórica não é blá-blá-blá. Veja, 15.08.2012)

Observe os trechos destacados em seus respectivos contextos:
I. ... permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem?
II. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal.
III. ...o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam.
Esses trechos expressam, correta e respectivamente, as circunstâncias de

Alternativas
Comentários
  • Respondi a questão apenas por meio das conjunções subordinativas adverbiais constantes nas opções II e III:

    II: Conjunções subordinativas adverbiais causais: porque, que, como (=porque no início da frase), já que, visto que, pois que, desde que, uma vez que, porquanto.

    III: Conjunções subordinativas adverbiais finais: que, para que, a fim de que, porque (=para que).


  • Uma vez que - conjunção causal.
    Falando bem - adj. adv. de modo.
    Para - conjunção final.

    GABARITO -> [E]

  • De que modo? Falando bem. (Modo)

    Por que motivo eles foram lá exercitar sua retórica? Uma vez que/Porque/Já que as peças já haviam sido escritas...

    Para que ele deveria ler? Para conseguir escrever... (Finalidade)

     

    Bons estudos!

     

  • I. ... permitir que nas democracias o bom cidadão pudesse defender seus pontos de vista falando bem? -> (defender de que modo? falando bem?)

    II. Eles foram lá exercitar sua retórica, uma vez que as peças de defesa já haviam sido escritas e enviadas aos ministros do tribunal. (visto que as peças..)

    III. ...o que ele deveria ler para conseguir escrever suas sentenças no alto nível que as circunstâncias exigiam. (para -> a mais recorrente em questões).

  • Assertiva E

    modo, causa e finalidade.

  • Pão Pão Queijo Queijo

  • De que modo? Falando bem. (Modo)

    Por que motivo eles foram lá exercitar sua retórica? Uma vez que/Porque/Já que as peças já haviam sido escritas...

    Para que ele deveria ler? Para conseguir escrever... (Finalidade)